“Orfeu e Eurídice”: montagem inovadora do Balé Teatro Guaíra estreia em novembro

"Orfeu e Eurídice", uma das mais conhecidas tragédias gregas, terá montagem inovadora do Balé Teatro Guaíra (BTG). A abordagem integrará elementos contemporâneos à mitologia clássica, um novo olhar sobre a obra, incorporando a estética das danças urbanas e com a trilha sonora ao vivo. O espetáculo estreia no palco do Guairão dia 9 de novembro, às 20h30.

Criada a quatro mãos pelo diretor do BTG, Luiz Fernando Bongiovanni, e o coreógrafo convidado, Eládio Prados, a coreografia cria um diálogo entre tradição e tempos atuais, conectando a lenda grega aos dias de hoje. Juntos, eles vêm desenvolvendo, há vários meses, um trabalho de pré-produção para preparar o elenco em uma possível fusão entre danças urbanas e dança contemporânea.

Cada coreógrafo conduz o processo de forma única, provocando os artistas a explorar novas possibilidades para que as cenas ganhem forma. Uma combinação de estilos completamente inédita e que promete surpreender o público.

“'Orfeu e Eurídice' entra na linha de trabalhos que fizeram muito sucesso no Teatro Guaíra, que eu poderia chamar de tradição revisitada. É uma tragédia, uma grande história de amor que termina mal e traz no seu enredo uma série de reflexões para o sujeito e o coletivo contemporâneo", diz Bongiovanni.

"É interessante frisar que, apesar de ser uma obra clássica, não teremos uma montagem tradicional, mas uma versão ligada aos tempos atuais, a uma ideia de modernidade com algo da estética da cultura urbana no que se refere à movimentação”, explicou. Ele conta que a proposta é apresentar o mito sob uma nova perspectiva, sempre com o encantamento que acompanha as obras da casa.

CAMINHO DIFERENTE – Eládio Prados, coreógrafo convidado com larga experiência em danças urbanas, explica ser esta a primeira vez que trabalha com uma companhia voltada para as danças contemporâneas e balé clássico.

"Dentro desse trabalho a gente descobriu um caminho muito diferente e que criamos uma movimentação bem híbrida, uma estética muito interessante, em que podemos utilizar a intensidade dessas movimentações das danças urbanas com a fluência natural do corpo dos bailarinos, criando uma obra diferente de tudo o que as pessoas já viram”, disse.

A trilha sonora também terá novidades. O compositor Ed Cortes traz uma abordagem mais eclética, com uma base eletrônica que irá dialogar com ele e seis músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) executando músicas ao vivo. Entre os instrumentos envolvidos destacam-se harpa, viola, cello, guitarra elétrica, bateria, percussão, além de sax alto e baixo, interagindo com batidas eletrônicas, criando uma atmosfera sonora singular.

A direção de arte do projeto é assinada por Renato Theobaldo, Cássio Brasil e Lucas Amado, responsáveis respectivamente por cenografia, figurinos e iluminação. Cada um traz sua expertise para criar um universo cênico particular, onde a forma, cor, movimento e luz se combinam para provocar sensações e emoções distintas no público.

Outro destaque da produção é a consultoria artística do CircoCan, representado por Pedro Mello, responsável por elevar o espetáculo a uma nova dimensão: a dança que transcende o chão. Uma novidade na performance dos bailarinos que surpreenderá.

Após a estreia em 9 de novembro (sábado), as apresentações seguem nos dias 10, às 18h00, e no dia 11, às 20h30. Os ingressos nos valores de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) já estão à venda no site Deu Balada e na bilheteria do Teatro Guaíra.

SOBRE O MITO – Na história, Orfeu, filho de Apolo e da musa Calíope, é conhecido por seu talento musical, especialmente com a lira, instrumento que lhe permitia encantar tanto seres humanos quanto a natureza ao seu redor. Orfeu se apaixona perdidamente por Eurídice, uma ninfa, e os dois decidem se casar. No entanto, o destino afasta o casal de forma trágica: um pouco antes do casamento, Eurídice é picada por uma cobra e morre.

Devastado pela perda, Orfeu decide descer ao mundo dos mortos, do domínio do deus Hades, para trazer sua amada de volta. No reino do submundo, Orfeu usa a música para comover os deuses Hades e Perséfone, que lhe concedem uma oportunidade única: levar Eurídice de volta ao mundo dos vivos.

