Setembro Amarelo: “Em meio a pandemia, nunca esta campanha de prevenção ao suicídio se tornou tão necessária,” diz profissional da saúde

O neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu dá dicas para pacientes com depressão.

Estamos no 'Setembro Amarelo', e nunca na história este tema se tornou tão relevante como no momento de pandemia que vivemos. A campanha iniciada em 2015 no Brasil escolheu o mês de setembro para que possamos nos conscientizar e ajudar contribuindo com a prevenção, assim é possível evitar que a depressão leve ao suicídio.

Após relatos de suicídios relacionado com o coronavírus e o confinamento a ele associada, o neurocientista, psicanalista, membro da Mensa e especialista em estudos da mente humana, Fabiano de Abreu, foi contactado. Após ter confirmado que o número de casos de depressão se acentuou com esta crise psicológica da pandemia, o pesquisador logo concentrou-se em pesquisas e análises para avaliar o que ele já previa ocorrer.

“Eu já temia a possibilidade de que pessoas com depressão e/ou ansiedade potencializada, no confinamento, sendo bombardeadas com notícias ruins e a má utilização da ansiedade, poderiam piorar o quadro depressivo ou chegar nele; e ter um aumento no número de suicídios. Tomando ciência do ocorrido, reuni o meu grupo de pesquisa para tentarmos contribuir de alguma maneira para que isso não eleve mais ainda o número de mortos por causa do coronavírus, seja diretamente ou indiretamente.

Pessoas com uma ansiedade potencializada e contínua podem entrar em depressão, e pessoas em depressão têm maior risco de suicídio. O risco é maior na vigência da doença e de comorbidades. Estamos imersos num cenário de incertezas e elas geram medos e angústias. É importante cuidar do equilíbrio emocional a fim de evitar ações definitivas para problemas transitórios. O suicídio não é solução; e sim mais um problema de saúde pública a ser tratado."

Fabiano encontra dificuldades em aprofundar a sua pesquisa no Brasil devido a burocracia para fazer pesquisas no país, mas como vive também em Portugal, aproveitou a maior facilidade em pesquisas na Europa para chegar às suas conclusões.

Sou registrado na ‘Plataforma Brasil’ onde preciso protocolar uma simples pesquisa e o procedimento é lento e burocrático e eu tenho pressa já que cada dia perdido podem significar vidas perdidas por falta de auxílio. Em Portugal, profissionais da saúde podem fazer pesquisas de forma independente assinando embaixo a responsabilidade. Minha pesquisa foi baseada em entrevistas com psicólogos membros do meu centro de pesquisas, também com base no Instituto Gaio, membro da Unesco onde fiz o meu mestrado em psicanálise e atendo pacientes sem condições financeiras de pagar tratamento, e com base na pesquisa que fiz em Portugal com portugueses e brasileiros que vivem no país. “

“Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o prognóstico", diz o psicanalista.

Seguem as dicas do profissional para observar o caso mais próximo e tentar ajudar

Em momento de reclusão e isolamento social, por conta do cenário mundial - Pandemia de Coronavírus - se você é portador da doença “Depressão”, observe algumas questões “preventivas” bastante pertinentes:

Mantenha o seu tratamento psicoterápico via on-line, a grande maioria dos profissionais estão a trabalhar nessa modalidade.
Se faz uso de medicação, siga corretamente a prescrição médica. Não aumente a dosagem, nem faça desmame por conta própria.
Se a sua medicação está a findar, entre em contato com o seu Psiquiatra, todos estão a trabalhar sob novos protocolos.
Mantenha-se informado somente por vias sérias e éticas de notícias. Evite “Fake News”.
Trabalhe a sua respiração através da meditação. A respiração consciente e ritmada, mantém a homeostase do corpo.
Durma bem, o sono fisiológico possibilita uma “psicoprofilaxia”, filtragem e limpeza de metabólitos cerebrais.
Mantenha uma alimentação equilibrada. Alimentos funcionais, menos processados e coloridos. “Descasque mais e desembrulhe menos”
Beba água, mantenha-se hidratado para o melhor funcionamento de todo o sistema de filtragem e eliminação, mantendo o organismo em bom funcionamento.
Use a criatividade e o espaço possível para uma atividade física que goste.
Evite excesso de álcool, evite drogas. Mantenha-se lúcido.
Mantenha a rotina, isso faz com que você continue orientado no tempo.
Desenvolva um plano, e faça um planejamento para realizar uma “comemoração” quando tudo isso passar.
Traga para sua mente bons pensamentos e boas emoções. O que nós pensamos nós sentimos.
Pense coisas boas!
Sinta-se pertencendo a um grupo, o sentimento de pertença traz-nos importância.
Faça chamadas de vídeo ou mesmo videoconferência para reunir os amigos.
Não falta tempo, por isso organize a casa, os armários, leia os livros que guardou na estante, assista aos filmes e as séries que queria e não tinha “tempo”.
Descubra um talento oculto, e trabalhe-o como uma TO - Terapia Ocupacional: Escrever, desenhar, pintar, esculpir, cozinhar, bordar…

Para casos mais graves em que tenha ocorrido uma tentativa ou pensamentos de suicídio, trabalhe na “redução de danos”, seguindo orientações básicas:

Seja presente de forma integral na vida do sujeito portador do transtorno - depressão.
Aproxime-se de pessoas que estão em sofrimento emocional/psicológico.
Ofereça conversa com escuta de qualidade.
Conduza a conversa até perceber que a pessoa está segura e confiando em si.
Pergunte abertamente se ela já pensou na própria morte.
Com o terreno preparado, pergunte se ela já pensou em tirar a própria vida.
Pergunte que método ela escolheria e por que seria assim?
Deixe-a falar, chorar, contar todo o seu plano.
Após tomar conhecimento da idealização e do planeamento, mostra-se solidário.
Compreenda “sem julgar”, a partir daí ofereça um “pacto ou um contrato de preservação” à vida.
O desafio e a confissão trazem alívio. Deixando a pessoa com o recurso de procurar ajuda naquele confidente ou num grupo de ajuda.
Quando nos esvaziamos desse sentimento de angústia e desesperança, começamos a valorizar a vida.
Ter alguém que guarda o nosso segredo conecta-nos a um outro ser. Esse sentimento de confiança forma um elo e traz motivação para superar o momento.
Ter ciência do plano e do planeamento para a execução, podendo tirar da pessoa a ferramenta que ela utilizaria.
Recolha a medicação, retire o que puder ser feito de corda, lâminas cortantes, e não deixe a pessoa sozinha.
A presença traz a companhia e inibe a tentativa de atentar contra a própria vida.

