Exposição “João Turin: Vida, Obra, Arte” completa 10 anos, consagrada como a mais visitada na história do Museu Oscar Niemeyer

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Foto: Maringas Maciel

Este ano de 2024 marca uma década desde que a exposição "João Turin: Vida, Obra, Arte" abriu suas portas no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, e se tornou uma referência na história da arte brasileira. Durante o período de oito meses em que esteve em cartaz (de 05/06/2014 a 22/02/2015), a mostra atraiu um extraordinário número de visitantes, alcançando a marca de 266 mil pessoas, tornando-se a mais visitada na história do MON.

Além de conquistar o público local, a exposição obteve reconhecimento internacional, assegurando seu lugar no ranking da revista britânica The Art Newspaper entre as mais visitadas do mundo em 2014. No Brasil, conquistou o Prêmio Paulo Mendes de Almeida, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) como a melhor exposição do ano. No mesmo evento de premiação promovido pela ABCA, arrebatou também o Prêmio Sérgio Milliet na categoria melhor livro de arte por “João Turin: Vida, Obra, Arte”, biografia escrita pelo jornalista, historiador, escritor e crítico de arte José Roberto Teixeira Leite.

Esta foi a maior mostra sobre João Turin já realizada, após um intenso trabalho de resgate de ponta a ponta de todo o trabalho deixado pelo artista, promovida pela Família Ferrari Lago, que adquiriu os direitos patrimoniais sobre a obra de Turin, sendo responsável pela gestão de seu legado, composto por 410 obras.

O trabalho de resgate foi acompanhado por José Roberto Teixeira Leite, que além de escrever a biografia de Turin, foi curador da exposição, montada no privilegiado espaço conhecido como “Olho” do Museu Oscar Niemeyer. Contou não apenas com esculturas (arte pela qual Turin é mais conhecido), mas também por pinturas, desenhos e até projetos de design, inclusive em arquitetura e moda deixados pelo artista, mostrando o quanto era versátil.

Cerca de 130 obras em bronze foram apresentadas, sendo que grande parte ainda estava inédita até aquele momento. “João Turin não pôde fundir em bronze boa parte de suas esculturas, que permaneceram em gesso, guardadas há décadas por sua família”, afirma Samuel Ferrari Lago, um dos gestores da obra de João Turin. “Durante o resgate de ponta a ponta, iniciado em 2013, montamos uma fundição para realizar a produção de mais de 100 obras de Turin em bronze. Muitas delas puderam ser vistas pela primeira vez na exposição no Museu Oscar Niemeyer”, completa.

Entre as peças expostas, uma parte considerável trazia onças e outros animais, mostrando porque Turin é consagrado como o maior escultor animalista brasileiro: “Marumbi”, “Luar do Sertão”, “Tigre esmagando a cobra”, entre outras. Os visitantes também puderam admirar “Frade Lendo”, escultura selecionada pelo governo brasileiro para presentear o Papa Francisco em sua visita ao Brasil em 2013. A mostra também contou com “Pietá” feita em 1917 na Igreja de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau, na França, tendo sobrevivido a um bombardeio na Segunda Guerra Mundial que arrasou com a cidade.

O público que passou pelo local pôde contemplar também pinturas, desenhos, documentos, vestidos feitos a partir de projetos deixados pelo artista, projetos de arquitetura e design, e até apreciar a reprodução do ateliê em que João Turin trabalhava.

A celebração destes 10 anos é um momento para refletir sobre como esta exposição ajudou a propagar a obra e a importância de João Turin, bem como solidificar um ponto de referência na cena cultural de Curitiba e além. A exposição viajou para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde foi apresentada de forma condensada no Museu Nacional de Belas Artes (em 2015) e na Pinacoteca de São Paulo (em 2016). Para celebrar esta década de impacto artístico e cultural, estão sendo programados eventos especiais ao longo do ano, que serão divulgados em breve.

Últimos dias da exposição de Victor Brecheret no MON

A exposição “O Feminino na Obra de Victor Brecheret” poderá ser vista até 21 de janeiro. A mostra é uma parceria do Museu Oscar Niemeyer com o Instituto Victor Brecheret (IVB), em cartaz na Sala 1.

Com obras que se relacionam ao eterno feminino, a exposição reúne pequenas, médias e grandes esculturas que alternam em materiais e técnicas variadas, como bronze e mármore, além de uma coleção de desenhos, em bico de pena e caneta tinteiro, uma expressão autônoma de criação artística. A curadoria é de Daisy Peccinini.

Também compõe a mostra uma linha do tempo que remete as principais realizações do modernista Victor Brecheret, nome imprescindível no cenário nacional e internacional.

SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço
Exposição “O Feminino na Obra de Victor Brecheret”, de Victor Brecheret
Sala 1
Até 21 de janeiro

Museu Oscar Niemeyer
www.museuoscarniemeyer.org.br

Últimos dias da exposição Poesia Experimental Portuguesa

Mostra na Caixa Cultural Curitiba celebra 60 anos do movimento

O público de Curitiba tem até o próximo domingo (21) para assistir a exposição "Poesia Experimental Portuguesa", que acontece na Caixa Cultural Curitiba na Galeria Mezzanino (Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro). O compilado de obras apresenta, pela primeira vez ao público brasileiro, um panorama da poesia experimental realizada em Portugal desde os anos 1960 até os dias atuais. São cerca de 80 trabalhos de 18 artistas portugueses, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri. A coletânea percorre uma trajetória de seis décadas de produção poética em diferentes formatos e suportes: impressões, pinturas, caligrafias, fotografias, objetos, áudios e vídeos. A exposição, com produção da Espaço Líquido, tem visitação gratuita, de terça a domingo, das 10h às 20 horas, e nos domingos, das 10 às 19 horas. E na próxima quinta-feira, dia 18, será realizado um bate-papo virtual com os poetas portugueses Fernando Aguiar, Rui Torres e Silvestre Pestana. O encontro terá mediação dos curadores Bruna Callegari e Omar Khouri e acontecerá via Youtube (youtube.com/@espacoliquido ), às 14h30.
A Poesia Experimental Portuguesa surgiu na década de 1960, desafiando métodos e convenções pré-definidas na cena artística portuguesa. Reconhecida em outros países como concreta, visual, espacial ou intersemiótica, autodenominou-se, em Portugal, Poesia Experimental com o lançamento, em 1964, de revista de mesmo nome, a qual alcançou o seu segundo número em 1966. Em cerca de 60 anos de existência, a Poesia Experimental segue em atividade. Cada artista desenvolve uma maneira diferente de expressão da visualidade na poesia. Ao longo dos anos, as novas gerações de poetas deram continuidade às experimentações, mantendo sempre o princípio da invenção. Tudo pode virar poesia: poemas-objetos, poesia visual, poesia-performance, poesia-cinética e videopoesia.

Serviço:
Exposição: "Poesia Experimental Portuguesa"
Local: CAIXA Cultural Curitiba - Rua Conselheiro Laurindo, 280 - Centro, Curitiba/PR
Informações: (41) 4501-8722
Período: Até domingo, dia 21/01/24
Horários de visitação: de terça-feira a sábado das 10h às 20h, domingos e feriados das 10h às 19h.
Acesso para pessoas com deficiência
Classificação Indicativa: livre para todos os públicos
Entrada Franca
Bate-papo virtual com poetas portugueses: quinta-feira, dia 18, às 14h30 no canal:https://www.youtube.com/@espacoliquido
Participação dos poetas portugueses Fernando Aguiar, Rui Torres e Silvestre Pestana. O encontro terá mediação dos curadores Bruna Callegari e Omar Khouri.

