Últimos dias da exposição Poesia Experimental Portuguesa

Mostra na Caixa Cultural Curitiba celebra 60 anos do movimento

O público de Curitiba tem até o próximo domingo (21) para assistir a exposição "Poesia Experimental Portuguesa", que acontece na Caixa Cultural Curitiba na Galeria Mezzanino (Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro). O compilado de obras apresenta, pela primeira vez ao público brasileiro, um panorama da poesia experimental realizada em Portugal desde os anos 1960 até os dias atuais. São cerca de 80 trabalhos de 18 artistas portugueses, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri. A coletânea percorre uma trajetória de seis décadas de produção poética em diferentes formatos e suportes: impressões, pinturas, caligrafias, fotografias, objetos, áudios e vídeos. A exposição, com produção da Espaço Líquido, tem visitação gratuita, de terça a domingo, das 10h às 20 horas, e nos domingos, das 10 às 19 horas. E na próxima quinta-feira, dia 18, será realizado um bate-papo virtual com os poetas portugueses Fernando Aguiar, Rui Torres e Silvestre Pestana. O encontro terá mediação dos curadores Bruna Callegari e Omar Khouri e acontecerá via Youtube (youtube.com/@espacoliquido ), às 14h30.
A Poesia Experimental Portuguesa surgiu na década de 1960, desafiando métodos e convenções pré-definidas na cena artística portuguesa. Reconhecida em outros países como concreta, visual, espacial ou intersemiótica, autodenominou-se, em Portugal, Poesia Experimental com o lançamento, em 1964, de revista de mesmo nome, a qual alcançou o seu segundo número em 1966. Em cerca de 60 anos de existência, a Poesia Experimental segue em atividade. Cada artista desenvolve uma maneira diferente de expressão da visualidade na poesia. Ao longo dos anos, as novas gerações de poetas deram continuidade às experimentações, mantendo sempre o princípio da invenção. Tudo pode virar poesia: poemas-objetos, poesia visual, poesia-performance, poesia-cinética e videopoesia.

Serviço:
Exposição: "Poesia Experimental Portuguesa"
Local: CAIXA Cultural Curitiba - Rua Conselheiro Laurindo, 280 - Centro, Curitiba/PR
Informações: (41) 4501-8722
Período: Até domingo, dia 21/01/24
Horários de visitação: de terça-feira a sábado das 10h às 20h, domingos e feriados das 10h às 19h.
Acesso para pessoas com deficiência
Classificação Indicativa: livre para todos os públicos
Entrada Franca
Bate-papo virtual com poetas portugueses: quinta-feira, dia 18, às 14h30 no canal:https://www.youtube.com/@espacoliquido
Participação dos poetas portugueses Fernando Aguiar, Rui Torres e Silvestre Pestana. O encontro terá mediação dos curadores Bruna Callegari e Omar Khouri.

Sobre os participantes:
Fernando Aguiar (Lisboa 1956-). Poeta, artista plástico e performer, curador e colecionador,
tem sido responsável, nos últimos anos, pela divulgação da Poesia Experimental Portuguesa
dentro e fora do país. Aguiar organizou festivais, exposições e antologias de poesia
experimental, entre os quais Poemografias: Perspectivas da Poesia Visual Portuguesa (1985), 1º Festival Internacional de Poesia Viva (1987), Concreta, Visual, Experimental, Poesia Portuguesa 1959-1989 (1989), Imaginários de Ruptura, Poéticas Experimentais (2002) entre outros.
Rui Torres (Porto 1973-). Professor na Universidade Fernando Pessoa (UFP), leccionando
seminários de graduação e pós-graduação em comunicação, semiótica, literatura e hipermédia
– seus cruzamentos e metodologias. Faz trabalhos de escrita criativa digital, poesia digital e/ou
ciberliteratura. Criador e coordenador do site ARQUIVO DIGITAL DA PO.EX.
Silvestre Pestana (Funchal-Madeira 1949-). Poeta, artista plástico e performer, com obrasintegrando importantes coleções como as da Fundação Serralves e da Fundação Calouste Gulbenkian. Pioneiro da poesia com/para computador nos anos 80’, sua obra é marcada pelo hibridismo e permutação de signos linguísticos, misturando frequentemente procedimentos baseados em sistemas digitais com representações de carácter analógico. Fez parte da representação portuguesa na XIV Bienal de São Paulo, em 1977.