Os deuses dão a Orfeu apenas uma condição: ele deve seguir à frente e em nenhuma hipótese olhar para trás, para Eurídice, até saírem do reino inferior. Mas, tomado pela dúvida, quando está quase chegando na saída do reino de Hades, Orfeu olha para trás, e perde Eurídice para sempre, condenando a amada a permanecer no mundo dos mortos.

Serviço:

"Orfeu e Eurídice"

Datas: 9 de novembro, às 20h30; dia 10 às 18h, e 11 às 20h30

Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão)

Ingressos: na bilheteria do Teatro Guaíra e no site Deu balada

Balé Teatro Guaíra apresenta CONTRAPONTO em Cascavel e Assis Chateaubriand

Temporada começa dia 28 de agosto e termina 2 de setembro; os ingressos são gratuitos e estão disponíveis pela plataforma Sympla

Após turnê pela Dinamarca, o Balé Teatro Guaíra sobe novamente aos palcos com o espetáculo Contraponto, desta vez circulando por quatro cidades do Estado do Paraná. A companhia inicia com apresentações em Cascavel e Assis Chateaubriand, e na segunda metade de setembro, passa por Maringá e Apucarana.

O espetáculo é um grande sucesso da companhia, composto por dois trabalhos: Anima - imensidão adentro, de Alan Keller, e Castelo, de Alessandro Sousa Pereira, dois talentos da dança. Os trabalhos têm grande potência estética e de reflexão. A primeira coreografia, Anima, chama a atenção para as considerações sobre o "eu" e sobre esse elemento, muitas vezes irreconhecível, que anima o “eu”. Um mergulho com o elenco em um vertiginoso mundo fantástico de imagens e sensações.

Depois de um breve intervalo, Castelo é um trabalho que compartilha sensações e possíveis estratégias de como elaborar defesas para se viver nos tempos atuais. Resistência, força, potência, cansaço, coragem e medo são os ingredientes vitais para esta peça e para a vida.

As apresentações serão realizadas no Teatro Municipal Sefrin Filho, em Cascavel, nos dias 28 e 29 de agosto às 20h30, na abertura do 34º Festival de Dança de Cascavel. No Teatro Municipal Deputado Federal Moacir Micheletto, em Assis Chateaubriand, nos dias 1 de setembro às 16h e 2 de setembro às 20h30. O acesso será gratuito, entretanto, os ingressos deverão ser retirados antecipadamente na plataforma Sympla. Todas as apresentações contarão com tradução para Libras, audiodescrição e abafadores de ruídos.

Temporada de sucesso

As apresentações de Contraponto foram sucesso de público em 2023 e 2024 no Teatro Guaíra, na abertura da Niterói Semana de Dança 2024 e em temporada internacional na Dinamarca, em meados do mês de agosto. “Dois universos bastante distintos convivem neste programa de uma forma que nos arrebata e provoca”, destaca o diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni.

A circulação pelo Paraná é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, com o apoio das Prefeituras Municipais de Cascavel, Assis Chateaubriand, Apucarana e Maringá, patrocínio da Sanepar, e realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, PalcoParaná, Centro Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal: Brasil, união e reconstrução.

SERVIÇO:

Balé Teatro Guaíra apresenta Contraponto em Cascavel e Assis Chateaubriand

Cascavel: 28 e 29 de agosto às 20h30 no Teatro Municipal Sefrin Filho - abertura do 34º Festival de Dança de Cascavel

Ingressos no Sympla: https://www.sympla.com.br/eventos/cascavel-pr

Assis Chateaubriand: 1º de setembro às 16 horas e 2 de setembro às 9h30 no Teatro Municipal Deputado Federal Moacir Micheletto

Ingressos no Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ababtg

Valor: Gratuito mediante reserva

Classificação indicativa: Livre

*Todas as apresentações contam com tradução para Libras, audiodescrição e abafadores de ruídos.

