Galeria Zilda Fraletti celebra 40 anos de arte com o lançamento de livro histórico

No sábado, 30 de novembro, Curitiba viveu um momento marcante para a cena cultural. Em um evento repleto de celebração, com o lançamento do livro "Galeria Zilda Fraletti, 40 anos conectando pessoas à arte", uma obra que revisita quatro décadas de dedicação à arte contemporânea e ao fortalecimento do mercado cultural na cidade.

O lançamento, que aconteceu na Av. Batel, 1750, reuniu amigos, artistas, clientes e admiradores da trajetória de Zilda. O livro, pode ser adquirido com a contribuição de R$50,00 e teve toda sua renda revertida para o Centro de Neuropediatria do HC-CENEP, instituição que realiza cerca de 1.500 atendimentos mensais a crianças com problemas neurológicos.

O livro contou com a colaboração de nomes como o jornalista José Carlos Fernandes, responsável por dar vida ao texto do perfil de Zilda Fraletti, e o professor Fernando Bini, que contextualizou o panorama das artes visuais no Paraná ao longo dessas quatro décadas. Além disso, Zilda trabalhou junto ao jornalista Hiago Rizzi para organizar o rico material acumulado durante os anos, como fotografias, catálogos, vídeos e recortes de jornal.

A publicação foi idealizada a partir de uma reflexão pessoal. "Foi exatamente um ano antes da publicação deste livro que percebi que em 2024 eu completaria 40 anos de atividades no mundo da arte. Passou tão rápido que foi difícil de acreditar!", relembrou a galerista Zilda Fraletti. Inicialmente, a ideia parecia apenas um sonho distante, mas aos poucos ela entendeu que essa história ia muito além de sua trajetória pessoal.

"Esta história não é sobre mim, mas sobre as muitas pessoas que passaram pelos diferentes espaços ocupados pela galeria ao longo desse tempo e que ali deixaram a sua marca", afirmou a galerista.

Durante os meses de produção, Zilda revisitou lembranças que mesclavam alegrias, desafios e conquistas. Em suas palavras, "a arte é, por natureza, um campo da criação humana sujeito a mudanças que traduzem a complexidade e a beleza da vida. Hoje, ao contemplar esses 40 anos de história, percebo que os caminhos percorridos para chegar até aqui coincidem com a essência da própria arte. Arte que transforma de múltiplas formas, mas sempre para melhor”, conclui.

O evento foi um convite para olhar para o futuro com gratidão pelo passado e pela força transformadora da arte. O público que participou saiu não apenas com um livro, mas com uma inspiração profunda sobre como a cultura e a solidariedade podem caminhar juntas.

Imagens relacionadas

Zilda Fraletti
Zilda Fraletti
Gerson Lima
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Carlos Cavet e Zilda Fraletti
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Zilda Fraletti e o Presidente da Associação Amigos do HC, Domingos Murta
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Gerson Lima
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Zilda Fraletti e Fernando Bini, que ajudou na contextualização que contextualizou das artes visuais no Paraná ao longo dessas quatro décadas
Zilda Fraletti e Fernando Bini, que ajudou na contextualização que contextualizou das artes visuais no Paraná ao longo dessas quatro décadas
Gerson Lima
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Frans Krajcberg e Lelli De Orleans e Bragança na Galeria Zilda Fraletti

No dia 14 de setembro, a Galeria Zilda Fraletti apresentará duas importantes exposições voltadas à preservação da natureza, em um momento crítico em que as mudanças climáticas preocupam o mundo inteiro e o Brasil enfrenta desafios severos com secas e queimadas.

"Grito da Terra" de Frans Krajcberg e "Elogio à Natureza" de Lelli De Orleans e Bragança.

