Balé Teatro Guaíra reúne coreógrafo francês, valsa e pé no chão em “Conexões”

O programa “Conexões” vai unir duas coreografias em um mesmo espetáculo. A primeira criação da temporada de 2024 do Balé Teatro Guaíra, Unwaltz - isso não é uma valsa, com música de Strauss, e Outras Estações, com música de Vivaldi, serão performadas em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná de 3 a 5 de maio, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). Os ingressos já estão à venda no site DeuBalada.com.
“O trabalho de Jorge Garcia se relaciona com questões do universo humano, ligado ao chão, tanto literal quanto simbolicamente. Trata-se de questões ligadas ao desenraizar das pessoas no mundo contemporâneo e do lançamento de novas raízes em um território novo. Já o trabalho de Mathieu busca algo ascendente, circular, aparentemente distante do chão e da concretude da vida, revisita a ideia da Valsa Vienense trazendo-a de um contexto tradicional para algo contemporâneo”, explica Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra.
O maestro Emiliano Patarra irá reger a Orquestra Sinfônica do Paraná. A primeira peça a ser apresentada, Outras Estações, tem coreografia de Jorge Garcia, música de Vivaldi, cenografia de Guenia Lemos e figurino de Paulo Vinícius, com cerca de 30 minutos de duração. Um intervalo de 20 minutos cria um respiro entre as duas apresentações.
A segunda peça, Unwaltz - isso não é uma valsa, tem coreografia do bailarino francês e atual diretor artístico do Ballet Nacional Chileno, Mathieu Guilhaumon, música de Strauss, cenografia de Beto Rolnik e figurinos de Janaína Castro, com 34 minutos. Ambas peças tem o desenho de luz de Anry Rider.
PRODUÇÃO – Em “Conexões”, o público vai observar que a cenografia não é apenas um contexto para que a dança aconteça, mas também um dispositivo fundamental para as coreografias. A peça Outras Estações, que foi apresentada pela primeira vez em 2022 no espetáculo “Terra Brasilis” e integra hoje o repertório do Balé Teatro Guaíra, propõe uma reflexão sobre as migrações contemporâneas de diferentes povos e comunidades. No palco, são dispostos diversos bambus que remetem à uma ideia de canaviais de um ambiente rural.
Os bambus são instrumentos para a dança e criam um efeito dinâmico, conectado, circular. O figurino de Outras Estações também remete ao trabalho no campo, com camisas e saias longas que parecem proteger os corpos. A paleta de cores entre o cinza e o azul cria uma sensação de coletivo, apesar de cada peça ter diferenças sutis em seus desenhos, destacando a individualidade de cada artista.
Já Unwaltz – isso não é uma valsa traz ao público figurinos e cenário inéditos. As roupas foram especialmente pensadas para serem desconstruídas ao longo da apresentação, partindo de referências clássicas da valsa que vão surpreendendo o espectador, ao enfatizar o caráter contemporâneo da companhia do Balé Teatro Guaíra. Todas as peças foram criadas à distância pela figurinista Janaína Castro, que reside em Minas Gerais e recebeu o convite do coreógrafo Mathieu Guilhaumon para trabalhar no espetáculo.
As peças vieram de avião diretamente de seu estúdio de criação em Belo Horizonte, Minas Gerais, e foram ajustadas junto à equipe de figurino e costura do Teatro Guaíra. O resultado é feito de camadas que serão reveladas no palco pelos bailarinos. “Não ficou uma roupa de época adaptada. Cheguei nas saias longas, nas roupas estruturadas, nas camisas, nos coletes, as cores foram bem pensadas no pigmento rosa e eu acho que cheguei num resultado bem feliz”, detalha.
O cenário é assinado pelo paulista Beto Rolnik. Uma grande estrutura que remete a um candelabro, feito de tubos metálicos que formam aneis pendurados em referência aos salões de valsa de Viena. A instalação foi uma proposta do coreógrafo francês Mathieu abraçada por Rolnik e oferece uma infinidade de possibilidades, incluindo a interação com os bailarinos. Beto Rolnik já conhecia o palco, pois participou da coordenação da cenografia de “O Quebra-Nozes”, o grande fechamento de 2023 no Teatro Guaíra, mas confessa que “Conexões” foi um trabalho desafiador. “Definimos o material pensando no espaço cênico acoplado com questões técnicas. São aneis pendurados que trabalham independentes, podendo criar altura e inclinações diferentes”, conta Rolnik.
Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná. Vivaldi e Strauss. Valsa e pé no chão. Clássico e contemporâneo. São muitas as conexões que constroem o espetáculo, incluindo a própria união de dança e música ao vivo. “Este programa traz para a nossa atenção a possibilidade de perceber uma série de elementos distintos, orquestrados para que o espetáculo aconteça. ‘Conexões’ será, portanto, um grande e imperdível convite ao encontro no Guairão”, conclui o diretor do Balé Teatro Guaíra.

