Espetáculo ‘A Terceira Margem’ tem única apresentação em Curitiba

Espetáculo 'A Terceira Margem' tem única apresentação em Curitiba

Grupo de artistas reúne música, teatro e literatura para criar uma experiência inédita destacando a riqueza e a importância da arte brasileira

Artistas paranaenses, de diferentes áreas de atuação, juntaram-se na direção de um espetáculo de música, teatro e literatura, com estreia no dia 1º de dezembro, às 20h, no Teatro Zé Maria, em Curitiba. Inspirado na Semana de Arte de 22, que neste ano completa 100 anos, e em obras de autores e compositores brasileiros, 'A Terceira Margem' tem direção geral da atriz e coreografa, Cleide Piasecki e direção musical do tenor, maestro e professor, Ivan Moraes.

No elenco além de Cleide e Ivan estão também: Leonardo Goulart, Ben Hur Cionek e João Albuquerque. Figurinos, Maquiagem e Caracterização são de Marcelino de Miranda e a Produção e Programação Visual de Celso Arimateia.

O primeiro dos textos selecionados para o espetáculo, dentre os mais de 50 estudados, foi o conto de João Guimarães Rosa 'A Terceira Margem do Rio', publicado no livro 'Primeiras Estórias', uma obra-prima da literatura brasileira.

"Todo o projeto foi pensado desde a sua concepção para oferecer ao público uma experiência artística que mostrasse que a arte é parte integrante de nossa vida e de nossa cultura em sociedade. Entendê-la e experimentá-la não é um privilégio apenas de artistas, mas um direito de todo ser humano", diz a diretora geral do espetáculo, Cleide Piasecki.

A ideia nasceu durante os meses de isolamento na pandemia, um período de estudo, pesquisa e reflexão sobre a arte e suas origens. "A arte é muito antiga e não nasceu dentro dos livros, dos museus ou dos teatros, surgiu de uma necessidade dos nossos ancestrais de expressar a sua subjetividade e sua espiritualidade", comenta a diretora completando ainda que: "a arte surgiu na mente e tomou forma através do corpo e das mãos de seres humanos que viveram há muito tempo, numa sociedade pequena em relação ao que é hoje, uma sociedade que enfrentava condições severas de sobrevivência. A arte é inerente ao ser humano, assim como a cultura, a ciência e a educação. Todas fazem parte do processo civilizatório, nasceram quase que ao mesmo tempo e nos ajudaram a sobreviver, evoluíram conosco e nos trouxeram até o momento presente".

100 Anos da Semana de Arte Moderna

Os profissionais paranaenses também aproveitaram o centenário da marcante realização da 'Semana de Arte Moderna de 1922' para homenagear os artistas daquele período que se juntaram para propor este movimento e finalmente se apropriar da cultura brasileira que, naquela época, ainda estava muito atrelada aos moldes europeus.

Em 'A Terceira Margem' a intenção é ressaltar a importância da arte e da nossa cultura como elementos formadores do ser humano e afirmar através da música e dos textos de grandes autores e compositores, populares e eruditos, que a cultura não é apenas um aspecto da vida, mas o universo no qual estamos inseridos. "A cultura é a mãe da arte, é nossa ancestralidade, nossa identidade nacional, é o que nos faz sonhar e nos aponta para futuros possíveis", ressalta Cleide.

Serviço:

"A Terceira Margem"

Única apresentação em 1º de dezembro, às 20h, no Teatro Zé Maria, em Curitiba

Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e meia entrada para classe artística e estudantes

Exclusivo pelo endereço: https://www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-a-terceira-margem-direcao-de-cleide-piasecki.aspx

Classificação – 16 anos.

'A Terceira Margem' tem o patrocínio e incentivo da iniciativa privada. Gráfica Rádial, Graf Digital e Galeria Simões de Assis (Patrocinadores). No apoio TMK Eventos Sustentáveis e ZIGG Comunicação Corporativa.

