Documentário sobre música curitibanaestreia em rede nacional de televisão

“Uma Fina Camada de Gelo”, de Vinicius Ferreira,
será exibido pelo canal Music Box, no dia 23 de setembro

O documentário “Uma Fina Camada de Gelo”, de Vinicius ‘Tchê’ Ferreira, sobre a cena musical curitibana, fará sua estreia em rede nacional de televisão em setembro. Com pouco mais de uma hora de duração, o documentário será exibido nesta quarta-feira, 23 de setembro, às 22h, no canal Music Box Brazil
Em entrevistas com produtores, donos de bares, radialistas, jornalistas e músicos, o documentário percorre períodos entre o final dos anos 70 e começo dos anos 2000, no intento de resgatar e registrar a história de uma cena multifacetada e que já foi definida como “a seatle brasileira”, por conta do volume de formações musicais que proliferavam nos porões da cidade, a partir de meados da década de 80.
Por meio de depoimentos de personagens importantes, entre eles os músicos Rodrigo Barros Del Rei (Contrabanda, Beijo AA Força, Maxixe Machine e Orquestra Sem Fim), Fabio Elias (Relespública), J.R. Ferreira (July et Joe, Intruders, Magnéticos e dono do Ninety Two Degrees, o 92 Graus, o templo da música autoral curitibana) e Paulinho Teixeira (Blindagem), o filme encara o eterno questionamento sobre “o que é fazer sucesso”. O diretor conversou também com radialistas e empresários, como a locutora Margot Brasil (rádios Estação Primeira e Mundo Livre FM) e do empresário e produtor Helinho Pimentel, responsável por inúmeras iniciativas de apoio à produção local e que hoje gerencia a Pedreira Paulo Leminski, o maior e mais tradicional local de shows da capital paranaense.
Na pesquisa de imagens, Vinicius teve o auxílio do pesquisador Manoel Neto (que também assina o roteiro do documentário) e do jornalista Rodrigo Juste Duarte, que mantêm o acervo do Museu do Som Independente (Musin). A produção executiva de todo o projeto “Uma Fina Camada de Gelo” é do advogado e músico Fabiano Neves.
Para Vinicius, é importante e gratificante esta estreia nacional porque o documentário debate não só a cena musical de Curitiba, mas a condição de músico e artista independente. “Sempre foi uma dificuldade se reinventar não só na produção artística, mas ter que descobrir modos de ser ouvido, chegar ao público. O filme tenta trazer um pouco dessa luta dos artistas e ajuda a entender que isso é uma coisa cotidiana que sempre vai existir, só muda a forma de fazer conforme período histórico”, pondera. “É um filme que fala para todos que gostam de música e artes e traz questões que seguem relevantes e mais atuais do que nunca”.
Na pesquisa e nas entrevistas feitas para o livro ‘Uma fina camada de gelo – o rock autoral e a alma arredia de Curitiba’, irmão do documentário homônimo, comenta o autor do livro Eduardo Mercer, ele percebeu que Curitiba é uma cidade excessivamente voltada para si mesma. Por isso considera fundamentais as iniciativas para aproximar “a nossa música e os nossos artistas das outras cenas brasileiras”. “É uma ótima notícia. Muita música boa foi feita em Curitiba, em todos os estilos, e esse patrimônio merece divulgação eterna e ininterrupta na própria cidade e no resto do país”, observa. O músico Gabriel Teixeira, integrante das bandas Sr. Banana e Black Maria, avalia que este projeto, livro e documentário, compõe um histórico registro da cultura curitibana e do que aconteceu na época. “É muito rico por trazer à tona essa nossa cultura tão underground. O artista em geral sempre foi meio marginalizado e é muita coragem de quem faz disso sua profissão. Um documento como este será acessado por futuras gerações e não só por nós, mas por pessoas de fora que saberão o que aconteceu aqui e veio para inspirar e resgatar uma história que nunca tinha sido bem contada até agora”, diz ele.
Fabio Elias, da banda Relespública, fala do orgulho de estar inserido entre tantos artistas de talento. “Poder deixar essa história para futuras gerações saberem que a gente fez barulho, som, música, fez o sonho virar realidade. As dificuldades dão graça à vida. Pro rock nunca foi fácil mesmo e fazer parte de uma história com tantos artistas legais é uma recompensa muito grande pra gente que respira música e vive da música todos os dias da nossa vida”, diz, em nome da banda.
Jr Ferreira, músico, produtor e proprietário do lendário Espaço Cultural 92 Graus, faz coro. “Muito legal ver que mesmo no momento difícil como este estamos passando este documentário pode mostrar um outro momento em que a cidade esteve fervendo, para que outras pessoas possam ver como foi legal”, diz. Para ele, “contar essa história é inspirador, dá uma animação...quem sabe o pessoal se reanima e não deixa peteca cair pra futuras produções e futuros acordes”. “Quanto mais gente puder ver mais legal para nossa história e nossa música. Vamos ver se a gente quebra essa camada de gelo com esse céu maravilhoso”, finaliza.

