Como harmonizar queijo minas e canastra com vinhos?

Para o Dia do Queijo, celebrado em 20/1, a sommelière da Wine dá dicas para combinar a iguaria com vinhos

No dia 20 de janeiro comemora-se o Dia Internacional do Queijo no calendário gastronômico, ocasião para degustar e falar sobre a versatilidade desse alimento que compõem combinações maravilhosas com diversos tipos de vinhos.

Conforme Thamirys Schneider, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo: “Para uma harmonização mais assertiva, é preciso estar atento à textura, intensidade, untuosidade e acidez do queijo. Os sabores agradáveis devem ser complementados pelo vinho.”
Muitas variedades brasileiras de queijos já possuem reconhecimento internacional, com destaque para os queijos canastra, minas e coalho, que estão classificados no TOP 100 conforme o TasteAtlas. Outras variedades para reforçar a lista de queijos nacionais são o Serrano e o Tulha.

Para orientar na hora da harmonização destes queijos deliciosos e brasileiríssimos, confira dicas da sommelière.

Queijo Canastra

Canastra é um produto de origem controlada com Indicação Geográfica Protegida, que só pode ser produzido em um dos sete municípios que compõem a região da Serra da Canastra, em Minas Gerais, segundo regras específicas de produção. Esta verdadeira joia mineira possui casca amarela, massa branca e macia, além de ter sabor forte e marcante, com um toque levemente picante e um pouco de acidez.
Para harmonizar, a dica é escolher tintos que tenham corpo médio, tanto taninos presentes e macios como acidez mais acentuada para ajudar a limpar o paladar. Devido aos sabores marcantes do Canastra, vale a pena escolher tintos com notas picantes, com especiarias, que tenham potencial de se somar às características do queijo. Outra dica maravilhosa, é acompanhar o queijo canastra com jamón serrano, uma charcutaria proveniente de um lento processo de cura, rico em aromas e sabores intensos.

A indicação para harmonizar é o Esteban Martín Reserva D.O Cariñena Garnacha Cabernet Sauvignon 2020, um blend de Garnacha e Cabernet Sauvignon da D.O Cariñena, Espanha, elaborado pela Bodegas Esteban Martín. Um vinho intenso, estruturado, produzido com práticas orgânicas, com taninos maduros e macios e longa persistência na boca.

(https://www.wine.com.br/vinhos/esteban-martin-reserva-d-o-carinena-garnacha-cabernet-sauvignon-2020/prod30829.html)

Queijo Minas

A nomenclatura faz referência a qualquer queijo produzido em Minas Gerais, independentemente de local ou processo de cura. Esse tipo de queijo pode variar de acordo com o grau de maturação e a região mineira de produção, mas no geral é um queijo com textura macia, esponjoso e com umidade. Possui massa leve, sabor suave e é levemente salgado.

Entre suas variações estão o queijo minas frescal, que é um queijo branco mais úmido e fresco e com mais soro, e o queijo minas padrão, que possui umidade bem mais baixa - quando comparado ao queijo frescal e apresenta um grau leve de maturação.

Para quem gosta de acompanhar o queijo Minas com algo doce, como goiabada, doce de leite ou mel, a combinação vai bem com espumantes moscatéis, vinhos brancos de colheita tardia ou vinhos brancos botritizados como o Sauternes. Para consumir queijo fresco puro, grelhado ou no pão, a sugestão são vinhos brancos mais leves como os elaborados com as uvas Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Vermentino e Tempranillo Blanco, ou espumantes brut.

Uma boa indicação é o italiano La Mora D.O.C. Maremma Toscana Vermentino 2023. Leve, volumoso, frutado com nuances minerais, e acidez marcante que dá frescor e persistência no final.
(https://www.wine.com.br/vinhos/la-mora-d-o-c-maremma-toscana-vermentino-2023/prod30745.html)

Queijo Tulha

O Queijo Tulha foi o primeiro queijo artesanal brasileiro a receber medalha de ouro internacional no World Cheese Awards em San Sebastian, na Espanha. Ele é produzido em Amparo, no interior do Estado de São Paulo, a partir do leite de vaca, e é maturado por 12 meses. Tem estrutura firme, como a de um parmesão, mas desmancha na boca, revelando suas notas frutadas, sabor salgado levemente acentuado e toques delicadamente cítricos.

