Onça pintada e outros grandes mamíferos ameaçados de extinção na Mata Atlântica ganham ajuda de projeto de monitoramento

Programa é resultado de mais de 15 anos de pesquisa na região

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A Serra do Mar recebe um dos maiores monitoramentos de mamíferos de grande porte já feitos no bioma Mata Atlântica e o primeiro em larga escala realizado nessa região. O Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar tem como principal objetivo gerar dados para subsidiar planos de conservação da anta (Tapirus terrestris), da queixada (Tayassu pecari) e da onça-pintada (Panthera onca). A expectativa é que as atividades em campo comecem no ano que vem.

O diferencial do programa é o monitoramento em larga escala. São 17 mil km² de atuação nos estados de São Paulo e Paraná – uma área equivalente a 11 cidades de São Paulo –, que integram o território da Grande Reserva da Mata Atlântica, o maior remanescente contínuo de Floresta Atlântica preservada do país.

O programa é realizado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) e Instituto Manacá, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, WWF-Brasil e banco ABN AMRO, e conta com a parceria da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a Fundação Florestal, o Legado das Águas – Reserva Votorantim, Fazenda Elguero, o Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (PPG ECO – UFPR) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com o pesquisador do IPeC Roberto Fusco, responsável técnico do Programa ao lado das pesquisadoras Bianca Ingberman e Mariana Landis, o Programa surgiu da necessidade de uma agenda integrada para monitoramento e conservação de grandes mamíferos. Isso porque o resultado de 15 anos de pesquisa na região indicou que a maior presença dessas espécies está em locais mais elevados e remotos, deixando muitas áreas de floresta demograficamente vazias de grandes mamíferos, inclusive em Unidades de Conservação.

“A preocupação com a ausência desses animais é pela viabilidade a longo prazo das espécies, que já estão ameaçadas de extinção. É um sinal de alerta. Grandes mamíferos necessitam de áreas extensas para sobreviver, são extremamente vulneráveis à perda de habitat e à pressão de caça, sendo os primeiros a desaparecem. A proposta, portanto, é oferecer dados robustos e de qualidade que indiquem onde essas espécies estão, se elas estão diminuindo ou amentando e como estão ocupando o território”, explica Fusco, que é pós-doutorando na PPG ECO – UFPR e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

O monitoramento integrado de espécies ameaçadas, e em larga escala, gera informações para planejamento de conservação e ajuda a criar estratégias mais efetivas para proteção e recuperação das populações desses animais. “A quantidade e qualidade dos dados influenciam diretamente na efetividade dessas ações, possibilitando uma visão mais ampla e integrada. Para a Grande Reserva Mata Atlântica, uma das regiões mais exuberantes e biodiversas do mundo, o Programa visa contribuir de forma significativa com dados e informações para subsidiar os planejamentos e estratégias de proteção e recuperação das populações de grandes mamíferos. Essas espécies são essenciais para o equilíbrio do ecossistema e, uma vez que a floresta esteja saudável, continuará fornecendo os serviços ecossistêmicos que garantem o bem-estar e qualidade de vida da sociedade, principalmente a disponibilidade hídrica e a regulação do clima”, complementa Bianca, doutora em Ecologia e Conservação pela UFPR e pesquisadora do IPeC.

O bom manejo e conservação de áreas naturais atrai oportunidades de benefício socioeconômico para a região. “A Serra do Mar tem grande potencial econômico. O turismo de natureza é um exemplo. Pode gerar emprego e renda, valorizando a vocação local e mantendo a floresta em pé. São planos de manejo e de conservação bem fundamentados que catalisam essas oportunidades. Além disso, essas áreas podem receber investimento de empresas para projetos de conservação, uma prática que gera reputação e que tem atraído investidores de todo o mundo. A conservação, embasada na ciência, então, se torna um negócio com benefício mútuo”, justifica Mariana, pesquisadora do Instituto Manacá e doutoranda em Ecologia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP).

