A árvore que anda: artista indígena Uýra vem ao MUPA com performance inédita no Brasil

Neste final de semana, o Museu Paranaense recebe uma convidada muito especial para duas ações no Programa Público: uma performance e uma roda de conversa. Uýra, artista indígena contemporânea, bióloga e educadora, define-se como “a árvore que anda” e vai trazer ao público reflexões e provocações que permeiam três frentes: floresta, ecologia e arte contemporânea.

No sábado (19), acontece a roda de conversa “Simbioses: arte, ecologias e políticas na paisagem cidade floresta”. Além de Uýra, o MUPA recebe também a artista visual e cineasta amazonense Keila Sankofa. Nesse encontro, Uýra irá compartilhar suas vivências enquanto bióloga, educadora e artista visual que busca articular sabedorias ancestrais indígenas com conhecimentos científicos.

Ela irá falar sobre sua vivência enquanto indígena, artista e pesquisadora em Manaus, território industrial localizado no meio da floresta, seus interesses pelos sistemas vivos e suas violações, decolonialidades, memórias e diásporas indígenas. Já Keila Sankofa dialoga a partir de sua atuação como artista visual e cineasta. Suas produções utilizam a fotografia e o audiovisual como ferramenta para propor autoestima e questionar apagamentos de pessoas negras.

A atividade é gratuita e para participar não é necessário inscrever-se previamente. A liberação dos lugares será realizada a partir de 16h30, por ordem de chegada, até completar a capacidade do local.

No domingo (20), a partir das 11h acontece a performance “Ponto Final, Ponto Seguido”, com Uýra. A proposta da artista é pensar e ativar ressurgimentos de vida coberta pelas materialidades e imaginários coloniais — as terras, memórias, águas e florestas que dormem debaixo dos asfaltos. Já apresentada pelo Kunnstraum Museum, nas ruas de Viena, e também no Castelo Di Rivolli, Itália, essa será sua primeira apresentação no Brasil. “Ponto Final, Ponto Seguido” começa dentro do MUPA e segue trajeto para a Praça João Cândido, em frente ao museu. Para assistir não é necessário inscrever-se previamente. Chegue com antecedência para garantir seu lugar.

CONVIDADAS
Uýra é uma indígena da Amazônia Central. Formada em Biologia e mestre em Ecologia, atua como artista visual, arte educadora e pesquisadora. Mora em Manaus, território industrial no meio da floresta. Ela descreve a si mesma como uma manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais. Por meio de elementos orgânicos, utilizando o corpo como suporte, encarna esta árvore que anda e atravessa suas falas em fotoperformance e performance. Interessa-se pelos sistemas vivos e suas violações, e a partir da ótica da diversidade, dissidência, do funcionamento e adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantaria e atravessamentos existentes na paisagem floresta-cidade.

Uýra já realizou inúmeras exposições individuais e coletivas. Dentre elas, destacam-se “Faz Escuro Mas Eu Canto” (34º Bienal de São Paulo, 2021), “Resurgences of Amazonia!” (Kunstraum, Innsbruck, 2021) e “Árvore que Anda” (Galeria de Artes Visuais do Largo São Sebastião, Manaus, 2019).

Keila Sankofa nasceu em Manaus (AM), onde vive e trabalha. Artista visual e cineasta. Compreende a rua como espaço de diálogo com a cidade, produzindo instalações audiovisuais que exibem filmes, fotos e videoartes. Atualmente, Sankofa utiliza seu corpo como protagonista na construção de suas obras. Reconhece o espaço urbano como encruzilhada de possibilidades, que proporciona um diálogo não-hierárquico com o público.

Indicada ao Prêmio Pipa 2021. Tem uma vasta experiência na direção de produção em projetos audiovisuais como séries e curtas, além de produção de mostras, festivais e espetáculos de diversas linguagens artísticas.

As atividades integram a programação geral do Programa Público “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas”. Para saber mais, acesse o site: www.museuparanaense.pr.gov.br/Programa-Publico .

SERVIÇO
Roda de conversa “Simbioses: arte, ecologias e políticas na paisagem cidade floresta” com Uýra e Keila Sankofa
Sábado, 19 de março, às 17 horas
Atividade gratuita. Para participar não é necessário inscrever-se previamente. A liberação dos lugares será realizada a partir de 16h30, por ordem de chegada, até completar a capacidade do local.

Performance “Ponto Seguido, Ponto Final” com Uýra
Domingo, 20 de março, às 11h
A performance começa no Museu Paranaense e segue para a Praça João Cândido, em frente ao museu.