Sobre os participantes:
Fernando Aguiar (Lisboa 1956-). Poeta, artista plástico e performer, curador e colecionador,
tem sido responsável, nos últimos anos, pela divulgação da Poesia Experimental Portuguesa
dentro e fora do país. Aguiar organizou festivais, exposições e antologias de poesia
experimental, entre os quais Poemografias: Perspectivas da Poesia Visual Portuguesa (1985), 1º Festival Internacional de Poesia Viva (1987), Concreta, Visual, Experimental, Poesia Portuguesa 1959-1989 (1989), Imaginários de Ruptura, Poéticas Experimentais (2002) entre outros.
Rui Torres (Porto 1973-). Professor na Universidade Fernando Pessoa (UFP), leccionando
seminários de graduação e pós-graduação em comunicação, semiótica, literatura e hipermédia
– seus cruzamentos e metodologias. Faz trabalhos de escrita criativa digital, poesia digital e/ou
ciberliteratura. Criador e coordenador do site ARQUIVO DIGITAL DA PO.EX.
Silvestre Pestana (Funchal-Madeira 1949-). Poeta, artista plástico e performer, com obrasintegrando importantes coleções como as da Fundação Serralves e da Fundação Calouste Gulbenkian. Pioneiro da poesia com/para computador nos anos 80’, sua obra é marcada pelo hibridismo e permutação de signos linguísticos, misturando frequentemente procedimentos baseados em sistemas digitais com representações de carácter analógico. Fez parte da representação portuguesa na XIV Bienal de São Paulo, em 1977.

Encenação dos Reis Magos no Passeio Público de Curitiba, e no Centro tem concerto beneficente de Natal

Nesta quinta-feira estive no lançamento do espetáculo de Natal do Passeio Público de Curitiba, emocinante e super indico, a comemoração dos 40 anos do Shopping Mueller em seu jardim…é táo lindo quanto o sorriso do nosso Prefeito Rafael Greca de Macedo!
Fiz imagens para você meu leitor:
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Encenação dos Reis Magos estreia nesta quinta no Passeio Público de Curitiba, e no Centro tem concerto beneficente de Natal. Foto: Pedro Ribas/SMCS
Encenação dos Reis Magos estreia nesta quinta no Passeio Público de Curitiba, e no Centro tem concerto beneficente de Natal. Foto: Pedro Ribas/SMCS
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Nesta quinta-feira (30/11), o Natal de Curitiba tem duas atrações imperdíveis para os moradores e visitantes da cidade. O Passeio Público, o parque mais antigo da capital paranaense, recebe a estreia da temporada das encenações do Auto de Adoração dos Reis Magos, na Ilha da Ilusão, que integra o Natal Mueller no Passeio Público. Ao mesmo tempo, a Igreja Bom Jesus dos Perdões, em frente à Praça Rui Barbosa, será palco do 25º Concerto Beneficente Natalino de Órgão.

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Às 19h30, na Ilha dos Poetas do Passeio Público, tem início o espetáculo que encantará o público com a dramatização poética e musical da chegada dos Reis Magos à manjedoura. Melchior, Balthazar e Gaspar protagonizam a emocionante jornada guiados pela Estrela Guia até a manjedoura de Cristo.

A encenação, produzida pela Fundação Cultural de Curitiba para celebrar o Natal, promete encantar toda a família. As apresentações acontecem de quinta a domingo, às 19h30, até o dia 23 de dezembro.

Além do auto na Ilha dos Poetas, o Natal Mueller no Passeio Público permite a moradores e turistas aproveitarem e apreciarem o nostálgico carrossel veneziano e a bela decoração, com destaque para a árvore de Natal de luz e os contornos que evidenciam ainda a ponte pênsil e o lago do espaço verde.
As atrações do Natal de Curitiba 2023 não precisam de agendamento.
O cenário ao ar livre, ao lado do carrossel, proporciona um ambiente único para apreciar o espetáculo, reforçando o espírito natalino que toma conta do Passeio Público. Após um primeiro fim de semana movimentado, com a passagem de 4 mil crianças pelo Carrossel do Shopping Mueller, a expectativa é que as encenações dos Reis Magos atraiam ainda mais visitantes para o centenário parque curitibano.

Concerto beneficente natalino de Órgão
Quase no mesmo horário, às 19h20, a Igreja Bom Jesus dos Perdões abre suas portas para o 25º Concerto Beneficente Natalino de Órgão. O repertório, composto por peças eruditas apresentadas por coralistas à capela e embaladas ao som do órgão e de instrumentos de sopro e de cordas, promete transportar o público para uma atmosfera de celebração.

Além dos talentosos organistas Jeanine Franke Mundstock, Eugenio Gall, Ricardo Hermmann e Maria Esther Arce, o concerto conta com a participação especial do tenor Anderson Luis Ombrellino e dos corais Vokx & Coral Folclórico Italiano Santa Felicidade e Bom Jesus, regidos por Maria Esther Arce. O Trio Barroco, composto por Aloiso Schmid (violino), Orlando Fraga (gamba), Eugenio Gall (órgão), e Ornella de Lucca (soprano), também se apresenta, enriquecendo ainda mais a experiência musical.

Para prestigiar o concerto, o público só precisa levar um quilo de alimento não perecível para ser doado a famílias carentes, beneficiadas pela ação social da paróquia. A Igreja Bom Jesus dos Perdões, construída em 1907 pelos franciscanos em estilo neogótico, é um local histórico com capacidade para 450 pessoas e abriga um raro órgão Speith de quase 100 anos, um dos últimos da marca em funcionamento no Brasil.

SERVIÇO

Auto de Adoração dos Reis Magos no Passeio Público
Dias: de 30/11 a 23/12 (de quinta a domingo)
19h30
Local: Passeio Público (R. Presidente Carlos Cavalcanti, s/n – Centro)

25° Concerto Beneficente Natalino de Órgão
Dia: quinta-feira (30/11), às 19h20
Local: Igreja Bom Jesus Dos Perdões (Praça Rui Barbosa, 149)

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO NATAL DE CURITIBA 2023 DESTA QUINTA-FEIRA (30/11)

9h – Decoração Ademicon no Jardim Botânico (Rua Engenheiro Ostoja Roguski, n.º 350)
10h – Feira Especial de Natal da Praça Osório
10h – Feira Especial de Natal da Praça Santos Andrade
14h – Carrossel Shopping Mueller no Passeio Público
15h – Roda-Gigante O Boticário na Rua XV (perto da Praça Osório)
15h30 – Auto de Natal na Rua da Cidadania Pinheirinho (Av. Winston Churchill, 2033 – Capão Raso)
18h – Constelação Natal Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido)
18h – Natal na Defensoria Pública
19h – Árvore de Luz da Volvo no Centro Cívico (ao lado do Palácio 29 de Marços, sede da Prefeitura de Curitiba)
19h – Natal Servopa – Trânsito de Luzes (Rua General Mário Tourinho, 1010)
19h – Decoração Natal Ligga Arena na Praça Afonso Botelho (Rua Engenheiros Rebouças, 3020 – Água Verde)
19h – Árvore da Vida O Boticário na Rua XV (Rua Dr. Muricy e a Avenida Marechal Floriano Peixoto)
19h – Árvore de Luz ParkShoppingBarigüi (Parque Barigui)
19h – Estações de Luz Uninter na Avenida Sete de Setembro (entre o Shopping Estação e a Praça do Japão)
19h – Decoração no Caminho de Luz Ligga no Parque Barigui
19h20 – Concerto Beneficente Natalino de Órgão (Igreja Bom Jesus dos Perdões – Pça Rui Barbosa, 149)
19h30 – Auto do Presépio de São Francisco no Largo da Ordem (em caso de chuva será transferido para dentro do Memorial de Curitiba)
19h30 e às 20h20 – A Fantástica Fábrica do Papai Noel no Restaurante Família Madalosso (Av. Manoel Ribas, 5.875)
19h30 – Concerto Luminoso Ademicon do Jardim Botânico (Rua Engenheiro Ostoja Roguski, n.º 350)
19h30 – Auto Encontro de Emoções no Parque Barigui
19h30 – Decoração Família Moletta (R. Nicola Pellanda, 5962 – Umbará). Os ingressos para essa atração custam R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia). Crianças até 5 anos não pagam
A Prefeitura de Curitiba promove o Natal de Curitiba – Luz dos Pinhais 2023 com o patrocínio das empresas Electrolux, Ligga, Ademicon, Shopping Mueller, O Boticário, Uninter, ParkShopping Barigui, Club Athletico Paranaense, Servopa, Volvo, Hard Rock Café, AirPromo, Midialand e Banco do Brasil. A decoração poderá ser apreciada até 7 de janeiro. A programação completa do Natal de Curitiba – Luz dos Pinhais 2023 pode ser consultada no site natal.curitiba.pr.gov.br.