Para harmonizar, a dica é apostar em um vinho branco mais estruturado e encorpado, como um Chardonnay com passagem por barrica que traz suas notas cítricas, mas apresenta maior volume e untuosidade no paladar.

O chileno T.H. [Terroir Hunter] D.O. Valle De Limarí Chardonnay 2023 é uma boa escolha, ainda mais se estiver acompanhado de um canapé de damasco com cream cheese, que deixará a experiência ainda mais saborosa e interessante.

(https://www.wine.com.br/vinhos/t-h-terroir-hunter-d-o-valle-de-limari-chardonnay-2023/prod30802.html)

Queijo coalho

O queijo coalho tem origem no Nordeste do Brasil e é amplamente consumido nesta região, inclusive compondo muitos pratos tradicionais da região, como o Baião de Dois. É um queijo mais úmido, de massa branca semi-cozida ou cozida, pouco salgado, levemente ácido e com teor de gordura médio-alto. Uma característica interessante desse queijo é sua resistência ao calor, o que possibilita maior variedade de consumo, como assado ou tostado, sendo muito comum encontrar espetinhos no litoral brasileiro.

Para aproveitar a versatilidade deste queijo que pode ser consumido de diversas maneiras, e harmonizar momentos na praia ou à beira da piscina, escolha um vinho branco com acidez vibrante, leve, frutado e com um final de boca mais adocicado, como os vinhos brancos da D.O.C Vinho Verde, ou vinhos elaborados com a uva Sauvignon Blanc, Chenin Blanc ou Pinot Grigio.

Para apreciar um queijo coalho com um toque adocicado, seja acompanhado com mel, melaço ou até mesmo bacon com molho de goiabada, vale apostar em espumantes moscatéis como o Espumante Maraví Moscatel, um exemplar leve, vibrante e adocicado na medida certa elaborado com uvas de vinhedos do Vale do São Francisco/BA.
(https://www.wine.com.br/vinhos/espumante-maravi-moscatel/prod30798.html)

Queijo Serrano

O Queijo Serrano é um dos queijos artesanais mais antigos do Brasil. Produzido com leite cru, logo após a ordenha, a tradição deste queijo remonta a meados do século XVIII, nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Possui massa semidura, baixa umidade e sabor ligeiramente ácido com toque picante e aromas acentuados. Sua superfície é mais seca com cor mais amarelada e seu interior tem textura macia e levemente amanteigada, além de cor mais clara e uma textura elástica que quando exposta ao calor derrete facilmente.

É um queijo que permite muitas possibilidades de harmonizações, desde vinhos brancos com acidez vibrante e textura levemente amanteigada, passando por vinhos rosés de média estrutura, quando são escolhidos queijos mais frescos, até vinhos tintos mais jovens, corpo leve a médio, taninos delicados e macios, frutados e com boa acidez.

Em linhas gerais, as uvas Sauvignon Blanc, Alvarinho, Riesling e até mesmo um Chardonnay da Borgonha, devido ao seu toque mineral, harmonizam muito bem com um queijo serrano mais fresco. O Chardonnay francês Ropiteau Frères A.O.C. Petit Chablis 2022 é uma escolha acertada para esta variação de queijo.

(https://www.wine.com.br/vinhos/ropiteau-freres-a-o-c-petit-chablis-2022/prod29944.html)

Para aproveitar uma versão mais maturada do queijo serrano, é válido apostar num vinho tinto, como o brasileiro Ballade Merlot 2023. Exemplar leve, frutado e harmônico da vinícola Miolo.

(https://www.wine.com.br/valeu2024-231224/ballade-merlot-2023/prod30390.html)

Especialista da Ambev ensina a harmonizar cerveja com comidas típicas juninas

Laura Aguiar, Diretora de Conhecimento e Cultura Cervejeira, sommelière e mestre cervejeira da Ambev, dá dicas de quatro cervejas que combinam perfeitamente com pratos juninos

Créditos: Divulgação Ambev

São Paulo, Junho de 2024 – As festas juninas são um momento especial para apreciar a cultura brasileira e suas comidas típicas. Pensando nisso, por que não fazer harmonizações com cervejas que elevam ainda mais a experiência gastronômica? Laura Aguiar, diretora de Conhecimento e Cultura Cervejeira, sommelière e mestre cervejeira da Ambev, traz sugestões de combinações deliciosas que combinam com a data. “As harmonizações de cervejas podem ser feitas de três maneiras principais: similaridade, contraste e complementação, sendo sempre importante que haja equilíbrio de forças entre o alimento e a cerveja. A similaridade acontece quando existem características parecidas na comida e na cerveja. O contraste acontece quando sabores opostos se unem e se equilibram na boca. Já a complementação procura combinar sabores que se realcem e enriqueçam a experiência gastronômica”, comenta Laura.