Grito da Terra

Frans Krajcberg foi um artista nascido em 1921 na Polônia, naturalizado brasileiro, falecido no Rio de Janeiro em 2017, conhecido por seu profundo engajamento com a natureza e a defesa do meio ambiente. Sua obra é marcada pelo uso de materiais orgânicos, como troncos, raízes e folhas queimadas, muitas vezes recuperados de áreas devastadas pelo desmatamento. Krajcberg transformava esses elementos em esculturas, fotografias e gravuras que denunciam a destruição da natureza, ao mesmo tempo em que celebram sua força e resiliência. Sua arte transcende o estético, funcionando como um manifesto contra a degradação ambiental, e continua a inspirar a conscientização ecológica em todo o mundo.

Elogio à Natureza

Se existe um artifício que arrebata qualquer um que se desafia a olhar uma pintura, é o domínio da expectativa. Ele consegue instigar desde os bem informados até os mais incautos. É perseguido, por diferentes caminhos, ao longo dos episódios da história da arte pelos seus personagens. E talvez seja justamente no campo da paisagem que esta qualidade rara apareça, como força e como mistério. Afinal, como não querer perseguir aquilo que está num horizonte distante demais para o olhar enxergar?

Na pintura de Lelli de Orleans, esse desejo se alimenta por cada centímetro da tela. Os olhos dançam, seduzidos por cada curva de folha, cada textura de tronco, cada vibração de cor. Nos vemos num lugar que parece possível somente no inconsciente, lugar de calma própria de um sonho. Como não querer vagar por essa trilha cheia de vida, descobrir o que se esconde em suas folhagens, sentir o peso do vento que bate na copa das árvores?

Olhar essas telas é se deliciar imaginando para onde mais essas pinceladas precisas e exuberantes podem nos levar. Logo, essa exposição é um convite para apreciar vistas que pareceriam impossíveis. Sinta e aproveite.

Galeria Zilda Fraletti

Celebrando quatro décadas de existência, a Galeria Zilda Fraletti é um local dedicado à promoção das artes e das diversas formas de expressão criativa, oferecendo uma plataforma para que artistas inovadores compartilhem suas visões singulares. Situada na Avenida do Batel, a galeria é um ponto de referência indispensável para apreciadores de arte e colecionadores.

Serviço:

Galeria Zilda Fraletti, Avenida do Batel, 1750, lojas 07, 08, 10 e 12 – Batel.

Data e horário da abertura:
14 de setembro, das 11 às 14 horas.

A exposição permanecerá até dia 05 de outubro.
Galeria ZF

Quem sou eu? Exposição de design na Galeria Zilda Fraletti oferece subsídios ao público para responder pergunta universal

Em “A Busca”, trabalho assinado pela designer Ana Penso, em parceria com a Michelângelo Mármores do Brasil, aposta em ludicidade e reflexão

Curitiba, 21 de agosto de 2023 – Arte e design. Palha de milho e mármore. Tudo isso para mostrar que estamos em uma eterna busca. A busca por nós mesmos. Na exposição intitulada “A Busca”, assinada pela designer de produtos Ana Penso, a Galeria Zilda Fraletti irá entregar um universo intimista e lúdico, repleto de formas orgânicas e espelhos, com a intenção de propor a reflexão mais difícil de toda uma vida: quem sou eu?

Para Sharon Abdalla, jornalista e designer, uma das curadoras da exposição, a todo momento o mundo nos convida à reflexão, seja sobre a vida, a comunidade, o futuro do planeta, sobre o que será do amanhã. E refletir sobre o todo, de certa forma, nos coloca em um lugar cômodo. “Se são temas comuns, o entendimento e a ação também são coletivos. Mas por quantas vezes nos permitimos trazer a reflexão para o particular? O que vê, para além da imagem refletida quando se olha no espelho? Consegue se enxergar como ou quem é ou o que você vê é apenas a projeção do que os outros dizem ser você? As respostas podem não ser tão confortáveis e quem melhor do que a arte, em sua simbiose com o design, para trazer à tona tais questões?”, provoca Abdalla.

A também curadora de “A Busca”, Bruna Gagliano, reflete sobre o olhar introspectivo que a exposição de Ana Penso propõe. “A viagem na qual a palha e o mármore se entrelaçam, formam um labirinto reflexivo. Ela nos lembra que somos tanto a fortaleza imutável, quanto a efemeridade que se desfaz ao vento. Somos a palha e o mármore, a dualidade e a unidade, o eterno e o efêmero”, sugere.