CAIXA CULTURAL CURITIBA APRESENTA A EXPOSIÇÃO POESIA EXPERIMENTAL PORTUGUESA

Exposição celebra 60 anos da poesia pós-verso portuguesa

A CAIXA Cultural Curitiba recebe a exposição Poesia Experimental Portuguesa, entre os dias 21 de novembro de 2023 e 21 de janeiro de 2024. O compilado de obras apresenta um panorama da poesia experimental realizada em Portugal, desde os anos 1960 até os dias atuais. São cerca de 80 trabalhos de 18 artistas portugueses, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri.

A coletânea percorre uma trajetória de seis décadas de produção poética em diferentes formatos e suportes: impressões, pinturas, caligrafias, fotografias, objetos, áudios e vídeos.

Apelidada com as iniciais PO-EX, a Poesia Experimental nunca se configurou como um movimento fechado e teve pouca visibilidade no Brasil, embora ambos os países compartilhem da mesma língua e os portugueses tenham sido influenciados pela Poesia Concreta brasileira. Na exposição, destacam-se obras de artistas como Ana Hatherly, António Aragão, Salette Tavares, Silvestre Pestana, António Barros, Fernando Aguiar, Abílio-José Santos, entre outros. Falecido no ano passado, o poeta E. M. de Melo e Castro, pai da cantora Eugénia Melo e Castro, recebe homenagem especial da curadoria.

Fernando Aguiar. Ensaio para uma nova expressão da escrita (1983)

O curador e poeta brasileiro, Omar Khouri, conta que a Poesia Experimental sempre foi considerada uma prática artística de resistência e transgressão. “Esta poesia nasce e se desenvolve no que se pode chamar Era Pós-Verso, instaurada pela Poesia Concreta, nos anos de 1950. Os experimentais são poetas que valorizam as visualidades todas, assim como as técnicas que as possibilitam. Fizeram uso de todos os media que se apresentaram acessíveis”, explica.

Bruna Callegari, também curadora da coletânea, esclarece que a PO-EX é uma poesia que, desde o início, teve como característica a desmaterialização. “Ela se fundou em um conceitualismo muito forte e utilizou meios e materiais frágeis e de pouca circulação. Nesta coletânea nós apresentamos um recorte significativo, que marcam todas as décadas desde os anos 1960 até obras feitas em 2018. É um material rico e panorâmico dessa poesia, que atravessou os tempos, tendo preservado e expandido o seu projeto de resistência cultural e de radicalidade da linguagem”, declara a curadora.

A exposição visa resgatar e evidenciar o histórico dos artistas e de sua valiosa produção cultural. Ao longo do período expositivo, será lançado um livro-catálogo, com edição de textos dos autores portugueses E.M de Melo e Castro, Ana Hatherly e Fernando Aguiar, além de reprodução das obras em exposição. Estão previstas ainda lives com os poetas Fernando Aguiar e Silvestre Pestana.

Sobre a Poesia Experimental Portuguesa
A Poesia Experimental Portuguesa surgiu na década de 1960, desafiando métodos e convenções pré-definidas na cena artística portuguesa. Reconhecida em outros países como concreta, visual, espacial ou intersemiótica, em Portugal, foi denominada de Poesia Experimental, com o lançamento, em 1964, de revista de mesmo nome, a qual alcançou o seu segundo número em 1966.

Em cerca de 60 anos de existência, a Poesia Experimental segue em atividade. Cada artista desenvolve uma maneira diferente de expressão da visualidade na poesia. Ao longo dos anos, as novas gerações de poetas deram continuidade às experimentações, mantendo sempre o princípio da invenção - Tudo pode virar poesia: poemas-objetos, poesia visual, poesia-performance, poesia-cinética e vídeo-poesia.

SERVIÇO:
Exposição Poesia Experimental Portuguesa
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Teatro, Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro.
Data: Abertura dia 21/11 às 19h. Período da exposição de 21/11/23 a 21/01/24
Horário: Terça a sábado das 10h às 20h | Domingos e feriados das 10h às 19h.
Entrada: gratuita
Informações: Site Curitiba | CAIXA Cultural | Instagram caixaculturalcuritiba|
Classificação Indicativa: livre para todos os públicos