Santan anuncia revitalização de área nobre do Mercadão de SP para receber pequenos produtores de todo o Brasil

O empresário André Santin, idealizador da Santan, e o presidente do conselho de administração do Mercado Municipal de São Paulo, Aldo Bonametti, firmaram um contrato de parceria que prevê a revitalização de um dos mais belos e nobres espaços do Mercadão para receber pequenos produtores rurais de todo o Brasil. O antigo espaço de eventos, com cerca de 800 metros quadrados, será totalmente reformado pela Santan para que os produtores possam vender seus produtos diretamente ao consumidor final. O projeto será assinado pelo escritório de arquitetura Edgar Ribeiro, especializado em projetos gastronômicos, e executado em parceria com um grupo de empresários e investidores.

Fotos (Divulgação):
André Santin
André Santin e Aldo Bonametti
Espaço de Eventos do Mercado Municipal de SP
Esboço do projeto de Edgar Ribeiro

Anuário da Cachaça 2020

Julho de 2020 - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, divulgou nesta terça-feira, dia 21, o Anuário da Cachaça 2020, que traz os mais recentes dados estatísticos, em termos de número de produtores e produtos, do setor de Cachaça e Aguardente no Brasil. A apresentação do estudo "Anuário da Cachaça 2020", que está disponível no link https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/publicacoes/anuario-cachaca2020-web.pdf, ocorreu durante uma transmissão ao vivo para todo o país, pelo canal do MAPA no YouTube: https://youtu.be/xyA57OosiIE.

O levantamento revelou que o número de estabelecimentos produtores de Cachaça e Aguardente registrados no MAPA durante o ano de 2019 totaliza 1.086. Esse número é 22,26% menor, em comparação com o ano de 2018, que registrou 1.397 estabelecimentos de aguardente de cana e de cachaça.

O número de estabelecimentos produtores de Aguardente sofreu queda de 41,57% (passando de 611 em 2018 para 357 em 2019) enquanto o número de estabelecimentos produtores de Cachaça registrou queda de 5,99% (passando de 951 em 2018 para 894 em 2019).

De acordo com Carlos Lima, Diretor Executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça - IBRAC - entidade representativa do setor, o Anuário 2020 é mais uma importante entrega do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao setor da Cachaça e traz um importante raio-X do segmento. No entanto, segundo Lima, a queda demonstrada pelo Anuário confirma o que o Instituto vem defendendo ao longo dos últimos anos: que o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) imposto ao segmento em 2015, trouxe sérios impactos para a cadeia produtiva. "Mesmo com a possibilidade de os produtores optarem pelo enquadramento no SIMPLES NACIONAL, a partir de janeiro de 2018, essa redução de 5,99% do número de produtores de Cachaça, em apenas um ano, demonstra que o setor ainda enfrenta diversos entraves para se recuperar. A adesão ao regime tributário simplificado parece ter chegado tarde para o setor da Cachaça. Estamos percebendo que a medida não foi suficiente para trazer melhores condições para o setor", diz.

Ainda segundo o executivo do Instituto, a redução do número de estabelecimentos produtores registrados, pode indicar um aumento da informalidade e da ilegalidade, agravando ainda mais as condições de desenvolvimento do setor. Um estudo divulgado pelo IBRAC no fim de 2019, indica que a Cachaça é a categoria mais impactada pela produção ilegal de bebidas no Brasil. Por isso, a necessidade de reavaliação dos altos impostos, em especial nesse momento de discussão da reforma tributária, pois a Cachaça já é o produto mais tributado do Brasil.

"Considerando que as duas propostas de emenda à Constituição de reforma tributária em tramitação no Congresso trazem a criação de um novo imposto para bebidas alcóolicas, é importante ressaltar que qualquer medida do governo que possa onerar ainda mais o setor da Cachaça e acentuar assimetrias já existentes, contribuirá, de forma direta, para acentuar a queda do número de produtores legalizados no Brasil e incentivará a clandestinidade e o crescimento do mercado ilegal. Perdendo com isso, a população em geral, ao consumir produtos sem procedência comprovada, a arrecadação dos cofres públicos e a luta pela valorização de um produto que é símbolo nacional, e contribui significativamente para gerar emprego e renda para o país", reforça o executivo.

A íntegra do anuário pode ser conferida aqui: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/publicacoes/anuario-cachaca2020-web.pdf

(COVID-19) Produtores de Cachaça doam 70 mil litros de álcool 70%

As primeiras doações estão previstas para os próximos dias e serão destinadas aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), inicialmente, dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Sul

O Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC, entidade nacional representativa do setor produtivo Cachaça, anuncia a doação inicial, prevista já para os próximos dias, de mais de 70 mil litros de álcool etílico hidratado a 70% vol. feita por produtores de Cachaça associados e demais empresas do setor para colaborar no combate ao COVID-19. O volume será destinado para fins de emprego nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e demais órgãos públicos destinados ao atendimento da população, que poderão, por sua vez, doar estes produtos para as populações mais expostas.

A informação foi confirmada após a publicação de nota técnica da Anvisa esclarecendo procedimentos para a produção e a doação do álcool a 70% de volume.

Os serviços do SUS que receberão as doações serão, inicialmente, de cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Sul. Segundo Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, a expectativa é que mais empresas produtoras de Cachaça e de bebidas alcoólicas iniciem a produção de álcool etílico para doações.

"Houve do setor um cuidado muito grande em fazer esse processo com o máximo de segurança possível. Por esse motivo, na semana passada pleiteamos junto à Anvisa uma autorização, em caráter emergencial e excepcional, para que os nossos associados pudessem produzir, padronizar, envasar, transportar esse álcool. No fim de semana, a ANVISA publicou uma nota técnica, que foi atualizada nesta terça-feira, esclarecendo os critérios a serem adotados por todos que queiram produzir e doar álcool a 70%.", enfatiza Lima.

Considerando que a produção de bebidas alcoólicas é regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o órgão foi devidamente comunicado pelo IBRAC sobre essa mobilização do setor e, também, para fins de orientação. O executivo do IBRAC ainda ressalta a agilidade com a qual o governo brasileiro vem tratando esses temas e informa que o Instituto está incentivando os seus associados diretos e entidades associadas a fazerem parte desta importante iniciativa.