Fabiano de Abreu - Neurofilósofo - neurocientista, neuropsicólogo, neuropsicanalista, neuroplasticista, psicanalista, psicopedagogo, jornalista, filósofo, nutricionista clínico, poeta e empresário.

Registro e currículo como pesquisador: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558

Créditos de: Divulgação / MF Press Global
Para entrevistas e dúvidas eu respondo no whatsapp +351 939 895 966 / +55 21 999 989 695

“A vida não é ruim a não ser que as conexões estejam ruins”

Fabiano de Abreu desconstrói conceitos sobre a negatividade com base na neurociência

Para o neurofilósofo Fabiano de Abreu, a forma como nos colocamos perante a vida e aquilo que decidimos aprender e interiorizar irá refletir-se na carga positiva ou negativa da nossa vida. Tudo é uma questão de posicionamento.

"Muito se fala em pensamento negativo, que atraem “coisas ruins”. Já ouvi falar em energia, universo paralelo, até telepatia. Na realidade essas são informações com base num cognitivo pois as consequências são reais mas esses motivos populares não estão corretos", refere Abreu.

Este tipo de condicionamento é muitas vezes discutido e desconstruído. Há quase uma universalidade de pensamento no que toca ao querer saber as razões da felicidade ou falta dela na nossa vida.

“Meus estudos sempre foram relacionados ao resultado da fórmula, no real motivo, na verdadeira razão e todas essas afirmativas populares estão erradas.

O pensamento negativo atrai coisas ruins devido a neuroplasticidade e um mecanismo de defesa para não mergulhar nessa atmosfera negativa, é o que chamo de neurofilosofia, ou seja, entender o cérebro para criar uma melhor filosofia de vida. ", explica o neurofilósofo.

A repetição, o processo instaurado da forma como decidimos viver estrutura e molda o nosso pensamento.

Como nos explica Fabiano de Abreu, "O que mais fazemos, molda o nosso cérebro. Se enxurrarmos nosso cérebro de negatividade, ele será moldado para uma atmosfera de negatividade. O tipo de pensamento e atividade a que mais nos expomos é o que molda o nosso cérebro e, por conseguinte, a nossa personalidade. Quando enchemos o nosso cérebro de negatividade, vemos o mundo e a vida de forma negativa. O que pensamos, fazemos e sentimos influenciam-se entre si. Armazenamos informações e criamos conexões de acordo com o comportamento. O que fazemos e dizemos influencia a forma como o nosso cérebro é moldado.".

Desta forma, nós próprios e as nossas ações, somos agentes ativos naquilo que atraímos e buscamos.

"A pessoa pode criar uma atmosfera negativa em todas as suas nuances. Um exemplo, quando queremos comprar aquele modelo de carro, o vemos em todos os lugares, temos uma percepção diferente de antes de querê-lo. Isso acontece porque criamos uma atmosfera referente ao interesse em si, o carro, e passamos a reparar mais.", refere.

Nós focamos a nossa atenção naquilo que queremos e, exatamente porque essa atenção se desdobra, tudo isso parece ter mais impacto e estar mais presente.

"É igual com a negatividade, quando vivemos uma vida de negatividade, filmes, leituras, informações negativas geram comportamentos negativos e essa negatividade vinda de todos os lados cria uma atmosfera pesada através de conexões cerebrais que resultam em uma ampla negatividade. A pessoa tem como resposta a negatividade dentro dessa atmosfera mesmo que o mundo exterior não esteja dentro da sua atmosfera. Pelo simples fato deles não estarem na mesma atmosfera, na mesma conexão e acontecem assim alguns fenômenos como: as conexões são distintas não havendo percepção, a conexão do outro não se interessa pela sua, a sua conexão não enxerga a do outro e, ações negativas refletem em rejeição natural à negatividade mantendo assim a conexão negativa. Vou explicar de maneira gráfica e animada; imagine dois campos de futebol, no campo do lado esquerdo, cada jogador que colocamos, é algo negativo em nossa vida. No campo direito, cada jogador é um pensamento ou ação positiva. Se enchemos o campo esquerdo de jogadores e no direito temos apenas alguns poucos, onde há mais interação? No campo dos jogadores negativos no lado esquerdo ou no campo dos jogadores positivos no lado direito? Ou seja, o lado esquerdo passará a ter uma maior interação negativa criando uma sociedade de atmosfera negativa na vida da pessoa. Por isso, se a atmosfera está negativa, precisamos mudar os hábitos ou essa atmosfera nos leva à tristeza e doenças como a depressão. Uma alimentação saudável para estimular a neuromodulação e a neuroplasticidade como o reforço das sinapses, são resultados da mudança de hábitos e ações que regulam a produção de hormônios neurotransmissores e é a melhor solução para um melhor bem estar", conclui Abreu.

Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo. Como escritor possui 9 livros. No meio acadêmico, além de jornalista é bacharelado em Neurociência pela Emil Brunner World University, nos EUA. Pós universitário em Neurociência na Universidade de Harvard, nos EUA, Psicanalista e Neuropsicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica e SBPC, mestre em Psicanálise, especialização em psicopedagogia, neurociência em cognição e comportamento humano, todos pelo Instituto Gaio da Unesco, especialização em neuroplasticidade na Brain Academy de Bruxelas, Pós em neuropsicologia na Cognos em Portugal, pós em Nutrição Clínica, Riscos Psicossociais pela Traininghouse em Portugal, Idealismo filosófico e visões do mundo - Universidade Autônoma de Madrid, Introdução à Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, História de La Ética pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva - Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida - PUC RS, Registro Intel Reseller Tecnology - Especialista em tecnologia; IP:10381444, Registro FENAJ: 0035228/RJ, Registro Jornalista Internacional IFJ: BR16791, Membro Mensa número: 1625BR.

Até onde se estende a autonomia e os limites do poder de um juiz no Brasil?

A advogada Lorrana Gomes e o filósofo Fabiano de Abreu analisam o tamanho do poder dos juízes no Brasil em meio às recentes e polêmicas decisões do judiciário noticiadas pela imprensa.

Executivo, legislativo e judiciário têm protagonizado nos últimos dias uma verdadeira queda de braço em uma enxurrada de liminares e vetos que ameaçam o equilíbrio e os limites da tripartição do poder. Muitos acusam o Supremo Tribunal Federal de exceder os seus limites constitucionais, mas não apenas a mais alta instância do país de magistrados está na mira da opinião pública, mas até mesmo juízes de primeira instância que ao longo dos últimos meses são notícia na imprensa por tomarem decisões consideradas arbitrárias ou absurdas pela população.

Até onde vai a autonomia de um juiz?

A advogada Lorrana Gomes, da L Gomes advogados, aponta as particularidades e atribuições do juiz e explica o que pauta as decisões dos magistrados: “O Juiz, em sua profissão, possui autonomia nas decisões judiciais, bem como está pautado no livre convencimento. Assim, pelo Direito Brasileiro, um juiz diante de um caso idêntico ao outro, pode tomar decisões diferentes, a depender de cada caso concreto”, explica.

No entanto, Lorrana levanta a questão dos limites dessa autonomia: “Estes limites vão até onde se estendem os limites legais. A lei é firme e deve ser interpretada (hermenêutica) pelos Juízes, de forma a adequar-se a cada caso concreto, mas sem desviar-se do texto legal ali contido, ou seja, a lei deve ser considerada como fundamento para a decisão do magistrado, moldando sua autonomia e respeitando o livre convencimento. Quando isso não ocorre, tem-se a decisão como injusta, isto é, contrária a lei.”

Por um judiciário imparcial

Já o filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu aponta que uma sociedade perfeita em relação à moral se dá na base do conhecimento: "a Justiça não poderia ser determinada por uma pessoa passional, que deixe se levar por suas emoções acima da análise racional. Logo qualquer ser humano, como indivíduo, está sujeito em algum momento a tomar decisões pautadas mais na emoção do que na razão, sendo imperfeito como julgador de uma situação. Por isso, o modelo mais justo seria uma justiça pautada na democracia e no voto de um colegiado de pessoas imparciais e que, não se conheçam, que venham a formar o júri e que sejam especialistas tanto no direito como nas áreas específicas do caso em questão em vez de o juiz ter a palavra final. Há inúmeros casos de juízes injustos que tomam decisões pautadas em seus próprios interesses, assim como casos de abuso de poder.”

Exemplos de casos com sentenças polêmicas

A advogada menciona alguns exemplos de sentenças proferidas por juízes que causaram comoção popular:

Sem dano moral

Nos autos do processo nº 5182341-33.2019.8.13.0024 o magistrado entendeu que não há dano moral no caso de um casal que ficou por meses sem geladeira, pois não recebeu o produto que foi pago. Determinou apenas a restituição do valor do produto e, quanto ao dano moral pretendido, entendeu que ficar meses sem geladeira, um item de primeira necessidade, é um mero desacerto contratual. O processo está em sede recursal com vistas a reformar a decisão.

Descontos previdenciários indevidos

No processo nº 5137282-56.2018.8.13.0024 o magistrado entendeu que não há urgência na retirada de descontos indevidos do benefício previdenciário de uma pessoa enferma pois, se fosse mesmo urgente, “ele teria procurado o Judiciário quando começou os descontos indevidos”. Contudo, por se tratar de uma pessoa enferma e não alfabetizada, a demora na procura do judiciário é compreensível, isto porque o Autor do processo depende de terceiros e sequer sabia a quem se socorrer. A decisão já foi reformada em sede de recurso.

Conhecido filósofo luso-brasileiro já foi vítima das vespas asiáticas 

Fabiano de Abreu teve a sua produção de uva arrasada por causa das vespas

As vespas asiáticas são um dos assuntos do momento no Brasil. Mas já é uma realidade em Portugal desde o ano passado. O jornalista, filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu é luso-brasileiro e produz vinho em Portugal. Fabiano chegou a relatar para o jornal português Paivense que havia perdido mais de 40% das suas uvas devido a este inseto. Aproveitamos para perguntar ao Fabiano sobre as vespas em Portugal e o como a população lida com ela.

“Elas são enormes e são perigosas, quando fui fazer a vindima(colheita) nos protegemos ao máximo para não sermos picados por elas. O perigo maior é para quem tem alergia. Os casos de mortes em Portugal por causa das vespas, que foram poucos, eram de pessoas que tinham alergia. Quando há um foco ligamos para os bombeiros para eliminá-lo
.
A minha preocupação maior não são minhas uvas e sim as abelhas, elas atacam e matam as abelhas e todos sabemos o quanto as abelhas são importantíssimas para o nosso ecossistema. As vespas asiáticas são uma preocupação real em Portugal, seja pela saúde das pessoas ou pela produção de vinho que é o maior mercado econômico do país. A minha região aqui, por exemplo, respira vinho e ano passado a perda foi grande, pois elas adoram coisas doces.”