Para o coordenador de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Robson Capretz, a Grande Reserva Mata Atlântica tem grande potencial para contribuir com o desenvolvimento regional baseado no turismo em áreas naturais e em negócios de impacto positivo ao meio ambiente. “Informações sobre as espécies que habitam a região e práticas efetivas de conservação são essenciais para embasar atividades turísticas responsáveis e sustentáveis, que também prezem pela proteção da natureza”, diz. “Outro ponto importante é que a presença em grande densidade dessas três espécies indica ótimo status de conservação dos habitats, já que elas são bem territorialistas e seletivas”, completa.

Frentes de ação

Para desenvolver o trabalho, o Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar atua em quatro frentes de ação: Monitoramento, com coleta de dados de maneira científica e sistemática; o Planejamento de Conservação, para apoiar os tomadores de decisão nas ações de proteção e manejo; a Sensibilização, para gerar mais conhecimento e valorização da fauna da Mata Atlântica por toda a sociedade e, por fim, a Rede de Monitoramento.

Nos estudos que antecederam a criação do Programa, também liderados pelo IPeC, a participação de moradores da região gerou importantes resultados. Além de contribuir no mapeamento local de ocorrência das espécies, ajudou os pesquisadores a chegarem em áreas montanhosas de difícil acesso. Foi assim que a equipe conseguiu, através de armadilhas fotográficas, registrar, em 2018, as primeiras onças-pintadas (um casal) na Serra do Mar paranaense e outro indivíduo macho no ano seguinte.

Foto: Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Divulgação

Segundo especialistas, razões climáticas podem explicar nuvem de gafanhotos que avança para o Brasil

O chamado ‘comportamento gregário’ é um gatilho biológico deflagrado por períodos de secas intensas e prolongadas seguidos de chuvas fortes e altas temperaturas

A nuvem de gafanhotos que se movimenta em direção ao Brasil causa preocupação na região Sul do País. O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária em áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que podem ser afetados pelos insetos.

Segundo André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, distúrbios climáticos provocados pelo aquecimento global e o desrespeito aos limites da natureza têm causado fenômenos disruptivos, que vão desde a nuvem de gafanhotos até eventos mais rigorosos, como a pandemia do novo coronavírus. “A forma como lidamos com a natureza precisa ser repensada para que as sociedades não fiquem sujeitas às consequências danosas de fenômenos como esses. Ao mesmo tempo, os governos precisam começar a pensar em planos de contingenciamento que ajudem os países a serem resilientes a situações cada vez mais danosas e intensas.”

Uma análise preliminar feita pelo climatologista Carlos Nobre, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, em parceria com o pesquisador Marcelo Seluchi, coordenador geral da área operacional do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), aponta que o longo período seco no centro-sul da América do Sul – incluindo Paraguai, Uruguai, sul do Brasil e centro-leste da Argentina –, nos primeiros meses do ano, com um mês de abril extremamente seco, pode ser uma das condicionantes climáticas por trás do comportamento dos gafanhotos.

“Chuvas intensas em alguns dias de maio, notadamente na região do Paraguai, onde se originou a nuvem de gafanhotos, podem explicar o fenômeno. Isto é, período curto de chuvas intensas após meses de secas”, diz o relatório dos dois especialistas. A forte onda de calor entre 14 e 20 de junho no sul do Paraguai (suposto epicentro do fenômeno) associada a temperaturas superiores a 7º C acima das normais climatológicas também é indicada como possível catalisador.

De acordo com os cientistas, o gafanhoto costuma ter comportamento solitário, sem muito contato com outros da espécie. Entretanto, esses sinais climáticos deflagram um gatilho biológico chamado de comportamento gregário, no qual gafanhotos se associam e iniciam os enxames, com altas taxas de reprodução.

A previsão de entrada de uma frente fria na região poderá influenciar a migração dos gafanhotos para leste, atingindo o sul do Brasil, principalmente o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e também pode inibir as taxas de reprodução do inseto, o que ocorre em ciclos de temperaturas baixas.