Balé Teatro Guaíra – O Balé Teatro Guaíra é a terceira companhia de dança mais antiga do Brasil, foi criado em 1969 pelo Governo do Paraná. Ao longo de 55 anos de sua trajetória, apresentou mais de 150 coreografias, incluindo grandes sucessos de público e crítica como “O Grande Circo Místico”, “Lendas do Iguaçu”, “O Segundo Sopro” e “O Lago dos Cisnes”. Entre seus diretores constam renomados nomes: Ceme Jambay, Yurek Shabelewski, Hugo Delavalle, Eric Valdo, Carlos Trincheiras, Isabel Santa Rosa, Jair Moraes, Marta Nejm, Cristina Purri. Suzana Braga, Carla Reinecke, Andreia Sério, Cintia Napoli, Pedro Pires e, atualmente, Luiz Fernando Bongiovanni. O Balé Teatro Guaíra tem realizado ao longo desses anos de existência uma contribuição expressiva para o desenvolvimento da dança no Paraná e no país. É um organismo vivo que, em constante transformação, constrói sua história a partir de produções que retratam diferentes modos de pensar a arte e a própria vida. Um breve olhar para a produção da companhia ao longo de todos esses anos nos permite dizer que a companhia tem realizado – com excelência – sua função principal: produzir e levar a arte da dança para o estado do Paraná e para o Brasil.

Depois do sucesso no final de semana, Terra Brasilis retorna em apresentação especial gratuita no Dia das Mulheres

O Centro Cultural Teatro Guaíra preparou uma surpresa especial em homenagem às mulheres nesta quarta-feira, dia 8, em que se celebra a memória da luta pela conquista de direitos. O Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná farão uma apresentação especial de Terra Brasilis, espetáculo que abriu a temporada de 2023 no último final de semana com sucesso de público. A sessão acontece na quarta mesmo, às 20h, com entrada gratuita.

Terra Brasilis é composto por duas coreografias, Piá e Outras Estações. Jorge Garcia e Alex Soares, dois nomes de destaque da nova geração de coreógrafos contemporâneos no país, foram convidados para criar as obras. Piá, trabalho de Soares, debate no palco a mestiçagem brasileira, elemento caro na formação de nossa identidade. Já Outras Estações, de Garcia, traz reflexões sobre as migrações contemporâneas por parte de determinados grupos, tribos, povos, comunidades ou outras formas de coletividade. A regência da OSP fica por conta de Victor Hugo Toro, que já tinha assumido a condução da peça em 2022.

Serviço
Terra Brasilis: Piá e Outras Estações – com Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná
Apresentação: 8 (quarta-feira) de março, 20h
Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão)
Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente uma hora e trinta minutos
Classificação: Livre
Entrada gratuita

Lendas Brasileiras encerra a programação de 2022 do Centro Cultural Teatro Guaíra; Garanta seu ingresso!

Quem perdeu um dos maiores sucessos do Centro Cultural Teatro Guaíra tem uma última oportunidade neste final de semana. O espetáculo “Lendas Brasileiras”,voltado para crianças de todas as idades e fruto da parceria entre o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná, encerra o calendário de eventos com apresentações nos dias 16, 17 e 18 de dezembro. Os ingressos podem ser comprados pelo Ticket Fácil ou na bilheteria do Teatro Guaíra.

Foram selecionados para representar a diversidade de contos orais da tradição brasileira a Mula Sem Cabeça, Vitória-Régia, Caipora, Boto Cor de Rosa e Boitatá. Trechos dessas narrativas foram vestidos com a riqueza estética das pinturas de Anita Malfatti, com texto e dramaturgia assinados pelo diretor teatral e autor Edson Bueno. As cinco histórias ganham narração do premiado ator Ranieri Gonzalez, num resultado inigualável, com cenografia, bonecos e figurinos de Ricardo Garanhani.

“Lendas Brasileiras” conta com a coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra. A Orquestra Sinfônica do Paraná toca a trilha original composta por Alexandre Guerra, sob a regência do maestro convidado José Soares.

“O Lago dos Cisnes”
A reapresentação de “Lendas Brasileiras” é parte das comemorações de encerramento da programação de 2022 do Centro Cultural Teatro Guaíra. No último final de semana o público compareceu em peso para se encantar com a montagem de “O Lago dos Cisnes” com coreografia original de Bongiovanni para o Balé Teatro Guaíra e condução da Orquestra Sinfônica do Paraná, tocando a trilha clássica de Tchaikovski, por conta do diretor musical e regente titular Roberto Tibiriçá.

