O prefeito de Curitiba Rafael Greca e a primeira-dama Margarita Sansone, receberam Juliane Karsten Lorenz da Daju, para agradecer as doações que a empresa fez à diversas instituições de Curitiba.

Vivemos um período de grandes mudanças, onde a solidariedade e a preocupação com o próximo, oferecem uma oportunidade de reflexão e de mudança de hábitos, na busca por um futuro melhor.
A Daju, que todos os anos promove diversas ações solidárias, este ano, vem realizando doações de produtos indispensáveis no combate a pandemia do coronavírus (covid-19), como máscaras e álcool gel.
No mês de maio a empresa fez doações em diversas instituições. Foram 250 máscaras de proteção ao ICS (Instituto Curitiba de Saúde), que estão sendo usadas por médicos e enfermeiros. O Hospital Erasto Gaertner recebeu 500 itens, entre mantas e toucas, que segundo a assessoria de comunicação do hospital, serão destinados às pessoas que estão tratando câncer. As toucas auxiliam quem está em tratamento, pois ajudam a proteger o couro cabeludo da sensibilidade capilar, que fica mais aflorada durante o tratamento de quimioterapia.
O Instituto Moradas do Tempo recebeu 100 cobertores. Outros 720 cobertores foram doados à FAS (Fundação de Ação Social). O presidente da FAS, Fabiano Vilaruel, recebeu as doações em nome da Fundação e destacou: “Essas ações entre o setor público e privado são muito importantes, pois agem em prol dos mais necessitados”. Também estavam presentes na entrega a presidente do ICS Dora Pizzatto e seu assessor Fabio Polati.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e a primeira-dama Margarita Sansone, acompanhados de Fabiano Vilaruel (FAS) e Dora Pizzatto (ICS), receberam a diretora da Daju, Juliane Karsten Lorenz, como gesto de agradecimento pelas doações que a empresa vem realizando em Curitiba. O prefeito destacou a importância dessas ações e parabenizou a Daju pelas doações em prol de quem mais precisa. “O inverno está chegando e nós queremos agradecer, e propor essa doação, como um exemplo para outras empresas estabelecidas em Curitiba”, acrescenta Greca.
Segundo Juliane, além de aquecer quem está desprotegido neste inverno, o objetivo é incentivar outros empresários a doar neste momento de crise. “Se cada um fizer um pouco, podemos impactar um número cada vez maior de pessoas que precisam”, acrescenta.
Seja solidário, ajude quem mais precisa.
Daju, aqui tem mais Gratidão!

Fonte: Cris Osike Nova Comunicação

Cientistas da UFPR trabalham no desenvolvimento de vacina contra a covid-19

Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão utilizando nanotecnologia para desenvolver uma vacina contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A técnica consiste em produzir nanopartículas que imitam os antígenos do vírus, ativando o sistema imune contra a doença. O método escolhido proporciona baixo custo no produto final e pode ser replicado em vacinas para outras enfermidades. O projeto tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Para elaborar a vacina, os pesquisadores produzirão nanoesferas de polímero, biocompatível e biodegradável, recobertas com partes específicas da proteína Spike, que é a proteína que permite ao Sars-CoV-2 infectar nossas células, e da proteína do envelope do vírus. As partes escolhidas dessas proteínas são vitais para a infecção viral. Essas nanopartículas funcionarão como um veículo para apresentar ao sistema imune os antígenos do vírus. “A vantagem é que elas não causam prejuízo ao nosso organismo e são biocompatíveis, ou seja, as partículas circulantes no sangue serão degradadas pelo organismo assim que cumprirem a missão de ativar o sistema imune contra o novo coronavírus”, explica Marcelo Müller dos Santos, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR.

A técnica escolhida utiliza o polímero bacteriano polihidroxibutirato (PHB), que é uma macromolécula acumulada naturalmente por diversas bactérias. Quimicamente o PHB é um poliéster com características muito similares a polímeros utilizados para a fabricação de plásticos, como o polietileno e o polipropileno. Segundo Santos, partículas de PHB carreando proteínas já foram empregadas com sucesso para imunizar camundongos contra tuberculose e hepatite C.

“Nosso grupo de pesquisa na UFPR já trabalha, há mais de 30 anos, com bactérias que produzem esses polímeros. Há cerca de 10 anos, essa linha de pesquisa foi revitalizada com a perspectiva de contribuir para a redução do uso de insumos fósseis não renováveis e geradores de gases de efeito estufa. Nesse sentido, pretendemos associar o que estamos fazendo para desenvolver uma tecnologia que possa contribuir no combate à covid-19”, revela Emanuel Maltempi de Souza, também docente do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular e presidente da Comissão de Acompanhamento e Controle de Propagação do Coronavírus na UFPR.

