Harmonizações de Páscoa: cinco sugestões de vinhos e pratos para um almoço saboroso

Sommelière da Wine compartilha indicações de vinhos para os pratos salgados e chocolates

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A Páscoa vai muito além do chocolate. Comemorada este ano no dia 20 de abril, é um momento de celebração, espiritualidade, união e, claro, de uma mesa farta para ser saboreada na companhia de familiares e amigos. Seja ela composta com pratos tradicionais como o bacalhau, opções sofisticadas como o magret de pato ou mesmo um cardápio vegetariano surpreendente, a escolha do vinho certo pode transformar a experiência gastronômica. Confira sugestões de harmonização de Thamirys Schneider, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo, para tornar seu almoço de Páscoa ainda mais especial.

Para o almoço do domingo de Páscoa, algumas dicas de harmonizações de pratos deliciosos com vinho.

1.Almoço vegetariano

É muito comum pensarmos no prato principal do almoço com alguma carne, mas dá para desfrutar de excelentes e saborosíssimas opções vegetarianas, como a lasanha de abobrinha com molho pesto com muito queijo e ervas finas.

Esse prato é mais untuoso devido aos queijos e azeite, e com sabores de ervas mais destacados. Para acertar na harmonização, uma boa opção é escolher vinhos brancos com maior acidez, volume e cremosidade no paladar, assim como aromas cítricos e herbáceos para somar aos aromas do prato.

O vinho branco chileno T.H. [Terroir Hunter] D.O. Valle De Leyda Sauvignon Blanc 2022 é uma escolha interessante, que possui expressivamente aromática, volume, refrescância e bem persistência no paladar.

(https://www.wine.com.br/vinhos/t-h-terroir-hunter-d-o-valle-de-leyda-sauvignon-blanc-2022/prod29509.html)

2. Bacalhau clássico

Por outro lado, não dá para falar do feriado de Páscoa sem citar o bacalhau, que pode aparecer em alguma das diversas possibilidades de preparo.

A regra geral é servir um vinho que o acompanhe em sua estrutura e intensidade, como o português Casa Burmester Reserva D.O.C. Douro Branco 2022. Um vinho branco mais estruturado que amadureceu por 6 meses em barricas de carvalho francês sobre as borras, o que agregou maior estrutura, volume e complexidade.

Produzido no Douro, em Portugal, pela renomada vinícola Burmester, este vinho traz três uvas brancas muito representativas desta região vitivinícola: Gouveio, Rabigato e Viosinho, que culminam num vinho branco que equilibra estrutura e refrescância, uma boa combinação para pratos com bacalhau.

(https://www.wine.com.br/vinhos/casa-burmester-reserva-d-o-c-douro-branco-2022/prod29927.html)

3. Carré de Cordeiro

O carré de cordeiro, por ser uma carne próxima ao osso, tem sabor mais intensificado e é uma peça bastante aromática. Uma carne nobre que pede um vinho tinto de região requintada na hora da harmonização, como os tintos de Bordeaux (França), um Chianti, um clássico vinho italiano, ou um tradicional blend de Rioja, na Espanha.

A indicação para esta harmonização é o italiano Monteguelfo D.O.C.G. Chianti 2023, um vinho elaborado pela família Cecchi, com paladar equilibrado e de excelente frescor que encanta com seus aromas frutados, nuances florais e uma nota que lembra serragem. Um chianti com perfil moderno e com foco na expressão da uva Sangiovese, tinta emblemática desta região.

(https://www.wine.com.br/vinhos/monteguelfo-docg-chianti-2023/prod30886.html)

4. Magret de Pato

Magret é o peito de pato com uma generosa camada de gordura, sendo um corte macio e suculento, muito usado na alta gastronomia, e uma ótima opção para compor almoços e jantares mais sofisticados com uma boa harmonização com vinho.