A expectativa para “Lendas Brasileiras” é de casa cheia nos três dias, assim como foi com “O Lago dos Cisnes”. Por isso, recomenda-se que o público interessado não deixe para a última hora e garanta seu ingresso.

Serviço
Lendas Brasileiras – Balé Teatro Guaíra
16 de dezembro (sexta-feira), 20h30, 17 e 18 (sábado e domingo), 17h – Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão, em Curitiba.
Classificação etária: livre
Ingressos: Inteira: R$ 20,00 (vinte reais); Meia: R$ 10,00 (dez reais)
Ticket Fácil

Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná encerram 2022 reapresentando os sucessos Lago dos Cisnes e Lendas Brasileiras

O público curitibano vai ter, ainda em 2022, mais uma oportunidade de assistir a dois dos grandes sucessos que passaram pelo palco do Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG): Lago dos Cisnes e Lendas Brasileiras. Ambas as produções são fruto da parceria entre o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná. As apresentações acontecem nos dias 10, 11 e 12 (Lago dos Cisnes) e 17, 18 e 19 (Lendas Brasileiras).

Para Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do CCTG, esse é um presente para o público que poderá apreciar um espetáculo único: “obras cheias de graça e beleza como Lago dos Cisnes e Lendas Brasileiras, tão icônicas e com a nossa marca, provam como o Guaíra é um dos maiores centros culturais do Brasil”. Ele depois completa: “é muito especial poder contar com o nosso corpo de bailarinos e com nossos músicos para criar algo tão grandioso”.

Os dois espetáculos são coreografados por Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra. A Orquestra Sinfônica do Paraná toca a composição clássica de Tchaikovsky, em Lago dos Cisnes, com a condução do diretor musical e regente titular Roberto Tibiriçá, e a trilha original composta por Alexandre Guerra, em Lendas Brasileiras, sob a regência do maestro convidado José Soares.

Lago dos Cisnes
A história é a mesma do balé clássico, o que muda é a roupagem que ganha o contorno contemporâneo. Em seu aniversário de 21 anos, Siegfried precisa escolher uma esposa por ordem de sua mãe. Ele conhece Odette, uma princesa transformada em cisne pelo feiticeiro Von Rothbart, antagonista da história. O mago e sua filha, Odile, tentam separar o casal. O espetáculo ainda conta com direção de arte, figurino e cenografia de William Pereira.

Lendas Brasileiras
De toda a diversidade de contos orais da tradição brasileira, foram selecionados para o espetáculo “A Mula Sem Cabeça”, “Vitória-Régia”, “Caipora”, “Boto Cor de Rosa” e “Boitatá”. Trechos dessas narrativas foram vestidos com a riqueza estética das pinturas de Anita Malfatti, com texto e dramaturgia assinados pelo diretor teatral e autor Edson Bueno. As cinco histórias ganham narração do premiado ator Ranieri Gonzalez, num resultado inigualável, com cenografia, bonecos e figurinos de Ricardo Garanhani.

Serviço
O Lago dos Cisnes - Balé Teatro Guaíra
09 e 10 de dezembro (sexta-feira e sábado), 20h30, 11 de dezembro (domingo), 18h – Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão, em Curitiba
Classificação etária: livre
Ingressos: Inteira: R$ 20,00 (vinte reais); Meia: R$ 10,00 (dez reais)
Ticket Fácil

Lendas Brasileiras - Balé Teatro Guaíra
16 de dezembro (sexta-feira), 20h30, 17 e 18 (sábado e domingo), 17h – Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão, em Curitiba.
Classificação etária: livre
Ingressos: Inteira: R$ 20,00 (vinte reais); Meia: R$ 10,00 (dez reais)
Ticket Fácil

Agenda Tarsila indica: Balé Teatro Guaíra apresenta o espetáculo ‘Terra Brasilis’, em Curitiba

Iniciativa ocorrerá de 22 a 24/04/2022

A Semana de Arte Moderna de 1922 faz 100 anos em 2022 e, para comemorar este marco cultural, a Agenda Tarsila, pioneira e maior plataforma dedicada ao movimento modernista, indica evento que ocorre em Curitiba.