Processo
O processo de produção da vacina consistirá na produção das proteínas recombinantes capazes de serem imobilizadas em nanopartículas de PHB e na produção das nanopartículas de PHB. “Os dois procedimentos serão realizados na bactéria Escherichia coli (E.coli), amplamente utilizada em biotecnologia. Como a E. coli não produz PHB naturalmente, nós reorganizaremos o processo de engenharia genético dela para produzir o polímero em altas quantidades e sob condições específicas”, esclarece Santos.

A ideia é utilizar biologia sintética para montar as proteínas em módulos, unindo diferentes blocos de DNA em um novo gene sintético. De acordo com Souza, a proteína derivada desse novo gene terá as características por eles planejadas. “Essa é uma estratégia bem interessante, já que não temos certeza de qual proteína do vírus será mais imunogênica. As proteínas podem ter milhares de aminoácidos, mas apenas uma parte com algumas dezenas pode ser necessária e suficiente para induzir a formação de anticorpos”. Empregando essa técnica, os cientistas podem criar uma coleção de proteínas ou peptídeos sintéticos, baseados nos originais, unidos a proteínas que apresentem antígenos do vírus e imunizar os animais em testes pré-clínicos para escolher as combinações mais eficientes.

“Além disso, é possível preparar bibliotecas de antígenos de outros vírus e de patógenos bacterianos e fúngicos, visando à imunização contra outras doenças. Bibliotecas, nesse contexto, significam uma coleção de genes para diferentes antígenos. Essa coleção pode ser utilizada para escolher o melhor antígeno de acordo com a necessidade”, comenta o presidente da comissão.

Etapas
Atualmente o projeto está na fase pré-clínica. Os pesquisadores esperam que dentro de um mês tenham o primeiro lote de nanopartículas prontas para inocular camundongos. Caso os testes comprovem ser possível induzir anticorpos nos animais e que não há risco para seres humanos, a vacina passará para a fase clínica.

A fase clínica é composta por três estágios de testagens. A primeira é realizada em dezenas de voluntários. Na segunda, os testes são estendidos para centenas de voluntários e, além da indução de anticorpos, é verificada a segurança. O último estágio testa a eficácia da vacina para proteger toda uma população contra a doença e inclui milhares de voluntários. “Os resultados de todas as fases são submetidos às autoridades de saúde para liberar o produto. Só aí passamos para a etapa de produção. Isso tudo deve demorar pelo menos dois anos”, conta Santos.

Segundo o professor, o objetivo é transferir a tecnologia de forma rápida para que algum órgão federal especializado ou instituições do setor privado possam iniciar os testes clínicos o quanto antes.

Outras vacinas
Os especialistas afirmam que a técnica utilizada nesta vacina é diferente das demais que estão na fase dois, de testes clínicos. As substâncias produzidas tanto pela Universidade de Oxford, quanto por uma empresa chinesa usam um adenovírus como vetor para expressar proteínas de SARS-CoV-2 e imunizar os pacientes. “Apesar de essa ser uma técnica já conhecida e com bons resultados experimentais, existe apenas uma vacina comercial que a utiliza: a vacina veterinária contra o vírus da raiva. Por mais que a vacina contra a covid-19 seja alcançada com vetores adenovirais, ainda não sabemos quanto custará sua fabricação em larga escala”, avalia Souza. Ele também alerta sobre um problema evidenciado por esse tipo de vacina: caso o paciente já tenha entrado em contato com o adenovírus, o sistema imune dele pode atacar a vacina, reduzindo sua eficácia.

Outro tipo de vacina que tem apresentado resultados aceitáveis e também já está na fase clínica é baseada em RNA. O presidente da comissão menciona que a tecnologia aplicada é bem diversa da anterior, pois é utilizado um RNA sintético codificando parte da proteína S para imunizar as pessoas. “Até agora nenhuma outra vacina utilizando essa tecnologia foi produzida e o custo de produção pode ser alto”.

Santos considera muito importante haver várias técnicas de produção da vacina em andamento. “A que propomos utiliza métodos de fermentação e purificação de proteínas já desenvolvidos na indústria e que podem ser adaptados facilmente para a produção da vacina. Certamente terá um custo mais baixo do que vacinas que utilizam vetores virais e possivelmente também terá um custo competitivo frente àquelas com vírus atenuados. E mais, teremos uma plataforma tecnológica que poderá ser usada para desenvolver vacinas para outras doenças”.