Informações para a imprensa

Fundação Grupo Boticário
Tamer Comunicação (www.tamer.com.br)

Renato Santana – 11 3031-2388 - ramal 225 – 11 99996-6388 (renato.santana@tamer.com.br)
Claudia Leone – 11 3031-2388 - ramal 247 – 11 99482-7556 (claudialeone@tamer.com.br)
Direção de Núcleo:
Ana Claudia Bellintane – 11 3031-2388 - ramal 238 – 11 998495628 (anaclaudia@tamer.com.br)

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já doou mais de R$ 80 milhões para mais de 1.600 iniciativas dedicadas à causa da conservação em todo o País. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.

Sobre a Rede de Especialistas

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

Dia Nacional da Araucária

Sem fiscalização e manejo adequado, Araucária pode estar extinta nas próximas décadas

Presente na região Sul e em áreas elevadas do Sudeste, a Araucária tem influência cultural por causa de sua semente: o pinhão, que faz parte da culinária em festividades juninas

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Nesta quarta-feira (24), comemora-se o Dia Nacional da Araucária, uma árvore ancestral do Brasil, mas que corre grandes riscos de extinção em razão do desmatamento e dos efeitos das mudanças climáticas. A Araucária é uma árvore encontrada majoritariamente na região Sul do País, em um ecossistema da Mata Atlântica conhecido como Floresta Ombrófila Mista. É a árvore-símbolo do Paraná, por isso também chamada de pinheiro-do-paraná, estado que, originalmente, concentrava a maior parte do ecossistema que abriga a espécie.

De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, em 2019, o desmatamento no bioma cresceu 27,2%, perdendo um total de 14.500 hectares de floresta. Desse total, cerca de 24% foram nos estados do Paraná e de Santa Catarina, onde a madeira da Araucária ainda é usada ilegalmente para, por exemplo, abastecer de tábuas a construção civil. “Estima-se que hoje a Floresta com Araucárias ocupe menos de 3% de sua área original, o que a coloca em grande risco de ser extinta nas próximas décadas se não houver uma mudança por parte dos proprietários rurais, da iniciativa privada e do poder público na forma como exploram e cuidam desse que é um dos mais emblemáticos e ameaçados ambientes naturais do Brasil. Lembrando que o que está em jogo não é apenas uma espécie, mas todo um ecossistema com uma grande diversidade de plantas, como imbuias e canelas, e animais, como o papagaio-de-peito-roxo”, afirma Guilherme Karam, coordenador de Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

A preocupação com a situação das araucárias não é exagero. Em 2019, um artigo publicado na revista científica Global Change Biology ficou famoso por prever o fim das araucárias até 2070 se nenhuma estratégia de conservação for posta em prática para reverter o ritmo de destruição. O estudo, com participação de cientistas britânicos e brasileiros, explica que depois de sofrer ao longo do século 20 com o desmatamento descontrolado promovido por interesses econômicos, o ecossistema tem agora um cenário igualmente grave para o século 21: o aquecimento global. “A floresta ombrófila mista ocupa os extremos mais altos e frios da Mata Atlântica (temperatura anual média de 12-20 ºC, com frequentes geadas), condições que provavelmente serão cada vez mais raras no futuro próximo”, dizem os pesquisadores.

Por estar geograficamente localizada no Sul e em alguns pontos mais elevados do Sudeste brasileiro (além de pequenos trechos da Argentina e do Paraguai), a Araucária tem influência cultural nessa região por causa de sua semente: o pinhão, presença garantida em festividades juninas e comum nos cardápios de restaurantes e celebrações culinárias durante os meses de inverno. Famosa por sua copa em formato de candelabro, a Araucária pode chegar a 50 metros de altura e tem sua origem no período Jurássico de formação da Terra.

Floresta em pé

Para preservar a espécie e seu ecossistema, a Fundação Grupo Boticário e a Fundação CERTI mantêm o Araucária+, iniciativa que promove a conservação da Floresta com Araucárias por meio de um modelo de negócio que proporciona a inclusão socioeconômica de proprietários de áreas naturais em cadeias produtivas inovadoras. O objetivo da iniciativa é mostrar a importância socioeconômica da floresta em pé.