*com divulgação fonte site da Prefeitura de Curitiba

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“Lina Faria – Passando a limpo”: MIS-PR celebra trajetória de fotógrafa paranaense com exposição inédita

Com curadoria do fotógrafo João Urban, a artista revela sua abordagem e captação sensível em imagens que protagonizam as mulheres em dimensões e diversas realidades, e hoje faz parte do projeto Memória Viva até 23 de fevereiro de 2024.

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Entra em cartaz na segunda (11), na Sala Adalice Araújo, às 17h, a exposição “Lina Faria – Passando a limpo”, realizada pelo Museu da Imagem e do Som do Paraná. A mostra consagra uma homenagem à fotógrafa paranaense e sua contribuição para a fotografia do Paraná, com destaque para sua forma sensível de capturar as imagens.
“A fotografia da Lina Faria é manuscrita, é escrita corrida, é feita “na mão”! Com a caligrafia do carinho pelas pessoas que fotografa, é feita de sorriso e abraços”, diz o curador João Urban, colega de profissão e amigo de Lina desde quando trabalharam juntos no antigo estúdio Zap.
Um dos pontos curiosos dessa exposição é a descoberta de um conjunto significativo de fotografias feitas por Lina na colônia polonesa Tomás Coelho, em Araucária e Campo Largo, no ano de 1984 para a Secretaria de Estado da Cultura. Essas fotos, originalmente creditadas a Urban devido a um erro na identificação, tiveram sua verdadeira autoria resgatada no acervo do MIS, evidenciando o olhar de Lina presente nessas imagens.
Em “Passando a Limpo”, Lina é apresentada como uma fotógrafa do mundo, uma flâneur moderna que explora não apenas as cidades, mas também as histórias e as pessoas que nelas habitam. Sua abordagem fotográfica capta fragmentos do cotidiano, revelando a poesia e a imaginação presentes ao nosso redor, desde os espaços íntimos das pessoas até as paisagens urbanas.
Os projetos de Lina revelam o interesse na relação estética das mulheres com seus espaços, explorando presídios, áreas rurais e urbanas para capturar a vida feminina em diferentes contextos. Seus trabalhos também incluem registros em Cuba, mostrando a rotina das cubanas em suas residências, sempre revelando fascínio pela relação das pessoas com seus ambientes e narrativas pessoais.
“O que posso dizer é que o tempo me tornou tímida para abordagens fotográficas”, relata Lina ao amigo e curador Urban. Apesar dos desafios da violência urbana e da crescente busca das pessoas por privacidade, ela não acredita na morte da fotografia documentária, mas afirma que tem medo. Em relação à verdade na fotografia, ela acredita que esta é a verdade que o fotógrafo quer imprimir ao seu público.
“Essa habilidade de Lina em capturar a essência das coisas, seu olhar sensível para o mundo ao seu redor é o que está estampada na exposição. É como consegue contar histórias através de suas fotografias de um jeito só dela, mesmo em lugares e tempos diferentes. Além de ser uma homenagem à jornada de todas as fotógrafas mulheres do Paraná e do Brasil”, conta Mirele Camargo, diretora do MIS-PR, que busca celebrar a trajetória de grandes fotógrafos paranaenses com o projeto Memória Viva.

HISTÓRIA PASSADA A LIMPO – Nascida no município de Nova Esperança, 1955, Lina teve o primeiro contato com a arte visual aos 17 anos, por meio dos slides projetados por Adalice Araújo durante aulas de História da Arte na UFPR, quando cursava Comunicação Social. Sua paixão pela fotografia solidificou posteriormente, quando teve acesso a equipamentos ao trabalhar com still para cinema.
Ela não se dedicou a pesquisas extensivas, mas absorveu influências significativas. No estúdio Zap, conviveu com o trabalho de diferentes fotógrafos como João Urban, Nego Miranda, Márcio Santos e Dico Kremer, absorvendo a efervescência cultural do ambiente. A poesia de Baudelaire, Walter Benjamin e Italo Calvino, juntamente com seu convívio com arquitetos durante o trabalho no IPPUC, também influenciaram a abordagem do urbano na fotografia.
Cuba, vilas rurais e o cotidiano do centro de Curitiba: sua sensibilidade e olhar atento se direcionam para diferentes cenários. Seus projetos abrangem uma rica variedade de temas, desde a série “Identidade e Intimidade”, que adentra os lares das pessoas para resgatar suas histórias, até “Prisão Feminina”, que explora a estética das mulheres em ambientes carcerários. Esses projetos refletem o tema comum para Lina: o embate entre o ser humano e seu ambiente, seja físico ou arquitetônico.

CRÉDITOS – A busca pelo ensaio perdido de Lina na colônia Tomás Coelho em 1984 se estendeu por anos, em diferentes fontes possíveis. Esse mistério se desenrolou por meio da descoberta de Catarina Knapri Cunha e Maria Fernanda Rodrigues, funcionárias do museu que pesquisavam fotografias e se depararam com uma imagem em preto e branco, semelhante a um cromo identificado como pertencente a João Urban.
Urban explica a origem da confusão: “Ninguém sabia explicar o sumiço dos cromos. Como eu estava fotografando a colônia desde 1980, algum funcionário, que sabia disso, identificou os slides como sendo meus”.
A revelação veio de uma identificação equivocada dos registros como pertencentes a Urban, devido ao seu trabalho fotográfico contínuo na colônia Tomás Coelho na década de 80.
“Foi aí que me buscaram para confirmar se eu e a Lina havíamos fotografado juntos em Tomás Coelho, o que desvendou o mistério do desaparecimento do ensaio que a Lina havia feito em 84... tanto eu como a Lina estávamos atrás desse material justamente para essa exposição”, esclarece Urban.

MEMÓRIA VIVA – “Lina Faria – Passando a limpo” é parte do projeto Memória Viva, uma iniciativa do MIS-PR que busca homenagear a trajetória de importantes agentes culturais do Paraná, ainda em vida.

Serviço
Abertura 11 de dezembro, às 17h
Visitação até 23 de fevereiro de 2024
De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h
Sala Adalice Araújo – Rua Ébano Pereira, 240, Centro – Curitiba – Paraná.

Intensivos de férias para divertir e entreter pequenos com arte

Que tal aproveitar o início das férias escolares para preencher a agenda das crianças com aulas de arte? Esta é a proposta de dois novos cursos que o Solar do Rosário lança em dezembro, com aulas de aquarela e pintura para crianças e jovens, de 7 a 14 anos. As inscrições já estão abertas na secretaria, com mais informações pelos telefones (41) 3225-6232 – 98803-4634 – 98803-8089.

Confira os cursos intensivos de dezembro no Solar do Rosário:

Intensivo de Férias para crianças: Técnicas de Pintura Através da História – com professora Carla Schwab

Usando referências artísticas de forma divertida, a artista visual Carla Schwab ministra esse Intensivo de Férias para Crianças: Técnicas de Pintura Através da História. A professora aproveita a criatividade dos pequenos, aliada a história de grandes artistas, para ensinar novas técnicas. O curso é voltado para alunos de 7 a 12 anos.

As aulas presenciais acontecem nos dias 5, 6, 7 e 8 de dezembro, das 14h às 17h. Investimento: R$ 250.

https://solardorosario.com.br/cursos/intensivo-de-ferias-para-criancas-tecnicas-de-pintura-atraves-da-historia-2023/

Intensivo de Férias Infantojuvenil: Técnicas de Aquarela – com professora Mari Ines Piekas

As férias dos pequenos começam com muita animação e arte com o Intensivo de Férias Infantojuvenil: Técnicas de Aquarela. O curso, voltado a crianças e jovens de 7 a 14 anos, estimula os alunos a praticar a criatividade, coordenação motora, e conhecimento de técnicas, cores e pincéis. Quem ministra esse intensivo é Mari Ines Piekas, doutora em desenho, ilustradora de literatura infantojuvenil e professora no Solar do Rosário há 15 anos.

O Intensivo acontece nos dias 11, 12, 13 e 14 de dezembro, das 14h às 16h. Investimento: R$ 250.

https://solardorosario.com.br/cursos/intensivo-de-ferias-infantojuvenil-2023/

Solar do Rosário

Endereço: Rua Lourenço Pinto, 500 – 6º, 7º e 8º andares
Telefones: (041) 3225-6232 – 98803-4634 – 98803-8089
Secretaria de cursos do Solar do Rosário: funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e sábado das 9h às 13h.
Galeria de arte: aberta no mesmo horário da secretaria.
Mais em: www.solardorosario.com.br

Com 120 mil ingressos vendidos em Curitiba, exposição imersiva Van Gogh & Impressionistas anuncia suas últimas semanas

Curitiba tem sido palco de uma experiência de arte e tecnologia única com a exposição Van Gogh & Impressionistas, instalada no Shopping Estação. Com mais de 120 mil ingressos vendidos na cidade, a atração tem encantado visitantes de todas as idades.