Para se inspirar e testar em casa, a mestre deixa algumas inspirações:

Pastel de Queijo + Brahma Duplo Malte
A Brahma Duplo Malte combina perfeitamente a leveza do malte pilsen com o sabor do malte munique. Essas características enriquecem a experiência com o pastel de queijo, um clássico das festas juninas. As notas de malte harmonizam com os sabores salgados do pastel equilibrando os sabores na boca, enquanto a carbonatação da cerveja ajuda a limpar o paladar da oleosidade, proporcionando uma combinação irresistível.

Caldinho Verde + Goose Midway
O caldinho verde, tradicional em festas juninas, traz aquele sabor e calor reconfortante durante o friozinho de julho. A receita típica leva couve, batata e pode incluir linguiça, bacon e diferentes temperos, conforme a região. A Goose Midway, uma Session IPA refrescante, possui um amargor destacado que equilibra bem a gordura e a intensidade da linguiça. Para quem gosta de picância, a dica é acrescentar algumas gotinhas de pimenta, que serão ainda mais destacadas pelo amargor da cerveja.

Paçoca + Colorado Appia
A paçoca, um dos doces mais tradicionais e adorados das festas juninas, feita com amendoim, harmoniza perfeitamente com as notas adocicadas de mel da Colorado Appia. Por ser uma cerveja que leva trigo em sua receita, possui um corpo mais aveludado, que combina com a textura macia da paçoca. Uma combinação que certamente agrada aos paladares mais exigentes.

Canjica ou Mungunzá + Caracu
A canjica, feita de uma variedade de milho com grãos mais macios, mergulhados em um caldo doce que leva leite, coco, açúcar e especiarias, harmoniza maravilhosamente bem com a Caracu. As notas de caramelo e suaves notas de café oriundas do malte torrado da cerveja complementam o dulçor suave da canjica, criando uma experiência semelhante a de um capuccino.

Dicas práticas para harmonizar risotos e vinhos

Pratos saborosos, simples e elegantes, o risoto já é um queridinho na gastronomia brasileiro. A sommelière da Wine conta como fazer o casamento certo entre risotos e vinhos

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A harmonização entre risotos e vinhos é uma arte que valoriza os sabores e a experiência gastronômica. Considerando que o vinho está presente tanto na preparação do risoto quanto como acompanhamento, trata-se de uma proposta clássica e delicada para um jantar especial. Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo, dá dicas de como escolher o vinho perfeito para o seu risoto tanto para o preparo da receita como para harmonizar um jantar ou almoço especial à base desta iguaria tradicionalmente italiana.

“A cremosidade e a complexidade desse prato, seja de cogumelos, frutos do mar ou queijo, pede vinhos que equilibrem e complementam essas características”, diz a especialista. “A adição da bebida ajuda a equilibrar a acidez do risoto, que tem textura densa, e garante ainda mais aroma. Além disso, o álcool tem outra função importante no preparo: abrir os poros dos grãos de arroz, para que eles liberem mais amido, deixando a receita ainda mais cremosa.”

Risoto de brie com abobrinha

Para um preparo mais clássico como o risoto de brie com abobrinha, um bom vinho branco seco, com acidez destacada, é uma sugestão interessante para ressaltar os sabores da preparação. Essas características estão presentes, por exemplo, no chileno U by Undurraga Valle Central Sauvignon Blanc 2021. Seus aromas e sabores cítricos e herbáceos vão de encontro com as nuances do prato, inspirando leveza e refrescância. Proveniente dos vinhedos do Vale Central do Chile, o exemplar teve passagem por tanques de aço inox para manter o frescor e as características naturais da uva.

https://www.wine.com.br/vinhos/u-by-undurraga-valle-central-sauvignon-blanc-2021/prod27365.html