O valor do inestimável

Apaixonada pela possibilidade de favorecer a economia local e a valorização cultural do Brasil, Ana Penso trabalha com fibra natural e mão de obra local e de pequeno porte. Sua atuação, repleta de afeto e significado carrega o valor do inestimável, pois reúne inúmeros universos dentro dela.

Em “A Busca”, o contraste entre a leveza da palha e a sobriedade do mármore guiarão o público nessa dualidade que é a condição da vida. “Os opostos são essenciais para alcançar a harmonia interior e a paz de espírito”, reflete a designer que estará presente por meio da poesia da palha trançada, que revestirá o teto da Galeria.
A parceria honesta entre duas marcas

A história da Michelângelo e do trabalho de Ana Penso se entrelaçam através da cidade paranaense de Cerro Azul, onde fica a jazida de Mármore Branco Michelangelo e, também, onde se concentra o coletivo “Tecendo História”, parceiro da designer, com oito artesãs que produzem para o mercado nacional e internacional. Os mármores da Michelangelo irão compor a exposição com os Sofás Duo, cuja forma remete ao yin-yang, que intensifica o conceito de dualidade, com a ideia de que metades opostas são complementares e interdependentes, e juntas formam um todo equilibrado.

O design em evidência na Galeria Zilda Fraletti

Para Carlos Cavet, o design vem se destacando como uma potente faceta da Galeria. “Ana Penso expôs conosco em 2022 e, num intervalo inferior a um ano, estamos juntos novamente para convidar o público a admirar o trabalho em fibra natural”, comemora o sócio da Galeria Zilda Fraletti.

"Arte e design estão ligados por uma linha tão sutil, que não é qualquer pessoa que identifica a conexão. Queremos incentivar o público a enxergar esse efeito rarefeito”, elabora a galerista Zilda Fraletti.

A Galeria Zilda Fraletti fica no Design Center Curitiba (Avenida do Batel, 1.750) e a instalação “A Busca” pode ser conferida de 26 de agosto a 16 de setembro de 2023, de segunda a sábado.

Galeria Zilda Fraletti reúne Volpi, Palatnik, Sacilotto e Soto em exposição no mês de junho.

Aberta ao público, a exposição Cinéticos traz obras de alguns dos maiores representantes do movimento que ganhou o mundo na década de 1950

A Galeria Zilda Fraletti vai inaugurar, no dia 03 de junho, em evento para convidados, a exposição Cinéticos que apresenta uma série obras assinadas pelos artistas plásticos Alfredo Volpi, Abraham Palatnik, Luiz Sacilotto e Jesús Rafael Soto.

Segundo a galerista Zilda Fraletti, a arte cinética é uma forma de arte contemporânea, proveniente da abstração, que aborda justaposições, contrastes, princípios de simetria e espelhamento. “De forma geral, o cinetismo rompe com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel”, explica.

A exposição reunirá obras inconfundíveis de Volpi, pintor ítalo-brasileiro, e de Palatnik, misto de artista e inventor que promoveu a fusão entre luz, cores e movimentos e marcou seu nome na história da arte mundial.

De acordo com Carlos Cavet, sócio da Galeria Zilda Fraletti, assim como Volpi, que mescla seu vocabulário geométrico com efeitos cinéticos e óticos, as obras de Soto, ícone da arte cinética, tratam sobre temporalidade e intensidade de forma visionária e incomum. “Este é um ano especial para os apreciadores do trabalho do artista venezuelano. 2023 marca a comemoração de seu centenário de nascimento, oportunidade em que temos de admirar obras que trazem a repetição de elementos formais aliada ao conceito de vibração”, explica.

A galerista salienta que a exposição promete agitar a cidade com esse recorte que integra arte e tecnologia. “Foi uma honra trabalhar na curadoria desta agenda que reúne expoentes dessa modalidade de arte que ganhou o mundo desde seu surgimento, na década de 1950”, acrescenta, Zilda.