“Este é um balé para ser sentido”. É com essa frase que o diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni, convida o público para assistir ao próximo espetáculo da companhia, Terra Brasilis. A apresentação terá duas obras: uma de Alex Soares e outra de Jorge Garcia. Os dois são nomes de destaque da nova geração de coreógrafos contemporâneos no país. Terra Brasilis tem, então, uma relação antropofágica com a música Barroca de compositores como Vivaldi e Boccherini.

O coreógrafo Jorge Garcia, por exemplo, usa obras consagradas de Vivaldi – As Quatro Estações – para discutir o país contemporâneo, com figurinos e acessórios que remetem aos canaviais brasileiros. As obras de Jorge Garcia e Alex Soares se complementam no palco. Jorge trabalha com o grupo completo de bailarinos para dialogar com a ideia de coletividade, seja ela uma representação simbólica de coletivos rurais, seja de imigrantes de qualquer parte. Já o trabalho de Alex Soares parte de um conjunto homogêneo e massificado de bailarinos para discutir a construção de singularidade dos sujeitos. A comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil e dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 foram a base para a programação anual do Balé Guaíra. Para mais informações, acesse Agenda Tarsila.

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Crédito: Divulgação

Sobre a Agenda Tarsila
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo lançou, em setembro do ano passado, a Agenda Tarsila, um braço fundamental do projeto “Modernismo Hoje”, concebido pela pasta para celebrar o legado da Semana de Arte Moderna de 1922. A iniciativa é um guia especial e único sobre a temática. Além de acompanhar a programação, o público poderá conferir a história do movimento modernista, curiosidades, galerias de fotos, entrevistas exclusivas com familiares, artistas contemporâneos e pesquisadores dos principais personagens que lançaram tendência no Movimento Modernista. O projeto também disponibiliza conteúdo nas redes sociais (Instagram, Twitter, Facebook, TikTok e Youtube) com diversas novidades envolvendo o centenário. Toda a gestão e produção da Agenda Tarsila é realizada pela Organização Social Amigos da Arte.

Balé Teatro Guaíra, do Paraná, apresentará “Lago dos Cisnes” na Noite de Abertura do 39º Festival de Dança de Joinville

Mais de 40 profissionais entre artistas, staff e técnicos do Balé Teatro Guaíra, do Paraná, estão trabalhando na preparação para a Noite de Abertura do 39º Festival de Dança de Joinville. A terceira companhia de dança mais antiga do Brasil dará a largada no dia 19 de julho, às 20h, nas apresentações no palco do Centreventos Cau Hansen. A coreografia escolhida foi o clássico do ballet “O Lago dos Cisnes”.

“É uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, motivo de muito orgulho, pois o evento tem uma dimensão e importância que é extraordinária. É uma oportunidade incrível de troca entre artistas da dança do país todo, e de outros países. E não é apenas o tamanho, mas qualidade do evento, da organização, que torna o festival tão importante. Estamos muito felizes com a possibilidade de mostrar o ‘Lago’ na abertura”, avalia Luiz Fernando Bongiovanni, Diretor do Balé Teatro Guaíra (BTG).

Conforme Luis Fernando, o trabalho fecha uma trilogia de amor trágico que o diretor desejava fazer há alguns anos no BTG, juntamente com “Romeu e Julieta” e “Carmen”. “É um trabalho impactante visualmente, envolvente e comovente. O trabalho se baseia na história clássica, conhecida de todos que trabalham com dança, mas com uma roupagem contemporânea, atual”, pondera.

“Nossa perspectiva é mais sobre o processo de construção de independência e autonomia do que o da busca da perfeição. Recontamos a história a partir de um sujeito, o príncipe, que busca se desvencilhar de uma mãe controladora. É o momento em que um jovem começa a fazer suas próprias escolhas, mesmo que sejam diferentes dos caminhos idealizados por seus pais. E o fio condutor desse processo todo é o amor”, acrescenta.

Balé Teatro Guaíra

O Balé Teatro Guaíra foi fundado em 1969, em Curitiba (PR). O primeiro grupo de dez bailarinos, contratados por meio de concurso público, foi coordenado por Yara de Cunto e, posteriormente, pelo paranaense Ceme Jambai.