Serviço:
O que: Exibição do documentário Uma Fina Camada de Gelo
Quando: 23/09/2020
Onde: Music Box Brazil:
Canais: Claro HD, Net e Claro: 623
Oi Tv: 145
Claro: 123

JOÃO BOSCO & VINÍCIUS REVISITAM 20 ANOS DE CARREIRA HOJE (20) EM LIVE DA QUARENTENA

Iniciativa quer potencializar doações financeiras para distribuição de alimentos e adesão às normas de segurança e isolamento da OMS para o combate ao Coronavírus

A dupla precursora do sertanejo universitário, João Bosco & Vinícius, fazem primeira live musical na quarentena do Coronavírus hoje, 20, véspera do feriado nacional de Tiradentes, às 21h. A apresentação no canal dos artistas no YouTube também será transmitida em tempo real pela TV por assinatura Music Box Brazil. O objetivo é potencializar doações financeiras para distribuição de alimentos e adesão às normas de segurança e isolamento propostas pela Organização Mundial da Saúde para o combate à pandemia.

Intitulada Acústico no Bar, a Live é baseada no conceito do primeiro álbum da carreira da dupla, em formato voz e violão, para revisitar trajetória de 20 anos de carreira. O repertório contempla sucessos mais recentes ‘Onde não tinha espaço’ e ‘Segunda Taça’, além de ‘Amiga Linda’ e ‘Ponto Fraco’. Os clássicos também não ficam de fora. Incluem ‘Chora, Me Liga’, ‘Quero Provar que te Amo’ e ‘Magia e Mistério’, entre outros.

Conscientes, João Bosco & Vinícius seguem as recomendações sugeridas pela OMS. Por isso, optaram pela quantidade mínima de profissionais envolvidos do pré ao pós evento, bem como adotaram rodízios entre trabalhadores de diferentes áreas, para aliar entretenimento e responsabilidade. Desde o início da pandemia, esta será a primeira agenda pública da dupla.

As arrecadações obtidas serão administradas diretamente pelo Fome de Música. Trata-se de um projeto social brasileiro que promove shows ao vivo com artistas variados, por meio de plataformas digitais, em troca de doações financeiras. Os recursos são convertidos em refeições preparadas e distribuídas para todo o país por entidades regionais cadastradas no Fome de Música.

O canal de TV Music Box Brazil transmite shows, videoclipes, documentários e entrevistas exclusivas com consagrados e emergentes nomes da música brasileira. Uma das produções exibidas recentemente é o documentário O Fenômeno Sertanejo, com João Bosco & Vinícius, que aborda os bastidores deste que é o ritmo mais rentável da música brasileira. O Music Box Brazil é distribuído pela NET, Claro, Vivo e Oi, entre outras operadoras nacionais. Além das plataformas Prime Video, TeleUP e Brusa no mercado internacional.

CANTORES DETALHAM MILIONÁRIO MERCADO DA MÚSICA SERTANEJA EM DOCUMENTÁRIO

O Fenômeno Sertanejo estreia no dia 9 de abril, às 22h, no canal de TV por assinatura Music Box Brazil

Nem MPB e nem rock. O sertanejo é o estilo mais laico da música brasileira, isto é, que não se furta a fusões para continuar em evidência. É o ritmo mais rentável e que movimenta cadeia econômica milionária em que investidores, nem sempre ligados à cultura, definem o que é sucesso. O assunto é tema do documentário O Fenômeno Sertanejo, com Luan Santana, Chitãozinho & Xororó, Michel Teló, Alok e Naiara Azevedo, entre outros cantores, o produtor musical João Marcello Bôscoli, compositores, empresários e especialistas. A obra estreia em 9 de abril, às 22h, no canal de TV por assinatura Music Box Brazil.