O Museu Paranaense fica na Rua Kellers, 289, Alto São Francisco – Curitiba.
Para mais informações sobre o Programa Público “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas” acesse este link.

Museu Paranaense promove simpósio virtual sobre arte indígena

Programação contará com palestras, relatos das aldeias e outros vídeos de 25 a 29 de maio na conta do museu no Instagram
O Museu Paranaense (MUPA) promove de 25 a 29 de maio o I Simpósio Virtual “Arte indígena em comunicação: diálogos entre saberes tradicionais, estética e sustentabilidade”. O evento, que será transmitido na conta @museuparanaense no Instagram, tem a colaboração de diferentes comunidades indígenas, pesquisadores e instituições. Todos os dias será publicada a biografia do convidado e, em seguida, exibida a palestra e outros vídeos, além de uma transmissão ao vivo.

Em tempos de muitas reflexões decorrentes da pandemia em um mundo globalizado, o simpósio busca valorizar o sentido de comunidade, formada tanto pelos pesquisadores quanto por indígenas, em atividades que rompem as fronteiras do museu, chegando também nas aldeias. Ele visa criar um espaço de diálogos entre as memórias, o cotidiano nas aldeias, as coleções de arte indígena e as instituições culturais da América do Sul. São contribuições importantes que vão entrelaçar narrativas sobre saberes tradicionais, tanto de povos amazônicos como do sul do Brasil e nordeste da Argentina, com estudos acadêmicos apresentados por pesquisadores experientes.

A diretora do Museu Paranaense, Gabriela Bettega, explica que a arte indígena será analisada sob várias perspectivas, como patrimônio, diversidade, cinema, memórias, produção cultural, e acervos em instituições públicas e privadas. “No simpósio virtual será destacada a importância dos saberes tradicionais em relação à sustentabilidade e à construção das identidades. Serão abordados também os diálogos e articulações da arte indígena com a cosmologia, as narrativas míticas, os saberes tradicionais, os artefatos e os agentes mediadores. A ideia é promover a aproximação entre várias temáticas que vêm sendo estudadas no Museu Paranaense desde as suas origens, em 1876”.

PROGRAMAÇÃO – Na segunda-feira (25/05), às 18h, tem palestra com a professora da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Luisa Elvira Belaunde, sobre a trajetória de mulheres indígenas em Cantagallo, no Peru, na busca de sustentabilidade e no reconhecimento da arte Shipibo-Konibo, e suas relações sociocosmológicas, especialmente a da artista Olinda Silvano.

Dia 26/05 (terça) a programação começa às 13h, com um mergulho na cultura Mbyá-Guarani do litoral paranaense. A cacica Mbyá-Guarani Juliana Kerexu Mirim Mariano, liderança indígena feminina no sul do Brasil, mostra a diversidade e a importância das artes no perpetuar da memória ancestral e na construção da identidade ameríndia. Danças e músicas que se conectam com o sagrado e com a natureza socialmente transformada.

Ainda na terça, às 18h, o professor da Universidade de São Paulo, Pedro de Niemeyer Cesarino, faz uma análise contextualizada das artes de povos ameríndios, especialmente da bacia amazônica e outras regiões das terras baixas da América do Sul, destacando os processos na produção de artefatos e construções. Ele discute as relações entre pessoas e objetos, mitos e ritos, percorrendo múltiplas trajetórias convergentes à impermanência material nas artes.

Na quarta-feira (27/05), às 18h, será realizada uma live com os diretores do filme “Bicicletas de Nhanderú”, os indígenas Mbyá-Guarani Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, e a arqueóloga do Museu Paranaense, Claudia Inês Parellada. O link do filme será disponibilizado pelo Instagram do MUPA no próximo domingo, dia 24 de maio, para quem quiser assistir antes do bate-papo.

Na quinta-feira (28/05) tem programação dupla: às 13h será exibido vídeo produzido pelo professor Florêncio Rekayg Fernandes que apresenta aspectos culturais Kaingang na Terra Indígena Rio das Cobras, sudoeste do Paraná, incluindo a herança de saberes e fazeres, como o trançado, importantes na sustentabilidade e na afirmação da identidade étnica. O vídeo mostra a elaboração de cestos em taquara, da forma tradicional e raramente observada, com os motivos decorativos alternando fibras mais claras com as enegrecidas por carvão fixados com cera de abelha jataí.

