Curitiba comemora seus 329 anos, com teatro e Educação Ambiental, Greca relança Família Folhas

Uma nova geração de curitibinhas agora conhece os integrantes da família mais verde que já existiu na cidade. A antiga Família Folhas, da década de 1990, voltou renovada como um presente de aniversário dos 329 anos de Curitiba.

O relançamento da família mais sustentável de Curitiba foi feito pelo prefeito Rafael Greca, em evento especial no Passeio Público, que contou a presença de estudantes das escolas municipais Professor Brandão, Eny Caldeira e Miriazinha Braga.

A volta da família marca a nova etapa da campanha para reforçar a reciclagem de Lixo que Não é Lixo e também os programas de sustentabilidade desenvolvidos na cidade (voltados a combater os efeitos das mudanças climáticas).

Os participantes puderam acompanhar uma peça de teatro com Seu Folha, Dona Fofô, Fofis e Fifo, da formação original, além da Flora, Fefo (filhos de Fofis) e Folheco (o pet folha de Fifo), as novidades para a campanha em 2022.

Ao lado dos estudantes, o prefeito Rafael Greca acompanhou o teatro e lembrou a importância da pauta ambiental em Curitiba.

Após pedir uma salva de palmas à família e aos responsáveis pela limpeza pública, o prefeito perguntou a opinião das crianças sobre a campanha de sustentabilidade.

“Estes personagens vão visitar as escolas e os CMEIS até que todos tenham na ponta da língua e no coração a ideia de que precisamos de um mundo limpo e sustentável. É o que queremos para o futuro de Curitiba”, contou Greca.
Após interagir com as crianças, a família partiu em carreata pelas ruas da cidade em caminhões-vitrine, seguidos por caminhões da coleta seletiva com a cara dos Folhas. 

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Maior e renovada

O refrão Lixo Que Não É Lixo/Não Vai pro Lixo/SE-PA-RE continua o mesmo, mas a campanha de separação de recicláveis tem um novo jingle, além da novidade dos novos integrantes da Família Folhas. 

“Encomendei essa campanha, desenhada pelo nosso renomado cartunista e escritor Ziraldo, com uma família ampliada e inclusiva", disse o prefeito.
"Todos eles ensinam a não jogar lixo reciclável no lixo comum, a separar corretamente, descartar corretamente lixo tóxico, objetos inservíveis e outros resíduos para termos um planeta melhor no enfrentamento e resiliência às mudanças climáticas”, reforçou.

Sucesso

Quase tudo era novidade para os estudantes que estavam no Passeio Público nesta terça. Afinal, eles não eram nascidos nos anos 1990, quando Curitiba deu início ao programa de separação de resíduos e, pela primeira vez, a Família Folhas apareceu para dar mais visibilidade à prática. Mas os pais de muitos deles passaram os ensinamentos para frente. 

Isabelly Motta, de 9 anos, estudante do 4° ano da Escola Municipal Mirazinha Braga, estava feliz em conhecer a Família Folhas.

“O meu favorito é o cachorrinho Folheco”, contou Isabelly. “Em casa, nós sempre separamos o lixo e meus pais adoraram quando descobriram que eu aprendo sobre isso na escola também.”
Sua colega Eloah Sophya de Campos, de 9 anos, também entende que é preciso aprender sobre reciclagem. “É muito importante, meus pais sempre me dizem para jogar lixo no lugar certo.” Ela adorou o pequeno Fefo, filho da Fofis e neto do Seu Folha e da Dona Fofô, porque, assim como ela, o personagem também está crescendo e aprendendo sobre diversidade, meio ambiente e qualidade de vida. 

Fefo também é o personagem favorito do estudante Benjamin Alves de Vieira, 9 anos, da mesma turma da Escola Municipal Mirazinha Braga.

“O Fefo é muito maneiro porque ajuda o meio ambiente. É muito importante a gente falar sobre reciclagem, porque se não os bueiros entopem e a poluição aumenta”, ensinou o menino Benjamin. 

Presenças

Participaram do evento o vice-prefeito Eduardo Pimentel; as secretárias do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias; da Educação, Maria Sílvia Bacila; da Comunicação Social, Cinthia Genguini; o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues; e a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, também acompanharam a apresentação junto ao prefeito.

Dia da Mentira: Golpes e decepções amorosas podem desencadear traumas e fobias

Professora de Psicologia do UniCuritiba explica o que é a pistantrofobia e como o medo de confiar nas pessoas pode arruinar a convivência social
As plataformas de streaming estão repletas de documentários, séries, minisséries e filmes que revelam como golpes e mentiras podem afetar seriamente o emocional das vítimas. “O Paraíso e a Serpente”, “Dirty John”, “O Golpista do Tinder”, “Inventando Anna” e “The Dropout” são algumas produções que abordam o estelionato emocional – a prática de se aproveitar de uma pessoa para obter lucros e vantagens.