A exposição imersiva utiliza tecnologia de ponta para dar vida às obras apresentadas. Por meio de efeitos e movimentos de videografismo, as pinturas ganham vida e proporcionam uma experiência única e emocionante ao público. Além disso, uma trilha sonora especial completa a atmosfera envolvente da exposição.

Nesta quinta-feira, 23 de novembro, a produtora Lightland, que promove a atração em várias capitais brasileiras, anunciou que a temporada curitibana está em suas últimas semanas e abriu novas datas na plataforma de vendas.

Prestes a completar meio milhão de ingressos vendidos em todo o país, os realizadores comemoram o sucesso junto ao público da capital paranaense: a forma como os curitibanos abraçaram Van Vogh & Impressionistas é algo jamais visto. Estamos com 99% de nossa lotação preenchida desde que estreamos. E o envolvimento das pessoas daqui com a arte é algo incomparável, diz Davi Telles, CEO da produtora.

Para quem ainda não conseguiu ir à exposição, esta é a última chance para aproveitar. Ingressos limitados com novas datas já disponíveis para venda no site lightland.com.br e na loja física no piso L1 do Shopping Estação.

SERVIÇO
Com 120 mil ingressos vendidos em Curitiba, exposição imersiva Van Gogh &
Impressionistas anuncia suas últimas semanas
Dias de funcionamento:
diariamente, exceto às terças-feiras
Horário:
Segunda a sábado: das 10h às 22h (último horário de entrada às 21h)
Domingos e feriados: das 11h às 22h (último horário de entrada às 21h)
Local:
Estacionamento superior do Shopping Estação - Av. Sete de Setembro, 2775 - Rebouças -
Curitiba/PR
Quanto custa:
- Segunda a sexta - Diurno: R$70 inteira / R$35 meia-entrada;
- Segunda a sexta - Noturno: R$90 inteira / R$45 meia-entrada;
- Fim de semana e feriados: R$110 inteira / R$55 meia-entrada
- Meia-entrada: para segmentos previstos em lei, mediante apresentação de
comprovação na entrada: estudantes; jovens com idade entre 15 e 29 anos que
possuam Carteira de Identidade Jovem; professores das redes pública e privada;
pessoa com deficiência e seu acompanhante, se necessário; pessoa com 60 anos
ou mais; doadores de sangue e medula e outras hipóteses previstas em legislação
local. Gratuito para crianças até 4 anos
Sobre o Shopping Estação
O Shopping Estação é ponto de encontro e referência em entretenimento e gastronomia na cidade, com um mix de lojas e serviços completo, além de reunir parte da história de Curitiba no Museu Ferroviário, único museu dentro de um shopping no Brasil. Inaugurado em 14 de novembro de 1997, há 25 anos o Shopping Estação tem participação ativa na vida dos curitibanos e de milhares de turistas que passam pela capital paranaense.
Fotos: Vinicius Porto/Lightland Produções

CAIXA CULTURAL CURITIBA APRESENTA A EXPOSIÇÃO POESIA EXPERIMENTAL PORTUGUESA

Exposição celebra 60 anos da poesia pós-verso portuguesa

A CAIXA Cultural Curitiba recebe a exposição Poesia Experimental Portuguesa, entre os dias 21 de novembro de 2023 e 21 de janeiro de 2024. O compilado de obras apresenta um panorama da poesia experimental realizada em Portugal, desde os anos 1960 até os dias atuais. São cerca de 80 trabalhos de 18 artistas portugueses, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri.

A coletânea percorre uma trajetória de seis décadas de produção poética em diferentes formatos e suportes: impressões, pinturas, caligrafias, fotografias, objetos, áudios e vídeos.

Apelidada com as iniciais PO-EX, a Poesia Experimental nunca se configurou como um movimento fechado e teve pouca visibilidade no Brasil, embora ambos os países compartilhem da mesma língua e os portugueses tenham sido influenciados pela Poesia Concreta brasileira. Na exposição, destacam-se obras de artistas como Ana Hatherly, António Aragão, Salette Tavares, Silvestre Pestana, António Barros, Fernando Aguiar, Abílio-José Santos, entre outros. Falecido no ano passado, o poeta E. M. de Melo e Castro, pai da cantora Eugénia Melo e Castro, recebe homenagem especial da curadoria.

Fernando Aguiar. Ensaio para uma nova expressão da escrita (1983)

O curador e poeta brasileiro, Omar Khouri, conta que a Poesia Experimental sempre foi considerada uma prática artística de resistência e transgressão. “Esta poesia nasce e se desenvolve no que se pode chamar Era Pós-Verso, instaurada pela Poesia Concreta, nos anos de 1950. Os experimentais são poetas que valorizam as visualidades todas, assim como as técnicas que as possibilitam. Fizeram uso de todos os media que se apresentaram acessíveis”, explica.

Bruna Callegari, também curadora da coletânea, esclarece que a PO-EX é uma poesia que, desde o início, teve como característica a desmaterialização. “Ela se fundou em um conceitualismo muito forte e utilizou meios e materiais frágeis e de pouca circulação. Nesta coletânea nós apresentamos um recorte significativo, que marcam todas as décadas desde os anos 1960 até obras feitas em 2018. É um material rico e panorâmico dessa poesia, que atravessou os tempos, tendo preservado e expandido o seu projeto de resistência cultural e de radicalidade da linguagem”, declara a curadora.

A exposição visa resgatar e evidenciar o histórico dos artistas e de sua valiosa produção cultural. Ao longo do período expositivo, será lançado um livro-catálogo, com edição de textos dos autores portugueses E.M de Melo e Castro, Ana Hatherly e Fernando Aguiar, além de reprodução das obras em exposição. Estão previstas ainda lives com os poetas Fernando Aguiar e Silvestre Pestana.

Sobre a Poesia Experimental Portuguesa
A Poesia Experimental Portuguesa surgiu na década de 1960, desafiando métodos e convenções pré-definidas na cena artística portuguesa. Reconhecida em outros países como concreta, visual, espacial ou intersemiótica, em Portugal, foi denominada de Poesia Experimental, com o lançamento, em 1964, de revista de mesmo nome, a qual alcançou o seu segundo número em 1966.

Em cerca de 60 anos de existência, a Poesia Experimental segue em atividade. Cada artista desenvolve uma maneira diferente de expressão da visualidade na poesia. Ao longo dos anos, as novas gerações de poetas deram continuidade às experimentações, mantendo sempre o princípio da invenção - Tudo pode virar poesia: poemas-objetos, poesia visual, poesia-performance, poesia-cinética e vídeo-poesia.

SERVIÇO:
Exposição Poesia Experimental Portuguesa
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Teatro, Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro.
Data: Abertura dia 21/11 às 19h. Período da exposição de 21/11/23 a 21/01/24
Horário: Terça a sábado das 10h às 20h | Domingos e feriados das 10h às 19h.
Entrada: gratuita
Informações: Site Curitiba | CAIXA Cultural | Instagram caixaculturalcuritiba|
Classificação Indicativa: livre para todos os públicos

Em 10 anos, duas obras de João Turin dadas como perdidas foram resgatadas

“Pietá” foi localizada na França há uma década, enquanto “No Exílio” ganhou uma releitura em bronze neste ano

Pietá (foto Maringas Maciel) e No Exílio (foto Daniel Castellano-SMCS) web.jpg

O artista João Turin (1878-1949) teve seu trabalho resgatado de ponta a ponta, algo até então inédito na área de artes no Brasil. Além de etapas como catalogação, restauro, pesquisa histórica, fundição de esculturas em bronze, entre outras, o trabalho também incluiu missões à Europa (onde o artista morou por cerca de 15 anos no começo do século XX) em busca de obras que estavam desaparecidas.