Sobre os artistas

Alfredo Volpi
Alfredo Volpi (1896-1988) é um dos artistas mais consagrados do país, com obras em diferentes museus e galerias. Temas ligados à cultura popular, como figuras e festas religiosas ou fatos cotidianos eram comuns em suas primeiras produções. Na década de 1930, Volpi uniu-se ao Grupo Santa Helena, importante referência do meio artístico paulistano. Entre as décadas de 1940 e 1950, direcionou seu trabalho para a simplicidade formal que marca seu estilo, abandonando a perspectiva acadêmica e a representação rígida do espaço tridimensional. São dessa época suas fachadas, das quais em seguida derivam suas bandeiras e mastros. A ampla paleta de cores que o artista obtém trabalhando artesanalmente com a tinta têmpera também é uma característica inconfundível de seu estilo.

Abraham Palatnik
Abraham Palatnik (1928-2020) foi um artista plástico brasileiro, pioneiro em arte cinética no Brasil, com obras que contêm instalações elétricas que criam movimentos e jogos de luzes. De família judia de origem russa, estudou pintura, desenho, história e filosofia da arte na mesma época em que fazia um curso de motores a explosão na antiga Palestina, atual Israel. De volta ao Brasil, em 1948, integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro. No ano seguinte, iniciou suas pesquisas no campo da luz e do movimento, responsáveis por seu reconhecimento como um dos pioneiros da arte cinética, após a menção especial do júri internacional, na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.

Luiz Sacilotto
Em suas primeiras obras, durante a década de 1940, Luiz Sacilotto (1924-2003) revelou uma forte influência do Avant-Garde europeu. Seus primeiros retratos, naturezas mortas e paisagens, exibem características do impressionismo, com fortes pinceladas e jogos com luz e cores. Um dos mais significativos expoentes da geração concretista brasileira, Sacilotto dedicou-se às pesquisas com abstração e exploração dos elementos visuais puros – linha, cor e forma. Ordena racionalmente os elementos na tela por meio de justaposições, contrastes, repetição de padrões matemáticos, paralelismo, cortes diagonais e princípios de simetria como inversão e espelhamento. Como resultado, surgem efeitos de profundidade, sensações visuais de movimento e pulsação.

Jesús Rafael Soto
Considerado um dos precursores da arte cinética, Jesús Rafael Soto (1923-2005) foi um artista plástico venezuelano cujo trabalho teve como foco a relação da obra com o movimento. Curioso, experimental e habilidoso, ele produziu peças que pareciam ter vida própria e que instigavam pela mobilidade, dinâmica e vibração. Fez isso de forma sublime e perspicaz, relacionando o movimento com o tempo e, assim, trabalhou com cores, formas e sobreposições. Juntos, esses elementos em suas obras geravam efeitos ópticos em seus observadores. Logo, essas peças pareciam dançar para seus espectadores que, em muitos momentos, ficavam hipnotizados com os efeitos e a beleza de seu trabalho, o que comprova o brilhantismo do artista.

Cinéticos acontece em parceria com a Almeida & Dale Galeria de Arte. Essa é a segunda parceria entre as galerias de Curitiba e São Paulo. A primeira, em 2022, trouxe à capital paranaense obras da celebrada artista plástica Tomie Ohtake.

Saiba mais sobre a Galeria Zilda Fraletti em www.zildafraletti.com.br
Acompanhe as novidades no Instagram em @galeriazildafraletti.