Veja crônica completa abaixo
https://paivense.pt/cronicas/2019/09/cronica-nao-ha-motivacao-para-produzir-vinho-em-castelo-de-paiva/

O pânico cria realidades alternativas que dificultam a racionalidade

O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu alerta para o uso da inteligência emocional para o equilíbrio e assim controlar a ansiedade e evitar o pânico

Em tempos de quarentena, o nível de stress aumenta, desencadeando crises de ansiedade, levando a um estado de pânico; e até a temida “síndrome do pânico”.

Observando as estatísticas, chega-se à conclusão de que há muita gente que sofre deste tipo de síndrome, o filósofo, psicanalista e especialista em estudos da mente humana, Fabiano de Abreu decidiu abordar o tema.

"O pânico e suas consequências como em qualquer outro comportamento depende das nuances e do tamanho de sua potência. Um ataque de pânico, por exemplo, pode até embaralhar a sua mente com emoções que aceleram o batimento cardíaco, desfocam a visão e aumentam a transpiração levando inclusive, em casos extremos, ser confundido com um ataque cardíaco ou AVC. Há o cuidado com a questão dos sintomas e sinais pois, a ansiedade resulta nessa confusão, levando ao erro diagnóstico inicial de infarto e não é.", explica o psicanalista.

"A crise de pânico é um episódio de medo e a sua intensidade varia de acordo com o tamanho das circunstâncias para o tamanho do seu medo. ", refere Abreu, consciente de que nem todos temos a mesma capacidade de gerir estas situações.

Mas tudo tem a sua explicação lógica e racional. O pânico não é exceção e também ele tem a sua definição biológica e química.

"Um aglomerado de neurônios que constitui a amígdala é o centro integrativo das emoções, motivações e todos os comportamentos emocionais incluindo a nossa reação de medo levando ao aumento da ansiedade.", explica o especialista.

O pânico é um encadear de situações, um comboio interno que acelera a toda a velocidade quando lhe perdemos o comando. Como muito bem explica Fabiano de Abreu: "Então a definição do pânico é o medo que leva ao aumento da ansiedade que causa estresse e, nessa situação podemos distorcer a realidade por ter fugido em larga escala da razão sendo tomado totalmente pela emoção. "

Mas há sempre formas de controlar e contornar este tipo de problemas. Ter ciência deles é o grande primeiro passo.

"Inteligência emocional é como denominamos a capacidade de manter o equilíbrio entre a razão e a emoção. Quando a emoção está fora de controle, perdemos a razão e, então, deixamos de ter a racionalidade e começamos a agir de uma maneira que nós mesmos em sã consciência, na razão, não aprovaríamos.", explica Fabiano.

Para o psicanalista há uma série de etapas que devemos seguir. Segundo ele, "Temos que usar da inteligência emocional para vencer o pânico e a melhor forma é agir de acordo para que isso aconteça. A primeira delas é o controle da respiração. Esta é de suma importância na regulação das funções orgânicas, uma boa alimentação, atividades físicas, técnicas de relaxamento e distrações que lhe tragam conforto e bem-estar são o melhor remédio para evitar o pânico e controlar assim a ansiedade para que não perca a razão. São técnicas que aumentam a produção dos hormônios do prazer e do humor para buscar o equilíbrio em relação ao hormônio do estresse."

Tudo parte de pequenas escolhas que fazemos para nós mesmos e de atitudes rotineiras que geram bons hábitos, que nos farão controlar e mudar a qualidade de vida para melhor. Segundo Abreu, "Não podemos esquecer que é possível controlar a nossa mente e os nossos comportamentos. Se alimentamos a nossa mente de informações negativas, estamos a conduzir o pensamento e promovendo o pânico. Isso pode ser um ciclo vicioso, o medo causa estresse que libera o hormônio cortisol, responsável pela resposta do organismo ao estresse, ele afeta os receptores do hipocampo lugar onde está determinada a nossa capacidade de memória, atenção e codificação da realidade. O cortisol se mantendo em alta dosagem pode ser muito perigoso e se, continuamente nos alimentarmos de informações que mantenham o nosso medo, estaremos também mantendo essa produção maior de cortisol. Há uma tríade envolvida nisso:

Pensamento, sentimento e ação.

Se comando o pensamento, gerencio sentimento e determino as ações .

Concluindo, o pânico tolda-nos a razão, retira-nos a capacidade de agir dentro de um padrão racional, impede-nos de fazer as melhores escolhas. Ou ainda nos paralisa. No entanto, há pequenos comportamentos que podemos adotar que irão melhorar de forma significativa a nossa vida e a maneira como lidamos com algo que nos assusta de tal forma, que rebaixa completamente a leitura de cenário, diminui a resposta racional e impede as melhores tomadas de decisão que é o pânico. Gerenciar pânico é fazer redução de danos e riscos, melhorando a qualidade de vida."

"O pânico bloqueia a razão inibindo a plasticidade cerebral.", termina Fabiano de Abreu com esta frase que ele diz fazer parte de suas frases filosóficas.

Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede em Portugal e unidades no Brasil e na Holanda. Este conteúdo também estará no livro do filósofo que se chama; Viver pode não ser tão ruim - volume 2 - Das frasetas ao contexto.

Dia mundial da saúde: 11 maneiras para manter a saúde mental na quarentena

Dia mundial da saúde: 11 maneiras para manter a saúde mental na quarentena

O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu dedicou-se a buscar maneiras para ajudar as pessoas a manter o equilíbrio para uma boa saúde mental

O Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente em 07 de abril. Essa data coincide com o dia da criação da Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 1948. O objetivo dessa celebração é despertar uma consciência mundial sobre a importância de diversos aspectos da saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o líder mundial de pessoas que sofrem de ansiedade. Tendo em conta os dados fornecidos existem 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 10% da população convivendo com o transtorno.