Por meio do Araucária+, proprietários de terra na área da floresta são estimulados a adotar práticas sustentáveis de manejo do solo e da vegetação, em especial quanto à colheita das sementes de pinhão e das folhas de erva-mate, que é uma planta nativa e existente dentro da Floresta com Araucárias. Entre as práticas acordadas com os proprietários estão a não retirada da totalidade do pinhão (garantindo uma parte para a alimentação da fauna nativa) e a retirada gradual do gado de áreas sensíveis, já, que pisoteia e compacta o solo, dificultando a germinação de sementes das espécies vegetais nativas, fundamental para a perpetuação do ecossistema.

Em relação ao manejo de erva-mate, a extração das folhas só pode acontecer fora do período de floração, que vai de setembro a dezembro, e as árvores precisam ficar com pelo menos 30% das folhas para que tenham condições de sobreviver. Em contrapartida, a iniciativa mobiliza sua rede para vender o pinhão e as folhas de mate para novos mercados que valorizam um produto de origem sustentável e que ajuda a conservar a biodiversidade.

Mais fotos disponíveis no link: https://drive.google.com/drive/folders/1A4n8UremZlEq-Tp9jbrt5G116zRt_3tc. Crédito das fotos: Mauro Scharnik-IAP/Fotos Públicas.

Crise deixará lições para que empresas reduzam custos e gerem benefícios ao meio ambiente, diz especialista

Resultados mostram que é possível adotar práticas mais sustentável, que respeite os limites da natureza sem prejudicar a economia

Os órgãos estaduais de medição da qualidade atmosférica têm divulgado reduções significativas da poluição nas últimas semanas. Grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Minas Gerais apresentaram quedas de até 70% na quantidade de poluentes presentes no ar, mostrando como o isolamento social decorrente do novo coronavírus (Covid-19) gerou mudanças importantes nos hábitos dos brasileiros.

Para André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e mestre em ciências florestais, essa nova realidade mostra que o país tem condições de adotar um estilo de vida mais sustentável e que respeite os limites da natureza.

“Depois dessa crise, as empresas vão precisar reduzir custos e vão usar as lições aprendidas nesse período para cortar despesas e, ao mesmo tempo, gerar benefícios ambientais. Estamos vendo que as pessoas estão conseguindo fazer muitas das atividades que antes eram feitas nas ruas, em deslocamentos e viagens, agora de maneira online. Palestras, cursos, reuniões, vendas... E tecnologias estão sendo aprimoradas e desenvolvidas para isso”, diz Ferretti, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e conselheiro da Plataforma Empresas pelo Clima.

De acordo com ele, porém, essa mudança só ocorrerá se o Brasil investir em informação e educação ambiental. “É fundamental usar a informação e a educação para moldar esses novos hábitos. Isso pode trazer muitos benefícios para a saúde, segurança e qualidade de vida das pessoas. O Brasil vai ter que alterar protocolos e leis para estimular essas novas mudanças, investindo em alternativas para a circulação de pessoas, integrando mais áreas verdes às cidades, expandindo a infraestrutura de telecomunicações para garantir acesso à internet de qualidade para toda a população, melhorando os sistemas de logística, modernizando as políticas de mobilidade urbana e adaptando legislações, inclusive trabalhistas, que favoreçam o home office e outras atividades afins”.

Ferretti lembra que cerca de sete milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência da poluição atmosférica, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade também estima que nove em cada dez pessoas no planeta respiram ar poluído.

“Essa nova dinâmica social surgiu em decorrência de uma crise, mas nos mostrou que é possível adotar hábitos produtivos sem a degradação do meio ambiente. Esse é o momento ideal para começarmos a adotar políticas públicas que nos levem no caminho da sustentabilidade”, diz o especialista, salientando também que cientistas já preveem o surgimentos de outras doenças, ainda mais fatais que o coronavírus, que poderão mais uma vez forçar a sociedade a mudar suas escolhas.