A primeira apresentação foi a coreografia "Impacto", criada por Yara, em 1969. Em 1970, assume Yurek Shavelewski. Na década seguinte, a companhia foi a responsável, pela primeira vez, pela atração da Noite de Abertura do Festival de Dança de Joinville. A segunda edição do evento, realizada em julho de 1984, teve seu início com a apresentação "O Grande Circo Mistico".

Serviço

• O quê: 39⁰ Festival de Dança de Joinville.
• Quando: 19 a 30 de julho de 2022.
• Onde: Centreventos Cau Hansen (Avenida José Vieira, 315, América, Joinville).
• Realização: Instituto Festival de Dança de Joinville - Secretaria Especial da Cultura - Ministério do Turismo - Governo Federal.
• Promoção: Prefeitura Municipal de Joinville - Secretaria de Cultura e Turismo.
• Patrocínio: Instituto Cultural Vale.
• Mais informações: https://festivaldedancadejoinville.com.br/

Balé Teatro Guaíra reencontra público no Guairinha

Companhia traz nova coreografia de Lili de Grammont e discute a vida pós-pandemia

O Balé Teatro Guaíra retorna ao palco do Guairinha no dia 4 de dezembro com uma coreografia que conversa com o público sobre os desafios vividos durante a pandemia de Covid-19 e a esperança de retorno para o novo normal. O novo trabalho do BTG também brinca com a tecnologia: o cenário é virtual e um celular em cena transmitirá o espetáculo ao vivo, como se o público on-line fosse um bailarino da companhia. Os espectadores também vão se surpreender com a trilha sonora, com elementos do erudito ao funk.

A coreografia VICA foi criada por Lili de Grammont. Com formação pela Juilliard School, em Nova York, e passagem pelo Balé da Cidade de São Paulo, Lili trouxe reflexões sobre o papel da tecnologia. O acrônimo VICA significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, características já parte do mundo pós-moderno, mas exacerbadas com a pandemia de Covid-19. O termo surgiu nos Estados Unidos após o fim da Guerra Fria. “Trazemos esses elementos para o trabalho. Estamos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. Como viver nesse contexto?”

A saída para os desafios do mundo pós-pandemia são as conexões entre as pessoas, por isso a coreografia explora a relação, o toque entre os bailarinos – algo que havia ficado “suspenso” com a pandemia. Lili conta que usou uma metáfora com a água para explicar aos bailarinos o que desejava transmitir ao público. “Como ser água em um mundo árido, com areia movediça e cheio de montanhas? Os caminhos vão mudando e precisamos descobrir como contornar os obstáculos e chegar ao mar. A mensagem é dizer que, apesar de tudo, a essência do ser humano é sempre caminhar para a vida, para a cor, para o sorriso. Por mais difícil que o percurso seja, há beleza”, diz a coreógrafa.

No palco do Guairinha, o cenário será virtual, trazendo técnicas de ilusão de ótica. “O virtual é algo que veio para ficar, não há como voltar atrás. O desafio da coreografia é discutir como manter nossa essência nesse contexto”, conta Lili. A trilha sonora que encerra o espetáculo traz trechos de ritmos brasileiros, como samba e funk. A ideia é reproduzir e discutir o que se vive no mundo virtual, como no Instagram, onde vemos diversos estilos e perspectivas. “Os bailarinos são provocados como se estivessem no feed do Instagram: passamos de um conteúdo lírico ao futebol em um clique, por exemplo”, finaliza de Grammont.

Para Monica Rischbieter, diretora-presidente do Teatro Guaíra, a coreografia que marca o retorno do Balé ao Guairinha faz uma reflexão sobre o mundo que queremos após a pandemia. “Vivemos nos últimos dois anos talvez o período mais difícil deste século, longe das pessoas que amamos. Neste mundo tão complexo que vivemos, precisamos debater o que queremos daqui pra frente. A arte tem esse papel e VICA traduz nossas angústias e esperanças sobre o futuro”, diz Monica.

Serviço

Balé Teatro Guaíra | VICA

Salvador de Ferrante – Guairinha

Dias 4, 5, 11 e 12 de dezembro – sábado às 20h30 e domingo às 19h

Classificação etária: 14 anos

Ingressos: R$20 e R$10

Ticket Fácil https://www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-vica.aspx