O período de quarentena por pandemia de coronavírus agravou ainda mais o cenário. A incerteza do momento e as preocupações a ele relacionadas tendem a que se verifique um aumento dos níveis de estresse e ansiedade na população. Desta forma, e sendo estados mais ou menos permanentes estes podem fragilizar o sistema imunológico e debilitar o equilíbrio mental.

Se a situação da quarentena já era algo novo para nós, imagina uma quarentena da qual não vemos o seu término? O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu preocupado com o excesso de pessoas que o procuram e também avaliando o comportamento das pessoas neste atual momento, dedicou-se a criar 10 maneiras para que possa se manter bem mentalmente em plena quarentena.

“ Amigos, clientes, pessoas no mercado e farmácias, muitos estão numa etapa diferente na quarentena. Hoje um dos meus amigos dono de um bar chegou a perder o controle ao falar do estado atual em que nos encontramos. ”

Após este episódio do seu amigo e de outras pessoas que Fabiano vem observando, o filósofo disse que, imediatamente buscou o que ele chama de equilíbrio para encontrar maneiras e ajudar as pessoas que estão em quarentena.

“ Precisamos buscar o equilíbrio, chamarei de equilíbrio o ponto essencial para sabermos lidar com esta quarentena. Exatamente por isso decidi elaborar esta listagem.

1 - Pense positivo - Esta é a primeira das dicas pois é primordial para as outras 9 funcionem. Tudo tem um lado positivo até nas coisas ruins que acontecem. Ser positivo é essencial para que possamos ter a mente tranquila para buscar planos e planejamentos futuros.

O caminho para uma mente positiva é ter a propriedade intelectual de buscar pensamentos que o agrade. Seja numa ação presente ou projetar ações futuras.

2 - Mantenha a sua rotina - Que tal manter a mesma rotina de horários de trabalho e buscar mecanismos para atendimento online ou organizar o seu site e rede social? É um momento também para pesquisar sobre a sua profissão e procurar outras formas para conseguir a remuneração desejada a partir de sua casa. Pode ainda organizar o seu trabalho para quando isso tudo acabar.

Busque estratégias, conhecimentos, quem sabe aquele planejamento que não colocou adiante por falta de tempo não possa ser melhor observado agora?

3 - Interatividade - Vá além da mídia social, a claridade da tela em seu rosto e o excesso de informações pode ativar a ansiedade e atrapalhar o seu equilíbrio na quarentena.

Tente variar as atividades para a interatividade. Busque brincadeiras com a família ou com o parceiro(a). Tem quem goste de videogame ou uma boa série ou filme.

Ver documentários e ler livros contribuem para aumentar o seu conhecimento. Aprender satisfaz, ativa a dopamina, hormônio da recompensa, quando absorvemos algo de novo.

4 - Notícias e mídia social - Temos que nos manter informados, claro, mas isso não quer dizer ficar o dia inteiro lendo notícias e navegando na mídia social. Escolha os sites de notícias que sejam realmente sérios e credíveis para ficar a par dos acontecimentos. É sempre bom ler na parte da manhã pois, ler a noite pode ativar a ansiedade e preocupação atrapalhando o sono. À noite estamos mais relaxados e com a mente mais desocupada, focar na rede social e nas notícias é iniciar um longo período olhando informações que poderão trazer tristeza, ativar a ansiedade e provocar a perda ou sono tardio.

5 - Exercícios físicos - Mesmo se não tinha o costume de fazê-los, que tal tentar começar? Exercícios físicos não são apenas bons para uma boa forma e melhor saúde física mas também para uma melhor saúde mental. Os exercícios liberam o hormônio da endorfina que dá a sensação de bem-estar, alegria, conforto e bom humor.

6 - Crie metas - Não posso deixar de falar nesses hormônios da felicidade e do bem estar. Quando estão em baixa, podem levar a tristeza e posteriormente à depressão ou outras doenças que prejudicam a saúde mental. Criar metas e conquistá-las ativa o hormônio da dopamina. Quando produzida de forma equilibrada, ela também está associada ao amor, bem-estar, felicidade e ao prazer.

Crie metas a curto prazo e também a longo prazo. Seja um jardim a capinar, uma mesa a consertar, um trabalho para concluir, um livro para ler, uma série para assistir, um texto ou planos futuros. Tudo e qualquer coisa, por menor que pareça ser mas que crie como meta, estará não só ativando a dopamina mas também ocupando o seu tempo.

7 - hábitos alimentares saudáveis - Uma boa alimentação ajuda não só a ativar os hormônios da felicidade mas também vai manter a sua imunidade alta para se proteger de doenças. É sabido que o Covid-19 mata mais pessoas com imunidade baixa e a alimentação é crucial neste momento.

Que tal brincar de ser cozinheiro e distrair-se fazendo uns belos e deliciosos pratos na cozinha. Pode ser a hora também de ensinar os filhos a cozinhar.

8 - Tarefas de casa - Que tal ocupar o seu tempo organizando a casa? Aquele armário que nunca tem tempo de arrumar ou a horta que sempre quis plantar. Que tal dividir tarefas em casa e deixá-la do jeito que sempre quis. Ambientes renovados, alma renovada. Depois que bagunçar com brincadeiras em família, arrume novamente. Se tiver com preguiça, não se esqueça que arrumar casa também é um exercício físico.

9 - Organize a sua vida familiar - Aproveite este tempo para interagir mais com a família ou com o seu ou a sua parceira. Para quem tem filhos, seja mais amigo do filho, saiba mais sobre ele, aproveita e recupere todo o tempo perdido neste mundo atribulado que vivemos. Dedica-se mais à família, como eu disse no tópico 1, isso é pensar positivo em algo negativo. A quarentena é negativa mas torna-se positiva quando nos obriga a sermos melhores e mais presentes.