Em 2023, completa-se uma década em que foi localizada “Pietá”, em uma cidade da França (até então achava-se que a obra teria sido destruída durante a Segunda Guerra Mundial). Uma equipe foi enviada ao local para fazer um molde da escultura. Outra obra perdida, “No Exílio”, também foi resgatada, mas por meio de uma releitura, inaugurada em setembro deste ano para comemorar o aniversário de nascimento de Turin. Ambas as obras encontram-se em exposição permanente no Memorial Paranista, em Curitiba.

A “Pietá” de Turin
A partir de 2011, quando a Família Ferrari Lago passou a gerir o acervo de obras deixado por João Turin, teve início o audacioso projeto de resgate de todo o legado do artista. Uma equipe coordenada pelo professor, escritor e crítico de arte José Roberto Teixeira Leite realizou uma minuciosa pesquisa histórica que resultou na biografia “João Turin: Vida, Obra, Arte”. Como desdobramento destas pesquisas, em 2013 foi descoberta na França uma de suas obras mais relevantes, “Pìetá”, localizada em Condé-sur-Noireau, na Baixa Normandia. Trata-se de um baixo-relevo de 1917 esculpido em pedra. Dada como perdida por quase 70 anos, a escultura sobreviveu aos bombardeios da 2ª Guerra Mundial, que arrasaram a cidade em 1944, mas a obra permaneceu intacta na Igreja de Saint Martin, que teve suas edificações parcialmente destruídas.

Com a descoberta, foi iniciada uma ação para integrar a obra ao acervo do artista, com a produção de um molde a partir da obra primígena, para que pudesse ser reproduzida no Brasil. “Foi montada uma equipe multidisciplinar com um produtor brasileiro que morava na França na época, Odilon Merlin, e liderada pelo escultor Elvo Benito Damo, de Curitiba, que coordenou a moldagem no local. Depois disso, o molde foi transportado de navio para o Brasil, onde fizemos a primeira fundição inédita em bronze da Pietá”, relata Samuel Ferrari Lago, um dos gestores da obra de João Turin.

Essa missão e o processo de resgate e produção do molde foi registrado no documentário “A Pietá de João Turin”, dirigido por Fabrizio Rosa e produzido por Samuel Lago (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=P7Xlh92EzSo).

No Exílio
Também considerada perdida, “No Exílio” foi a primeira escultura de grandes proporções feita por Turin, concebida em Bruxelas e premiada com Menção Honrosa em Paris. “Durante muito tempo procuramos por essa obra tanto em Bruxelas quanto em Paris, mas não conseguimos localizar”, afirma Samuel Lago. Uma forma de trazer a obra para os dias de hoje foi por meio de uma releitura. Por sugestão do pesquisador Maurício Appel, a artista Luna do Rio Apa foi convidada a realizar uma releitura em argila, a partir de fotografias de época, resultando em uma imponente escultura com 2,70m de altura e mais de 300 quilos.

Em um segundo momento, o escultor Edson de Lima fez a moldagem para a produção da escultura em gesso pedra. A última etapa foi a fundição em bronze, através de uma parceria em que a Família Ferrari Lago cedeu o molde em silicone para a Prefeitura de Curitiba/FCC, para que esta pudesse fundir a escultura, que foi incorporada ao acervo municipal da cidade. Em 21 de setembro, quando se comemoraram os 145 anos de nascimento de João Turin, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, inaugurou a releitura em bronze de “No Exílio” no Jardim de Esculturas do Memorial Paranista.

Sobre João Turin
Em quase 50 anos de carreira, João Turin deixou mais de 400 obras. Nascido em 1878 em Morretes, no litoral do Paraná, mudou-se ainda garoto para a capital Curitiba, iniciando seus estudos em artes, chegando a ser professor. Especializou-se em escultura em Bruxelas e em seguida morou por 10 anos em Paris.

Retornou ao Brasil em 1922, trazendo comentários elogiosos da imprensa francesa, e deu início à etapa mais produtiva de sua trajetória. Foi premiado no Salão de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1944 e 1947. Faleceu em 1949 e é considerado o maior escultor animalista do Brasil, precursor da arte escultórica no Paraná e um dos criadores do movimento artístico e cultural conhecido como Paranismo. Os trabalhos do artista compõem acervos de 15 museus e instituições do Brasil, além de possuir obras em locais públicos do Paraná, Rio de Janeiro e França. Em sua homenagem, foi inaugurado o Memorial Paranista, em Curitiba, que reúne 100 obras.

Em junho de 2014, seu legado foi prestigiado pelas 266 mil pessoas que visitaram “João Turin – Vida, Obra, Arte”, a exposição mais visitada da história do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, que ficou em cartaz por 8 meses e foi citada em um ranking da revista britânica The Art Newspaper. Esta exposição também recebeu o Prêmio Paulo Mendes de Almeida, da ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte, de melhor exposição do ano, e teve uma versão condensada, exibida em 2015 no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e em 2016 na Pinacoteca de São Paulo.

Serviço:
Memorial Paranista João Turin: Rua Mateus Leme, 4700 (Curitiba, Paraná).
Agendamento de visitas no site www.curitiba.pr.gov.br/memorialparanista
Site sobre João Turin: joaoturin.com.br
Redes sociais: @escultorjoaoturin e facebook.com/escultorjoaoturin

Documentário “A Pietá de João Turin”:
https://www.youtube.com/watch?v=P7Xlh92EzSo

Vídeo com detalhes da moldagem:
https://www.youtube.com/watch?v=LK5CVSCPo7U

Artista paranaense produz obra hiper-realistaem tamanho natural para Instituto Collaço Paulo

São Sebastião Brasileiro, de Lara Baruzzo, será entregue pela Artestil à instituição catarinense e estabelece relação atemporal entre fé, pragas e busca por redenção

A Artestil Galeria de Arte recebe colecionadores e interessados em arte brasileira, nesta terça-feira, dia 31 de outubro, a partir das 17 horas, para apresentar uma obra da artista plástica Lara Baruzzo, que retrata São Sebastião e traz inúmeras simbologias, produzida especialmente para o Instituto Collaço Paulo, de Florianópolis. O trabalho, em óleo sobre tela, tem 1,20m por 2,20m, traduz o talento da jovem artista, especialmente na interpretação da anatomia humana e utilização de elementos históricos e conceituais.

Lara debruçou-se sobre a história do santo por quatro meses, entre a concepção, estudos preliminares e execução do quadro. O conhecimento da artista em anatomia foi essencial para alcançar o resultado que traz imensa força e simbolismo à figura retratada, porém os elementos trazidos para a composição são igualmente simbólicos e intensos e passeiam entre o renascimento, o barroco e o contemporâneo.

Simbolismo
São Sebastião teria sido um soldado romano martirizado por professar e não renegar a fé em Jesus Cristo. “Todo santo intercede naquilo que teve dificuldade. Ele não morre quando é flechado. Sobrevive e segue intercedendo pelos valores cristãos do amor e do perdão. É um herói da fé”, explica a artista. O santo é considerado protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra.

A tela traz ainda uma alusão à Batalha de Guanabara, quando se acredita que o santo teria aparecido apenas para os índios, quase que como se protegesse o território dos povos originários, por isso São Sebastião batiza o Estado do Rio de Janeiro. A ilha de Florianópolis também está presente na representação, com uma imagem de Nossa Senhora do Desterro. Alguns dos principais ciclos da economia colonial brasileira estão representados pelas folhas e frutos do café, erva-mate e cana-de-açúcar. Muitas referências evidenciam a luta contra a morte e estabelecem um liame com a luta da humanidade e da ciência contra a Covid. Outros símbolos ainda trazem conexão com o sincretismo religioso brasileiro a partir de elementos que remetem às religiões de matrizes africanas.

Instituto Collaço Paulo
O Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação é uma entidade privada, sem fins lucrativos, de Florianópolis (SC), que promove a arte e a cultura com programas educativos para salvaguardar a Coleção Collaço Paulo, do casal Jeanine Gondin Paulo e Marcelo Collaço Paulo. A instituição atua na conservação e difusão de um acervo significativo e desenvolve ações que abrangem exposições, ciclos de debates, cursos, entre outras atividades socioeducativas.

