Primavera Doce incentiva a produção e o consumode produtos de abelhas nativas

Iniciativa terá transmissões online e exposição no Mercado Municipal de Curitiba

Abelha manduri e abelha guaraipo na flor de bracatinga. Crédito: Elwino Naser.

A partir desta quarta-feira (22), população e produtores de mel poderão conhecer produtos das abelhas nativas do Paraná durante a Primavera Doce. O evento será realizado no formato híbrido, com transmissões online, exposições e oficinas gratuitas no Mercado Municipal de Curitiba. A iniciativa é voltada para o criador, cooperativas, associações, indústria de alimentos, bebidas, fármacos e o público em geral. A realização é uma parceria do Sebrae/PR com Câmara Técnica Setorial de Meliponicultura do Paraná (CT Abelhas Nativas), Associação dos Comerciantes Estabelecidos do Mercado Municipal de Curitiba (Ascesme), Mercado Municipal e a Prefeitura de Curitiba.

As atividades têm início às 13h no dia 22, com o tema “O novo elixir da saúde”. Serão responsáveis pela live as agricultoras Cristina Bernert e Gabriela Schumann, que falarão sobre seus trabalhos com a produção do mel da abelha jataí e da comercialização dos produtos in natura. A partir das 16h, a chef do Quintana Gastronomia, Gabriela Carvalho, irá tratar o porquê investir em abelhas e como elas podem servir como atrativo para novos clientes.

A partir das 13h de sexta-feira (24), a empresária Wilma Spinosa apresentará o vinagre de mel silvestre orgânico e suas propriedades na live “Modernize sua produção de vinagre”. O público também pode conferir ações no Mercado Municipal. Entre sexta-feira e domingo, estarão em exposição caixas de abelhas, fotos e produtos derivados dos animais, como mel, velas e bebidas. Além disso, oficinas sobre como criar e fazer iscas para montar seu jardim de mel estão programadas. Para mais informações, basta acessar o nossacasaviva.com.br.

A coordenadora estadual de Agronegócios do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, conta sobre o objetivo do evento. “Queremos divulgar a atividade, a qualidade e variedade de produtos das abelhas, com foco nas abelhas nativas e mostrar o seu papel na elaboração de produtos de diferentes áreas, como alimentícios, medicinais, fármacos e de beleza, além da sua importância na sustentabilidade”, projeta.

Abelha arapuá em flor de oficial-de-sala.Crédito: Elwino Naser.

A primavera é a estação mais florida do ano e embeleza toda Curitiba. Ela tem início em 22 de setembro, dia escolhido para as primeiras atividades do evento. “É nessa época que as nossas abelhas iniciam a coleta do néctar e do pólen. Esse processo é de alta importância, pois elas são responsáveis por 33% da produção agrícola mundial. Com iniciativas como essas, buscamos valorizar o trabalho dos agricultores e apicultores, pois estamos vivendo momentos preocupantes com a falta de chuva para as lavouras, o que pode comprometer a polinização”, conta Eliseu Alves Maciel, diretor do Departamento de Operação Agroalimentar da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.

Segundo Marcos Aparecido Gonçalves, coordenador da CT Abelhas Nativas, é necessário que os produtores possuam a dimensão dos seus negócios. “Desejamos que o evento seja uma vitrine para os produtos dos criadores e que seja visto como uma oportunidade para que eles possam estabelecer contatos com mercados varejistas e outros comércios para expandir seus negócios”, finaliza.

O evento presencial será realizado de acordo com os protocolos de saúde e segurança.

Ação promove o resgate de abelhas no Paraná e estimula o trabalho de pequenos apicultores

Atividade faz parte de programa ambiental desenvolvido pelo Sistema de Transmissão Gralha Azul

