A Feira de Vinil da Boca anuncia sua sexta edição, que acontece nos dias 25 e 26 de janeiro

Próximo fim de semana, nos arcos do pátio da Capela Santa Maria, durante a 37ª Oficina de Música de Curitiba.
Reunindo 12 expositores, 05 de Curitiba e 07 de fora (03 de São Paulo, 03 de Joinville e 01 de Londrina) , a feira terá cerca de 5000 LPs de vários gêneros (incluindo música clássica) e de todos os preços, a maior parte acessível. Os organizadores da feira, Horácio De Bonis e Marcos Duarte, respectivamente da Sonic Discos e Joaquim Livros & Discos, enfatizam o caráter dessa feira: "teremos um número menor de expositores, mas cujo acervos trazem uma boa amostragem de vários gêneros e que não tenha apenas discos raros e caros, atendendo assim a todos os bolsos", diz Marcos. "a preocupação além de bons títulos é também que os LPs dos expositores estejam bem conservados e que eles tragam novidades para o público curitibano", completa Horácio.
Os expositores foram escolhidos pela curadoria de duas lojas de Curitiba, e responsáveis pela organização desde a primeira edição, a Joaquim Livros e Discos e a Sonic Discos. Os expositores escolhidos garantem qualidade, acesso e preços para os mais variados bolsos. Fãs de todos os gêneros musicais, do sete ao doze polegadas, 180 gramas e/ou importados, vão encontrar um garimpo de ótima qualidade no evento.
A Feira de Vinil da Oficina de Música de Curitiba ocupará a parte debaixo dos arcos do Patio da Capela Santa Maria, onde simultaneamente estará ocorrendo a Jazztronômica - Feira de Gastronômica e Musical.
As atrações da Oficina de Música de Curitiba e da Jaztronômica contribuem para o que o evento seja mais que uma feira de vinil, mas sim uma atração onde a música é o principal. Durante o sábado e domingo acontecerão os seguintes espetáculos:

Sábado às 12h30, no pátio, dentro do evento Jazztronômica.
Claire Michel Trio (França) - Jean MichellVallet - piano, Claire Vallet - sax, Patrick Chartolle - baixo

Sábado às 16h, na Capela Santa Maria
Concerto de encerramento da Orquestra de Cordas da Oficina
Direção Musical – Enaldo Oliveira
Assistente de direção – Vinicius Martins
Solista – Winston Ramalho
Programa – Claudio Santoro – Mini Concerto

Domingo às 12h30, no pátio, dentro do evento Jazztronômica.
Cristina El Tarran – voz e Mário Conde - guitarra

Domingo às 16h00 no pátio, dentro do evento Jazztronômica.
Ana Maria Ribeiro - voz e Maurílio Ribeiro - violão

É possível acompanhar as divulgações de tudo que vai acontecer na Feira de Vinil da Capela Santa Maria através das redes social da Feira da Boca ww.facebook.com/feiradediscosbocamaldita https://www.instagram.com/feiradiscosbocamaldita/ . Para as atrações da Oficina de Música de Curitiba, acesse https://oficinademusica.curitiba.pr.gov.br

