Com “gentilezas urbanas”, setor da construção civil ocupa espaços ociosos nas grandes cidades

Iniciativas como a criação de praças, bosques e outras áreas de uso compartilhado estão transformando Curitiba, capital referência no conceito de cidades inteligentes

Imagine a seguinte situação: um terreno em um bairro movimentado é reservado para a construção de um edifício e fica cercado por meses ou anos, até o lançamento do empreendimento. Depois de todo o tempo de área ociosa, a edificação começa, com impacto no trânsito e na mobilidade dos pedestres, no paisagismo da rua e na rotina dos vizinhos, com a movimentação de máquinas e operários, além dos ruídos provocados pela obra, cercada por tapumes. Por décadas, os cenários descritos foram a regra na construção civil. Mas, engajado com o conceito das cidades inteligentes, o setor despertou para a necessidade de contribuir para o bem-estar da comunidade e desenvolvimento das smart cities.

A incorporadora curitibana ALTMA é um exemplo de empresa que “embarcou” na tendência das gentilezas urbanas - ações voltadas para as pessoas e desenvolvidas para melhorar as condições do ambiente urbano. Junto da HIEX, a incorporadora transformou o terreno onde será construído o primeiro empreendimento residencial no modelo student housing de Curitiba em um espaço de uso coletivo para lazer, prática de esportes e eventos abertos à comunidade: o HUB ALTMA HIEX, no Prado Velho. Para outro lançamento previsto para o primeiro semestre de 2024, no Portão, em cooperação com a AGL, a incorporadora planeja a implementação de tapumes inteligentes, com painel de experiências informativas e interativas, que incluem coleta de resíduos recicláveis e orgânicos, desenvolvido pelo estúdio-laboratório de urbanismo, Urbideias, pioneiro na oferta do recurso na região Sul.

De acordo com o diretor de desenvolvimento imobiliário da ALTMA, o engenheiro Gabriel Falavina, as gentilezas urbanas partem do entendimento de que, desde a concepção de um empreendimento, as incorporadoras e construtoras assumem compromissos não apenas com os futuros moradores do edifício, mas também com a comunidade à sua volta e, de forma mais ampla, com a cidade. “É preciso reconhecer que nossa intervenção gera responsabilidade, porque é capaz de trazer consequências e impactos positivos ou negativos para a sociedade. As gentilezas urbanas são formas de compensar transtornos, mas não apenas isso. Tirar o muro de alinhamento predial de um projeto, doando o recuo para a via pública, é um exemplo, já que permite ampliar a calçada e, com paisagismo e iluminação, melhorar a experiência dos pedestres. Subutilizar o potencial construtivo para colocar mais verde e menos concreto em um projeto é também uma forma de contribuir com o paisagismo da cidade e qualidade de vida da população”, explica.

Os exemplos citados pelo diretor são diferenciais do mais recente lançamento da ALTMA e HIEX, o residencial MYTÁ, que será construído no Bigorrilho. O projeto prevê o cultivo de bosque privativo em terreno extra de quase 900m2, adquirido com o objetivo de implantar a área verde com espécies nativas da Mata Atlântica. “Como os terrenos costumam ser bem caros, normalmente conseguimos justificar a compra extraindo o máximo de seu potencial construtivo. A decisão foi algo singular na nossa história. Em vez de colocarmos mais uma torre no terreno ao lado, optamos por posicionar um bosque nativo no espaço”, descreve.

HUB ALTMA HIEX: gentileza urbana no Prado Velho

Principal iniciativa de gentileza urbana da incorporadora, o HUB ALTMA HIEX transformou um terreno que ficaria sem utilidade por quase dois anos em um espaço de uso comunitário. Em frente ao campus principal de uma das maiores universidades do Paraná, no Prado Velho, a praça fica no terreno onde será construído o primeiro condomínio multirresidencial de moradia estudantil do estado. As obras iniciam em 2024, mas o terreno já está sendo usado pela comunidade da universidade, além da população do bairro.

O espaço de 2.000 metros quadrados, que tem quadras de beach tennis, vôlei e basquete, foi imaginado depois de estudo de diagnóstico sobre as características e preferências dos moradores da região, com o propósito da ativação do terreno para gerar experiências antes da entrega do empreendimento. Com módulos que podem ser aproveitados para diferentes atividades, a praça também tem infraestrutura para apresentações artísticas, eventos gastronômicos e encontros organizados pelos moradores. “Com o prazo de 18 meses de desenvolvimento imobiliário, em que o terreno ficaria totalmente parado, construímos um espaço pensando no uso pela comunidade”, diz.

O projeto da praça multiuso também foi desenvolvido pela Urbideias. Segundo o arquiteto e urbanista Richard Viana, um dos sócios do escritório, a proposta é oferecer algo de bom para a cidade, sem a expectativa de retorno financeiro. “Quando ofereço algo positivo para a cidade, a cidade também me oferece algo bom. Projetos que envolvem gentilezas urbanas atraem empresas interessadas em inovação e preocupadas com o bem-estar das pessoas, um valor elementar e inegociável”, avalia.

