Quanto mais rápido o atendimento, menores as chances de sequelas em caso de AVC

Neurologista do Pilar Hospital esclarece dúvidas sobre o acidente vascular cerebral

Curitiba, maio de 2022 – O rápido atendimento médico pode minimizar a chance de sequelas nos casos de AVC – Acidente Vascular Cerebral, por isso, é importante saber como reconhecer os sintomas da doença e quais os primeiros cuidados a tomar. Segundo dados do Ministério da Saúde, o AVC é responsável por, aproximadamente, 100 mil mortes por ano em todo o país.
De acordo com a coordenadora do Pronto Atendimento de Neurologia do Pilar Hospital em Curitiba, Claudia Panfilio, o AVC é uma doença caracterizada pelo aparecimento de um sintoma neurológico súbito, provocado por uma alteração da circulação no sistema nervoso central, seja no cérebro ou na medula espinhal. Existem duas formas de manifestação da doença: o AVC isquêmico, que é uma obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação no seu território vascular, e o AVC hemorrágico – uma ruptura espontânea de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro.
“Entre os principais mecanismos associados ao AVC estão a aterosclerose, causada pelo depósito de placas de gordura nas artérias, que obstruem, progressivamente, os vasos sanguíneos, causando sua interrupção, e algumas doenças cardíacas, uma vez que produzem coágulos no interior do coração e que, se não diagnosticados e tratados, podem se descolar pela corrente sanguínea e causar oclusão nos vasos cerebrais”, afirma a neurologista.
Sintomas e rápido atendimento em Pronto Atendimento
Dra Claudia Panfilio alerta que as pessoas devem estar atentas para os sintomas que podem auxiliar na identificação da doença. Entre eles estão: fraqueza ou formigamento do rosto, perna ou braço (especialmente em apenas um lado do corpo); confusão, compreensão ou falas alteradas; modificações observadas na visão, equilíbrio, coordenação ou andar. Além disso, tonturas e dores de cabeça súbitas e intensas, sem causa aparente, também podem ser sinais de início do desenvolvimento de um AVC.
Caso sejam verificados estes sintomas, a pessoa deve ser encaminhada com urgência para um hospital que possua uma equipe médica capacitada e especializada em doenças cerebrovasculares, com Pronto Atendimento Neurológico. Pacientes com AVC isquêmico, o mais comum, quando atendidos até 4,5 horas após o início dos sintomas, podem ser medicados com um remédio que dissolve o coágulo e minimiza a chance de sequelas.
Atendimento imediato
Para minimizar as sequelas da doença é preciso que o atendimento seja imediato e eficiente. Por isso, buscar ajuda médica especializada, que consiga fazer um diagnóstico ágil e preciso, é fundamental. “Em um Pronto Atendimento especializado, como o do Pilar Hospital, a equipe está preparada para reconhecer, rapidamente, os indicativos de que o paciente pode estar sofrendo um AVC, com isso, aumentam-se as chances de tratar os sintomas e prevenir as sequelas. Além disso, ter à disposição exames, UTI e Centro Cirúrgico com a mais alta tecnologia, se necessário, auxiliam muito no tratamento individualizado”, explica a especialista.
O Pilar Hospital conta com a presença de médicos especialistas em neurologia no Pronto Atendimento, titulados com RQE (registro no CRM), em sistema de plantão, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. Nos demais horários em regime de sobreaviso.
Pós-AVC
Segundo a neurologista, aproximadamente 70% dos pacientes que foram acometidos por um AVC apresentam sequelas, por isso estas pessoas devem ter um acompanhamento médico constante. Em alguns casos, o paciente também deve ser assistido por uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, psicóloga e fonoaudióloga), que auxiliará na reabilitação, reinserção na sociedade e na retomada das atividades de rotina.

Como prevenir
A evolução de um AVC está diretamente ligada a fatores de risco – cuja incidência tem se tornado cada vez maior na população –, tais como pressão alta, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e hipercolesterolemia (quantidades de colesterol acima do normal no sangue). “Para se prevenir o AVC, as pessoas devem buscar controlar os fatores de risco citados, praticar uma atividade física e manter hábitos de vida saudáveis”, aconselha a médica.