Risoto de frutos do mar

Tradicionalmente, as receitas de risoto levam vinho branco, mas a bebida pode ser facilmente substituída por outros estilos com boa acidez, aromas e sabores, desde que combinem com os ingredientes escolhidos. Uma dica é abusar da versatilidade e frescor do Dark Horse Rosé 2019, um rosé seco norte-americano, que vai muito bem com risoto de frutos do mar, numa harmonia inspirada em gastronomia mediterrânea. Neste exemplar, a enóloga Beth Liston se inspirou no verão e criou um rosé ao estilo de Provence no terroir californiano. O resultado é um rosé concentrado nos seus aromas frutados, mas com a elegância de um rosé francês.

https://www.wine.com.br/vinhos/dark-horse-rose-2019/prod25370.html

Risoto de cogumelos

Uma harmonização clássica para os vinhos de Pinot Noir são os cogumelos, por isso, unir esses elementos num saboroso risoto é uma aposta certeira e surpreendente. Combine funghi e shitake, com arroz arbóreo, muito queijo e um toque de Sibaris Gran Reserva D.O. Valle de Leyda Pinot Noir 2021. Este é um Pinot Noir de clima frio proveniente do Fundo Lomas de Leyda, Valle de Leyda, Chile, feito a partir de cachos colhidos com sua maturidade ideal, o que lhe confere complexidade e o deixa suculento. Essa variedade de uva tem ótima acidez, leveza e notas terrosas que também são encontradas nos cogumelos, destacando essas nuances em ambos.

https://www.wine.com.br/vinhos/sibaris-gran-reserva-d-o--valle-de-leyda-pinot-noir-2021/prod28420.html

5 dicas para harmonizar vinho e chocolate na Páscoa

Sommelière da Wine explica como combinar vinhos e chocolates para experiências agradáveis ao paladar

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Harmonizar vinho e chocolate parece desafiador à primeira vista, mas pode se tornar uma excelente experiência uma vez que se compreenda como adequar a bebida aos chocolates e às sobremesas de Páscoa. O primeiro passo é entender a estrutura dos vinhos e dos chocolates que serão degustados à mesa, que podem ser ao leite, amargo, nibs de cacau, com frutas, castanhas ou chocolate branco, entre outras opções.

É importante também se atentar ao teor do cacau, ou seja, ao seu nível de concentração, o qual é interessante adequar ao da estrutura do vinho. Para ajudar nesta tarefa, Thamirys Schneider, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo, compartilha a seguir cinco dicas de harmonização.

1 - Moscatel com chocolate branco

Para os amantes do chocolate branco, a dica é harmonizar com um espumante Moscatel, que resulta numa combinação muito agradável ao paladar. O chocolate branco contém mais açúcar e gordura, pois, para produzi-lo, é utilizada a manteiga de cacau no lugar da massa. “O espumante Moscatel acompanha por similaridade a doçura do chocolate branco e tem boa acidez, o que ajuda a limpar o paladar da untuosidade presente nesse chocolate”, diz a sommelière. “Além disso, muitos chocolates brancos têm presença de frutas e amêndoas, que também combinam com esse tipo de espumante.”

Uma boa sugestão é o Espumante Ballade by Miolo Moscatel, elaborado pela Miolo, vinícola brasileira reconhecida e premiada internacionalmente. Ideal para acompanhar chocolates mais doces e sobremesas, trata-se de um vinho jovem, leve, frutado com nuances florais, com agradável frescor e sabor adocicado.

https://www.wine.com.br/prod28526.html

2 - Apostar na similaridade

Essa dica é válida para os chocolates brancos e ao leite, ou seja, quanto mais doce for o chocolate, mais adocicado deve ser o vinho - e vice-versa. Uma das dificuldades em harmonizar vinho com chocolate ao leite é justamente porque ele tem muito açúcar e gordura, mas pouco cacau. Esta grande concentração de açúcar e gordura preenche muito o paladar e acaba dificultando a harmonização com vinhos. Se você traz um tinto muito seco, o chocolate ao leite vai atropelar, deixando uma sensação desagradável na boca. Para os chocolates ao leite, a dica é escolher um vinho tinto com maior dulçor para harmonizar.

“Para compor a harmonização de chocolate ao leite com vinho, é possível variar entre vinhos fortificados, como Vinho do Porto e Marsala, conhecidos também como vinhos de sobremesa, até espumantes rosés doces, pois têm estrutura e acidez para limpar o paladar”, diz Thamirys Schneider.