Este prato pede por harmonizações mais complexas e sofisticadas, como com tintos de Bordeaux, Cahors, Borgonha e Chianti, assim como Pinot Noirs mais elegantes e complexos. A harmonização vai depender muito, também, do molho e acompanhamentos. Geralmente, o Magret de Pato é servido com molho agridoce, e de frutas vermelhas. Para esta opção com toques de frutas vermelhas, um Pinot Noir será uma excelente escolha.

Com certeza o tinto chileno Calyptra Gran Reserva D.O. Cachapoal Valley Pinot Noir 2020, um Pinot Noir com perfil mais intenso, é uma ótima opção. Elaborado pela Calyptra, boutique chilena dedicada à produção de vinhos de alto padrão no terroir do Alto Vale do Cachapoal. O resultado desse processo é um exemplar bem estruturado, intenso, elegante, com grande concentração de fruta e mineralidade.

(https://www.wine.com.br/vinhos/calyptra-gran-reserva-d-o-cachapoal-valley-pinot-noir-2020/prod30587.html)

5. Ovos de Páscoa

A mesa de Páscoa não fica completa sem os ovos de chocolate, sejam eles de chocolate ao leite, meio amargo, amargo, com castanhas, ou com frutas. Para harmonizar vinhos com chocolate, a orientação é se atentar ao nível de gordura e doçura para a escolha do vinho. Quanto mais doce o chocolate, mais doce precisa ser o vinho, caso contrário, o vinho será atropelado pelo chocolate, pois o açúcar é muito denso, preenchendo demais o paladar.

Chocolates mais amargos, com mais concentração de cacau, até mesmo o nibs de cacau, conversa melhor com vinhos tintos com mais taninos, até mesmo os com passagem por barrica, como os Malbecs argentinos, Cabernet Sauvignon ou Zinfandel californianos, e os Primitivos da Puglia, Itália, pois o cacau também tem taninos, e essas características se somam, se atente apenas para que o vinho não seja tão seco.

De forma geral, vinhos tintos fortificados são ótimas opções para harmonizar com as diversas possibilidades dos chocolates, dos mais doces aos mais amargos, com frutas ou sem, como o português Burmester LBV Porto 2019 produzido pela renomada vinícola Burmester.

Um exemplar de qualidade superior cujas uvas foram colhidas manualmente e cuidadosamente selecionadas das melhores parcelas do vinhedo. Com atrativa coloração rubi profunda com reflexos violáceos, é um vinho com aromas expressivos, frescos e delicados onde as notas de fruta pretas maduras se unem com notas balsâmicas, herbáceas, florais e de chocolate.

(https://www.wine.com.br/vinhos/burmester-lbv-porto-2019/prod30471.html)

9 dicas de vinhos para harmonizar nas festas de final de ano

Do branco ao tinto, conheça algumas das opções de rótulos das vinícolas do grupo Santa Rita Estates para tornar essas datas ainda mais especiais

Não importa se é tinto ou branco, poucas bebidas combinam tanto com os festejos de final de ano como um bom vinho. De diferentes cores, sabores, texturas e aromas, a escolha da opção ideal para cada momento das ceias de Natal e Ano Novo, tornam a ocasião ainda mais especial do lado dos familiares e amigos queridos.

Para este momento, a escolha da uva que melhor harmonize com cada prato, seja ele com peixes e frutos do amor, carne vermelha ou branca, também é uma boa dica na hora de escolher qual rótulo da bebida irá acompanhar. Pensando nos pratos que são mais comuns para as festas, a Santa Rita Estates separou algumas recomendações de vinhos para melhor harmonizar.

Tinto
Os vinhos tintos são os tipos da bebida mais consumidos no Brasil. Entre suas principais uvas estão o Cabernet Sauvignon, o Carménère, Merlot, o Malbec, Pinot Noir e o Syrah.

Este é o tipo de vinho que mais acompanha pratos quentes, seja ele uma massa com molhos mais encorpados, com um Merlot ou com carnes vermelhas, que pedem vinhos mais intensos na boca, como o Merlot, Syrah, Malbec, Cabernet Sauvignon. Para as carnes brancas, mais delicadas e leves, a pedida ideal está para um vinho tinto mais leve, como o Pinot Noir.