O HUB ALTMA HIEX mobilizou estudantes de Design em um concurso cultural para as intervenções artísticas nos muros internos do espaço. Por sugestão da consultoria contratada para o projeto, também foi promovido um concurso de fotografia com o tema “A Vida Universitária Fora da Sala de Aula”, que teve o envolvimento de universitários de várias instituições de ensino superior brasileiras, além de estudantes estrangeiros. “As fotos selecionadas estão em exposição no espaço. Tivemos participações até de estudantes da Itália. O engajamento reforçou a importância de oferecer espaços como o hub dentro do ambiente urbano”, sustenta.

Outro exemplo de gentileza urbana que teve a adesão da ALTMA foi a revitalização da sede da associação de moradores da Vila Joanita, comunidade fundada há mais de 50 anos, onde residem cerca de 400 famílias atualmente. Localizada entre o Tarumã e o Bairro Alto, a área está em processo de regularização e, por iniciativa do Instituto WF, recebeu o projeto social com o apoio de empresas do setor da construção civil.

Com investimento de R$ 400 mil na reforma, o espaço agora recebe atividades educacionais e culturais, além de fortalecer lideranças comunitárias femininas. O salão tem banheiros, mesas, cadeiras, pia, bebedouro e acessibilidade. Além de diversos outros voluntários e colaboradores, cerca de cem pessoas trabalharam diretamente na obra. “A participação da ALTMA na iniciativa foi uma oportunidade de contribuir com algo útil para uma comunidade que precisa de apoio. No projeto da Vila Joanita, com parte dos recursos do empreendimento que fizemos em um local mais nobre, conseguimos auxiliar uma região importante para a cidade,que precisa de atenção”, conclui Falavina.

HUB ALTMA HIEX, no Prado Velho, é exemplo de gentileza urbana. Terreno ocioso foi transformado em espaço aberto ao público, para lazer e prática de esportes

Imagens do projeto da Urbideias, do tapume inteligente, com painel de experiências informativas e interativas, para futuro lançamento da ALTMA em parceria com a AGL

Caldo Bom amplia linha de integrais e naturais

Empresa insere mais oito itens em seu portfólio seguindo tendência que aponta busca do brasileiro por uma alimentação saudável e balanceada

A empresa do setor alimentício Caldo Bom se prepara para expandir as linhas integrais e naturais com a inserção de oito novos produtos em seu completo mix de quase 200 produtos. Passam a fazer parte do portfólio – que já possui semente de linhaça dourada, semente de linhaça marrom, aveia em flocos finos, grãos de quinoa, grãos de chia e gergelim sem casca - a farinha de linhaça marrom, farinha de linhaça dourada, proteína de soja texturizada, aveia em flocos grossos, farelo de aveia, farinha de trigo integral, açúcar mascavo e sal marinho.

Além das tradicionais embalagens de 500g em 6 opções disponíveis – Mix 8 Grãos Completo, Mix 8 Grãos e Vegetais, Mix 8 Grãos e Cenoura, Mix 8 Grãos e Ervilha, Mix 8 Grãos e Mix 10 Grãos Essenciais –, os produtos integrais Mix 8 Grãos Completo e Mix 10 Grãos Essenciais serão encontrados na gôndola também nas versões de 1kg.

Com estes lançamentos, a Caldo Bom pretende ampliar as vendas em 20%, mirando no consumidor que busca uma alimentação mais saudável. Isso ocorre após amplas pesquisas feitas pela empresa, que identificaram o comportamento e tendências de consumo apontando que quase metade da população procura por alimentos naturais e integrais, minimamente processados.

“O Brasil é o quarto país em potencial e consumo de alimentos naturais e integrais, um mercado de mais de US$ 35 bilhões”, explica Matheus Stival, Head de Operações da Caldo Bom. “É um nicho em crescimento e que impulsiona a empresa a ingressar em novas regiões do país e também em novas categorias de alimentos”.

“Nossa linha de produtos integrais e naturais é focada em um público consumidor de jovens e adultos que visam uma alimentação balanceada; bem como pessoas acima dos 50 anos que buscam um estilo de vida mais saudável para aproveitar a melhor época da vida”, ressalta José Felipe, Gerente de Marketing da Caldo Bom.