Uma boa sugestão é escolher um vinho tinto de corpo médio, com menor teor alcoólico (12,5%), com taninos mais sutis e discretos e com final de boca mais adocicado, como é o caso do argentino Finca Las Moras Dadá Nº 2 Art Wine 2021. O rótulo é elaborado com a uva Merlot com breve passagem por carvalho, o que dá ao vinho boa estrutura para acompanhar o chocolate ao leite, além de trazer notas de chocolate, especiarias doces e café.

https://www.wine.com.br/prod27186.html

3 - Chocolates amargos, vinhos mais estruturados

O chocolate amargo, sobretudo acima de 65%, tem mais cacau em sua composição, além de ter menos açúcar e gordura. Por ter maior concentração de cacau, já é possível trazer um vinho tinto mais seco e estruturado para acompanhar o peso do chocolate e ter maior equilíbrio nos sabores.

“Os taninos presentes no vinho e no chocolate (cacau também tem tanino) irão se complementar, por isso um vinho mais tânico pode fazer um bom par”, diz a sommelière da Wine. “Outra dica é se atentar aos vinhos tintos com passagem por barrica, as nuances amadeiradas irão enriquecer a combinação.”

Segunda a especialista, os tintos mais encorpados californianos das uvas Cabernet Sauvignon ou Zinfandel, tintos da uva Malbec provenientes de Mendoza, tintos portugueses do Alentejo, ou até mesmo os exemplares Cabernet Sauvignon ou Pinotage da África do Sul, preferencialmente com passagem por barrica, são ótimas opções para harmonizar com chocolates amargos.

Para chocolates amargos, uma boa sugestão é o norte-americano Dark Horse Cabernet Sauvignon 2019. O exemplar tem passagem por barricas de carvalho francês e húngaro, conservando bom corpo e estrutura, além de taninos aveludados e notas de cacau, o que soma às características do chocolate amargo.
https://www.wine.com.br/prod25780.html

4 - Na dúvida, aposte nos vinhos licorosos

Os vinhos licorosos, também conhecidos como fortificados ou de sobremesa, são encorpados e geralmente doces, como é o caso do Vinho do Porto e do Marsala. Estes exemplares, por ter elevado dulçor, harmonizam bem por similaridade com chocolates ao leite. Outra possibilidade agradável é a harmonização por contraste com chocolates mais amargos, criando um terceiro sabor espetacular unindo o dulçor do vinho com o amargor do chocolate amargo.

A vantagem dos vinhos licorosos é que eles têm boa estrutura para também acompanhar chocolates com frutas, amêndoas, nozes, castanhas e chocolates recheados com licor. Por tudo isso, esse estilo de vinho é um coringa para harmonizar chocolates. Dentro desta categoria, a sugestão é o Porto Burmester Tawny, um exemplar português que ficou no mínimo 3 anos em barris de madeira. Encorpado e bem estruturado, traz notas de frutas maduras e secas, baunilha, caramelo, chocolate e castanhas.

https://www.wine.com.br/prod14711.html

5 - A harmonização certa é a que agrada o seu paladar

Compreender qual a melhor harmonização não deixa de ter um aspecto de subjetividade envolvido. Por isso, é preciso experimentar, combinar sabores de vinhos e chocolates para entender o que é mais agradável a cada paladar. As orientações elaboradas têm como base o equilíbrio no momento da harmonização, para uma característica não sobrepor a outra e proporcionar um terceiro sabor harmônico. Todavia, no final, o que importa é provar e encontrar as melhores combinações.

Páscoa: saiba como harmonizar vinhos com o almoço de domingo

Embora o vinho esteja se tornando uma bebida cada vez mais popular no Brasil, muitas pessoas seguem na dúvida de como harmonizar com as refeições. E como vem aí a Páscoa, uma das datas com maior consumo da bebida, vale aprender para deixar o almoço de domingo ainda mais especial.

Harmonizar vinho não é um bicho de sete cabeças e uma vez que você pegue os fundamentos básicos, vai perceber como a combinação com o prato deixa a experiência gastronômica e o momento em família e amigos ainda mais especial.

Os especialistas apontam que a harmonização pode ser feita de duas formas: por semelhança ou por contraste. A primeira, os sabores do vinho e do prato devem ser equilibrados. Para pratos simples, como molhos delicados, por exemplo, a pedida são vinhos leves. Já para pratos intensos e estruturados, a sugestão são vinhos fermentados, estruturados e mais fortes. Isso porque, se um for mais evidente que o outro, anulará os sabores alheios.