E às 18h, a arqueóloga responsável pelo Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense, Claudia Inês Parellada, fala sobre a busca de novos horizontes no estudo das artes indígenas no Paraná entrelaçando com dados arqueológicos e históricos, e discutindo materialidade e imaterialidade, diversidade e herança cultural. A pesquisadora destaca as coleções arqueológicas e etnográficas do MUPA possibilitando diferentes conexões e rupturas em análises sobre representações simbólicas, mitos e cultura material no transcorrer do tempo.

Encerrando o simpósio, na sexta (29/05), às 18h, a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Lúcia Hussak Van Velthem, apresenta um histórico das principais pesquisas já desenvolvidas sobre artes indígenas no Brasil, com a análise de diferentes conceitos que buscam englobar e destacar a diversidade cultural. Com muitos exemplos, aponta articulações entre mitologia e arte, e elenca referências fundamentais para reflexões sobre essa temática.
CONTINUA – Além do simpósio virtual, o Museu Paranaense vai promover também um encontro presencial, previsto para o segundo semestre de 2020, dando continuidade ao projeto, com mais convidados de comunidades indígenas e científicas.

SERVIÇO
I Simpósio Virtual Arte indígena em comunicação: diálogos entre saberes tradicionais, estética e sustentabilidade
De 25 a 29 de maio de 2020
Pelo Instagram do Museu Paranaense – @museuparanaense

PROGRAMAÇÃO
Dia 25 de maio de 2020 (segunda) às 18h
Palestra “Uma biografia urbana do Kene Shipibo-Konibo” com a professora Dra. Luisa Elvira Belaunde (Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, Peru)

Dia 26 de maio de 2020 (terça) às 13h
Vídeo “Arte Mbyá-Guarani da Tekoa Takuaty, Ilha da Cotinga, litoral do Paraná” de Juliana Kerexu Mirim Mariano (Cacica Mbyá-Guarani do Tekoa Takuaty, Paraná).

Dia 26 de maio de 2020 (terça) às 18h
Palestra “A política da impermanência nas artes ameríndias” com o professor Dr. Pedro de Niemeyer Cesarino (Universidade de São Paulo).

Dia 27 de maio de 2020 (quarta) às 18h
Live com os diretores do filme “Bicicletas de Nhanderú”, os indígenas Mbyá-Guarani Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, e a arqueóloga Dra. Claudia Inês Parellada (Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense).

Dia 28 de maio de 2020 (quinta) às 13h
Vídeo “Memória e arte Kaingang em Rio das Cobras, Paraná” do professor Kaingang Florêncio Rekayg Fernandes (doutorando em Antropologia na Universidade Federal do Paraná).

Dia 28 de maio de 2020 (quinta) às 18h
Palestra “Entrelaçando arqueologias e artes indígenas no Paraná, sul do Brasil” com a Dra. Claudia Inês Parellada (Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense).

Dia 29 de maio de 2020 (sexta) às 18h
Palestra “Artes dos povos indígenas no Brasil” com a professora Dra. Lúcia Hussak Van Velthem (Museu Paraense Emílio Goeldi).

Museus promovem ações virtuais durante a 18ª Semana de Museus

Na semana em que se comemora o Dia Internacional de Museus (18 de maio), o Museu Paranaense, Museu Oscar Niemeyer e o Museu da Imagem e do Som do Paraná promovem ações virtuais com base no tema da 18ª Semana de Museus: “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”. Na programação estão palestras, debate e oficinas online, divulgação do acervo, sugestão e compartilhamento de estudos, filmes, artigos e sites interessantes relacionados ao tema da semana. As atividades serão totalmente online, por meio das redes sociais de cada museu, e ocorrem de 18 a 24 de maio de 2020.

“A Semana de Museus é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus para valorizar os museus brasileiros e trazer mais público aos espaços, cativando novos visitantes. Infelizmente, a pandemia da Covid-19 e o fechamento dos museus inviabilizaram essa aproximação física nessa edição, mas isso não impede que a gente possa se aproximar de forma virtual”, comenta a coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Inês Kiyomi Koguissi Morikawa.

PROGRAMAÇÃO - A programação do Museu Paranaense se concentra nos dias 18 a 20 de maio pelo Instagram (@museuparanaense), sempre a partir das 18h. No dia 18/05, o antropólogo Leonardo Campoy fala sobre “As potencialidades das deficiências”; e no dia 19/05, a antropóloga do museu Josiéli Spenassatto aborda o “Poder e silenciamento: o problema da representatividade no acervo antropológico do MUPA”. Para finalizar, os dois pesquisadores participam de uma live debatendo as pesquisas apresentadas. Mais informações sobre as palestras em www.museuparanaense.pr.gov.br.