Lara Baruzzo
Lara Baruzzo é brasileira e tem uma trajetória extensa e plural na cena artística. Além de várias formações no Brasil e na Europa, ela aprimorou suas habilidades com importantes nomes internacionais como Steve Huston, Glenn Vilppu, Sheldon Borenstein entre outros. Foi mentorada por Mathieu Noziere (França), Gustavo Diaz (Porto Alegre/Brasil) e Kathiucia Dias (Los Angeles/USA). Lara expõe desde 2011 e é representada por Liliana Cabral, da Artestil Galeria de Arte, de Curitiba.

SERVIÇO:

Entrega técnica de “S. Sebastião Brasileiro”
Dia 31/10 (terça-feira)
Das 17 às 18 horas - master class para arte-educadores e interessados para detalhamento da obra
18h30 – entrega da obra com brinde para convidados
Artestil Galeria de Arte
Alameda Carlos de Carvalho, 1663

América Andina é tema de exposição fotográfica de Daniel Castellano

Mostra gratuita de um dos principais nomes da fotografia brasileira será aberta em 30/9 no NH Curitiba The Five e reunirá dezenas de imagens inéditas

Reconhecido como o poeta dos cenários curitibanos, em um trabalho que envolve caminhar pela cidade e registrar o cotidiano urbano com fotografias inspiradoras e de ângulos geométricos inesperados, Daniel Castellano anuncia sua nova exposição fotográfica batizada de “América Andina”. A mostra foi idealizada após sua viagem à icônica região e reunirá 20 imagens exclusivas, representando uma jornada visual pelas paisagens, culturas e histórias locais.

“Essa exposição oferece uma oportunidade única para os visitantes se conectarem com a riqueza e a diversidade dessa região fantástica”, explica o fotógrafo. As imagens foram feitas em incursões do fotógrafo pela América do Sul desde 2016 e transportam os visitantes para maravilhas naturais como o Deserto do Atacama, Lago Titicaca, Deserto de Sal de Uyuni, cidades históricas como Machu Picchu e Cusco, além de manifestações culturais e a vida cotidiana da região. “Minha motivação é proporcionar uma experiência visual e emocionalmente envolvente que celebre a América Andina, suas comunidades e suas paisagens. É importante que a gente conheça mais sobre nossos países vizinhos, sua diversidade cultural e questões sociais pertinentes à região”, complementa.

"Abrir espaço para artistas locais, como é o caso do Castellano, é muito gratificante. As fotografias são inspiradoras e ele conseguiu captar fotos únicas, que são verdadeiros presentes aos curitibanos e turistas. Oferecer acesso livre à arte é uma excelente oportunidade de melhorar o dia de todos que passam pelo hotel, sejam colaboradores, hóspedes e pessoas que trabalham no nosso complexo, além é claro, de quem passa por nossas instalações diariamente”, incentiva o diretor do NH Curitiba The Five, Antonio de Albuquerque.

As obras ficarão expostas até o dia 30 de outubro no lobby do hotel. Os trabalhos também estarão disponíveis para compra.

Serviço:

Exposição “América Andina” - Daniel Castellano

Entrada gratuita

Até 30 de outubro

NH Curitiba The Five

Endereço: Rua Nunes Machado, 68 - Batel | Curitiba - PR

Telefone: +55 41 3434-9400

Instagram: @nhhotelsbrasil e @fivelounge

Site: www.nh-hoteles.pt/

SOBRE NH HOTELS

NH Hotels é a marca de luxo do NH Hotel Group, destacada por seus hotéis modernos e singulares em localizações perfeitas na Europa e na América Latina, que se conectam facilmente com as cidades e bairros. Cada NH Hotel é cuidadosamente projetado para oferecer uma experiência confiável que sempre atenderá às expectativas dos hóspedes. Seu estilo descontraído, urbano e fresco faz deles um marco para se hospedar, trabalhar e interagir agradavelmente fora de casa. Quer os viajantes visitem os NH Hotels a negócios ou a lazer, esses hotéis oferecem a seus hóspedes um serviço caloroso e excelente para garantir uma estada perfeita e prática, com uma boa relação custo-benefício. Eles estão prontos para atender adequadamente às necessidades dos hóspedes, felizes em ir além, para que as estadas dos hóspedes sejam sempre um prazer.

ENIVO OCUPA A ARTPRIZE 2023 EM MICHIGAN USA

A arte brasileira, principalmente a arte de rua, o grafiti e suas derivações, seguem em alta fora do país. Exemplo disso é a participação de Enivo, muralista e um dos sócios da galeria A7MA, na ArtPrize 2023, evento que acontece em Michigan, nos Estados Unidos, onde o artista se encontra desde o início do mês preparando duas ações na cidade.
A primeira, a instalação colaborativa “Common Threads”, já ocupa a Calder Plaza, 320 Ottawa Ave NW, e foi produzida em conjunto com a artista Silvia Téxéra, que vem a ser a mãe de Enivo, além da participação de seu amigo Zaxxr, o provocador desta produção e incentivador da viagem.
A obra representa a construção de uma comunidade através do tecer. Nela o artista faz alusão às lutas enfrentadas pelas pessoas que vivem em comunidades periféricas ao redor do mundo, resgatando que os pontos dessas lutas são em comum com toda uma população. A mão tecendo os países espelha a construção de força dessa comunidade.
Além disso, a exposição “Rainbow Tribe”, reunindo 11 de suas pinturas, já está montada na Muse Gallery, complementando a “invasão Enivo” em Michigan.
A ArtPRize 2023 segue até 1 de outubro e tem votação aberta, apenas para o público da região, eleger a melhor obra do evento neste ano.

Fragmentos de Guerra no Teatro Paiol

A Mostra de Repertório do grupo Rosa Armorial apresenta o show “Fragmentos de Guerra” – uma homenagem ao versátil compositor brasileiro César Guerra-Peixe (1914/1993) – na próxima quinta-feira, dia 28, às 20 horas, no Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro s/nº). O espetáculo apresenta adaptações e releituras de peças solo, duos, trios e orquestrais para a formação do grupo e vai mostrar ao público uma obra que permanece jovem, dançante e envolvente, com arranjos do Rosa Armorial em conjunto com o maestro Letieres.
O quarto espetáculo da Mostra de Repertório revela a versatilidade musical de Guerra-Peixe e possibilita uma riqueza infinita de possibilidades musicais e potências sonoras. No palco do Paiol os seis integrantes do Rosa Armorial - Carla Zago (violino, rabeca e viola de arco), Marcela Zanette (flautas Transversais), Du Gomide (viola de 10 Cordas), Bruna Buschle (baixo elétrico), Gabriela Bruel (percussão) e Denis Mariano (bateria), e ainda as participações especiais de Camila Cardoso (marimba) e Rebeca Friedmann (cello).
Além de promover a produção atual e paranaense de música instrumental, o Rosa Armorial sempre tomou o cuidado de inserir em seu repertório obras dos fundadores e representantes do movimento armorial, por acreditar que é preciso conhecer a fundo a obra dos mestres para dar-se o direito de ousar na mesma linguagem. Dessa forma já foram contemplados Antônio Madureira, Antônio Nóbrega, Camargo Guarnieri, Egildo Vieira, Cussy de Almeida entre outros. Em 2018 foi gravado o álbum "Fragmentos de Guerra" que será apresentado integralmente na Mostra e está disponível nas plataformas de streaming (youtube, spotify, deezer, iTunes, entre outras).
O Rosa Armorial, grupo de música instrumental brasileira, produz espetáculos e composições musicais inspirados pelo Movimento Armorial, criado em 1970 por Ariano Suassuna visando valorizar as manifestações culturais populares brasileiras. Este projeto tem apoio da Sauí Responsabilidade Social e é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo do Colégio Positivo e Universidade Positivo.
A Mostra de Repertório será apresentada até dezembro no Teatro do Paiol e as próximas apresentações incluem outros trabalhos produzidos pelo grupo. Em outubro (dia 25), o compositor Hermeto Pascoal será homenageado com o show “Hermeto Armorial”. E fechando a Mostra, no dia 1º de dezembro acontece “O Auto do Menino Jesus”, um Natal com sotaque brasileiro.

Serviço: Fragmentos de Guerra - show com o grupo Rosa Armorial participações especiais de Camila Cardoso (Marimba) e Rebeca Friedmann (Cello). No repertório, obras de Guerra-Peixe – quarta atração da Mostra de Repertórios. Quinta-feira, dia 28, às 20 horas, no Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro s/nº). Ingressos R$15 e R$7,50 (meia entrada). Vendas pelo Sympla: sympla.com.br/evento/fragmentos-de-guerra-releituras-do-rosa-armorial-para-a-obra-de-guerra-peixe/2147606
Classificação etária: Livre. Duração 65 min. informações: (41) 3229-4458.