PORTA-VOZ:

André Ferreti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, para comentar a redução da poluição nas cidades brasileiras e as lições que o País pode aprender depois dessa crise.

Fundação Grupo Boticário lança playlist no Spotify com sons da Natureza

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza lançou uma playlist no Spotify com sons da natureza. A iniciativa tem o objetivo de estimular as pessoas a dedicarem parte de seu dia para atividades de relaxamento, como meditação e yoga, durante o período de isolamento social decorrente do novo coronavírus.

A playlist “Escute a Natureza” foi montada para que as pessoas se conectem com o mar, o canto dos pássaros da Mata Atlântica, o coral das aves ao amanhecer, os sons relaxantes produzido pelas baleias, entre outros, ajudando-as a manter o equilíbrio do corpo e da mente.

Os sons da natureza são como uma música clássica, uma orquestra. Têm o poder de auxiliar o indivíduo a relaxar, se liberar um pouco das questões cotidianas e transportar os pensamentos para lugares e paisagens que transmitem prazer e serenidade.

Trilha aquática de Salto Morato é aberta pela primeira vez para visitação neste domingo (23/2)

Reserva natural é opção para quem quer aproveitar o Carnaval para ficar mais próximo da natureza
São Paulo, 20 de fevereiro de 2020. Para quem busca fugir da agitação do Carnaval e se conectar com a natureza, a Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba (PR), promove uma experiência inédita em uma das paisagens mais bonitas da Mata Atlântica. No domingo (23), será aberta para visitação a trilha aquática no Rio Morato, uma expedição que levará os visitantes a percorrerem o leito do rio até o principal atrativo da reserva – uma cachoeira de quase 100 metros de altura.

Os visitantes partem às 9h30 para a trilha. No caminho, encontram uma prainha fluvial, o aquário natural da reserva – um espaço em que é possível tomar banho com os peixes e aproveitar o sol –, um grande poço para mergulho por onde se estende a raiz de uma árvore centenária, entre outros atrativos.

Seguindo contra a correnteza do rio, a expedição guiada passa por trechos de profundidade variada até chegar à cachoeira Salto Morato. A experiência é classificada com nível médio/difícil de dificuldade, devido às pedras e à correnteza, mas em nenhum momento o visitante fica totalmente submerso. A atividade será oferecida esporadicamente, em datas específicas, e está sujeita a condições climáticas. São 10 vagas por grupo indicadas a adultos sem limitações físicas. As inscrições devem ser feitas antecipadamente.

“O grau de recompensa é alto. A trilha por dentro da água é refrescante e muito bonita. Cada curva do rio é uma surpresa, com vários trechos de mata fechada e pontos para mergulho. Trata-se de uma experiência que será oferecida na Reserva esporadicamente e que busca conectar ainda mais as pessoas com a natureza”, diz Ginessa Lemos, administradora da Reserva Natural Salto Morato.

O trajeto tem duração aproximada de 4 horas e a previsão de retorno para o Centro de Visitantes da Reserva é às 13 horas. O caminho de volta será feito por trilha de terra de fácil acesso. A entrada na reserva custa R$ 20 (inteira) e o ingresso da trilha aquática, R$ 30. A Reserva é mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e fica localizada a 160 km de Curitiba – sendo 60 km em estrada de chão, totalizando uma viagem de cerca de 4 horas de carro.

Dicas

Indica-se levar alimentos leves, de preferência com embalagens resistentes à água (barra de cereal, frutas e garrafa d’água), repelente, chapéu, blusa fina de manga comprida e calça leve para proteger dos mosquitos e do sol, roupa de banho de secagem rápida e proteção para equipamento de vídeo e fotografia. O ideal é usar mochilas leves, que evitem o desgaste físico e permitam que as mãos estejam sempre livres. Botas fechadas de cano alto ou sapatilhas de polímero antiderrapante também são uma boa opção.