Já na harmonização por contraste o objetivo é a neutralidade e novamente a ideia é que os sabores se unam e depois deixem o paladar juntos, sem sobrepor-se um ao outro. Como um vinho mais doce e um queijo mais salgado, com sabor pronunciado.

Dicas dadas, que tal começar com um espumante para recepcionar os convidados? Servido com umas torradinhas e queijo leve, a combinação é perfeita. Uma opção que também vai muito bem, com os mesmos acompanhamentos, é um vinho rosé.

Para o prato principal, as famílias escolhem principalmente o bacalhau, já tão tradicional no almoço de domingo de Páscoa dos brasileiros. Para esse prato, a escolha dos especialistas são os vinhos brancos frescos.

E se você não abre mão do tinto em algum momento, que tal uma entrada de queijos? Os vinhos harmonizam perfeitamente com queijos. Os mais recomendados são o vinho tinto de corpo médio.

Para finalizar, que tal o tradicional Moscatel de Setúbal, ideal para a sobremesa?

Veja sugestões de vinhos para cada paladar e momento do seu almoço, e boa Páscoa!

Rosé:

Fernão Pó Regional Rosé 2020 - Vinho leve e extremamente refrescante.

Camolas selection reserva rosé - A boca é marcada pela excelente frescura e acidez onde o sabor frutado se destaca. Com alguma doçura, que lhe confere expressividade e apetência. Para ser bebido a sós ou acompanhado por pratos leves de Verão. Fim de boca persistente e estruturado.

Brancos:

Adega Cooperativa de Palmela Reserva Moscatel Galego Roxo 2019
Delicioso e fresco! Produzido com a uva Moscatel Galego na Península de Setúbal. Um vinho de excelência com um perfil elegante e delicado, delicioso para acompanhar pratos de frutos do mar e peixes!

Bacalhôa Catarina Branco 2017
Apresenta uma cor amarelo palha, com laivos esverdeados, aromas complexos revelando caracteres frutados com registos de toranja, maracujá e alperce, caracteres florais como a tília e o mel, na boca tem aspecto elegante e de grande profundidade numa estrutura e corpo forte

Vinho Começo Branco (750ml)
Demonstra elegância, frescor e um fim de boca intenso e persistente. Excelente para acompanhar todos os pratos de peixe, marisco ou saladas. Também pode ser servido como aperitivo devido ao seu carácter aromático.

Tintos:

Palmela Reserva Tinto - Na boca é um vinho denso, cheio, com grande estrutura, taninos presentes mas integrados e macios. Final longo persistente e muito agradável

Vinho Português Quinta do Piloto Coleção da Família Tinto 2014 - Cor granada intensa, aroma complexo, com notas de ameixa preta e frutas do bosque. Elegante no paladar, notas amadeiradas, próprias do longo tempo de envelhecimento.

Sobremesa:

Moscatel de Setúbal 2015 - Acompanha chocolate, queijos, fruta tropical ou frutos secos. Pizzas doces, principalmente de banana com canela.

Mais informações sobre vinhos: Link

5 dicas para harmonizar vinho e chocolate na Páscoa

Sommelière da Wine explica como combinar vinhos e chocolates para experiências agradáveis ao paladar

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Harmonizar vinho e chocolate parece desafiador à primeira vista, mas pode se tornar uma excelente experiência uma vez que se compreenda como adequar a bebida aos chocolates e às sobremesas de Páscoa. O primeiro passo é entender a estrutura dos vinhos e dos chocolates que serão degustados à mesa, que podem ser ao leite, amargo, nibs de cacau, com frutas, castanhas ou chocolate branco, entre outras opções.

É importante também se atentar ao teor do cacau, ou seja, ao seu nível de concentração, o qual é interessante adequar ao da estrutura do vinho. Para ajudar nesta tarefa, Thamirys Schneider, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo, compartilha a seguir cinco dicas de harmonização.

1 - Moscatel com chocolate branco

Para os amantes do chocolate branco, a dica é harmonizar com um espumante Moscatel, que resulta numa combinação muito agradável ao paladar. O chocolate branco contém mais açúcar e gordura, pois, para produzi-lo, é utilizada a manteiga de cacau no lugar da massa. “O espumante Moscatel acompanha por similaridade a doçura do chocolate branco e tem boa acidez, o que ajuda a limpar o paladar da untuosidade presente nesse chocolate”, diz a sommelière. “Além disso, muitos chocolates brancos têm presença de frutas e amêndoas, que também combinam com esse tipo de espumante.”