SUGESTÃO DE BOX:

Repertório do show
Todas as obras são de autoria de César Guerra-Peixe (1914/1993)

1. Falso Pau-de Arara (da suíte No Estilo Popular Urbano)
2. Galope
3. A Inúbia do Cabocolinho
4. Vinte de Janeiro (da suíte No Estilo Popular Urbano)
5. Cantiga (originalmente para duas flautas)
6. Mãe d'água
7. Mourão
8. Gonguê (originalmente para três flautas)
9. Frevo (da Suite Sinfônica n° 2 - Pernambucana)
10. Ponteado Nordestino

JORGE ELMOR DEIXA SUA MARCA NA MOSTRA ARTEFACTO 2023

Jorge Elmor leva o estilo de vida sofisticado e moderno para seu ambiente na Mostra Artefacto 2023, em Curitiba, que este ano traz como tema a Felicidade. Com 120m², o espaço é um tributo aos momentos de alegria compartilhados entre as pessoas nas áreas sociais como jantar, estar e jardim, e também na área íntima do quarto, onde prevalecem as sensações de serenidade e relaxamento.

Conhecido por sua visão única e abordagem criativa, o profissional trouxe uma interpretação contemporânea para o tema, criando um projeto que destaca a conexão entre a felicidade e a arquitetura. A inspiração de Elmor se baseia em estudos científicos sobre o impacto do ambiente nas emoções humanas. A presença de elementos visuais ligados à natureza, como o jardim, é uma expressão da Biofilia — o "amor pelas coisas vivas" — gerando sensação de bem-estar.

"Para mim, a felicidade é um estado emocional que reflete satisfação, contentamento e uma sensação universal de bem-estar. É um privilégio poder criar espaços onde as pessoas possam experimentar momentos significativos e gratificantes", explica o Elmor.

No ambiente, a felicidade é personificada em uma atmosfera acolhedora, repleta de afeto e momentos especiais. O foco no quarto reforça a busca pela máxima tranquilidade e paz interior. A paleta de cores, em tons de madeira mais escuros, cria uma harmonia acolhedora, contrastando elegantemente com a seleção cuidados dos móveis, acentuando a sensação de conforto. A iluminação foi meticulosamente planejada para envolver o espaço em uma atmosfera acolhedora.

Jorge Elmor mais uma vez se destaca como um mestre na criação de espaços que transcendem o mero design, elevando-os a experiências emocionais profundas e enriquecedoras. Sua contribuição à Mostra Artefacto 2023 é uma celebração da felicidade que nos lembra da importância de ambientes que nutrem a alma e inspiram alegria.

Fotos: Daniel Katz - https://drive.google.com/drive/folders/11-eBZW8jDUp7D_4F8AjaZ0Avv8qTxqwT?

MON realiza exposição de Victor Brecheret

O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza a mostra “O Feminino na Obra de Victor Brecheret”, que poderá ser vista na Sala 1 a partir do dia 22 de setembro. Com curadoria de Daisy Peccinini, a exposição apresenta mais de 100 obras desse importante nome do cenário nacional e internacional das artes visuais.

“A finalidade da arte é expressar sentimentos, pensamentos e convicções por meio de valores estéticos. É o que acontece nessa potente mostra”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. “Exposições como essa justificam a nossa busca incessante em trazer cada vez mais visitantes para essa fruição de conhecimento, beleza e reflexão promovida pelo Museu.”

A secretária de Cultura, Luciana Casagrande Pereira Ferreira, enxerga cada exposição como uma jornada que ajuda na construção do MON como uma das mais importantes instituições culturais do continente. “Essa perspicácia em juntar linguagens, épocas e propostas diferentes enriquece a trajetória da instituição. Agora, é a vez do grande mestre Victor Brecheret encantar e seduzir o olhar do espectador. O Paraná recebe esse novo recorte de suas obras com muita honra”, afirma a secretária.

Conteúdo
A exposição “O Feminino na Obra de Victor Brecheret” reúne esculturas e desenhos que alternam materiais e técnicas variadas, como bronze e mármore, bico de pena e caneta tinteiro, produzidos ao longo de décadas. Seus trabalhos têm como característica o desenhar com poucas linhas, límpidas e leves. Imagens femininas tomam forma a partir de poucos traços.

Nessa incrível seleção de obras, temos o privilégio de encontrar a última realizada pelo artista, em 1955: a escultura em bronze “Retrato de Marisa”, uma oportunidade única de contemplação. Também faz parte do conjunto o retrato “Juranda Brecheret”, esposa do escultor, na época do casamento.

A curadora fala sobre a exposição, que apresenta a arte de Brecheret relacionada ao eterno feminino. “Na psique do artista, ganha forma em suas obras os humores, os sentimentos, as intuições, a capacidade de amar e a sensibilidade à natureza”, diz Daisy.

Segundo ela, as pequenas, médias e grandes esculturas dessa exposição são predominantemente nus femininos relacionados ao simbolismo feminino da Terra, a Grande Mãe, a deusa Gaia, Geia, dos gregos, o elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora ilimitada.

Os desenhos de Brecheret se apresentam na condição de sua singularidade, como de uma expressão autônoma de criação artística, independentes das esculturas expostas. Os 80 desenhos, em sua maioria, datam das últimas décadas de sua vida e constituem-se na materialização inicial da ideia. “Esculturas e desenhos guardam latências, emanações intangíveis do arquétipo feminino, provenientes da psique do artista”, conclui a curadora.

A exposição “O Feminino na Obra de Victor Brecheret” é uma parceria do Museu Oscar Niemeyer com o Instituto Victor Brecheret (IVB).

SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço
Exposição “O Feminino na Obra de Victor Brecheret”,
Sala 1
A partir de: 21/09, às 19h.
www.museuoscarniemeyer.org.br

Mia Cara promove a exposição Rigenera no Espaço Cultural BRDE 

Mia Cara promove a exposição Rigenera no Espaço Cultural BRDE

Além da mostra de arquitetura e urbanismo, evento terá ciclo de palestras com arquitetos italianos e brasileiros

O Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões recebe de 14 a 22 de setembro, a mostra internacional “Rigenera". Promovido pelo Consulado Geral da Itália em Curitiba, a mostra integra o festival de cultura italiana Mia Cara. Com o tema “Regeneração”, a exposição conta com 20 projetos selecionados no Prêmio de Arquitetura Emilia Romagna realizado pelo Ministério da Cultura da Itália dentro do Festival de Architettura 2023.

Com o início do novo milênio, surgiu na Itália a necessidade de considerar o solo como um bem público, o espaço aberto, o vazio como fatores de qualidade do ambiente urbano. Iniciado em 2016, na região de Emilia Romagna (ao Norte da Itália), o movimento urbanístico Rigenera tem como princípios a recuperação de imóveis desativados em uma perspectiva da economia circular, a redução do uso do solo para o desenvolvimento e a participação ativa dos cidadãos nesse processo de transformação. “Como um banco verde, o BRDE manifesta seu apoio à mostra Rigenera, como parte de sua missão de promover o intercâmbio interinstitucional com iniciativas que visam gerar impacto positivo para a agenda da sustentabilidade também no contexto urbano”, analisa Wilson Bley, diretor financeiro do BRDE.

A partir de um decreto governamental, foi aprovado um edital para a apresentação de projetos de qualificação e segurança das periferias na Itália. Segundo Nadia Calzolari, o edital foi um grande sucesso, com a apresentação de 120 projetos que envolveram áreas periféricas e abandonadas em toda a Itália. “A principal motivação da iniciativa foi enfrentar o problema do abandono das periferias urbanas e promover a sustentabilidade ambiental”, afirma a arquiteta.

Para Nadia, o arquiteto, neste processo, é ao mesmo tempo o idealizador da configuração morfológica e o coordenador da participação. “É seu papel específico ser o diretor da modificação, que deve orientar com respeito à memória dos lugares, com sensibilidade atenta à contemporaneidade cultural e artística”, conclui Nádia.