Pesquisador do ICMC lança robô no WhatsApp para identificar sintomas da Covid-19

Pesquisador do ICMC lança robô no WhatsApp para identificar sintomas da Covid-19

Objetivo do CheckCorona é facilitar a triagem inicial de quem apresenta sintomas, orientando a procurar os hospitais somente as pessoas que, de fato, necessitem; ideia foi uma das selecionadas em desafio lançado para combater a pandemia

Usar a tecnologia para combater o novo coronavírus é um desafio que está mobilizando cientistas em todo o mundo. O doutorando Murilo Gazzola, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, criou uma solução específica para ser utilizada no aplicativo de mensagens WhatsApp: o CheckCorona.

Basta adicionar o número +55 16 981128986 no WhatsApp, escrever CheckCorona e enviar a mensagem. Automaticamente, o robô criado por Murilo responde a solicitação e envia instruções para ajudar você a identificar quais medidas deve tomar. “Trata-se de um robô programado para fazer perguntas simples e realizar uma espécie de primeiro atendimento por meio do aplicativo de mensagens”, explica Gazzola.

Quando a pandemia do novo coronavírus avançou mundo afora, o doutorando identificou que muitas dúvidas surgiriam, especialmente sobre quando as pessoas deveriam ir ao hospital, caso apresentassem algum sintoma. Assim, voluntariamente, ele desenvolveu o robô e colocou a solução no ar dia 29 de fevereiro.

O projeto está entre as 71 ideias selecionadas no Desafio Covid-19, iniciativa do Ministério Público de Pernambuco e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco que contabilizou um total de 543 propostas inscritas e disponibilizará até R$ 1,3 milhão em prêmios.

Realizado por meio do Porto Digital e de seu Open Innovation Lab, o Desafio Covid-19 começou na sexta-feira, dia 20 de março, e propôs o desenvolvimento de soluções para a pandemia que fossem altamente impactantes e implementadas em curtíssimo prazo. “O impacto desejado é o de diminuir a velocidade de contágio possibilitando que o número de infectados graves com necessidade de internação esteja dentro da capacidade operacional do sistema de saúde, bem como a minimização do impacto da transmissão do vírus”, consta no site da iniciativa.

Segundo Gazzola, o robô foi criado a partir das normas internacionais do Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) para ajudar as pessoas a tomarem as melhores decisões, evitando pânico desnecessário e tranquilizando pacientes que não estão com sintomas claros da doença. Em caso de um resultado afirmativo, a ferramenta orienta a pessoa aos próximos passos, como isolamento e quando buscar por tratamento e testes laboratoriais.

Aprendizado aplicado – Foi durante seus estudos no ICMC, sob orientação da professora Sandra Aluísio, que Gazzola teve a oportunidade de compreender técnicas de processamento de língua natural (PLN) e aprendizado de máquina profundo (deep learning) e obter os conhecimentos técnicos fundamentais para construir esse tipo de solução em grandes volumes de dados (big data). Antes de criar o CheckCorona, o doutorando desenvolveu, em 2018, uma aplicação para WhatsApp voltada a detectar fake news em conjunto com outros pesquisadores do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC) do ICMC.

“Meu objetivo é colocar em prática o que aprendi e ajudar a sociedade. Esse foi um dos motivos que me levaram a não ir embora do Brasil”, revela Gazzola. Ele diz ainda que optou por criar uma aplicação para o WhatsApp porque a ferramenta é amplamente utilizada no país por pessoas de todas as classes sociais, diferentemente de aplicativos que, para serem instalados, demandam a utilização de smartphones mais modernos.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC

Saiba mais
Acesse o CheckCorona: adicione o número +55 16 981128986 no WhatsApp, escreva CheckCorona e envie a mensagem
Site com mais informações: https://otwoo.com.br/?p=1149
Sobre o Desafio Covid-19: https://desafiocovid19.mppe.mp.br

Legendas e créditos das imagens:
imagem1.jpg - Para ter acesso ao robô, basta adicionar o número +55 16 981128986 no WhatsApp, escrever CheckCorona e enviar a mensagem. Automaticamente, o robô começará a interagir com você. (crédito da imagem: tela do WhatsApp)

imagem2.jpg - Murilo Gazzola faz doutorado no ICMC, sob orientação da professora Sandra Aluísio (crédito da imagem: Reinaldo Mizutani)

imagem3.jpg - O CheckCorona foi um dos 71 projetos selecionados no Desafio Covid-19, iniciativa do Ministério Público de Pernambuco e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco que contabilizou um total de 543 propostas inscritas.(crédito da imagem: site do Desafio Covid-19)