Reserva Natural Salto Morato

Com 2.253 hectares no coração do maior remanescente de Mata Atlântica do Brasil, a Reserva Natural Salto Morato conta com uma área de camping para os visitantes que desejarem pernoitar. O espaço é equipado com energia elétrica, tomadas, churrasqueira, vestiários e armários. O custo da diária é de R$ 15 por pessoa. Também há uma lanchonete no local. Localizada na Grande Reserva da Mata Atlântica, Salto Morato possui rica biodiversidade que atrai pesquisadores, observadores de aves e turistas de diversos estados e países. Além da trilha aquática, os principais atrativos turísticos são a queda d'água de cerca de 100 metros de altura, que dá nome à Reserva, e uma figueira centenária que forma uma ponte-viva sobre o Rio do Engenho. Mais informações para visitação estão disponíveis no site da Fundação Grupo Boticário

Programação Trilha Aquática (das 8h30 às 13h30)

Chegada na Reserva (8h30)
Saída para a trilha (9h30)
Pausas para mergulho e banho
Chegada na cachoeira Salto Morato
Retorno para o Centro de Visitantes (13h30)

Serviço Trilha Aquática
Data: 23 de fevereiro (domingo), das 8h30 às 13 horas
Local: Reserva Natural Salto Morato (Rodovia PR-405 - Comunidade Morato Guaraqueçaba – PR)
Valores: entrada na Reserva (R$ 20 – inteira, R$ 10 – meia) + ingresso para a Trilha Aquática (R$ 30). Despesas com alimentação não estão inclusas. Vagas limitadas.
Inscrições e mais informações: (41) 98827-4134 (WhatsApp)

Cachoeira secreta terá visita guiada pela primeira vez

Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
Cachoeira secreta terá visita guiada pela primeira vez

Localizada a 160 km de Curitiba, em Guaraqueçaba (PR), a Reserva Natural Salto Morato terá em 26 de janeiro uma nova atividade no coração da Mata Atlântica

Uma atividade guiada na Reserva Natural Salto Morato – localizada em meio ao maior remanescente de Mata Atlântica do Brasil, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade – levará os visitantes que estiverem na unidade de conservação no dia 26 de janeiro (domingo) a uma atração natural inexplorada. A programação da atividade batizada como “Natureza Secreta” traz trilha de nível difícil e mergulho na cachoeira do Bracinho, uma das mais belas da região.

Durante o passeio, que terá número restrito de participantes devido às características da trilha, os visitantes conhecerão os trabalhos de recuperação florestal e de monitoramento da fauna. A Reserva é mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e fica localizada em Guaraqueçaba (PR), a 160 km de Curitiba – sendo 60 km em estrada de chão, totalizando uma viagem de cerca de 4 horas de carro.

Segundo a coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário, Marion Silva, o novo roteiro será oferecido esporadicamente aos visitantes e sempre guiado por um colaborador da Reserva, com previsão de ser repetido em abril deste ano. “O período de férias é um momento para as pessoas recuperarem as energias e conhecerem coisas novas. Preparamos esta atração dentro da Reserva Natural Salto Morato para aqueles que buscam entrar em contato com a natureza, se exercitar e se divertir. A trilha do Bracinho é um roteiro novo, que será aberto para visitação pela primeira vez”, afirma.

A atividade terá cerca de cinco horas de duração e é recomendada para pessoas sem limitações físicas. É necessário que os participantes da atividade vistam calça, sapato fechado e perneira e levem protetor solar, repelente e cantil para água.

Reserva Natural Salto Morato

Com 2.253 hectares, a Reserva Natural Salto Morato possui rica biodiversidade que atrai pesquisadores, observadores de aves e turistas de diversos estados e países. Além da cachoeira do Bracinho, os principais atrativos turísticos são a queda d'água de cerca de 100 metros de altura, que dá nome à Reserva, e uma figueira centenária que forma uma ponte-viva sobre o Rio do Engenho. Mais informações para visitação estão disponíveis no site da Fundação Grupo Boticário.