Legenda Fotos 1 e 2: Leonardo Goulart - Cleide Piasecki - Ivan Moraes

Crédito fotos: Celso Arimateia

Espetáculo Pulsando a Vida em Alta estreia no Teatro Zé Maria em Curitiba

Dilemas vividos no cotidiano levam ao palco a jornada de um jovem da apatia ao entusiasmo e o seu resgate pessoal por meio da terapia

A arte imita a vida, diz um ditado bastante conhecido em meio às coxias teatrais. Embora haja semelhanças entre arte e vida real, muitas vezes elas ficam limitadas aos palcos, por outras, reproduzem exatamente o cotidiano.

E foi inspirado na vida real que o multiartista Ravi Brasileiro, em parceria com a psicóloga Tereza Karam, trouxe para os palcos o espetáculo Pulsando a Vida em Alta. Num retrato da vida real com nuances cênicas interpretadas por Ravi, o jovem oscila emocionalmente em suas vivências, da apatia ao entusiasmo durante sessões de terapia.

“Pulsando a Vida em Alta nasceu a partir de uma bonita parceria com a psicóloga Tereza Karam. Eu fui aluno dela em 2014, e em 2016 ela assistiu uma palestra minha. Ali nos reconhecemos e desde então nos mantemos por perto. Tereza se tornou minha aluna e ao viver a imersão Dança Livre Dois, ela saiu inspirada com vontade de transformar em algo artístico o conteúdo do seu treinamento sobre funcionamento do cérebro e sobre os tons emocionais, e me fez o desafio”, conta Ravi.

E foi assim que em 2019, eles produziram a primeira edição do Pulsando a Vida em Alta, com uma Palestra Show no Dia Mundial da Criatividade, no Paço da Liberdade, em Curitiba.

“Foi lindo, com um retorno bem especial pelo público”, revela o artista.

Para essa edição, o que era uma palestra show transformou-se em um espetáculo artístico. Logo em seguida, o músico Lucas Abreu integrou o elenco, produzindo também a sonoplastia do espetáculo.

Na opinião de Lucas Abreu, que interpreta o amigo ouvinte de Ravi, a amizade é o alicerce da vida e o espetáculo trouxe para ele grande aprendizado.

“Ela (amizade) é algo importantíssimo e indispensável para uma vida saudável, pois mesmo cuidando da saúde mental com algum profissional, temos que equilibrar nossa vida profissional e social. O espetáculo representa para mim uma virada de chave muito grande, pois relaciona os tons emocionais com a música, minha área de estudo e trabalho”, diz Abreu.

Para Tereza, a concepção do espetáculo vai além de uma obra de arte, pois foi a relação de amizade construída entre eles, de gerações bastante distintas, que fez com que nascesse o Pulsando a Vida em Alta. “A admiração e respeito mútuo que existe entre nós permitiu que as expertises criassem um trabalho único, aliando 36 anos de formação e atuação como psicóloga e a vivência dele como multiartista”, afirma Tereza.

Inspirações

Para essa criação, Ravi buscou inspiração nas emoções e na música, capaz de transmutar universos. “Nossa grande vontade foi a de criar uma experiência em que cada pessoa vibre conosco cada tom da escala de tons emocionais, a partir da música e performances. É um convite para aprender sobre si mesmo e sobre como manejar cada emoção para transitar de forma mais saudável, sem se afundar em emoções baixas, para se permitir e buscar viver mais tempo nos tons de interesse e entusiasmo, com paixão pela vida”, relata.

Já Tereza leva a si mesma para protagonizar o espetáculo: “Quem vai para o palco é a psicóloga Tereza Karam, apaixonada pela vida! Levo comigo uma bagagem profissional com décadas de experiência atuando na área clínica e no ambiente corporativo, e também um roteiro terapêutico, criado com muito cuidado para tocar o coração das pessoas e levantar o melhor delas. Levo para o palco a psicóloga cênica que verte conhecimento e vibra com as emoções”, diz a profissional.

