Feliz Páscoa “Ele” Vive! Jesus venceu a morte e Vivo está! A Páscoa e a Arte
A Pascoa e a Arte
MARÇO 30, 2018 POR VANESSAMALUCELLIANDERSEN
Vanessa Malucelli, esta colunista Vanessa Malucelli, esta colunista Vanessa Malucelli, esta colunista
Páscoa e a Arte — Um texto de Oscar D’Ambrosio
No sentido da palavra religião de se re-ligar com a própria vida e com o mundo, toda arte é uma conexão e um recomeço perene.
Nesse sentido, a celebração da igreja cristã em homenagem a ressurreição de Jesus Cristo encontra um paralelo com o morrer e nascer que cada obra de arte propicia. O fim da criação de cada uma delas e o começo de outra são processos eternos.
Arte - Infantil do Elias.pngÉ bom lembrar que as comemorações referentes à Páscoa começam na Sexta Feira Santa, momento da crucificação de Jesus, terminando no Domingo de Páscoa, que celebra a ressurreição e o seu primeiro aparecimento aos discípulos.
Analogamente, o processo de criação, que alguns vem como dor necessária e outros com prazer, encerra-se com o final de uma obra, que surge ao público, que, tal qual discípulo, a “lê” e interpreta atentamente.
A Semana Santa é ainda a última semana da Quaresma, período em que os fiéis cristãos devem permanecer por 40 dias em constante jejum e penitências.
Existe aqui a ideia de que a dor e o sofrimento levam à compreensão. E, salvo exageros, muitos entendem o processo criativo justamente como uma passagem, nem sempre fácil, de um estado para outro.
Paul-A-Young-para-Daylesford-ovo-de-pascoa-inspirado-em-Jackson-Pollock.pngEtimologicamente, o termo Páscoa se originou do latim Pascha, que por sua vez, deriva do hebraico Pessach / Pesach, que significa “a passagem”. Esse, aliás, é o sentido da Páscoa para os judeus, que tem na Páscoa uma antiga festa realizada para celebrar a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito, em 1280 a.C.
E esse conceito de liberdade, de “passagem” de um estado para outro, se multiplica por dois dos tradicionais símbolos da Páscoa: o coelho, representando a fertilidade; e o ovo, a própria vida. O conceito geral, associado ao prazer do doce chocolate, está na concepção da passagem da infelicidade para a felicidade; das trevas para a luz.
Assim pode ser a arte. Se muitas vezes parece que a realidade circundante é um universo de escuridão, a capacidade humana de criar faz abrir frestas de luz no cotidiano. É esse renascer para a própria vida que a criação artística possibilita. Não se trata de religião no sentido sistêmico, mas de re-ligação com a própria capacidade de estar e de viver no mundo, recriando-o a cada instante.
Feliz Páscoa de re-ligação para tod@s!
Oscar D’Ambrosio, jornalista
Mestre em Artes Visuais pela Unesp
Doutor em Educação, Arte e História da Cultura
Contato:
odambros@reitoria.unesp.br
Info
Imagens:
Ovo de Chocolate: Paul-A-Young-para-Daylesford-ovo-de-pascoa-inspirado-em-Jackson-Pollock
Coelho Da Pacoa: Blogspot – Infantil do Elias
*com divulgação
divirtasecuritiba.com deseja uma Feliz Páscoa a todos.
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