10 - Curta seu animalzinho - Para quem tem bichinho em casa, este é o momento de se dedicar mais a ele. Recupere toda aquela carência que ele sentia com a sua ausência anterior. Animaizinhos de estimação são ótimos também para o equilíbrio emocional. Saiba que o seu bichinho de estimação faz liberar a ocitocina, o hormônio do amor, o mesmo que liberou ao conhecer o seu parceiro(a).

11 - Alinhe-se com a natureza - Nós viemos da natureza. Por milhares de anos interagimos com ela e a usamos para nos proteger e nos alimentarmos. Sempre estivemos vinculados a ela de corpo e alma, portanto, vale a pena voltarmos a conversar com ela e buscar um pouco desta energia que está em nosso instinto. Faça um teste, observe uma árvore, folha, flor e pense o quanto ela é importante e familiar e sentirá uma boa energia como recompensa.

Cultive bons sentimentos, dê boas ideias em casa, crie harmonia, e tente praticar cada um dos tópicos que aconselho.

Essencialmente temos que focar no melhor de cada um, no melhor de cada coisa, no melhor de cada situação. Se de cada tarefa ou etapa retirarmos um pequeno percentual de felicidade teremos o que nos fazer sorrir ao final do dia.

Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede em Portugal e unidades no Brasil e na Holanda.

Mini CV

Fabiano de Abreu - Psicanalista, filósofo e jornalista
Registro 0.0543 0 Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica e CBPC
Registro Intel Reseller Tecnology - Especialista em tecnologia: 10381444
Registro FENAJ: 0035228/RJ
Registro Internacional: BR16791

Psicanalista fala sobre o aumento no número de divórcios na quarentena

Fabiano de Abreu diz que no momento da quarentena devemos fazer uma avaliação da realidade

As relações entre duas pessoas são caminhos em constante mudança. Nos tempos que vivemos, a conjuntura está a obrigar muitos casais a conviverem, a partilharem espaço de uma forma como já não faziam há muito tempo.

A sociedade moderna levou-nos a ter dois casamentos, um com o parceiro e outro com o trabalho. Por norma, este último, tem de quase todos mais empenho e atenção. Segundo o filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu a quarentena pode ser um momento ideal de pausa e avaliação.

"O nosso quotidiano atribulado torna-nos muitas vezes seres preguiçosos em relação a nós mesmos e a quem partilhamos a vida. Há uma preguiça instalada nas relações. As pessoas não param para avaliar, para refletir no porquê de estar com aquela pessoa, se ela ainda nos supre ou simplesmente cedemos ao comodismo.", refere o psicanalista.

Contudo, Fabiano de Abreu alerta que não nos podemos entregar à conjuntura, não podemos confundir sentimento com estado emocional. O fato de estarmos fechados, de aumentar o nosso nível de ansiedade, de se avistarem dificuldades a nível económico pode acionar em nós emoções não desejadas. Essas devem ser filtradas, ponderadas com calma.

"Este tipo de avaliação deve ser muito cautelosa. Temos que medir, compreender se realmente quem está ao nosso lado já não tem o mesmo impacto na nossa vida. Se realmente o sentimento findou mas não tínhamos dado conta. As pessoas muitas vezes ficam juntas por conforto e segurança mas, em tempos de crise, podem acontecer rupturas definitivas. Por vezes o medo da solidão pode sobressair.", esclarece.

Por outro lado, segundo a linha do filósofo há casais onde acontece o oposto. Mesmo tendo sentido uma desconecção por toda uma rotina, agora, neste momento de paragem a relação se fortalece. Segundo Fabiano, " Existem casais que na adversidade se fortalecem, que não cedem aos impulsos e usam o momento para pensar em dupla. Seguem a velha máxima de que uma cabeça pensa melhor que duas. Usam a quarentena para delinear estratégias, buscando um ponto de equilíbrio. Juntos irão recuperar e fazer frente ao que estiver por vir. "

Segundo o filósofo o casamento pode se transformar em algo mais concreto, sai do abstrato.
“Há quem viva um relacionamento abstrato pois está com a mente totalmente ocupada em seus afazeres. O concreto é o que define uma linha racional dentro de uma realidade vivida.”

Estes momentos servem para ter a percepção real. Ou realmente o relacionamento está acabado ou segue mais forte. Os momentos de paragem obrigam-nos a olhar para situações que protelávamos há mais tempo do que o desejável.

Finalizando o tema o filósofo alerta para outro fator. Segundo o estudioso o mundo caminha para a solidão. As famílias são cada vez mais pequenas, menos filhos. Há uma individualização instalada. Estamos nós, enquanto humanos preparados para seguir sozinhos?

" Momentos críticos fazem-nos refletir sobre as nossas escolhas. Preferimos passar por esta crise apenas por nossa conta ou, se de facto, a base familiar é uma ajuda. ", indaga.

Pensar demais e de forma negativa sobre um único assunto prejudica a sua saúde mental, afirma psicanalista

Em todo lugar não tem havido outro assunto senão o coronavírus. A pandemia global tomou conta de todos os noticiários e se tornou o foco das atenções devido ao surto que está causando mortes e pavor em todos os países. O clima é de medo e o cenário em muitos lugares que beiram o que vemos em filmes de ficção pós-apocalípticos. Sendo assim, como proceder para manter não apenas a calma, mas a sanidade mental?

O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu afirma que pensar demais nestes assuntos e dar lugar a negatividade efetivamente prejudica a saúde mental das pessoas: “temos que apelar para o poder do equilíbrio. Este é o momento em que temos que exercitar a meditação, que é quando buscamos um pensamento centrado para encontrar soluções. Dar lugar ao medo não é a resposta.”