Link: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/cientistas-da-ufpr-trabalham-no-desenvolvimento-de-vacina-contra-a-covid-19/

Casos de sarampo avançam 1.044% no Paraná

Casos de sarampo avançam 1.044% no Paraná
Em 30 dias, os registros da doença em território paranaense cresceram assustadoramente segundo dados da Sesa

CURITIBA, 11/10/2019 – A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) acaba de divulgar um novo Informe Epidemiológico referente aos casos de sarampo. Cada vez mais alarmantes, os casos avançaram 1044% em apenas 30 dias, entre 10 de setembro e 10 de outubro. Agora, o Paraná já registra 103 casos confirmados da doença em 2019. Segundo o informe, a Região Metropolitana de Curitiba concentra quase a totalidade dos casos. Apenas em Curitiba, 80 pessoas estão infectadas.

O sarampo é uma doença considerada de contágio fácil, similar ao da gripe, com a transmissão feita por meio de tosse, fala ou contato íntimo. Outro fator que agrava as chances de epidemia é que um paciente contaminado pode transmitir o vírus para, em média, 18 pessoas. Entre os principais sintomas do sarampo estão manchas vermelhas na pele, tosse persistente, manchas brancas na parte interna da bochecha e irritação nos olhos. “As vacinas são consideradas um dos grandes avanços da medicina e salvam vidas todos os dias há mais de 200 anos. Doenças como o sarampo, já vencidas, retornam em surtos por conceitos equivocados de ‘movimentos antivacinas’, gerando um retrocesso na saúde”, explica o Dr. Aier Adriano Costa, clínico geral e coordenador médico da Docway.

A doença pode ocasionar febre, convulsões, infecções, conjuntivite, perda de apetite, diarreia e, em casos mais graves, até lesão cerebral e infecções no encéfalo. A enfermidade é considerada de maior risco para crianças menores de 5 anos, podendo causar meningite, encefalite e pneumonia. “Em casos mais graves, o sarampo pode ocasionar até a morte do paciente. Em locais onde a vacinação ainda não está implantada nos sistemas de saúde, a doença está entre as principais causas de morte de crianças de até 5 anos de idade”, afirma o médico.

Sem um tratamento específico, a única prevenção garantida é a vacinação. “A doença pode ser prevenida por meio da vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola. Uma dose gera imunidade em aproximadamente 93% dos vacinados. O emprego de duas doses possui eficácia de proteção em torno de 97%”, explica Deivis Junior Paludo do grupo Diagnósticos do Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização e o Ministério da Saúde, a primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses, que pode ser substituída pela vacina tetravalente. “A vacina contra o sarampo é altamente efetiva e com certeza a melhor forma de prevenir a doença”, confirma o Dr. Aier.

Apesar de, na maioria dos casos, o diagnóstico do sarampo ser feito por meio de avaliação clínica, o especialista do Diagnósticos do Brasil ressalta que está disponível no mercado nacional o exame que identifica a doença. “Ele é realizado por meio da sorologia, que detecta a presença de anticorpos IgM e IgG específicos, com resultados em até 10 dias úteis”, explica Deivis.

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde, mas o título foi retirado em fevereiro deste ano após a verificação do surto ocorrido em 2018. O motivo da epidemia da doença é extremamente preocupante, pois se resume à redução da cobertura vacinal, proporcionando um ambiente populacional menos protegido ao vírus. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a cobertura vacinal chegou a ser em torno de 100%, em 2014, mas caiu para 90% no ano passado.

“A vacina contra o sarampo integra o calendário nacional de vacinação, e é de extrema importância que a população retome seus cuidados em segui-lo à risca. Afinal, esta é a única maneira comprovada de se prevenir contra essa e muitas outras doenças que podem ter consequências graves”, reforça Deivis. O Ministério da Saúde indica que crianças de seis meses a um ano de idade, que vão se deslocar para municípios que apresentem surto ativo de sarampo, devem ser vacinadas contra a doença pelo menos 15 dias antes da data da viagem.

Adultos que ainda não foram imunizados contra o sarampo, também devem seguir as indicações das autoridades: pessoas de até 29 anos devem receber duas doses para a imunização. “Para a população entre 30 e 49 anos, o indicado é que recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção fica para pessoas imunodeprimidas, acima 50 anos ou mulheres grávidas, que não devem tomá-la”, completa o Dr. Aier.