Sobre a Caldo Bom - A Caldo Bom é uma empresa moderna e que está sempre atualizada com as novas tendências na área de alimentação. Parte do Grupo Stival e presente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, a Caldo Bom é detentora de um amplo portfólio formado pelas categorias Arroz e Feijão, Cereais e Grãos, Doces e Sobremesas, Farinhas e Farináceos, Farofas e Acompanhamentos, Integrais e Naturais, Linha Vegan, Pipocas e Aperitivos, Práticos e Instantâneos, Semiprontos e Temperos e Condimentos. Está posicionada como o melhor custo-benefício na gôndola, resultado de um produto de máxima qualidade e sabor com um preço competitivo no mercado. Esse diferencial abriu portas para exportar para mais de 20 países entre eles China, Japão, Canadá e Alemanha – uma marca atenta às tendências de consumo, que tem o propósito de transformar a alimentação dos brasileiros em um momento prazeroso e memorável. Mais em www.caldobom.com.br

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O futuro das cidades inteligentes

Planejamento e soluções tecnológicas contribuem para o

desenvolvimento e mobilidade nas cidades

Em busca da sustentabilidade e de uma melhor qualidade de vida nos centros urbanos, as cidades têm buscado rever alguns conceitos e questões ligadas à infraestrutura e planejamento urbano. Para isso, cada vez mais, contam com o apoio das inovações tecnológicas. Mas, afinal, o que torna uma cidade inteligente? As smart cities fomentam o desenvolvimento tecnológico, pensam em soluções estratégicas para a cidade e a vida da população que nela vive, apoiadas em um planejamento inovador e sustentável que contribua para a mobilidade urbana.

No Brasil, as cidades de Campinas, São Paulo, Curitiba e Brasília têm se destacado dentro do conceito de cidades inteligentes. Campinas, por exemplo, se tornou referência nas áreas de economia, tecnologia e inovação. A maior cidade do interior de São Paulo foi considerada a mais inteligente e conectada do Brasil em 2019, segundo pesquisa realizada pelo Ranking Connected Smart Cities. Para essa pesquisa, é feito um mapeamento em todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes, o que totaliza 666 municípios. A proposta do ranking é possibilitar que as boas iniciativas sejam compartilhadas entre as cidades.

Em 2018, a liderança ficou com a capital paranaense. Curitiba é uma das sedes do Smart City, maior evento de cidades inteligentes do mundo, que busca debater e propor soluções para o desenvolvimento sustentável das cidades. Para 2020, ele já tem data marcada: dias 26 e 27 de março.

Atenta à realidade das cidades, as empresas e startups têm feito investimentos a fim de contribuir para a mobilidade e qualidade de vida dos cidadãos. A Pumatronix, por exemplo, aposta em soluções inteligentes para uma melhor gestão do trânsito. Entre as inovações desenvolvidas pela empresa que atua com tecnologia para a mobilidade urbana, o diretor de inovação Ricardo Anselmo Andriani cita a sincronização dos semáforos.

“Outras soluções para a mobilidade urbana são as câmeras para a contagem de veículos e estatísticas de tráfego. Há também as soluções e sistemas que fazem uso da inteligência para recuperar carros roubados ou que estejam irregulares. Algumas cidades já possuem esse cerco ou muralha digital, um meio extremamente inteligente e eficaz para a polícia”, cita Andriani.

Preocupação mundial

Segundo o diretor de inovação da Pumatronix, a preocupação em termos de mobilidade urbana é mundial. Nesse processo, a integração de sistemas é essencial. “Uma cidade inteligente precisa de interligação. Em termos de trânsito, por exemplo, deve haver uma sincronização dos semáforos, câmeras inteligentes que identificam os eventos que ocorrem, em caso de acidente, por exemplo, e emitam os alertas necessários para a polícia, órgãos fiscalizadores e de saúde, se for necessário atendimento à vítima”, completa.

Ainda de acordo com Andriani, sistemas e câmeras que utilizam a inteligência artificial e algoritmos de processamento de imagens proporcionam eficiência para a gestão urbana. “Quanto mais automatização, mais os gestores conseguirão focar em outras questões que necessitam da inteligência humana para resolução”, conclui.

Em um contexto mundial, ele cita Singapura como referência em mobilidade, uma vez que possui uma excelente gestão de trânsito. É número um no ranking de eficiência do transporte público, segundo o relatório McKinsey. Além disso, Singapura também possui controle sobre a circulação de veículos e tem um centro de controle inteligente e integrado.

Já na América Latina, Buenos Aires é considerada um exemplo no conceito de “cidade inteligente”. A capital da Argentina melhorou a mobilidade urbana e reduziu as emissões de dióxido de carbono, além de investir em aplicativos que possibilitam aos fiscalizadores informar à população sobre qualquer problema na estrutura urbana.

Sobre a empresa - A Pumatronix é uma empresa brasileira de alta tecnologia que fabrica e desenvolve soluções para ITS (Intelligent Transportation Systems) de alta acuracidade na captação e processamento de imagens. Os constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento resultam em um portfólio de produtos eficientes que visam facilitar a gestão do tráfego urbano e rodoviário. Desta forma, a companhia contribui para a modernização das cidades inteligentes e mobilidade urbana.

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