SERVIÇO:

Local: Galeria Zilda Fraletti | Avenida do Batel, 1750, lojas 07, 08, 10 e 12 – Batel

Data de abertura: sábado, 03 de junho, das 11h às 14h;

Horário de visitação: de segunda a sexta, das 09h30 às 18h30 e, aos sábados, das 10h às 14h;
Ingressos: Entrada franca

Galeria Zilda Fraletti faz prévia da SP-Arte neste sábado

18 de março, sábado, das 11 às 14h.
18 de março
Galeria Zilda Fraletti faz prévia da SP-Arte neste sábado

Uma amostra do que será exibido no maior evento de arte do Brasil, que acontece em São Paulo entre março e abril, poderá ser visto na Galeria neste fim de semana

Acontece neste sábado, dia 18 de março, em Curitiba, a exposição “Interconexões: Cores, Formas e Texturas” com obras dos artistas selecionados pela Galeria Zilda Fraletti para estar em seu estande na SP-Arte 2023, maior evento de arte do Brasil, que será realizado entre 29 de março a 2 de abril no Pavilhão da Bienal, em São Paulo.

Para a mostra na capital paulista, a Galeria fez uma afinada seleção de artistas contemporâneos, cujos trabalhos trazem uma energia leve, alegre e positiva. Algumas destas produções, que seguem a mesma linha do que será exibido no evento paulistano, poderão ser vistas na exposição em Curitiba.

“É preciso relembrar a força do sensível, a capacidade que possui um gesto criativo - mesmo que mínimo - de encontrar a surpresa no comum. Afinal, o mais arrebatador na arte são aqueles primeiros instantes, em que a lógica é suspensa e os sentidos nos acordam para o novo. Já passamos por turbulências demais nos últimos tempos. É preciso não esquecer que a beleza ainda existe e é necessária”, destaca Zilda.

Entre os artistas selecionados, Dee Lazzerini, Emerson Persona, Juliane Fuganti e Verônica Filipak convidam o espectador a um universo onírico de formas orgânicas e intuitivas, testando a inventividade de múltiplos meios e materiais para criar os seus trabalhos.

A produção do mineiro Dee concentra-se na criação de “corpos artificiais” e “novos seres” que partem de experiências microscópicas dentro da área biológica. O curitibano Emerson busca a representação do corpo em grandes formatos, usando técnicas como a pintura, o desenho e a colagem, e fazendo uso de figuras de animais e plantas no tamanho A3.

A catarinense Juliane tem como base a natureza e, por meio do uso de diversas técnicas, como pintura, gravura, fotografia e cerâmica, faz surgir imagens quase bucólicas e cheias de significado. Verônica tem seu trabalho baseado em tecidos costurados para construir paisagens oníricas cheias de formas e tramas.

Na exposição terão trabalhos do curitibano André Mendes e do mineiro Iuri Sarmento em que as curvas e as cores marcam presença. André cria elementos orgânicos com aspecto de sonho, que marcam a passagem do físico para o metafísico. Já os coloridos trabalhos de Iuri trazem um “barroco reinventado”, com uma roupagem mais contemporânea e que tende para o alegórico.

O jogo cromático de formas de Bruno Marcelino e do baiano Jean Araújo, dois outros selecionados, instigam os olhos mais atentos. Com produções que primam pela união entre cor, luz e superfície, Bruno mostra que não há limites para o que o olho pode perceber entre uma linha e outra de suas obras lineares. Já Jean utiliza a arte óptica para provocar a percepção do espectador, combinando tons claros e escuros, opacos e brilhantes, formas e linhas, que vibram ao olhar.

O paulistano Alexandre Frangioni foi escolhido pela forma como conversa com o público, com um humor leve e cheio de acidez nas entrelinhas, buscando traduzir na pintura uma percepção em relação ao tempo, espaço e valores na sociedade contemporânea. Suas obras bebem na engenharia, área na qual é formado, e que o guia pela exploração de materiais e tecnologias variados.

Os paranaenses Rogério Ghomes, Marcelo Conrado e Cleverson Oliveira trarão seus trabalhos que transportam o espectador para paisagens urbanas e naturais que parecem “esconder segredos”. Rogério parte de fotografias enigmáticas que vão além de meros registros, sugerindo um universo espiritual e existencial.

A produção de Marcelo, com foco principal na pintura e na fotografia, tem como base a pesquisa e a investigação criteriosa. Professor de Direito, explora temáticas como legitimidade e justiça social em suas obras. Cleverson atua em campos multidisciplinares para explorar os limites da imagem. Da produção mais recente, destacam-se os trabalhos de desenho em papel e tela usando materiais simples, como pó de grafite, lápis e marcador permanente.