Programação Natureza Secreta (das 8h30 às 16h00)

Chegada na Reserva
Saída para a trilha
Pausa da Juçara: plantio de mudas
Chegada no Bracinho e mergulho
Retorno para a Reserva
Serviço Natureza Secreta

26 de janeiro (domingo), das 8h30 às 15 horas – data sujeita a alteração em função de condições do tempo.
Onde: Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba (PR)
Valores: entrada na Reserva (R$ 20 – inteira ou R$ 10 – meia) + ingresso para experiência Natureza Secreta (R$ 30). Despesas com alimentação não estão inclusas.
Inscrições e mais informações pelo whatsapp (41) 98827-4134

Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. A instituição defende que o patrimônio natural bem conservado é a base para o desenvolvimento econômico e bem-estar social. Também promove ações de engajamento e sensibilização, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.

Guia oferece descontos e apresenta roteiros e atrativos turísticos da Estrada da Graciosa

Turista encontra indicações sobre gastronomia, hospedagem, sugestões de passeios e tickets de descontos

(foto: Divulgação)
Para fomentar o turismo em torno da Estrada da Graciosa, entidades públicas e privadas lançaram o Guia Viva Graciosa, um material sugere passeios, estabelecimentos, em empresas chanceladas pelo Selo de Qualidade no Turismo do Paraná, do Sebrae/PR, e oferta cupons de descontos. A criação é da Coezo Marketing Cultural, em parceria com o Sebrae/PR, Fundação Grupo Boticário, Paraná Turismo e Ecovia.

Segundo a consultora do Sebrae/PR, Caren Nanci dos Santos, a publicação vai impulsionar negócios em Antonina e Morretes, no Litoral, e em Quatro Barras, na região turística Rotas do Pinhão, além de fortalecer a imagem dos destinos.

“Ao divulgar belezas naturais, culturais e atrações gastronômicas, nosso objetivo é gerar aumento de fluxo de turistas e de negócios para micro e pequenas empresas na Serra da Graciosa, fortalecendo o setor”, projetaCaren.

Ligados pela Estrada da Graciosa, um dos principais corredores turísticos e atrativos culturais do Estado do Paraná, que atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, os três municípios concentram mais de 300 pequenas empresas do setor de turismo, sendo 245 do segmento gastronômico. Conforme dados da Paraná Turismo, a região do Litoral do Paraná representa 19% dos atrativos turísticos do Estado, e a da Rotas do Pinhão concentra 16%, o que reforça a expressividade turística da localidade.

Além de parques temáticos e recantos turísticos, o destino tem atividades de turismo de aventura e ecoturismo, vinícolas, artesanatos e diversos serviços, que o turista encontra no Guia. Há indicações sobre o que e onde comer, opções de hospedagem, descrição de estabelecimentos, sugestões de passeios e cupons com mais de R$ 150,00 em descontos, em serviços locais.

“Criamos roteiros de cerca de quatro horas, apresentado opções em torno da Estrada da Graciosa para aumentar a permanência do turista”, comenta o idealizador do Guia, Marcus Andreoli, da Coezo.

As sugestões, ressalta Andreoli, valorizam o contato com as particularidades locais, a exemplo da gastronomia. Além disso, destacam estabelecimentos que preservam a Mata Atlântica, a história e a cultura locais.

A La Foglia Café e Naturais, de Quatro Barras, é uma das recomendações. A empresa, que existe há dois anos, apoia o agricultor de orgânicos e empreendedores de pequenos negócios locais, incluindo bandas, artistas e profissionais que atuam de forma artesanal. “A cidade tem potencial turístico. Acredito que podemos mais. O Guia Viva Graciosa vai proporcionar visibilidade para os empreendedores que investem na região”, comenta a proprietária, Lais Santos.

O material será distribuído em estabelecimentos e em pontos com displays. O turista poderá contribuir de forma livre com o valor sugerido de R$ 10, que será revertido para ajudar a manter e a recuperar equipamentos e pontos turísticos. Uma das últimas casas de farinha de Morretes será a primeira a ser revitalizada.

Informações do Guia e outras serão disponibilizadas no site www.vivagraciosa.com.br nos próximos meses. A partir de abril de 2020, será lançado um aplicativo.