Curitiba, setembro de 2020 – A primavera está chegando e com ela as abelhas. É nessa época do ano que começamos a observar com mais frequência a locomoção dos enxames, em casas, postes, pelas cidades e áreas rurais. Mas é importante ter consciência dos perigos resultantes do contato com elas. Para manipulá-las ou retirá-las de algum local, é preciso contar com ajuda especializada e, neste caso, nada melhor do que um apicultor, como é o caso do Jocemar Smaha, de Ponta Grossa (PR). Apicultores, são profissionais que atuam na área de criação e tratamento de abelhas, com extração de produtos provenientes desse inseto, tais como o mel, a própolis, a geleia real, dentre outros.
Além de manter seu próprio apiário, entre as cidades de Prudentópolis e Ponta Grossa, que produz cerca de mil quilos de mel por ano, Jocemar trabalha realizando os mais diversos resgates de abelhas. Os enxames resgatados são cuidadosamente manejados, ambientados em uma espécie de quarentena para adaptação, e, aos poucos, uma nova colmeia se preparará para produzir o mel saboroso e bastante artesanal. “Nosso trabalho é artesanal e diversificado. Mesmo sendo um pequeno produtor, o apiário é tradição da minha família, um trabalho que começou com meu avô e que hoje eu e meu irmão tocamos. As abelhas fazem parte da história da nossa família”, conta.
Jocemar acumula muitas histórias em seu trabalho, e diz que qualquer descuido é sempre muito doloroso. “Mesmo com roupas e equipamentos adequados, volta e meia levamos algumas ferroadas. É importante que as pessoas saibam que as abelhas com ferrão podem causar acidentes graves, principalmente, se a pessoa é alérgica, nesses casos, apenas uma picada pode causar um grande dano à saúde. Por isso, para mexer com elas é importante chamar um apicultor e, nos locais onde não há esse profissional, procurar os bombeiros ou biólogos que saibam avaliar e fazer o resgate e manejo adequado”, explica.
Atualmente, o apiário de Jocemar Smaha é um dos locais que recebe as colmeias resgatadas por meio do Programa Ambiental de Manejo da Fauna do Sistema de Transmissão Gralha Azul, que está promovendo obras para a implantação de mil quilômetros de linhas de transmissão no Paraná, passando por 27 municípios. Uma equipe de sete biólogos e sete auxiliares está atuando na identificação, resgate e manejo das abelhas, um trabalho que vem sendo realizado, neste momento, nas proximidades das cidades de Ponta Grossa, São Mateus do Sul, Cândido de Abreu, União da Vitória e Pinhão.
O biólogo Lucas Menon de Oliveira é um dos profissionais que integram a equipe de resgate. Ele conta que o trabalho de resgate das abelhas inicia com uma vistoria nas áreas nas quais serão realizadas as obras. “Se identificamos alguma colmeia no local, primeiro nós isolamento a área, depois comunicamos os encarregados e, então, iniciamos a remoção. Algumas vezes conseguimos remover a colmeia e outras vezes - quando as espécies fazem dos troncos de árvores sua morada - precisamos retirar um pedaço inteiro da árvore para fazer a remoção”, comenta.
Uma das espécies de abelhas mais encontradas pela equipe de biólogos é a Apis melífera, uma espécie exótica, mas bastante ambientada localmente e também a mais conhecida pela população. Ela mede até 13 mm de comprimento e apresenta pelos do tórax mais escuros. “É uma abelha comum, aquela que chega perto sempre que estamos tomando um caldo de cana. Mesmo sendo uma espécie exótica, já está há tanto tempo introduzida na nossa fauna, que se tornou um importante agente polinizador. Por isso, mesmo sendo exótica, não podemos deixar nas áreas, precisamos retirá-las e enviar para um apicultor”, diz.
Além dessa espécie, que é uma importante produtora de mel, há outras espécies nativas manejadas quando encontradas, como a mamangabas (Bombus) - grandes, peludas e que emitem um zumbido alto ao voar. “Elas são muito importantes na polinização de muitas plantas. Uma mamangaba raramente ferroa, a não ser que seja provocada por algum tipo de barulho ou pessoas. Sua ferroada é muito dolorosa, e diferente da Apis, uma mamangaba pode ferroar várias vezes”, comenta Lucas.
O biólogo diz que o resgate das espécies exóticas e nativas é muito importante, tanto pelo seu papel na flora, quanto para a diversificação genética. “Elas são levadas para os apiários justamente por isso, pois os apicultores sabem fazer o manejo dessas espécies, podem diversificar a qualidade do mel e ampliar a variedade genética das espécies, o que é uma forma de proteger as espécies nativas, que são muito sensíveis e menos resistentes, inclusive, aos herbicidas colocados nas lavouras. Nos apiários as espécies têm uma chance maior de se desenvolver”.
Lucas Menon também reforça a importância de não manipular ou mexer com as abelhas. “Nessa época do ano é muito comum que as pessoas avistem os enxames nas cidades, mas essas abelhas estão apenas em deslocamento. É comum, por exemplo, elas encontrarem uma calha, em casas, e passarem ali uns dois ou três dias, enquanto uma das abelhas batedoras está procurando um local para fazer a colmeia. Quando isso acontece é importante não jogar veneno, nem tentar removê-las. Geralmente elas vão embora em poucos dias. Se isso não acontecer o ideal é chamar um apicultor ou profissional especializado para removê-las adequadamente. As abelhas são fundamentais, não só para a produção de mel, mas, também, para a polinização e manutenção de diversas outras espécies”, completa.
O resgate e manejo das abelhas, assim como de outras espécies da fauna, é um dos diversos programas ambientais do Sistema de Transmissão Gralha Azul, dedicados a minimizar, mitigar ou compensar os impactos sobre o ecossistema local. O respeito ao meio ambiente está entre os compromissos fundamentais da ENGIE, refletido em suas políticas e práticas – o que inclui o desenvolvimento de todos os seus projetos, como o empreendimento em questão.