Em muitos casos, o prejuízo vai além da questão financeira e está longe de ser apenas uma mentira ou “brincadeira leviana” de 1º de abril (oficialmente, o Dia da Mentira). Experiências amorosas negativas e frustrantes, situações perigosas ou relacionamentos tóxicos colocam em risco a coragem das vítimas e as impede de voltar a se apaixonar ou se relacionar socialmente.

Esse medo exacerbado de confiar nas pessoas tem nome: pistantrofobia. A supervisora do Serviço-Escola de Psicologia do UniCuritiba (instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais de ensino superior do país), psicóloga Daniela Jungles, explica que são várias as causas para o medo irracional de estabelecer um relacionamento pessoal ou íntimo com alguém.

“A confiança é frágil, difícil de conquistar, mas muito fácil de quebrar. Quando vivenciamos uma traição ou decepção, algo muda dentro de nós. Isso acontece com todo mundo, porque não queremos mais ser vulneráveis e deixamos de nos abrir por certo tempo. No entanto, para quem sofre de pistantrofobia, confiar novamente em alguém fica completamente fora de questão”, explica.

Sofrer de pistantrofobia pode arruinar rapidamente a vida de uma pessoa. Isso porque, seja no trabalho ou na vida pessoal e amorosa, a confiança no outro é fundamental. “A babá que cuida dos nossos filhos, um colega de escritório, a parceira ou parceiro amoroso... A lista de laços que exigem confiança é extensa e, evidentemente, entrar em um relacionamento é sempre um risco”, diz Daniela.

Como estabelecer a confiança
Para estabelecer níveis de confiança é preciso colocar à prova, por um certo tempo, as primeiras impressões sobre outra pessoa e testar sua confiabilidade. A questão, comenta a professora de Psicologia do UniCuritiba, é que essa aceitação do risco só é concebível para aqueles que, originalmente, têm autoconfiança suficiente para não reagir violentamente em caso de decepção.

A desconfiança é útil se praticada em pequenas doses e com sabedoria, porque alerta sobre possíveis perigos à integridade física e emocional. O problema está quando essa reação natural toma proporções incontroláveis e invade a esfera afetiva. “Sem confiança, nenhum relacionamento amigável, romântico ou profissional é possível”, avisa Daniela Jungles.

Quem tem pistantrofobia se convence de que, mais cedo ou mais tarde, será traído ou desapontado novamente e, por isso, nega a si qualquer chance de aproximação com outras pessoas. Nestes casos, o pessimismo crônico se confunde com cautela.

Sinais corporais e tratamento
De acordo com a psicóloga, a pistantrofobia gera um medo crônico de confiar nos outros e, para se proteger, o indivíduo evita situações que desencadeiam esse temor. Como consequência, essa situação fóbica aumenta a ansiedade, que pode vir acompanhada por sinais corporais, como sudorese, tontura, respiração rápida ou taquicardia.

Não há idade para se tornar fóbico e a origem das fobias pode estar enraizada nos primeiros laços emocionais. “Nosso passado constitui uma linha divisória entre segurança e insegurança afetiva, mas ela nem sempre é clara ou imediatamente identificável. Quanto mais o passado é marcado pela perda, abandono ou negligência, menos seguros são os apegos”, avisa a especialista.

O tratamento das fobias é possível desde que as causas – geralmente múltiplas - sejam identificadas. Daniela Jungles explica que o transtorno fóbico não é mais percebido pelo campo médico como um simples “conflito intrapsíquico”, pois resulta de múltiplas causas. “Os métodos para tratar a fobia variam de acordo com suas origens. A orientação é procurar um psicólogo para avaliação e indicação do tratamento mais adequado.”

Um olhar para o passado
As causas de problemas como a pistantrofobia podem estar relacionadas ao passado. Pais superprotetores, por exemplo, reforçam a sensação de desconfiança. Avisos como "Cuidado, não confie em ninguém" e “Não aceite doce de estranhos” são necessários para a segurança das crianças, mas devem ser moderados.

“Uma criança sufocada por pais superprotetores tende a perceber o mundo exterior como algo aterrorizante e povoado por potenciais agressores”, adverte a professora. Por outro lado, quando não são os pais que transmitem desconfiança é a própria vida que cuida disso: a traição de um colega ou parceiro, um amigo que abusa da generosidade ou até mesmo cair em um golpe.

Segundo Daniela, em alguns casos esse sentimento negativo se transforma em fobia e leva à crença de que “ninguém é digno da minha confiança, então preciso desconfiar de todos a todo tempo.”

