Dez motivos para relembrar a Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Paraná

Dez motivos para relembrar a Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Paraná
Em ritmo de retrospectiva, a OSP se despede de uma das melhores temporadas de sua história

Foram 35 concertos, 20 maestros e solistas convidados, um balé, uma ópera e três sessões do filme-concerto Luzes da Cidade. A Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Paraná, anunciada pelo maestro-titular Stefan Geiger no início de fevereiro, provou ser uma das melhores até agora na história da orquestra. Público e músicos tiveram a oportunidade de se aproximar, de conhecer o trabalho de artistas internacionais e de acompanhar bem de perto o crescimento da nossa orquestra!
Confira os dez motivos que selecionamos para você relembrar esse grande ano!

1. Série Música de Câmara
Em 2018 público e orquestra puderam se aproximar ainda mais durante os seis concertos da Série Música de Câmara, projeto dos músicos da OSP e do maestro-titular Stefan Geiger. As apresentações foram realizadas às quartas-feiras à noite no Guairinha. Além de trazerem grupos menores de músicos e compositores diferentes daqueles já previstos para os grandes concertos da Temporada, o projeto também foi muito importante para o aprimoramento técnico dos músicos da orquestra.
2. Ópera João e Maria
Um dos pontos altos do ano, a ópera João e Maria, teve os ingressos esgotados dois dias antes da estreia. Foi a primeira vez que a OSP apresentou a versão clássica original da obra de Engelbert Humperdinck. A montagem teve direção cênica de Walter Neiva, direção musical do maestro Stefan Geiger e toda a produção de cenário, figurinos e iluminação pela equipe do Teatro Guaíra. As cantoras convidadas Geneviève Tschumi, Christina Heuel e Edineia Oliveira se juntaram aos curitibanos Norbert Steidl, Luciana Melamed e Karolyne Liesenberg para dar vida aos personagens do conto de fadas. A ópera ainda contou com a participação especial do Coral Curumim e da Escola de Danças do Teatro Guaíra.
3. Convidados ilustres
Pacho Flores, Sooyoung Yoon, Michael Nesterowicz, Raphael Haegger, Tanja Tetzlaff, Henrik Schaefer, Victor Hugo Toro, Tobias Volkmann e Winston Ramalho. Esses são só alguns dos maestros e solistas convidados pela Orquestra Sinfônica do Paraná em 2018. Cada um deles pode compartilhar com o público um pouco de suas culturas e formas de fazer música. No vídeo, você confere o solo do trompetista Pacho Flores. Foi ou não foi incrível?

O trompetista venezuelano Pacho Flores se apresentou com a OSP em agosto
4. Chaplin + orquestra
Em abril, a Orquestra Sinfônica do Paraná, regida pelo maestro Stefan Geiger, trouxe o filme City Lights (Luzes da Cidade), de Charlie Chaplin. A projeção era acompanhada pela trilha sonora, executada ao vivo pelos músicos da OSP. Este estilo é chamado de filme-concerto, e está ganhando cada vez mais espaço nas agendas das grandes orquestras.
5. 33 anos de orquestra
Não se pode passar aniversário em branco! O concerto Jubileu, em homenagem aos 33 anos da nossa orquestra, teve como convidado especial o pianista Fábio Martino que tocou Rhapsody in Blue, de Gershwin. O público foi recebido pelo maestro Stefan Geiger e pelos músicos no saguão de entrada, que deram de presente o livreto da programação anual da Temporada.
6. Concerto para Crianças
Foram dois concertos inteiros dedicados às crianças nesta Temporada. No primeiro semestre, os pequenos se divertiram com as aventuras do caubói Billy no Oeste Selvagem, obra de Matthias Bamert. Em setembro, foi a vez de Carnaval dos Animais, de Camille Saint-Saens.
7. Aventura intergalática
Guairão lotado! O concerto Noite Estrelada, realizado em novembro, teve os ingressos esgotados na véspera da apresentação. A OSP apresentou as suítes dos filmes Star Wars e ET, o extraterrestre, de John Williams. Para completar o clima de viagem espacial, tivemos também a obra sinfônica Os Planetas, de Gustav Holst, que foi uma das inspirações de Williams para a música de Guerra nas Estrelas.
8. Orquestra On Tour
Durante o ano de 2018, a turnê da Orquestra Sinfônica do Paraná passou pelas cidades de Guarapuava, Londrina, Maringá, Arapongas, Apucarana, Pinhais, Piraquara, Campo Largo, Colombo e São José dos Pinhais. Com regência do maestro convidado Marcos Arakaki, a orquestra se apresentou nos teatros, igrejas e centros de convenções, sendo sempre muito bem acolhida pelo público.
9. Programas para os amantes da música sinfônica
Para os verdadeiros fãs da música sinfônica, a Temporada 2018 trouxe vários tesouros. Obras que ficaram desaparecidas por décadas, como a Canção Fúnebre, de Stravinsky e a Sinfonia nº1, de Rachmaninoff. Teve também a Nona Sinfonia de Mahler, O Anel sem Palavras, de Richard Wagner e City Noir, de John Adams.
10. O Lago dos Cisnes
Para encerrar a Temporada 2018, o combo de sucesso: OSP + Balé Teatro Guaíra. O Lago dos Cisnes, clássico de Tchaikovsky, foi reinterpretado em versão contemporânea pelo coreógrafo Luiz Fernando Bongiovani. O resultado ficou tão incrível que lotou o Guairão nas três noites da estreia e nas últimas três apresentações do ano, no início de dezembro.