Entre os exemplos bem-sucedidos estão as requalificações da antiga estação ferroviária de Porta Romana em Milão, que deu origem a um novo bairro residencial, comercial e cultural; da antiga fábrica de Mira Lanza em Roma, que foi transformada em um centro cultural e a área industrial de Porto Marghera em Veneza, que foi transformada em um parque urbano.

Para Rafaela Tasca, coordenadora do Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, sediar a mostra Rigenera expressa uma das matrizes da curadoria institucional relacionadas a sustentabilidade e arquitetura. “A articulação entre Agenda 2030 e a Cultura insere-se em uma das nossas linhas de atuação pautada pelo ODS 11 de Cidades e Comunidades Sustentáveis e pelo nosso compromisso em manter o Palacete como um legado ativo”, analisa Rafaela.

Ciclo de Palestras e lançamento de manual - Nos dias 14 e 15 de setembro, também no Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões, acontece o ciclo de palestras sobre regeneração urbana com a presença dos arquitetos brasileiros Fernando Canalli, Mauro Magnabosco, do designer argentino Christian Ullmann e dos arquitetos italianos Giorgio Teggi, Corrado Bondavalli e Nadia Calzolari (confira na programação abaixo). O número de vagas é limitada e a participação é gratuita mediante inscrição no site https://miacara.com.br/rigenera/

O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Paraná lança no dia 14 de setembro, às 14h, o “Manual orientativo de contratação de projetos de arquitetura e urbanismo via concurso público” e o “Vídeo Institucional para contratação de projetos via concurso público”. Na ocasião também será realizada uma Mesa-redonda com os arquitetos Jeferson Navolar - Coordenador da comissão de concursos do IAB/PR; Orlando Busarello - Slomp & Busarello Arquitetos; João Virmond Suplicy - Conselheiro Vitalício e Coordenador de Relações Internacionais da Direção Nacional do IAB e André Prevedello - AP Arquitetos - Escritório vencedor do Concurso Eco Parque Itaipu e Luiz Eduardo Bini - Presidente do IAB/PR.

Festival Mia Cara – Idealizado e promovido pelo Consulado Geral da Itália em Curitiba, é o principal festival de cultura italiana realizado no Brasil. Programado para acontecer em setembro de 2023, a décima primeira edição do Mia Cara contará com uma semana de cinema, leitura dramática, ciclo de debates sobre o escritor Ítalo Calvino, apresentações musicais, exposição de arquitetura, ações de gastronomia e a iluminação de pontos turísticos na cidade de Curitiba. A realização é da Unicultura com patrocínio do Grupo CAW, Siderquimica, Santa Maria e Tintas Rochesa.

Sobre o Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões - Inaugurado em junho de 2005, o Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, localizado em Curitiba, é mantido e coordenado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Oferecendo uma programação gratuita, realiza exposições e atividades relacionadas à arte contemporânea, arquitetura, história e patrimônio cultural. Sua programação contempla um programa de exposições temporárias de artistas nacionais e de exposições em parceria com outras instituições culturais.

S E R V I Ç O

EXPOSIÇÃO RIGENERA
Data da abertura: quinta-feira, 14 de setembro de 2023
Horário: às 10h
Período de visitação: de 18 a 22 de setembro de 2023
Horário: de segunda a sexta das 13h às 18h
Local: Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões
Endereço: Av. João Gualberto, 570 - Alto da Glória
Entrada gratuita
Informações: 41 3219-8184

CICLO DE PALESTRAS

Quinta-feira, 14 de setembro de 2023 - Com mediação de Rosane Popp
19h20 - Fernando Canalli - "Orla do Guaíba como Regeneração de Espaço Público"

20h50 - Mauro Magnabosco - “Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba”

21h20 - Christian Ullmann - “Sensibilidade projetual: sujeitos diferentes, juntos para a REconstrução REgenerativa”

Sexta-feira, 15 de setembro de 2023 - Com mediação de Flávio Schiavon
10h20 - Giorgio Teggi - “Regeneração & Regenerações - Arte Urbana”

10h50 - Nadia Calzolari - “Regeneração e Participação”

11h20 - Corrado Bondavalli - Regeneração E As Leis Regionais da Emilia Romagna

Fernando Canalli - Arquiteto e planejador urbano, integrante do escritório Canalli Arquitetura e formado em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Possui ampla experiência na concepção, desenvolvimento e implementação de projetos arquitetônicos, urbanos e regionais no âmbito do patrimônio natural e construído, uso e organização do território, espaços públicos, desenvolvimento do turismo, instalações públicas e comunitárias, dentro de uma visão integrada do meio urbano. Nas últimas duas décadas, Canalli esteve envolvido no desenvolvimento e implementação de diversos projetos estratégicos no Paraná e há 21 anos é assessor técnico dos prefeitos de Curitiba por 21 anos. Participou da organização da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP-8). Sua experiência internacional inclui planos estratégicos para Victoria de Durango (2007-2008), David (Panamá), master plans urbanos para as cidades de Luanda e Cabinda (Angola, 2002-2004), planos estratégicos para Victoria de Durango (2007-2008) e um plano urbanístico em Den Hagen, Países Baixos, com foco na neutralização da segregação social (1999), registrado no livro “The Hague”, de Olaf Koekebakker. Como um dos parceiros seniores da JLAA, Canalli coordenou projetos de desenvolvimentos de uso misto envolvendo arquitetura, conexões urbanas, design de espaços públicos, reciclagem de patrimônio / estruturas construídas, participação pública e preocupações ambientais, como o projeto de renovação das docas do Cais Mauá, coordenando o masterplan do Parque Urbano Orla do Guaíba em Porto Alegre, RS.

Mauro Magnabosco - Arquiteto, nascido em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 1982. Em seus 40 anos como arquiteto, trabalhou em várias cidades ao redor do mundo. Em Curitiba, trabalha no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano desde 1979, onde foi nomeado presidente de 1994 a 1996. Em 1999 Mauro foi assessor do Ministério do Esporte e Turismo. Participou do desenvolvimento de projetos estruturantes e icônicos para a cidade de Curitiba. Também atuou em cenários nacionais e internacionais, como consultor técnico para Foz do Iguaçu e Brasília, Luanda em Angola, Choloma em Honduras e na República Dominicana. Atualmente no IPPUC, está envolvido em diversos projetos relacionados ao transporte e mobilidade, trabalha com a recuperação do centro da cidade e coordena o Projeto de Gestão de Risco Climático – Bairro Novo do Caximba (PGRC- Bairro Novo do Caximba), uma intervenção socioambiental às margens do Rio Barigui em Curitiba.

Christian Ullmann - Graduado em Diseño Industrial pela Universidade de Buenos Aires, reside no Brasil desde 1996. Suas áreas de maior interesse e investigação são as questões ambientais e sociais, que desde o ano 2000 foram redefinidas como desenvolvimento sustentável. Na economia criativa atua na área do design para a inovação social no contexto da economia circular.
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Giorgio Teggi - (Scandiano, Emilia Romagna, 1954). Arquiteto. Foi docente no IAAD - Instituto de Arte Aplicada e Design, Bolonha (2017-2020). Participou de concursos e realizou pesquisas no contexto da grande expansão urbana. Em 2015 fundou, com Antonella De Nisco, o LAAI - Laboratório Itinerante de Arte Ambiental que trabalha a revitalização de lugares com ações de arte coletiva e colaborativa. Desde 2022 colabora com a arquiteta Nadia Calzolari em projetos de Regeneração Urbana e Territorial.

Nadia Calzolari - Arquiteta pela Universidade de Florença (1989). Mestra em Marketing e Economia pela Bocconi de Milão e em curadoria de exposições pelo A+A de Veneza. Supervisionou diversos projetos, com instalações e fiscalização de obras comerciais, museais e de exposições. Diretora do Centro Cultural dos Capuchinhos da Emilia-Romagna, idealizou e fundou a revista "LiberArte", além de editar catálogos e livros. Colabora com empresas internacionais de design, inspirada pela sensibilidade, a pesquisa e desenvolvimento de projetos altamente sustentáveis. Desde 2022 colabora com o arquiteto Giorgio Teggi em projetos de Regeneração Urbana e Territorial.

Espaço Cultural BRDE - Palacete dos Leões Foto: Guilherme Pupo

A arquiteta italiana Nadia Calzolari. Foto: arquivo pessoal

O arquiteto italiano Giorgio Teggi Foto: arquivo pessoal
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