A ciência densa do comportamento humano será apresentada com a leveza da arte, onde o público entra em contato com a ‘Escala de Tons Emocionais’ com dramatização, música e expressão corporal, aprendendo a manejar as emoções e podendo rever comportamentos, criando hábitos mais saudáveis.

De acordo com Ravi, o público vai se surpreender com o que será apresentado no palco. “É um espetáculo que mexe no coração enquanto traz uma verdadeira aula sobre emoções. Eu trago histórias pessoais reais para as sessões de terapia ali no palco, e vou processar meus sentimentos pela música. Tem humor, tem melancolia, tem várias emoções e, principalmente, um carinho imenso que a gente entrega para cada um na plateia”, conclui.

Estreia oficial

O espetáculo estreia oficialmente no dia 23 de setembro, sexta-feira, no Teatro Zé Maria (O Teatro da Classe), às 20h, com reapresentações nos dias 24 (sábado), às 20h e dia 25 (domingo), às 19h. O Teatro Zé Maria fica na Rua Treze de Maio, 655, no bairro São Francisco, Curitiba/PR. A entrada é gratuita.

“Pulsando a Vida em Alta” foi destaque no 'Dia Mundial da Criatividade' em 2019, evento endossado pela ONU e pela Escola de Criatividade, realizado no Sesc Paço da Liberdade. Foi selecionado pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba, Edital Mecenato Subsidiado 117/2020, e recebeu o incentivo do Grupo Positivo, assim como apoio cultural da Padaria América e da A Caiçara.

A Aforista: teatro como o público nunca viu

Peça da Cia Stavis-Damaceno será montada em processo para levar a plateia a um lugar diferente do teatro tradicional

Cred Maringas Maciel
“A Aforista” é a pré-estreia do novo trabalho da Cia.Stavis-Damaceno que será apresentado ainda em processo de pesquisa e criação na Mostra Lúcia Camargo durante o 30º Festival de Curitiba. Escrita pelo dramaturgo Marcos Damaceno, que também assina a direção, o espetáculo tem estreia nacional prevista para junho, no Rio de Janeiro.

A peça ainda em processo leva o público a um lugar diferente do teatro dramático tradicional, em um momento que normalmente não se vê quando as cortinas abrem, com a presença do diretor na lateral do palco e pronto para possíveis intervenções, numa citação ao lendário diretor polonês Tadeuz Kantor (1915-1990), e quase na fronteira do happening e da performance.

Trata-se da segunda parte de uma trilogia iniciada com “Árvores Abatidas ou Para Luis Melo”, de 2008, escritas sob influência do escritor austríaco Thomas Bernhard (1931-1989). “Árvores Abatidas é o nosso hit e o apresentamos no Brasil inteiro, em mais de 100 cidades. Depois de 14 anos, decidimos que era hora de voltar à obra dele”, disse Damaceno.

Segundo o autor e diretor, o texto é uma conversa com questões postas por Bernhard, respondendo e contrapondo questões colocadas pelo autor austríaco. Um mergulho na memória e nas possibilidades que cabem numa vida. Para ele, os textos de Bernhard se conectam a linguagem da companhia pela “repetição e musicalidade”.

“É uma arquitetura mental de repetição e musicalidade das palavras. São narrativas densas e sôfregas que ficam hilariantes. Pensamentos sublimes e elevados que escorregam para o grotesco, assim como é a vida da gente”, disse.

A atriz Rosana Stavis é a “aforista”, a protagonista que quase foi uma grande pianista, mas não conseguiu e apesar de ter pretensões de ser escritora nunca consegue ir além de algumas boas frases de filosofia barata. No palco, ela fica no meio de um duelo entre dois velhos amigos também pianistas: um reconhecido em vida como um genial virtuose, mas que está à beira da morte e outro que, apesar do talento, não teve sucesso e se suicidou.

Os dois pianos tocados por Sérgio Justen e Fabio Cardoso duelam no palco e dão o tom da narrativa com a trilha criada pelo compositor Gilson Fukushima. A peça tem iluminação de Beto Bruel e figurinos de Karen Brustolin.