“Os artistas que a Galeria Zilda Fraletti apresenta na SP-Arte 2023 nos lembram que nem a arte, nem nós mesmos, perdemos a vontade de encontrar fascínio no mundo”, destaca Zilda.

Serviço
Onde: Galeria Zilda Fraletti
Avenida Batel, 1750 – Lojas 07, 08, 10 e 12
Quando: 18 de março (sábado)
Horário: das 11h às 14h
A exposição permanecerá até 04 de abril

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Galeria Zilda Fraletti convida para abertura da exposição da artistaLELLI DE ORLEANS E BRAGANÇA

A visão de uma floresta tropical exuberante em infinitos tons de verde, pássaros surgindo na neblina, o toque de uma borboleta… sempre. Alguns dos detalhes que atraem o olhar na arte de Lelli de Orleans e Bragança.

Suas paisagens são principalmente de uma natureza intocada, onde pássaros exóticos e borboletas são os animais mais retratados; o homem raramente perturba essa paz.

“Quando estou pintando, minha meta é criar um oásis de paz e tranquilidade. Minhas paisagens não revelam tudo à primeira vista, o olhar do observador precisa percorrer e explorar o quadro para encontrar os detalhes escondidos”, diz ela.

Lelli nasceu no Paraná e cresceu em Vassouras até se mudar para o Rio de Janeiro para cursar a faculdade de Comunicação Visual. Aprofundou os estudos no instituto Van der Kelen, na Bélgica. Lá aperfeiçoou seu estilo e aprendeu a difícil técnica de “trompe l’oeil”. Permaneceu vários anos pintando na Europa até voltar para o Brasil e passar a retratar as florestas brasileiras.

Tem exposto em vários países incluindo Portugal, França, Bélgica , Alemanha e Estados Unidos.

Conheça o trabalho de André MendesCuritiba-PR, 1979

2011 Pintura Avançada III, disciplina isolada, UFPR, Curitiba, Brasil
2008 Gravura em Metal, Solar do Barão, Curitiba, Brasil
2004 Especialização em Desenho, IDEP, Barcelona, Spain
2003 Graduado em Desenho Industrial, Programação Visual, PUC PR, Curitiba, Brasil

A forma é a linguagem usada por André Mendes para construir pouco a pouco uma plasticidade em constante transformação. Ela é pesquisa, objetivo, projeto, sua maneira de pensar. Ao mesmo tempo, ela permanece inalcançável, pois nunca tem fim. No início o desenho foi o meio escolhido pelo artista, mas, mesmo com traço livre, o domínio do bidimensional não foi suficiente: aos poucos as linhas se desfizeram e os cantos da tela se abriram. Com mais cor, corpo e liberdade, suas formas ganharam o espaço, se espalhando entre murais, preenchendo lugares com esculturas improváveis, equilibrando instalações que se tramam no espaço ao redor com provocação. Percebe-se que cada trabalho de Mendes é como um desafio: até onde a forma vai, como pode existir e resistir? Para responder, não é tímido nos materiais e na manipulação: da tinta ao plástico, passando pelo metal e pelo próprio ar. O óleo tem sido a escolha da vez, criando elementos orgânicos com aspecto de sonho, marcando uma passagem do físico para o metafísico. No futuro, quem sabe? Somente o processo - que para o artista mais importa - é que vai poder mostrar os caminhos imprevisíveis.