Serviço – “Conexões” – Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná
Apresentações: 3 a 5 de maio de 2024
Dias 3 e 4 (sexta e sábado), às 20h30
Dia 5 (domingo), às 18h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão
Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente 1h30
Classificação: 7 anos
Maestro: Emiliano Patarra
Programa: Outras Estações, com Vivaldi + Unwaltz - isso não é uma valsa, com Strauss
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) – lugares livres
Disponíveis na bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com

Romeu e Julieta” abre a temporada do Balé Teatro Guaíra com Orquestra Sinfônica do Paraná

Uma das mais belas montagens do repertório do Teatro Guaíra, “Romeu e Julieta” volta aos palcos neste mês. O espetáculo com parceria de bailarinos e músicos emocionou mais de 16 mil pessoas em 2023 e abre a temporada deste ano do Balé Teatro Guaíra. A colaboração de sucesso com a Orquestra Sinfônica do Paraná será apresentada ao público nos dias 15, 16 e 17 de março no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o Guairão. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com

No programa, o drama atemporal dos dois jovens apaixonados de William Shakespeare acompanhados pela obra do compositor Serguei Sergueievitch Prokofiev. Para completar o convite, figurinos de Paulinho Maia, cenário de Cleverson Carvalheiro e iluminação de original de Carlos Kur, com adaptação de Diego Bertazzo, que impactaram a emoção do público em sete noites de Guairão lotado. No palco, dois ícones da cultura paranaense: Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfonica do Paraná.

Criada em 1969, a terceira companhia de dança mais antiga do Brasil já coleciona mais de 150 coreografias, enquanto a orquestra já tem mais de 500 apresentações. Juntos, apresentaram montagens de sucesso como “O Quebra-Nozes”, “O Lago dos Cisnes”, "Carmen" e “Romeu e Julieta”, que teve a primeira montagem pelo Centro Cultural Teatro Guaíra em 2008.

“A nossa versão traz os personagens para o tempo presente através de comportamentos que possibilitem maior identificação. Além disso, introduzimos um trio de personagens, as Parcas do Destino, que conduzem as ações das personagens principais”, destaca o diretor do Balé Teatro Guaíra e coreógrafo do espetáculo, Luiz Fernando Bongiovanni.

A temporada deste mês traz novidades. Além de um casal consagrado, Deborah Chibiaque e Rodrigo Castelo Branco, o público vai conferir a estreia de uma nova Julieta: Amanda Soares, que contracena com Rodrigo Leopolldo. “A ideia de diferentes elencos é que cada intérprete possa contribuir com modos próprios de expressar e dançar o drama de Shakespeare”, explica o diretor.

Maestro convidado
A regência da Orquestra Sinfônica do Paraná nesta montagem é do maestro convidado Marcos Arakaki, que atualmente é o maestro da Orquestra Parassinfônica de São Paulo. "Em 2015, tive a alegria e honra de reger a Orquestra Sinfônica do Paraná com o Balé Teatro Guaíra na última montagem de Cinderela, além de diversas outras parcerias como regente convidado em concertos didáticos, turnês pelo estado do Paraná e outros concertos neste Templo das Artes que é o Centro Cultural Teatro Guaíra", define o regente.
Para Arakaki, é uma satisfação estar em um projeto com música de Sergei Prokofiev, do balé estreado em 1940 e baseado na famosa obra de William Shakespeare de 1595. "É um prazer reencontrar o caloroso público de Curitiba. Desta vez, em parceria com o talentoso diretor Luiz Fernando Bongiovanni, vamos interpretar este magnífico balé de Prokofiev que traz uma música arrebatadora em uma releitura moderna e contemporânea. Tenho certeza que esta montagem irá emocionar", convida.

Apresentações:
15 de março (sexta), às 20h30
16 de março (sábado), às 20h30
17 de março (domingo), às 18h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão
Classificação: 7 anos
Tempo de duração: 1h30
Maestro: Marcos Arakaki
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Disponíveis na bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com https://deubalada.com/