Hiperatividade do pensamento

O psicanalista aponta que nosso cérebro não para de pensar, e que isto é algo normal, mas que devemos assumir o controle daquilo que podemos controlar: “nossa mente está sempre ativa e nosso cérebro está a todo momento enviando e recebendo impulsos elétricos intermitentes que funcionam até mesmo na hora de dormir, por isso sonhamos. Há coisas que não podemos evitar. Contudo, se depositarmos toda a nossa energia em pensamentos negativos, isso afetará não só nos meios para encontrar uma solução, uma saída para o problema, como também causará enfermidades sejam mentais ou físicas.

Frase filosófica sobre o pensamento

Abreu refere que "Só sentimos o que pensamos. Se condicionar a mente no que gostamos, nos sentimos bem.” Esta frase, segundo ele, traz à reflexão sobre o momento em que vivemos: "Esta minha frase filosófica foi pensando no momento atual que estamos a sofrer com a incógnita do coronavírus e as notícias que criam um alarde necessário para despertar a nossa atenção e nos precavermos utilizando do pânico uma medida rápida para que possamos cooperar para a não proliferação da doença.”

Treine sua mente

O especialista aponta que podemos e devemos treinar a nossa mente para que maus pensamentos não sejam determinantes no nosso futuro, mas apenas um sinal de alerta para tomarmos atitudes: “Nós sentimos o que pensamos. Se concentrarmos em pensamentos negativos sentiremos só sentimentos e emoções negativas e isso, como um ciclo, como um copo vazio a deixar cair gotas dentro dele, uma hora, transbordará e as consequências não serão nada boas, podendo acarretar em diversos problemas na saude mental e física podendo tornar-se patológico.

Mude a perspectiva para encontrar soluções

Fabiano de Abreu aponta como uma forma de encontrar soluções a mudança de ambiente, para promover um novo olhar sobre situações e questões: "Eu sempre aconselho as pessoas a mudarem de ambiente, mudar de companhias, mudar de atmosfera para encontrar argumentos para outros pensamentos. Agarre-se a bons pensamentos e crie metas que possam satisfazê-lo de esperança para que não seja dominado pelos pensamentos negativos.”

Release 2

Há mais pessoas a ler comentários do que a notícia

Um pequeno estudo feito pela empresa de assessoria de imprensa e mídia social MF Press Global constatou que há muitas pessoas que lêem os comentários das notícias e não chegam a ler a notícia. Dessa forma são facilmente induzidas ao erro.

Ceo da empresa, o jornalista e também filósofo e psicanalísta Fabiano de Abreu explica o porquê dessa situação. Segundo Fabiano as novas gerações que têm preguiça de ler o conteúdo, são pessoas que buscam a simplificação e o imediato. Dessa forma conteúdo é perdido e as pessoas possuem mais tendência a não pensar pela própria razão.

“Estamos na era da preguiça, como escrevi em uma das minhas teorias no artigo ‘A internet está deixando as pessoas menos inteligentes’ as pessoas buscam absorver muitas informações pelo excesso de conteúdo mas não buscam nenhuma informação completa. O cérebro não acostumado com este excesso de informação e vinculado a ansiedade não permite que o armazenamento, acionando a letargia mental e fazendo com que as pessoas não se interessem no conteúdo em sua profundidade e sim superficial.", explica.

Segundo o filósofo as pessoas vivem numa era em que a autoafirmação se dá pela diferença, pela revolta, pela criação de contracorrentes. Afirma contudo, que essa mesma geração prefere ler apenas os comentários do que as notícias e, por essa mesma razão, a imagem tem um papel central nos dias de hoje. Como relata Fabiano: "Analisando o mercado das plataformas online vemos que a tendência está a ser criada. Plataformas como o Twitter ou o Instagram estão alcançando um mercado mais vasto pois a sua linguagem é curta e simples e o uso da imagem é central."

O psicanalista alerta ainda que, na sua opinião, os cérebros estão mais lentos na sua observação de informação e sobretudo no processamento. Acredita que um factor que muito contribuiu para o caso foi a perda de vocabulário.

"Diminui-se a capacidade de interpretar, pois a linguagem em forma de palavras, principalmente escritas, diminuiu.
São raras as pessoas que compreendem um mito, uma metáfora, uma analogia.", Analisa.

Aponta ainda o fato de que muito da comunicação que mantemos hoje em dia não é presencial. Desse modo, o indivíduo aproveita o fato de estar escondido atrás de um computador e inicia muitos debates que não teria coragem de fazer quando pessoalmente. Fabiano esclarece esta posição: "É uma maneira de ser visto, notado, sem ser repreendido e mais, na falta de argumentos é mais fácil desconectar-se do que responsabilizar-se pelas consequências”.

Especialista alerta sobre golpe no whatsapp e dá dicas de como recuperar sua conta hackeada

Especialista alerta sobre golpe no whatsapp e dá dicas de como recuperar sua conta hackeada

Um golpe através do WhatsApp está fazendo vítimas por todo o Brasil. Os criminosos usam os dados presentes em anúncios online para clonar o WhatsApp de usuários e com isso tentar pedir dinheiro para familiares e amigos da vítima, se fazendo passar pela pessoa.

A agência especializada em mídias sociais MF Press Global foi uma das primeiras a notificar sobre o golpe quando um de seus clientes foi vítima do golpe e teve seu WhatsApp clonado. Com isso, Fabiano de Abreu, CEO da MF Press Global, recebeu uma mensagem do criminoso se fazendo passar pelo seu cliente, pedindo a transferência de R$ 1790,00: “O golpe, ao meu ver, é muito similar aos sistemas similares ao Ardamax. O hacker chama as pessoas que parecem ser amigos, conhecidos ou familiares mais próximos e se passa pela pessoa para pedir dinheiro usando uma escrita correta e poucas palavras, que sejam neutras o suficiente para não levantar suspeitas”. Também vítima do golpe, o famoso nutricionista Leone Gonçalves que tem muitos clientes em todo Brasil, caiu no golpe, foi hackeado e teve diversos clientes que teve que ser avisado pelo profissional para que não caísse no golpe. “Logo que me avisaram do golpe, tratei de fazer o procedimento de denúncia e recuperação e simultaneamente.” disse o nutricionista.

