Da simplicidade na geometria à atração primordial do croco, um ‘futurismo humano’ viaja através da coleção, juntando as variantes do passado a fim de construir o presente e o futuro. Aqui a estrutura se torna decoração e a decoração, estrutura.
Começando por uma nova silhueta, a ‘Scatola’ – que significa ‘caixa’ – e terminando pelo mesmo padrão preciso e geométrico e de corte solto criando novos volumes com leveza e estrutura em tecidos como o gazar de seda pura. Enquanto o tailleur segue a forma do corpo feminino através do corte rigoroso, abraçando ergonomicamente quem o veste em tecidos de alfaiataria tradicionalmente masculina como o super kid mohair. Confeccionados com os melhores fios de cashmere e vicunha, vestidos elevados em malha canelada envolvem elegantemente o corpo com arreios com nós ‘Shibari’ integrando a silhueta. Crocos macios viajam através de toda a coleção, abrangendo roupas e acessórios, exercendo uma atração instintiva. Cada abordagem otimiza a leveza, a sinuosidade e o movimento, colhidos da disciplina da dança.
Ainda assim, é talvez na infinidade de bordados intensamente trabalhados que a decoração e a estrutura se tornam realmente entrelaçadas na coleção, aparecendo quase como peles do futuro. Em sua forma mais surpreendente, as emendas e cortes do DNA do que é natural e do que é feito pelo mundo artificial ocorrem nos bordados. Por exemplo, uma nova forma de franja, leve como uma pluma aparece por toda parte como um novo tipo de pelagem. Com formato orgânico, ultra leve e fluida e delineada por delicados, mas rigorosos bordados feitos à mão, ela se move sinuosamente junto com quem a veste.
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