Uma boa sugestão é o Espumante Ballade by Miolo Moscatel, elaborado pela Miolo, vinícola brasileira reconhecida e premiada internacionalmente. Ideal para acompanhar chocolates mais doces e sobremesas, trata-se de um vinho jovem, leve, frutado com nuances florais, com agradável frescor e sabor adocicado.

https://www.wine.com.br/prod28526.html

2 - Apostar na similaridade

Essa dica é válida para os chocolates brancos e ao leite, ou seja, quanto mais doce for o chocolate, mais adocicado deve ser o vinho - e vice-versa. Uma das dificuldades em harmonizar vinho com chocolate ao leite é justamente porque ele tem muito açúcar e gordura, mas pouco cacau. Esta grande concentração de açúcar e gordura preenche muito o paladar e acaba dificultando a harmonização com vinhos. Se você traz um tinto muito seco, o chocolate ao leite vai atropelar, deixando uma sensação desagradável na boca. Para os chocolates ao leite, a dica é escolher um vinho tinto com maior dulçor para harmonizar.

“Para compor a harmonização de chocolate ao leite com vinho, é possível variar entre vinhos fortificados, como Vinho do Porto e Marsala, conhecidos também como vinhos de sobremesa, até espumantes rosés doces, pois têm estrutura e acidez para limpar o paladar”, diz Thamirys Schneider.

Uma boa sugestão é escolher um vinho tinto de corpo médio, com menor teor alcoólico (12,5%), com taninos mais sutis e discretos e com final de boca mais adocicado, como é o caso do argentino Finca Las Moras Dadá Nº 2 Art Wine 2021. O rótulo é elaborado com a uva Merlot com breve passagem por carvalho, o que dá ao vinho boa estrutura para acompanhar o chocolate ao leite, além de trazer notas de chocolate, especiarias doces e café.

https://www.wine.com.br/prod27186.html

3 - Chocolates amargos, vinhos mais estruturados

O chocolate amargo, sobretudo acima de 65%, tem mais cacau em sua composição, além de ter menos açúcar e gordura. Por ter maior concentração de cacau, já é possível trazer um vinho tinto mais seco e estruturado para acompanhar o peso do chocolate e ter maior equilíbrio nos sabores.

“Os taninos presentes no vinho e no chocolate (cacau também tem tanino) irão se complementar, por isso um vinho mais tânico pode fazer um bom par”, diz a sommelière da Wine. “Outra dica é se atentar aos vinhos tintos com passagem por barrica, as nuances amadeiradas irão enriquecer a combinação.”

Segunda a especialista, os tintos mais encorpados californianos das uvas Cabernet Sauvignon ou Zinfandel, tintos da uva Malbec provenientes de Mendoza, tintos portugueses do Alentejo, ou até mesmo os exemplares Cabernet Sauvignon ou Pinotage da África do Sul, preferencialmente com passagem por barrica, são ótimas opções para harmonizar com chocolates amargos.

Para chocolates amargos, uma boa sugestão é o norte-americano Dark Horse Cabernet Sauvignon 2019. O exemplar tem passagem por barricas de carvalho francês e húngaro, conservando bom corpo e estrutura, além de taninos aveludados e notas de cacau, o que soma às características do chocolate amargo.
https://www.wine.com.br/prod25780.html

4 - Na dúvida, aposte nos vinhos licorosos

Os vinhos licorosos, também conhecidos como fortificados ou de sobremesa, são encorpados e geralmente doces, como é o caso do Vinho do Porto e do Marsala. Estes exemplares, por ter elevado dulçor, harmonizam bem por similaridade com chocolates ao leite. Outra possibilidade agradável é a harmonização por contraste com chocolates mais amargos, criando um terceiro sabor espetacular unindo o dulçor do vinho com o amargor do chocolate amargo.