Como funciona o golpe

Os criminosos usam informações encontradas em plataformas como o OLX e o Mercado Livre, podendo ser outro, que em geral pedem um número de telefone para cadastro dos interessados nos produtos anunciados, e assim os criminosos pegam o número de telefone e mandam mensagens à vítima, dizendo que é preciso enviar um código de confirmação que chegará via SMS para terminar o cadastro.

Contudo, esse código é, na verdade, o autenticador de duas etapas do WhatsApp da vítima, que é a última peça necessária para o golpista clonar a conta. Assim que a clonagem acontece, a vítima perde acesso ao aplicativo, que passa a ser controlado pelo criminoso, que entra em contato com amigos e familiares da vítima para pedir dinheiro.

Como o processo acontece de forma muito rápida, antes mesmo que usuários desatentos acabam acreditando na história.

Como evitar cair neste novo golpe

Fabiano de Abreu diz que é importante perceber que algo não condiz com o discurso regular daquela pessoa e avisar ao real dono da conta: "Eu sugiro que a pessoa ligue para o remetente da mensagem confirmando se é ele mesmo ou até mesmo para alertá-lo ou envie mensagens nas outras redes sociais para confirmar que é ele mesmo”.

Além disso, o especialista também revela que todos os dias chegam relatos de pessoas que já sofreram com esse tipo de tentativa de invasão. Para se proteger do golpe é necessário ter a verificação em duas etapas do WhatsApp ativada e ficar atento ao receber e-mails de serviços que deixam dados de contato expostos publicamente.

Como recuperar seu WhatsApp hackeado?

Abra o WhatsApp no seu celular, clique no ícone de menu, em forma de três pontos verticais, selecione WhatsApp Web, toque no botão Sair de todas as sessões, confirme clicando em Sair.

Caso remover o WhatsApp Web não tenha funcionado, será necessário pedir a desativação de sua conta.

Abra seu aplicativo de email e envie uma mensagem para o endereço support@whatsapp.com e copie e cole esse texto no corpo do email: “Lost/Stolen: Please deactivate my account”. Lembre-se de colocar seu número de celular — com código de país e DDD — para que identifiquem qual conta devem desativar.

Após fazer a desativação, você terá 30 dias para reativar sua conta caso tenha encontrado um meio de recuperá-la. Depois desse período, todos os dados da sua conta serão apagados.

Depois destes procedimentos, restaure seu celular com os padrões de fábrica para eliminar qualquer coisa que seja suspeita e esteja no seu celular.

Fabiano de Abreu dá dicas para combater a depressão no Jornal do Continente da Record News 

Fotos de: Reprodução / MF Press Global

Fabiano de Abreu dá dicas para combater a depressão no Jornal do Continente da Record News

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão deverá ser, até 2030, a segunda maior causa da perda de qualidade de vida no mundo. A depressão é uma doença que ainda é pouco compreendida e que afeta o estado de humor e reduz a capacidade de sentir satisfação ou prazer com as coisas da vida. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão acomete cerca de 15% dos brasileiros, com maior incidência entre pessoas de 20 a 30 anos e acima dos 60 anos.

Em entrevista ao Jornal do Continente, da Record News catarinense, o filósofo, escritor, jornalista e pesquisador Fabiano de Abreu define a importância de se perceber verdadeiramente do que se trata esta doença, como forma de evitar pré julgamentos equivocados: “Há quem diga que depressão é coisa da cabeça. No entanto, isso a meu ver, são pessoas que não compreendem nem a si mesmo e não tem a possibilidade, profissional e intelectual de compreender o que realmente é a depressão, e logo julgam de forma ansiosa e precipitada a questão”.

Durante a entrevista, Fabiano de Abreu trouxe 10 conselhos, aparentemente muito simples, que podem ser muito eficazes para prevenir e combater a depressão. Confira:

1 — Veja o lado positivo em tudo

Tudo na vida tem um lado positivo. Em todos os acontecimentos ruins têm um lado positivo, seja que agora ou lá na frente descobriremos. Basta um pouco de criatividade para encontrá-lo e assim buscar o alívio necessário para não sofrer.

2 — Resolva a sua tristeza

Resolva a sua tristeza para que ela não se potencialize e assim potencialize as demais tristezas e acumuladas dentro de si, de modo que se transforme em uma depressão.

3 — Resolva os seus problemas

Não protele os seus problemas. Nossos problemas existem para serem resolvidos.

4 — Tudo na vida passa

Tenha ciência e convicção de que tudo na vida passa. Não tome medidas impulsivas, já que tudo se transforma, se modifica.

5 — O passado já passou

Não se prenda ao passado. Viva o melhor presente para que no futuro tenha as melhores recordações.

6 — Autorreconhecimento

Faça um autorreconhecimento para saber lidar melhor com todo o universo que o faz ser o melhor de si.

7 — Desabafo de confiança

Desabafe sobre o que te incomoda ou deixa-te triste com pessoas da sua confiança. A opinião do outro pode ajudar ou causar alívio.

8 — Ocupe o seu tempo

Ocupe o seu tempo para cumprir as suas metas: sejam elas profissionais ou para o bem-estar físico.

9 — Aja agora

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, ou o marasmo e a falta de acontecimentos e resultados poderão resultar em depressão.

10 — Transforme sentimentos e emoções

Use a sua ansiedade para ocupar o seu tempo com coisas úteis. Use a sua ira para transformá-la em criatividade, para assim obter novas conquistas. Deste modo, não terá tempo de pensar nas coisas ruins da vida e terá mais momentos felizes e de plenitude.

Assista a entrevista: https://youtu.be/HDbFyXhBRFI

Link: https://ndmais.com.br/videos/jornal-do-continente/filosofo-da-10-dicas-para-nao-entrar-em-depressao/