SERVIÇO

Feira de Discos da Boca - Sexta Edição

Data: 25 e 26 de janeiro de 2020
Local: Arcos do Patio da Capela Santa Maria

Acesso pela R. Conselheiro Laurindo, 273

Contatos: Marcos 3078-5990 e 99639-3392 / Horácio 98411-2546 e 3324-2546

O Modalismo na MPB no Teatro Paiol

O maestro, músico e pesquisador Vicente Ribeiro vai lançar o livro O Modalismo na Música Popular Brasileira durante a Oficina de Música de Curitiba, com um sarau comentado que acontece no dia 23 de janeiro, quinta-feira, às 19 horas, no Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº), com entrada gratuita. O autor, que também é violonista, vai se apresentar com os músicos Fabio Cardoso (piano) Thiago Duarte (baixo acústico), Thales Lemos (bateria) e os cantores Suzie Franco, Fernanda Sabbag e Lucas Franco. No programa do show serão interpretadas músicas do repertório modal dos compositores Luiz Gonzaga, João do Vale, Baden Powell, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Tom Jobim, Gilberto Gil e Caetano Veloso, que estão no livro.
Vicente Ribeiro conta que trouxe para esse lançamento parte das composições que ele analisa na sua obra. O autor divide os compositores em quatro grupos, com abordagens distintas, do modalismo na MPB: as matrizes "nordestina" (João do Vale e Luiz Gonzaga) e "afro-brasileira" (Baden Powell e Dorival Caymmi), e as vertentes estéticas "nacionalista" (Tom Jobim e Edu Lobo) e "tropicalista" (Caetano Veloso e Gilberto Gil).
Se no livro O Modalismo na Música Popular Brasileira Vicente Ribeiro exemplifica seu trabalho comentando as partituras das canções, no Teatro Paiol, o público vai poder conhecer de forma prática o que é o modalismo durante uma apresentação que vai levar a plateia a um mergulho profundo na música brasileira. “No show passeamos por cada uma dessas quatro vertentes. O repertório do espetáculo é uma amostra do livro, que tem 30 músicas analisadas”.
A pesquisa sobre o “Modalismo na Música Popular Brasileira” de Vicente Ribeiro começa em 2005 e, desde então, ele vem se aprofundando no tema. Primeiro com o trabalho de conclusão acadêmica, depois como tese de mestrado e agora no doutorado. Mas ele explica que muitos dos autores das músicas, provavelmente, não tinham ideia do que estavam fazendo. “Principalmente Gonzaga e João do Vale, que eram compositores mais intuitivos, compondo a partir de uma tradição oral. Já compositores como Jobim, Baden, Caetano, Edu, Caymmi e Gil demonstram, em alguma medida, uma consciência do modal ou, pelo menos, a busca de uma sonoridade diferente”.
Mas o que é a música modal? Vicente explica que existe um senso comum sobre a música em geral, de que ela é construída a partir das sete notas musicais, que formam a chamada "escala maior". Mas, ele chama atenção, essa é apenas uma das possibilidades de recorte no continuum sonoro, que inclui muito mais sons além das sete notas conhecidas. Com outros recortes, a sonoridade da música pode variar bastante. “Na música modal há outras escalas, outros recortes, como o chamado modo 'mixolídio', que aparece em composições como ‘Baião’ ou ‘Juazeiro’, de Luiz Gonzaga, ‘Tropicália’ de Caetano Veloso ou 'Pato Preto', de Jobim", pontua o pesquisador.
Para o autor do livro, esses recortes diferentes fogem da escala tonal - que está presente na música clássica, no choro, no samba, e em boa parte da música pop. “O modal remete a outros 'lugares sonoros', como as músicas nordestina, celta e ibérica”. Vicente observa que, enquanto a estrutura da música tonal é mais narrativa, a música modal é mais circular. “Como as escalas modais têm recortes diferentes, elas te transportam para lugares imprevisíveis”.
Vicente Ribeiro é graduado em Música Popular pela FAP-PR e mestre em Música pela UFPR. Atua como arranjador desde 1983; por conta desta atuação, recebe indicações ao Prêmio da Música Brasileira (1993) e ao Prêmio Profissionais da Música (2019). Em 1995 inicia uma profícua parceria com o grupo Tao do Trio, produzindo e arranjando seus três álbuns; dois deles resultam na indicação do grupo ao já citado Prêmio da Música Brasileira, em 2002 e 2017. Paralelamente, atua como regente e diretor musical do Vocal Brasileirão, desde 2006, e do Grupo de MPB da UFPR, desde 2018. Sua intensa atividade como músico não o impede de dedicar-se com o mesmo afinco ao ensino de música, ministrando disciplinas teóricas e práticas em cursos de graduação e pós-graduação, bem como em cursos livres e em diversas edições da Oficina de Música de Curitiba; atua ainda como coordenador pedagógico do Conservatório de MPB, de 2004 a 2011. Atualmente realiza seu doutorado em música na UNICAMP, onde aprofunda sua investigação sobre modalismo em pesquisa acerca da produção pós-bossanovista de Tom Jobim.

SERVIÇO:

Sarau O Modalismo na Música Popular Brasileira – Lançamento do livro homônimo do maestro, músico e pesquisador Vicente Ribeiro.
Dia 23 de janeiro, quinta-feira, às 19 horas.
Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº).
Ingressos: Entrada gratuita
Classificação etária: Livre.
Duração: 50 minutos
Informações: (41) 3229-4458.
O livro será vendido no local por R$30 (preço promocional)

Mais informações e entrevistas:
RB – Escritório de Comunicação
Rodrigo Browne
99145-7027 // 3363-7759

Sugestão de BOX

Repertório do show:

01. Quebra pedra (instrumental) – Tom Jobim
02. Juazeiro – Luiz Gonzaga
03. Baião – Luiz Gonzaga
04. Carcará – João do Vale
05. Noite de temporal – Dorival Caynni
06. Berimbau – Baden Powell/Vinicius de Moraes
07. Consolação – Baden Powell/Vinicius de Moraes
08. Upa, neguinho – Edu Lobo
09. Ode aos ratos – Edu Lobo/Chico Buarque
10. Caminho de pedra – Tom Jobim
11. Pato preto – Tom Jobim
12. Tropicália – Caetano Veloso
13. Trilhos urbanos – Caetano Veloso
14. Refazenda – Gilberto Gil