Já o Museu Oscar Niemeyer vai realizar mediações, com a postagem de obras do acervo e informações detalhadas, e oficinas online, incentivando o público a postar fotos que reflitam o tema da Semana de Museus. As fotos serão repostadas ao final da semana pelas redes sociais da instituição (@museuoscarniemeyer no Facebook e Instagram). As ações ocorrem de 18 a 24 de maio.

O Museu da Imagem e do Som do Paraná também terá postagens nas redes sociais (@misparana no Facebook e @mis_pr no Instagram) todos os dias da próxima semana. A série “Dicas do MIS” traz referências de estudo e reflexão sobre o tema proposto pelo Ibram, e vai compartilhar links de filmes, artigos e sites interessantes.

SEMANA DE MUSEUS - A Semana de Museus é uma temporada cultural coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que ocorre todo ano em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). A ideia é promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante; e intensificar a relação dos museus com a sociedade.

Em 2020 o tema é “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”, que leva à reflexão sobre as desigualdades presentes na sociedade contemporânea e sobre a participação construtiva que os museus podem ter na valorização da diversidade e na promoção da inclusão.
FECHADOS - Os museus do Estado estão temporariamente fechados para o público, atendendo ao decreto estadual nº 4.230, que determina o fechamento dos espaços culturais do Governo do Paraná – museus, bibliotecas e teatros – e suspende os eventos artísticos e culturais desde o dia 17 de março de 2020.

SERVIÇO
Museu Oscar Niemeyer | MON
www.museuoscarniemeyer.org.br
Facebook e Instagram: @museuoscarniemeyer

Museu Paranaense | MUPA
www.museuparanaense.pr.gov.br
Facebook e Instagram: @museuparanaense

Museu da Imagem e do Som do Paraná | MIS-PR
www.mis.pr.gov.br
Facebook: @misparana
Instagram: @mis_pr

Oficina ensina noções de desenho com base nos movimentos do corpo

São quatro encontros de 11 de março a 1º de abril de 2020. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site do Museu Paranaense

De 11 de março a 1º de abril, todas as quartas-feiras, o Museu Paranaense (MUPA) recebe a oficina “Desenho e Movimento”, que vai trabalhar noções de desenho a partir do olhar para os gestos e movimentos do corpo. O curso, coordenado pela artista visual e pesquisadora Fernanda Pavão, será dividido em quatro encontros, das 14h às 17h, na sala de exposições temporárias do museu. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.museuparanaense.pr.gov.br.

A oficina apresenta fundamentos que norteiam o desenvolvimento e expansão das noções de desenho a partir do olhar para os gestos e movimentos do corpo e da criação de um campo aberto de experimentação coletiva. Mais que um curso de desenho sobre movimento, é uma introdução ao estudo do corpo.

Três módulos principais conduzem os encontros: a Linha, que trabalha propriamente o desenho com lápis e papel. Conforme a linha se move pelo papel, novas possibilidades de conexão aparecem, sempre buscando a exploração dos espaços propostos; o Gesto, buscando a compreensão dos gestos cotidianos e artísticos; e o Movimento, a espiral como energia do movimento e ponto de contato do corpo e suas reverberações.

Fernanda Pavão vive e trabalha em Curitiba, Paraná. Formada em Arte e Tecnologia pela Parsons the New School of Design (Nova Iorque), em Artes Visuais pela Faculdade de Artes do Paraná (Curitiba) e pela Escola Panamericana de Arte e Design (São Paulo). Participou da residência artística Location One em Nova Iorque e trabalhou no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) como assistente curatorial de Performance e Arte Moderna entre 2009-2011. Entre 2012 e 2015 realizou uma série de ritos artísticos (performances) intitulado Amagoa aonde desenvolve um trabalho sobre a cor, o movimento, o corpo, a dança. Em 2018 integra o grupo de dança contemporânea A Milionésima, composto só por mulheres e cria sua oficina de Desenho e Movimento.

SERVIÇO
“Desenho e Movimento - Oficina de desenho, pesquisa e introdução ao estudo do corpo” por Fernanda Pavão
Dias 11, 18 e 25 de março e 1º de abril de 2020 (quartas-feiras)
Horário: 14h às 17h
Sala de exposições temporárias
Inscrições gratuitas: https://www.sympla.com.br/museuparanaense

Museu Paranaense
Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba/PR
Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30.
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h.
www.museuparanaense.pr.gov.br | (41) 3304-3300
Entrada gratuita

Crédito da foto: Felipe Fontoura