Prevenção
É importante que vítimas de golpe ou traição não deixem o medo irracional tomar conta. Ao perceber os primeiros sinais é necessário marcar uma consulta com um psicólogo que, de acordo com o perfil da pessoa fóbica, saberá como conduzir o tratamento. “Em geral, a pessoa tem que enfrentar sua dor e aceitá-la ao invés de rejeitá-la, porque fugir de um problema nunca foi a solução. A prevenção depende, acima de tudo, do manejo precoce desse transtorno”, finaliza a psicóloga.

Sobre o UniCuritiba
Com mais de 70 anos de tradição e excelência, o UniCuritiba é uma instituição de referência para os paranaenses e reconhecido pelo MEC como uma das melhores instituições de ensino superior de Curitiba (PR). Destaca-se por ter um dos melhores cursos de Direito do país, com selo de qualidade OAB Recomenda em todas as suas edições, além de ser referência na área de Relações Internacionais. Conta com mais de 40 opções de cursos de graduação, em todas as áreas do conhecimento, além de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Possui uma estrutura completa e diferenciada, à disposição dos seus mais de 6 mil estudantes, com dois campi (Milton Vianna Filho e Pinheirinho) e mais de 60 laboratórios. Com professores mestres e doutores que possuem vivência prática e longa experiência profissional, o UniCuritiba tem seu ensino focado na conexão com o mundo do trabalho e com as práticas mais atuais das profissões, estimulando o networking e as vivências multidisciplinares.

Alegra fatura mais de R$1 bilhão em 2021 e cresce mais de 17% em comparação com o ano anterior

Indústria paranaense de alimentos vem expandindo sua produção e quer ampliar a sua atuação no mercado nacional

A Alegra, indústria alimentícia paranaense, faturou, no ano de 2021, mais de R$1 bilhão na venda de onze linhas de produtos suínos in natura e processados, o que representa um crescimento de 17,2% em relação ao ano anterior. O aumento do faturamento acompanha o aumento da produção de carnes suínas processadas.

Foto: Divulgação/Alegra

Tal crescimento se dá em um momento de avanço das comercializações no mercado interno (atualmente cerca de ¼ da produção é exportada), apesar da crise econômica e da pandemia do coronavírus. Segundo o superintendente da empresa, Matthias Rainer Tigges, a carne suína vem ganhando espaço no país. “Existe muito espaço para o crescimento do consumo de carne suína no Brasil. Ela é a carne mais consumida no mundo e no Brasil ainda não passa de 15kg per capita/ano. Com os altos preços das carnes bovinas, a proteína suína passou a ter mais representatividade na mesa dos brasileiros. É uma opção de carne muito saudável e acessível e versátil”, ressalta ele.

De acordo com o superintendente, os produtos industrializados são os mais procurados. “Quando oferecemos um produto já temperado, fatiado, processado ou defumado agregamos valor a ele, levando mais praticidade e comodidade ao consumidor. Conseguimos, dessa maneira, oferecer um produto diferenciado, o que permite expandir a nossa base de clientes. Além disso, os produtos industrializados também oferecem mais postos de trabalho na cadeia produtiva”, destaca. Ele cita ainda a redução da volatilidade do mercado, especialmente envolvendo as altas nos preços de matérias-primas como o milho, em todo o mundo.

Matthias ressalta ainda que a Alegra não parou nem por um dia desde o início da pandemia do coronavírus. Ao todo, foram investidos R$7 milhões em cuidados, que envolvem equipamentos de segurança, máscaras, higienização, transporte, entre outros itens. Segundo o executivo, a pandemia apresentou dificuldades para a produção, mas a empresa conseguiu se adaptar. “No início, houve queda da produção interna, as pessoas passaram a se encontrar menos e isso foi um fator de dificuldades mas conseguimos nos adaptar e retomar o ritmo de produção. Hoje nos habituamos a esse cenário e estamos com boas expectativas para o ano de 2022”, ressalta.

Com os investimentos e aumento da industrialização, a empresa estima um faturamento R$1,2 bilhão para 2022, crescimento de 20%, “Apesar de sermos uma empresa nova, temos o respaldo da experiência e do pioneirismo de três grandes cooperativas que fazem parte da intercooperação Unium. Sabemos de onde vem o suíno, como é tratado e alimentado e temos o controle de toda a rastreabilidade. Isso torna a nossa carne um produto confiável e de grande qualidade”, finaliza.

Sobre a Alegra

Criada em 2015, a indústria de alimentos Alegra, localizada em Castro (PR), é a união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Hoje, a empresa emprega mais de 1.600 colaboradores diretos e beneficia mais de 5 mil famílias dos Campos Gerais. Possui 11 linhas de produtos e exporta as proteínas suínas para 32 países.