Teatro de Bonecos Dr. Botica traz magia do Natal em sua programação

Teatro de Bonecos Dr. Botica traz magia do Natal em sua programação

Todo o encantamento da época de Natal também invadiu o palco do Teatro de Bonecos Dr. Botica, promovido pelo Instituto Grupo Boticário e localizado no Shopping Estação. A partir da semana desta semana, o público poderá aproveitar a programação estendida do grupo, de quinta-feira (6) a domingo (9), para assistir ao Auto de Natal.

O espetáculo, indicado para todas as idades, busca resgatar o espírito natalino, de forma simples e lúdica. Música, poema e bonecos são alguns dos recursos utilizados na peça.

As apresentações acontecem em três horários: 13h, 15h e 17h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudantes, idosos e crianças de 3 até 12 anos).

Serviço

Teatro de Bonecos – Dr. Botica

Auto de Natal

Quando: quinta-feira (6) a domingo (9)

Horário: 13h, 15h e 17h

Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudantes, idosos e crianças de 3 até 12 anos)

Onde: Teatro de Bonecos Dr. Botica, piso L1

www.teatrodebonecosdrbotica.com.br

Shopping Estação

Av. Sete de Setembro, 2.775, Rebouças - Curitiba (PR)

(41) 3094-5300

www.shoppingestacao.com.br

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A ânsia de crescer Processo Multiartes remonta “CriÂnsia”

A ânsia de crescer
Processo Multiartes remonta “CriÂnsia”, espetáculo que propõe uma experiência sensorial ao contrapor infância e vida adulta, com referências atuais. Temporada no TEUNI será gratuita, a partir de 16 de novembro

Como a vida adulta quebra o espírito lúdico que é a essência da infância para programar as pessoas a partir de uma ótica mercadológica. Este é o ponto de partida da nova montagem de “CriÂnsia”, que a Processo Multiartes estreia no TEUNI (Teatro Experimental da UFPR). Com direção e roteiro de Adriano Esturilho, o espetáculo foi montado inicialmente em 2003 e retorna agora como outro elenco, novas cenas e um olhar que dialoga com o momento atual.

A peça fará temporada gratuita de 16 de novembro a 16 de dezembro. De quinta a sábado, às 20h30 e aos domingos, ás 19h30.

“A ‘ânsia de crescer’ e a ‘cria de ansiar’ são as frases que dão o norte para o espetáculo”, adianta o diretor. “Queremos falar sobre como a vida adulta, desde cedo, faz a gente perder o espírito lúdico para ir nos programando e condicionando para a selvageria do mercado, do trabalho, da sede de consumismo", completa.

Brincadeiras, brinquedos e referências a programas de auditório populares nos anos 80, bem como algumas cenas que tencionam a vontade de manter-se neste universo lúdico em meio à intolerância e violência que crescem, ajudam na construção de uma metáfora do teatro em escombros. A ambientação envolve e convida a plateia a participar de um grande quebra-cabeças. “E ao artista cabe envelhecer mantendo esse espírito lúdico da infância. E isso se manifesta na forma sensível como faz e observa as coisas, como ele critica, no jeito como tenta sair dessa caixinha para a qual somos preparados desde cedo”, pontua Esturilho. “É uma atitude que tem parentesco claro com o olhar supostamente irresponsável da criança, sob o viés adulto”.

Com intervenções musicais ao vivo, uma marca dos trabalhos da Processo, CriÂnsia é um trabalho mais visual e propõe imagens que suscitam sensorialmente o público. Os temas aparecem mais diluídos, mas são claramente perceptíveis. “É mais sensorial, mas também reforça um lado cruel que procuramos dar... Fala da infância, mas tem muito a ideia da ânsia muito presente no conceito de construir”, pontua o diretor que ao optar pelos tambores ao vivo trouxe um clima um tanto ritualístico à cena.

A Processo também toca em outro tema caro a seu currículo, que é a interação. O cenário é um grande quebra cabeças, em meio aos escombros de um teatro, e as pessoas são convidadas a participar. “Elas estarão espalhadas pelo espaço e as arquibancadas não serão usadas. Queremos criar uma simbologia do momento: a gente ainda tem o teatro, ainda temos acesso a ele, mas as pessoas já não podem sentar nas poltronas. O que está em escombros, será destruído, que é o que acontece em momentos como o que vivemos. É um desconforto que propomos à plateia” fala Esturilho.

As referências ao momento político foram inevitáveis. “Isso influencia no olhar das pessoas para o espetáculo e, claro, nos influencia também! Em 2003 era outro o planeta em que vivíamos. Essas questões, ligadas à violência e intolerância existiam, mas não ressoavam tanto”, diz comentando sobre uma cena de malhação do Judas que traduz a intolerância com minorias. “E com a não aceitação da diferença, que também é uma forma da vida adulta podar este espirito livre da criança”.

Viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba, CriÂnsia tem o incentivo do Banco do Brasil."

Serviço:
O que: CriÂnsia
Quando: 16 de novembro a 16 de dezembro. De quinta a sábado, às 20h30 e aos domingos, ás 19h30.
Onde: TEUNI (Praça Santos Andrade, s/n – Prédio História da UFPR).
Quanto: gratuito