Jockey Plaza Shopping inicia cultivo de espécies nativas de abelhas

Jockey Plaza Shopping inicia cultivo de espécies nativas de abelhas

Caixas de criação foram instaladas no jardim do empreendimento para cultivo das abelhas nativas, com o objetivo de conscientização e preservação das espécies

No jardim do Jockey Plaza Shopping, próximo à saída C, foram instaladas quatro caixas de criação com o objetivo de aumentar a população das abelhas nativas. As espécies de abelhas escolhidas foram Mandaçaia, Jataí, Mirim e Manduri: elas não possuem ferrão e não oferecem nenhum tipo de perigo para a sociedade. “Estamos utilizando o nosso espaço para conscientizar e sensibilizar sobre a importância e benefícios das abelhas nativas sem ferrão. Buscamos ter uma nova geração com conhecimento e convivência diferenciada com as abelhas nativas, entendendo que não oferecem nenhum risco às pessoas. Convidamos a todos a apoiar esta causa tão importante, replicando a informação, cultivando temperos e flores em casa, consumindo alimentos orgânicos e garantindo assim o nosso futuro, que depende das abelhas”, afirma a coordenadora de marketing do Jockey Plaza Shopping, Fernanda Hickson.

A ação faz parte da campanha Missão SalvAbelhas, lançada junto com o início da primavera, para levantar a bandeira da preservação de espécies nativas desses insetos. As abelhas são responsáveis por mais de 90% da polinização de todos os alimentos e essenciais à vida humana, porém mais de meio milhão de abelhas morrem a cada trimestre no Brasil. Já no século passado, Albert Einstein alertou para a causa. “Sem abelhas, não há polinização, não há plantas, não há animais e não há homens”.

Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) apontam que as abelhas são responsáveis por 75% dos alimentos consumidos ao redor do mundo. O shopping reforça seu papel social e promove ação de conscientização sobre a vida destes insetos. “Queremos alertar a sociedade que, sem elas, não vai faltar só mel: dois terços da nossa comida são resultado da polinização das abelhas, ou seja, se forem extintas, a vida humana está em perigo”, completa Fernanda.

A ação teve apoio da Associação de Meliponicultores de Mandirituba - Amamel, que fez a curadoria para a instalação das caixas racionais de criação no Jockey Plaza. Segundo a responsável pela comunicação da empresa, Marta Rebutini, é possível instalar as caixas em espaços a partir de quatro metros quadrados, que sejam ao ar livre e que tenha pasto apícola por perto. Para os interessados em fazer o cultivo em casa, o contato é o (41) 99634-1869.

Sobre o Jockey Plaza Shopping:

Inaugurado em junho de 2019, o Jockey Plaza Shopping possui mais de 200 mil m² de área construída, com 270 operações e 28 opções na praça de alimentação, além de um boulevard gastronômico com vista panorâmica para a pista de corridas do Jockey Club do Paraná. O empreendimento conta ainda com oito salas de cinema Cinépolis e um espaço para jogos e lazer, que tornam o local ainda mais completo. Com um vasto mix de lojas e serviços, é um shopping que se propõe a atender de forma democrática todos os seus perfis de público. O projeto arquitetônico prioriza espaços amplos, iluminação natural e muita área verde, e busca ressignificar o lazer, remetendo o local a uma extensão de um espaço externo. O Jockey Plaza Shopping é um empreendimento do Grupo Tacla Shopping, Casteval, Paysage e GRCA.