Entre as sugestões estão:

Medalha Real Grand Reserva Cabernet Sauvignon, da vinícola chilena Santa Rita

Carmen Gran Reserva Frida Kahlo Carmenere, da vinícola chilena Carmen

Selección de Bodega Malbec, da vinícola argentina Doña Paula

Branco
Indicado para servir gelado, o vinho branco acompanha opções leves e mais frescos como saladas, aperitivos e pratos de entrada, no começo das festas. Vinhos como o Sauvignon Blanc, por exemplo, é uma boa recomendação para acompanhar azeitonas temperadas e Chardonnay com queijos e até saladas.

Peixes por sua textura mais peculiar, com o Bacalhau ou grelhados como o Saint Peter e frutos do mar, com ostras, costumam ter o vinho branco como uma boa escolha para ocasião, harmonizando bem com Chardonnay. A bebida também tem boa combinação com outras carnes tradicionais para as datas como Chester e Peru.

Entre as sugestões estão:

Floresta Chardonnay, da vinícola chilena Santa Rita

Carmen Gran Reserva Sauvignon Blanc, da vinícola chilena Carmen

120 Reserva Especial Pinot Noir, da vinícola chilena Santa Rita

Rosé
Considerado por muitos uma bebida meio termo entre os vinhos tinto e branco, é um tipo mais rosado e feito de uma uva tinta, como Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot e Pinot Noir.

Além de ser um vinho saboroso, é versátil e elegante. A bebida deve ser servida em temperatura média de 8 graus e pode ser harmonizada desde os pratos de entrada até os principais. Também acompanha bem aperitivos, pratos que levam frutos do mar e carnes brancas.

Entre as sugestões estão:

Carmen Reserva Frida Kahlo Rosé, da vinícola chilena Carmen

Rosé Doña Paula Malbec, da vinícola argentina Doña Paula

Espumante
E por fim, temos os vinhos espumantes, que não podem faltar. Do Moscatel, ao Brut, a bebida é uma ótima opção com sobremesas, além do próprio brinde no momento da virada de ano.

Entre as sugestões está:

Carmen Gran Cuvée Frida Kahlo Brut, da vinícola chilena Carmen

Sobre a vinícola Santa Rita
Fundada em 1880, no Chile, a Vinícola Santa Rita já foi premiada mais de 10 vezes como no ranking As Marcas de Vinho Mais Admiradas do Mundo, elaborado pela revista inglesa Drinks International, que classifica os 50 melhores produtores de vinho do mundo inteiro. Também por 10 vezes consecutivas, a marca levou o título de Winery of the Year, oferecido pela revista Wine & Spirits.

Sobre a vinícola Carmen
Carmen é a primeira vinícola do Chile e uma das vinícolas mais importantes da história da viticultura chilena. A vinícola é reconhecida por promover o desenvolvimento de vinhos diferentes, únicos e premiados, que a levaram a ser posicionar como uma das vinícolas mais inovadoras do Chile, com projetos que tem surpreendido consumidores e críticos. Entre eles está a linha Carmen DO e o ícone Carmen Gold, que recentemente foi eleito um dos melhores vinhos tintos do ano com sua safra 2020, por Tim Atkin e, indicado entre os 12 melhores Cabernet Sauvignon do mundo, pela revista britânica Drink Business.

Sobre a Vinícola Doña Paula
Fundada em 1997, Doña Paula hoje se posiciona como uma das vinícolas mais importantes da Argentina, com mais de 700 hectares distribuídos em quatro vinhedos, sendo 100% vinhedos próprios para a produção de todos os seus rótulos. Estes vinhedos, estrategicamente localizados nas melhores regiões do país, procuram dar vida aos vinhos, que conseguem transmitir a expressão mais autêntica de cada terroir. Desde a sua criação, a Doña Paula tem apostado no desenvolvimento da viticultura de precisão, destacando variedades emblemáticas como Malbec, Cabernet Franc e Chardonnay. Um grande compromisso com a sustentabilidade tem sido inerente à sua filosofia desde o início.