A vantagem dos vinhos licorosos é que eles têm boa estrutura para também acompanhar chocolates com frutas, amêndoas, nozes, castanhas e chocolates recheados com licor. Por tudo isso, esse estilo de vinho é um coringa para harmonizar chocolates. Dentro desta categoria, a sugestão é o Porto Burmester Tawny, um exemplar português que ficou no mínimo 3 anos em barris de madeira. Encorpado e bem estruturado, traz notas de frutas maduras e secas, baunilha, caramelo, chocolate e castanhas.

https://www.wine.com.br/prod14711.html

5 - A harmonização certa é a que agrada o seu paladar

Compreender qual a melhor harmonização não deixa de ter um aspecto de subjetividade envolvido. Por isso, é preciso experimentar, combinar sabores de vinhos e chocolates para entender o que é mais agradável a cada paladar. As orientações elaboradas têm como base o equilíbrio no momento da harmonização, para uma característica não sobrepor a outra e proporcionar um terceiro sabor harmônico. Todavia, no final, o que importa é provar e encontrar as melhores combinações.

Quatro dicas para harmonizar macarrão com vinhos

No Dia do Macarrão, confira as dicas de Domenique Soler Rodrigues, da Wine, para um explosão de aromas e sabores na companhia da sua receita predileta

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O dia 25 de outubro é marcado pela celebração a um prato muito amado e conhecido, que encanta aos brasileiros pela praticidade e inúmeras possibilidades de combinações. É o Dia do Macarrão, instituído em 1995 em Roma, com objetivo de difundir o consumo do prato.

Embora o macarrão tenha se popularizado no mundo pelos italianos, sua origem histórica é incerta e datada anteriormente. Há pesquisas que associam sua origem aos povos da Assíria e da Babilônia, em 2.500 a.C e outras apontam que se trata de uma iguaria criada pelos chineses.

No Brasil, o macarrão está incorporado à nossa rotina alimentar, com diferentes formatos de massas e diversos molhos, que permitem criar verdadeiras experiências únicas. “Cada receita requer uma harmonização com um vinho especial para que possa abrilhantar ainda mais a refeição e trazer uma explosão de aromas e sabores”, explica Domenique Soler Rodrigues, especialista da Wine, maior clube de assinatura de vinhos do mundo e líder no ranking de importação do Brasil.

Conheça a seguir algumas opções para harmonizar receitas de macarrão com vinhos.

1 - Macarrão ao molho branco e camarões

Para acompanhar a combinação de camarões e molho branco, a pedida certa é um vinho rosé frutado, bem refrescante e com a acidez na medida certa. Para essa harmonização, a indicação é o Insaciable D.O.Ca Rioja Garnacha 2021. Jovem, com corpo leve para médio e uma acidez vibrante, esse rótulo espanhol elaborado com a uva garnacha vai ganhar seu coração.
https://www.wine.com.br/vinhos/insaciable-d-o-ca-rioja-garnacha-2021/prod28271.html

2 - Macarrão com almôndegas

Para esta versão queridinha dos brasileiros, que leva molho de tomate e proteína da carne moída, a recomendação é um exemplar de vinho tinto como italiano Fantinel Borgo Tesis D.O.C. Friuli Refosco dal Peduncolo Rosso 2019, que possui a estrutura ideal para equilibrar a acidez do molho de tomate e intensificar os sabores do prato. Mamma- Mia!
https://www.wine.com.br/vinhos/fantinel-borgo-tesis-d-o-c-friuli-refosco-dal-peduncolo-rosso-2019/prod25643.html

3 - Macarrão ao molho de 4 queijos

Para a harmonização perfeita deste prato, o ideal é um vinho branco com uma acidez marcante, com potencial para limpar o paladar da gordura do queijo e trazer ainda mais vida ao momento. Uma sugestão é o argentino Chac Chac Reserva Chardonnay 2021, elaborado a partir da uva Chardonnay.
https://www.wine.com.br/vinhos/chac-chac-reserva-chardonnay-2021/prod28765.html

4 - Macarrão ao pesto com tomate cereja e muçarela de búfala

Por último e não menos importante, vale apostar numa receita diferente, leve e muito saborosa com especiarias, tomate e muçarela de búfala. Para acompanhar essa combinação de sabores, vale apostar em um espumante leve como o chileno Espumante U By Undurraga D.O. Valle Central Brut, que com seus toques cítricos, acidez e frescor deixarão a ocasião ainda mais incrível.
https://www.wine.com.br/vinhos/espumante-u-by-undurraga-d-o-valle-central-brut/prod29344.html

Aproveite as dicas, separe seus ingredientes favoritos, escolha a harmonização ideal e deixe sua criatividade fluir para aproveitar o Dia do Macarrão!