Estruturado em nove capítulos, o filme resume três mutações do sertanejo até se tornar estritamente comercial. Surge em 1929 como música caipira e regional, com o retrato dos interiores do país. Canta o sertão, Chico Mineiro, cavalo e o arreio. O sertanejo moderno em 1982 com Chitãozinho & Xororó introduzindo banda nos arranjos de Fio de Cabelo, tocando em rádios e TVs das grandes cidades. Ganha fôlego na década seguinte com Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo no projeto Amigos. Em 2000, o país conhece o sertanejo universitário dos pioneiros João Bosco & Vinícius.

Aumento do poder de consumo dos brasileiros, pulverização das redes sociais e pirataria de discos. Os universitários João Bosco & Vinícius se apresentam em festas estudantis de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, até que um registro amador deles se espalha por repúblicas do Estado e pelo Brasil. “Deram um nome: sertanejo universitário”, explica Bôscoli. Os consumidores são “Um público jovem, que compra ticket, que consome shows e música na internet”, define Michel Teló. A explosão de novas duplas vem nesse embalo.

O sertanejo universitário se torna música de estética urbana consumida pela grande massa e elite brasileira, embora rejeitada pela MPB. Vira um negócio e um novo termo se populariza: gestor de carreiras. Isto é, investidores que acreditam no potencial econômico do meio, lançando duplas como espécie de startups. “São pessoas físicas, às vezes empresários, que não têm muito a ver com o mundo da música, mas gostam e injetam dinheiro num projeto”, caracteriza Cuiabano, locutor anfitrião da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.

O debate também abordará o monopólio de grandes escritórios nos investimentos e faturamentos do meio, a mensuração de novos singles, fusões com pagode, música eletrônica e outros ritmos, o artista como um produto e o lançamento de novos talentos na dependência de investidores. Sorocaba, dupla com Fernando, refletirá sobre compras de posições em paradas de sucesso e engajamento nas redes sociais. A autoafirmação das mulheres como contraponto a letras machistas cantadas por homens no movimento Feminejo, com Maiara & Maraísa, Naiara Azevedo e Marília Mendonça.

O Fenômeno Sertanejo é uma produção da Clube Filmes com direção geral e artística de Fabrício Bitttar. “O sertanejo, com certeza, vai ficar muito tempo ainda nas paradas. Ele tem uma estrutura já montada e construída, com rádios e shows, pessoas vendendo esses eventos, uma estrutura de produção e criação de conteúdo. Há um interesse muito grande de jovens em se lançarem nesse mundo. Quer dizer, existe material humano. A gente não vê no horizonte da música brasileira uma reação da MPB e do rock”, avalia o pesquisador Edvan Antunes.

SERVIÇO
DOCUMENTÁRIO O FENÔMENO SERTANEJO
Canal de TV por assinatura: Music Box Brazil
Quando: 9 de abril, às 22h
Duração: 77: 26
Produção: Clube Filmes
Direção geral e artística: Fabrício Bittar
Classificação indicativa: Livre

SOBRE MUSIC BOX BRAZIL

O canal Music Box Brazil dedica 24 horas de programação voltada ao melhor da música brasileira. Exibe shows, videoclipes, documentários, entrevistas e programas exclusivos com os principais nomes do cenário nacional. Integra a Box Brazil, maior programadora independente de canais de TV por assinatura brasileira, que alcança diariamente 36 milhões de pessoas no Brasil. A empresa também possui outros quatro canais, sendo um deles voltado ao mercado internacional: Prime Box Brazil (dedicado a conteúdos ficcionais), Travel Box Brazil (focado no universo de viagens) e FashionTV (versão nacional do mais importante canal de moda do mundo), além do BOOM TV (canal de filmes e séries dos grandes estúdios transmitido na Angola e Moçambique). O Music Box Brazil é distribuído pelas principais operadoras, entre elas NET, Claro, Vivo, Oi e Algar. No mercado internacional, está presente nas plataformas Amazon Prime, TeleUP e Brusa.