Harmonizações: tudo que você precisa saber para aproveitar os sabores da Expoqueijo Brasil

Leia o artigo da mestre queijeira Iris Parizotto, instrutora do Senar/SP e comissária do evento
Os queijos são, sem dúvida, um dos alimentos mais versáteis e apreciados ao redor do mundo. Seu espectro de sabores, texturas e aromas é amplo e fascinante, variando desde aqueles mais suaves e cremosos até os de caráter mais acentuado e intenso. Esta gama de variações é influenciada por fatores como o processo de fabricação, maturação e os ingredientes adicionais, se houver.

Quando se fala em queijos de sabor mais suave e textura cremosa, o frescal imediatamente surge como exemplo. Ele é leve e versátil, sendo um companheiro ideal para lanches rápidos e receitas frescas. No entanto, se olharmos para o outro extremo, os queijos mofados, como o gorgonzola, ou duros, tipo parmesão, apresentam sabores mais robustos e marcantes, muitas vezes com nuances picantes ou amargas.

Portanto, ao explorar as complexidades de cada queijo e sua interação com diferentes alimentos ou bebidas, você embarca em uma jornada de descobertas gustativas, ampliando o prazer da degustação.

Mergulhar no mundo da harmonização de queijos significa reconhecer a sutileza necessária para criar combinações perfeitas. Caso contrário, corremos o risco de criar desencontros gustativos. Cada queijo, com sua singularidade, harmoniza-se especialmente com determinados alimentos ou bebidas, buscando um equilíbrio simbiótico entre eles.

A riqueza da gordura e a textura do queijo, quando adequadamente equilibradas com a acidez e o corpo de uma bebida ou alimento, resultam na criação de um sabor distinto e surpreendente. Esse equilíbrio é essencial para que a robustez do queijo não ofusque ou minimize a elegância do vinho no paladar (por exemplo) mas sim, os eleve a um patamar de experiência gastronômica sublime.

Seja curioso e aventure-se!

Sugestões:

Café:
O universo do café é repleto de nuances e sua harmonização com queijos traz combinações impressionantes. Cafés de torra leve ou média, reconhecidos por seus sabores delicados e suaves, harmonizam perfeitamente com queijos mais tenros. O sabor inconfundível do queijo de cabra fresco e a textura suave do minas frescal, são parceiros ideais para essas torras.

Quando exploramos os cafés com notas mais frutadas, a experiência gastronômica se expande. Imagine o sabor aveludado do queijo Brie, potencializado pela doçura de uma geleia; ou ainda, sua adição em sobremesas requintadas que levam Mascarpone, como o clássico tiramisù. Esta combinação exalta os aromas frutados, proporcionando uma experiência sensorial rica e deliciosa.

No entanto, para os aficionados por cafés mais potentes e encorpados, a sugestão é se aventurar com queijos de personalidade forte. Um blend composto pelas espécies de café Coffea arabica e Coffea canéfora - muitas vezes referida como robusta - exige um contraponto à altura de sua intensidade. Aqui, queijos mais maduros, como o parmesão, revelam-se como companhias ideais, criando um equilíbrio de sabores robustos e ricos que certamente cativarão os paladares mais exigentes.

Cerveja:
Pesquisadores do Istituto di Enologia e Ingegneria Agro-alimentare, na Itália, conduziram um estudo, divulgado na prestigiada revista científica Food Quality and Preference – Elsevier, analisando a harmonização de diversos queijos com cervejas. O destaque da pesquisa foi a combinação da cerveja com o queijo parmesão. Mostraram que esta combinação atenua características como o amargor e a adstringência da bebida, bem como as sensações quentes do álcool e até mesmo a efervescência. Essa efervescência (ou carbonatação) resulta do dióxido de carbono formado durante a fermentação alcóolica. Quando entra em contato com o paladar, o dióxido de carbono se transforma em ácido devido à ação da enzima anidrase carbônica, causando uma leve sensação ácida.