A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por EBANX, Paraná Banco, New Holland, com patrocínio de ClearCorrect, Vonder, SulAmérica, Novozymes e Governo do Estado do Paraná.

Acompanhe todas as novidades e informações da Mostra Lúcia Camargo do Festival de Curitiba pelo site www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis, no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_Curitiba

FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis
Composição e direção musical: Gilson Fukushima
Pianistas convidados: Sérgio Justen e Fábio Cardoso
Iluminação: Beto Bruel
Figurinos: Karen Brustolin
Direção de Produção: Bia Reiner
Assistente de Produção: Evandro Vicente
Foto: Maringas Maciel

Serviço:
O que: A Aforista
Quando: 09 de abril às 21h e 10 de abril às 19h
Onde: Teatro Zé Maria dos Santos (Rua Treze de maio, 655, São Francisco)
Valores: R$ 80,00 (inteira)
Ingressos: Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.
Classificação: 16 anos.
Duração: 60’

Publicação celebra os 12 anos de caminhada da Súbita Companhia de teatro

Publicação celebra os 12 anos de caminhada da Súbita Companhia de teatro

Integrando as comemorações de 12 anos da Companhia, a Súbita lança, no próximo sábado (19/10), a partir das 17 horas, uma publicação em que sua trajetória é narrada com textos e materiais produzidos pelos artistas que integram e colaboram com a companhia. O evento de lançamento será na Alfaiataria (R: Riachuelo, 266), novo endereço teatral que será aberto, oficialmente em novembro, pela atriz Janaína Matter, uma das fundadoras da Súbita. Haverá ainda a fala pública “A Importância do Registro e da Memória no Teatro”, por Francisco Mallmann, um dos autores presentes na publicação.

A celebração faz parte do “Corpos Poéticos – Encontro Internacional de Investigações Cênicas”, que começou no dia 14 e segue até 25 de outubro, com uma série de atividades gratuitas no Teatro Zé Maria Santos. Os convidados Kameron Steele (EUA), Ana Woolf (Argentina), Iván Haidar (Argentina) e os brasileiros Jé Oliveira, Lucienne Guedes, Carlos Simioni, Marisa Naspolini e Stela Fischer compartilham suas experiências e conhecimentos em falas públicas, masterclass, apresentações de trabalhos e mesas de conversa com entrada gratuita.

A programação desta semana conta, ainda, com a mesa de conversa com Ana Woolf e Simioni, no dia 17, a partir das 20h; com a leitura dramática de Insensatez, de Maíra Lour, e a fala pública de Marisa Naspolini sobre “A Escuta do Corpo no Contexto Escolar”, no dia 18, a partir das 19h e, no dia 20, também as 20h, com a demonstração de trabalho “Autoexame de Corpo de Delito”, de Lucienne Guedes.

O projeto tem o Incentivo do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura, o Profice, da Secretaria da Comunicação Social e da Cultura, Governo do Paraná com apoio da Copel.

Serviço:
Corpos Poéticos – Encontro Internacional de Investigações Cênicas:

Dia 17 às 20h: Mesa de conversa com Ana Woolf e Carlos Simioni. Teatro Zé Maria Santos (R. Treze de Maio, 655). Gratuito.
Dia 18 a partir das 19h: Leitura dramática de Insensatez, de Maíra Lour; fala pública de Marisa Naspolini sobre “A Escuta do Corpo no Contexto Escolar”; Teatro Zé Maria Santos (R. Treze de Maio, 655). Gratuito.
Dia 19, às 17h: Lançamento da publicação Súbita 12 anos. Alfaiataria (R. Riachuelo, 266/274). Entrada gratuita.
Dia 20 às 20h: Demonstração de trabalho “Autoexame de Corpo de Delito”, de Lucienne Guedes. Teatro Zé Maria Santos (R. Treze de Maio, 655). Gratuito.

Informações: www.subitacompanhia.com.br