André Mendes

André Mendes | “Horizonte de Eventos” | 110X181X28cm | Resina vegetal sobre tecido com revestimento de fibra de PET 100% reciclado | 2021
AME315 - André Mendes 130X130cm

André Mendes | "Medite se Puder" | 130X130cm | Acrílica sobre tela | 2022
ANDRÉ MENDES
Foto: Letícia Akemi

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:

2021 – LUGAR, Galeria Zilda Fraletti, Curitiba, Brasil
2019 – Ainda não, Matèria Gallery, Roma, Italia
2018 - ESTADO, Galeria Zilda Fraletti, Curitiba, Brasil
2018 - Antes do Fim III, Cloitre des Billettes, Paris, France
2018 - Antes do Fim, Galeria Ponto de Fulga, Curitiba, Brasil
2016 - Solo Project Art Basel
2016, Galeria Ricardo Fernandes, Suíça
2014 - Espacial, Exposição de Atelier, Curitiba, Brasil
2013 - André Mendes, Galeria Zilda Fraletti, Curitiba, Brasil
2012 - Falando de Arte, Museu Guido Viaro, Curitiba, Brasil
2009 - Desconstrução, Espaço Cultural BRDE, Curitiba, Brasil

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES COLETIVAS:

2021 - Extraperlo ‘Curating Curators’, Anne Pingreoun, Madrid, Espanha
2020/21 – Wander Art, Alter Project, Belgravia- Londres - UK
2020 - André Mendes, Marcelo Sola e Lula Ricardi, Ricardo Fernandes Gallery, Paris, França
2019 - This is DOPE, Taksu Gallery, Cingapura
2017 - Aestival 07, Galeria Ricardo Fernandes no Centro Cultural Cloître des Billettes, Paris, França
2016 - M3ND3S / Memorial da Cidade de Curitiba / Curitiba - Brasil (Over)Laid / Galeria InterArtividade / Curitiba –Brasil Nasi Campur, TAKSU Gallery Singapore, Cingapura aestival 06, Galeria Ricardo Fernandes no Centro Cultural Cloître des Billettes, Paris, França
2015 - Tropikos, Hof Art Space, Bangkok, Tailândia Total, Farol Galeria, Circuito Bienal Vento Sul, Curitiba, Brasil Total, Galeria Zilda Fraletti, Circuito Bienal Vento Sul, Curitiba, Brasil
2013 - I Salão de Arte Contemporânea de Ponta Grossa, Centro de Cultura Cidade de Ponta Grossa, Brasil 13o Salão Nacional de Artes de Itajaí, Brasil
2012 - Elementares, André Mendes e Fernando Franciosi, MAC-PR, Curitiba, Brasil ColorFlow, André Mendes e Rimon Guimarães, Galeria RAS, Barcelona, Espanha
2011 - Águas do Amanhã, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil MOB + ARTE BICICLE e MOBILIDADE, Solar do Barão, Curitiba, Brasil
2010 - Estado da Arte, 40 anos de Arte Contemporânea no Estado do Paraná, Coletivo Interlux Arte Livre, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil Autorretrato, Casa Andrade Muricy, Curitiba, Brasil
2009 - V Bienal Vento Sul, Projeto Grade Sobre Grade, Coletivo Interlux Arte Livre, Memorial de Curitiba, Curitiba, Brasil
2008 - Cicloviaérea, Colaboração com Jarbas Lopes, CCSP, São Paulo, Brasil SINTOMAS, Centro Cultural Solar do Barão, Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Brasil Galerias Subterrâneas, Curitiba, Brasil, Coletivo Interlux Arte Livre Arte em Circulação, Caixa Cultural, Curitiba, Brasil, Coletivo Interlux Arte Livre
2007 – MOB – Arte Bicicleta e Mobilidade, Centro Cultural São Lourenço Curitiba, Brasil

PRINCIPAIS RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS:

2015 - Tropikos, Hof Art Space, Bangkok, Tailândia
2012 - Kakiseni International Art Residency, Kuala Lumpur, Malásia
2008 - Jarbas Lopes, Maricá, Brasil Principais

PREMIAÇÕES:

2013 - Salão Nacional de Artes de Ponta Grossa, Brasil - Primeiro Prêmio Principais Murais Face to Face
2020 - Wander Art, Belgravia, Londres, UK UNIMED – PR
2020 - Curitiba, Brasil Laços
2019 - Hospital Pequeno Principe, Curitiba, Brasil Colegio Anjo da Guarda,
2018 - Curitiba, Brasil World Traveller
2017- Andaz Hotel, Hyatt - Cingapura Jornal Gazeta do Povo,
2015 - Curitiba, Brasil Uma breve História do Brasil
2015 – Auvernier, Suiça Instituto de Oncologia do Paraná
2014 – Curitiba, Brasil A grande Parede
2011 - INK, Curitiba, Brasil Hospital Santa Cruz
2007 – Curitiba, Brasil Água é Vida, Sanepar
2007 – Curitiba, Brasil Instituto de Direito Romeu Bacelar
2000 – Curitiba, Brasil
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Galeria

Arranjos geométricos é o título da extensa série de pinturas que Celso Orsini

Vem realizando ao longo da pandemia, da qual ele reservou algumas das mais bem sucedidas para exibir nesta sua individual em Curitiba. É fácil imaginar a rígida disciplina de trabalho do artista, os dias passados no atelier em isolamento ainda maior, posto que sua localização na edícula de uma casa por si só já convida a solidão e ao silêncio, fazendo-o esquecer, até por tornar quase inaudível, o ruído baixo e incessante do fluxo de carros e caminhões pela avenida dos Bandeirantes, distante dali dois quarteirões, que ao seu final liga São Paulo às rodovias que levam ao litoral e ao Rio de Janeiro. Nada disso o perturba. Nada? Bem, apuremos o olhar:
Todas essas pinturas nascem de um evidente desejo de ordem, expresso em planos quadrados e retângulos coloridos, justapostos, eventualmente arranjados entre planos magros retilíneos, linhas retas, pode-se dizer, muito embora seja difícil definir quando elas, linhas, se transformam, por inchaço, em plano, metamorfoseiam-se em um outro ente geométrico. Essa é uma ambiguidade dessa série fundada em ambiguidades. Lembremo-nos de Plotino, que escreveu “Num círculo, o centro é naturalmente imóvel; mas, se a circunferência também o fosse, não seria ela senão um centro imenso”, sinalizando o caráter ambíguo da geometria, um dos parâmetros da nossa capacidade de elaborar precisões e certezas. Pois bem, todas as pinturas de Celso Orsini trazem consigo a falência das certezas, do impulso de organização que subjaz a nossas ações, das extraordinárias às triviais. Notemos que a maior parte das formas geométricas mencionadas estão como que abafadas, recobertas por véus, por camadas finas de tinta, mais ou menos homogêneas, mais ou menos densas, como a água que escorre pelos vidros embaçando-os, tornando difuso o mundo lá fora, convidando-nos a assoprá-lo, condensando o nosso hálito, para em seguida passarmos o dedo desenhando sobre ele. Trata-se de um hábito que trazemos desde sempre, mas não seria ele uma boa metáfora da nossa distância do mundo?
Examinemos a magnífica Arranjos geométricos 6, de um metro e meio de altura por um e setenta de largura, cujo azul profundo -Ultramar- cuida em eclipsar todas as formas existentes, as linhas verticais e horizontais, melhor dizendo, os planos mais ou menos esquálidos, que variam do branco ao preto. Gostaríamos, talvez, de ver as formas de modo nítido, seus contornos bem delimitados, mas o artista prefere que isso não se dê. Coisa semelhante acontece nas telas vermelhas, produzidas a partir de jornais, tomando como base a organização reticular das imagens e textos com os quais despeja-se informações sobre o mundo que nos cerca, do mundo imediato, tangível, as notícias de porções distantes do planeta, às vezes até de fora do planeta. Nelas também o impulso de organização que perpassa nossas atitudes, submerge no imponderável.
Realizadas em plena pandemia, as pinturas recentes de Celso Orsini, fundadas na ambivalência, na oposição entre certeza e a dúvida, são filhas de um tempo em que nossas vidas são postas em risco, totalmente desestabilizadas, pelos caprichos de um vírus tão sutil e ardiloso que alguns, como os Inocentes do Leblon, do grande Drummond, insistem em se manter alheios a eles, seguem acreditando num
óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem

Agnaldo Farias
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