Vinho:
Os queijos possuem uma variedade de texturas e sabores e, quando falamos de Camembert, Brie e Gouda, entramos em um universo de aromas e sensações que pedem por harmonizações à altura.

O Camembert destaca-se por ser um queijo à base de leite de vaca, de consistência macia, porém com uma potência de sabor inconfundível. A delicadeza de sua casca fina é intercalada com leves toques de bolor pelo Penicillium camembert) de tonalidade clara, o que lhe confere uma estética peculiar.

Já o Brie é outro representante do leite de vaca, diferenciando-se por sua cremosidade única. Seu exterior de casca branca e aveludada esconde uma textura suave, com um sutil toque de nozes, tornando-se irresistível para muitos apreciadores.

O Gouda, tradicional em muitas tábuas de aperitivo, é reconhecido pelo seu sabor levemente adocicado. Sua inconfundível casca avermelhada (não destinada ao consumo) envolve uma massa onde se destacam olhaduras untuosas e brilhantes.

Para harmonizar com tais queijos, os vinhos brancos à base da uva Chardonnay são uma escolha acertada, destacando-se por sua capacidade de complementar os sabores. Entretanto, para os amantes de vinhos tintos, opções mais suaves e elegantes como o Pinot Noir e o Merlot tornam-se parceiras ideais, realçando e equilibrando cada nuance desses queijos.

O Roquefort, um distinto queijo azul, feito a partir do leite de ovelha, destaca-se pelo seu sabor marcante e autêntico. Devido à sua potência aromática e gustativa, é ideal combiná-lo com vinhos que possuam notas adocicadas, como o vinho do Porto. Além disso, espumantes podem ser uma excelente escolha para acompanhar o queijo, oferecendo um contraste refrescante e equilibrado.

O Gorgonzola, com sua presença marcante, é um queijo azul cremoso e suave, ganhando destaque e preferência de muitos quando comparado ao Roquefort.

Quando se trata de encontrar o vinho ideal para acompanhá-lo, opte por aqueles robustos e de perfil seco, tais como o Malbec ou o Cabernet Sauvignon. Estes vinhos complementam e equilibram o sabor intenso do Gorgonzola. Mesmo os vinhos brancos, são bem-vindos com esse queijo, principalmente se forem oferecidos com alguma sobremesa.

Queijos como Ricota, queijo de cabra e Cottage se caracterizam por sua frescura, sabores sutis e aromas contidos. Para realçar e não sobrecarregar o paladar ao degustá-los, a escolha ideal recai sobre vinhos brancos de perfil leve, com nuances frutadas e um toque fresco. Variedades como o Sauvignon Blanc ou mesmo alguns espumantes se mostram como excelentes complementos para esses queijos.

Os queijos duros, como Emmental, Pecorino, Grana Padano e Gruyère, trazem uma riqueza de sabor e um caráter marcante, tornando-se memoráveis para muitos, enquanto desafiam o paladar de outros.

Para equilibrar e realçar sua complexidade gustativa, os vinhos ricos em taninos oferecem uma harmonização notável. Vinhos tradicionais italianos, como Chianti e Barolo, ou aqueles originários das regiões francesas de Rhône e Bordeaux, são escolhas acertadas que enaltecem a degustação desses queijos robustos.

Geleias:
Gorgonzola e sua dança com a amora
Marcado por suas distintivas veias azuis, o gorgonzola possui um sabor potente e ligeiramente ardente. Esta intensidade encontra contraponto e harmonia em geleias adocicadas, em especial, a envolvente geleia de amora.

Gouda e o toque cítrico da laranja
Com sua textura que lembra a manteiga e um sabor que evoca frutas, o gouda revela sua nuance frutada ao longo do tempo. Ele se alinha magistralmente com geleias de perfil cítrico, sendo a laranja uma das combinações primorosas.

Brie e o encanto do damasco
Comparável ao camembert em cremosidade, o brie desfila suavidade em cada mordida. Seu perfil delicado encontra contraste e complemento nas geleias de notas frutadas marcantes, com o damasco emergindo como uma escolha sublime.

Provolone e a audácia da pimenta
Renomado globalmente, o provolone traz à mesa uma essência sutilmente defumada. Aliado a geleias de caráter vigoroso e ardente, como a de pimenta, este queijo se transforma em uma experiência gustativa equilibrada e inesquecível.

Em resumo...

Deseja um conselho final? Deixe-se levar pelas delícias que os queijos podem oferecer. Mergulhe no universo encantador dos lácteos e surpreenda-se com seus sabores extraordinários. Celebre a vida!

Iris Parizotto
Mestre Queijeira - Instrutora do Senar/SP e comissária da Expoqueijo

A arte da harmonização: como escolher o vinho perfeito para cada pizza

Frederico Nunes, especialista da Porto a Porto, dá dicas de harmonização e sugere algumas combinações ideais

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27/04/2023 -- A harmonização de vinhos é uma arte que consiste em combinar os sabores e aromas de diferentes vinhos com os pratos que os acompanham. Afinal, a combinação certa é capaz de aprimorar a experiência gastronômica e tornar a refeição ainda mais prazerosa. E quando o assunto a pizza, esse tema é levado ainda mais a sério.

De acordo com Frederico Nunes, especialista da Porto a Porto, entre as principais características do vinho que influenciam na harmonização estão o tanino e a acidez. “Taninos são compostos químicos encontrados principalmente na casca, sementes e engaços das uvas, que conferem ao vinho uma sensação de adstringência, ou seja, de ‘amarração’ na boca. Já a acidez traz refrescância e ajuda na longevidade do vinho”, explica.

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[Munir Bucair]
Nas pizzas, aquelas com mais gordura pedem vinhos com mais taninos. “Isso ocorre porque os taninos ajudam a quebrar a gordura e limpar o paladar, deixando a sensação de boca mais fresca e pronta para a próxima mordida”, diz. Para exemplificar, ele aponta a união do vinho tinto Alfredo Roca Malbec com a pizza Diavola, receita do Madá Pizza & Vinho, pizzaria napolitana de Curitiba (PR), que leva molho de tomates, mozzarella, pepperoni e pimenta calabresa.

Já vinhos tintos com taninos sedosos, ou seja, aqueles mais frutados e sem presença de madeira, harmonizam melhor com pizzas mais leves. “A pizza Margherita, por exemplo, harmoniza bem com um tinto leve, mas não com um branco de corpo leve, pois apesar de ser um preparo mais suave, a presença da gordura do queijo já requer um pouco de estrutura”, conta. Como exemplo, Nunes sugere o vinho tinto Corbelli Chianti acompanhado da Margherita DOP, também do Madá Pizza & Vinho, preparada com tomates San Marzano, mozzarella fior di latte, parmigiano reggiano e azeite de oliva extra virgem especial.

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[Munir Bucair]
Para pizzas que levam frutos do mar, como a de alici, a sugestão do especialista são vinhos sem tanino e baixa acidez, como os brancos leves. “A acidez dos vinhos brancos e rosès combina perfeitamente com frutos do mar, realçando o sabor desses ingredientes”, explica. Já o espumante Cava elaborado pelo método tradicional, o mesmo usado para produzir champanhe, vai bem com todos os tipos de preparos. “O espumante é muito versátil, pois limpa bem o paladar e tem uma acidez alta, podendo harmonizar tanto com pratos leves quanto aqueles mais gordurosos. É o coringa da harmonização devido a sua cremosidade”, afirma.

Por fim, o especialista reforça que, apesar de existirem harmonizações mais indicadas, é sempre importante levar em considerações o gosto pessoal de quem irá consumi-las. “Pessoas têm sensibilidades distintas aos diferentes componentes do sabor e do aroma. As harmonizações, portanto, devem também levar em conta essas preferências”, complementa Frederico Nunes.