STF decide que o IPI incidente na revenda de produtos importados é constitucional

Empresário do setor lamenta a decisão e diz que ela vai contra a OMC

O STF julgou no final de agosto que é constitucional a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no desembaraço aduaneiro de bem industrializado e na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno. Com a decisão, os importadores pagam duas vezes o imposto: a primeira no desembaraço aduaneiro de produto industrializado e a segunda na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno, que representa violação ao princípio da isonomia, previsto no artigo 150, II, da Constituição.

No passado, alguns casos chegaram a ser julgados favoravelmente aos importadores pelo STJ, e estima-se que 14 mil empresas brasileiras tinham o processo finalizado ou estavam em processo com liminares para não pagar IPI em duplicidade. Com a queda dessa liminar, o impacto será de aumento de recolhimento de R$68,6 bilhões aos cofres públicos e, consequentemente, aumento de custos do produto final.

Segundo o advogado Alexandre Dalla Vecchia, o impacto imediato no setor de importação é a oneração do produto importado mesmo que pronto e acabado, em um setor que já sofre com a alta carga tributária e volatilidade do dólar. “É recomendável aguardar a finalização do julgamento e, até lá, certamente as empresas que ostentam decisões favoráveis com exclusão do IPI na revenda do produto vão se valer das decisões conquistadas no âmbito do STJ”, explica. “Os desdobramentos de cada caso é particular, e é provável que com o trânsito em julgado já conquistado por alguns importadores, que algum sigam em frente mesmo que com essa decisão contrária em face de todo esse contexto”, completa Vecchia.

A decisão foi recebida com repúdio pelos empresários do setor. O diretor da ES Logistics, Fabiano Ardigó, afirma que essa decisão vai contra a Organização Mundial do Comercio (OMC). “Vemos com preocupação o que aconteceu. O cancelamento da bitributação abriria uma nova perspectiva para o setor de importação no Brasil”, afirma. “Empresas que estavam com liminares com autorização de não recolher o IPI não terão condições de conquistar essa mesma vantagem. A reincidência do imposto na revenda de importados impacta diretamente no valor do produto final pago pelo contribuinte e essa bitributação é um retrocesso para o mercado de importação brasileiro”, completa Ardigó.

A advogada responsável pela área de comércio internacional da Catta-Preta & Salomão Advogados, Maria Eugênia Catta-Preta, dedicou sua dissertação de mestrado na FGV/SP ao tema da não incidência do IPI na revenda de mercadorias nacionalizadas já que, segundo ela, essa discussão é complexa e antiga no país, iniciando-se em 1999 nos tribunais. “Considero que foi uma perda muito grande no debate jurídico a realização de um julgamento virtual, e que não levou em consideração a criação de disparidade entre empresas, inclusive entre importadoras, gerada pelo Judiciário. Lutamos todos os dias para o direito acontecer da forma mais justa possível, mas o direito nos tribunais tem cada vez mais relação com política e economia, do que ele em si”, lamenta Maria Eugênia.

Segundo a advogada, a interpretação da lei precisa acompanhar a evolução do tempo. “Tanto no STF como no STJ, não houve uma análise adequada do contexto apresentado e dos acordos de comércio internacional firmados no âmbito da OMC pelo Brasil. Foi feita uma análise bem superficial que favorece a concorrência desleal e fora dos compromissos internacionais assumidos, o que abre espaço para mais discussões, inclusive nos organismos internacionais. A violação dos Acordos da OMC coloca o país em uma posição delicada que pode ter consequências para a economia como um todo”, alerta a especialista. “Para a indústria nacional, a múltipla incidência do IPI certamente desestimulará investimentos em tecnologia e modernização, e poderá colocar o país em posição ainda mais desfavorável no cenário do comercial internacional”, destaca.

LIDE Futuro realiza mentoring com o empresário Beto Madalosso

Evento exclusivo para os filiados ao Lide Futuro aconteceu no último dia 27, no Madá Pizza e Vinho

O Lide Futuro realizou no último dia 27 de janeiro mentoring com o empresário Beto Madalosso. O encontro, que abriu o calendário do LIDE Paraná para 2020, aconteceu em um dos empreendimentos do palestrante, o Madá, trattoria que funciona dentro de um espaço colaborativo.

"Abrimos nossa agenda para mais um bate-papo descontraído sobre os desafios de empreender. Fico muito feliz em ver nossos filiados interagindo e nosso grupo se fortalecendo cada vez mais", destaca a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett que adianta que são mais de 50 eventos programados no calendário 2020.

Durante o encontro, Madalosso contou aos jovens sobre sua trajetória como empreendedor, do crescimento de seus negócios, desafios, governança e sobre o universo empresarial da gastronomia. Atualmente, Beto administra dois empreendimentos, o Forneria Copacabana e o Madá. Também, é fundador da Revista Tutano e do Fórum Tutano Gastronomia que discute negócios e tendências do setor.

Ao longo de sua exposição, o bem humorado empreendedor contou sobre o surgimento do negócio familiar, o tradicional restaurante Madalosso, “meu pai e os irmãos dele, nunca tinham entrado em um restaurante antes de começar a trabalhar no próprio empreendimento. Isso mostra o quanto a atividade em restaurantes é intuitiva, é um mercado formado pela informalidade”. Também, falou sobre as dificuldades de atuar no mercado gastronômico, “o grande desafio do crescimento de um restaurante, é conseguir profissionalizar o negócio sem perder sua essência e o prazer de trabalhar naquilo”, disse Beto..

Após a palestra os afiliados do LIDE Futuro, puderam desfrutar de um jantar oferecido pelo Madá. O mentoring é um dos eventos propostos pelo LIDE Futuro e tem como objetivo reunir grandes líderes com os jovens associados, para que possam contar sua trajetória, relatar experiência, desafios, superações e lições de carreira.

Sobre Beto Madalosso
Autêntico e criativo, Beto Madalosso se destaca não só na área gastronômica, onde mantém o legado de quatro gerações da família, mas é também um reconhecido influenciador. O empreendedor foi eleito Personalidade do Ano pelo Prêmio Personalidades 2019 da revista Topview. Com dois empreendimentos o Forneria Copacabana e o Madá, ele também é fundador da Revista Tutano e do Fórum Tutano Gastronomia que discute negócios e tendências do setor.

Um pouco sobre o LIDE
O Lide – Grupo de Líderes Empresariais é, atualmente, presidido por Luiz Fernando Furlan (chairman do LIDE e presidente do LIDE Internacional). O grupo conta com mais de 1.700 empresas filiadas, que juntas congregam 57% do PIB privado do Brasil, sendo a mais qualificada plataforma empresarial independente do país. Tem matriz em São Paulo e unidades em diferentes estados brasileiros, além do Paraná. O grupo também está presente internacionalmente, em quatro continentes, nos seguintes países: Alemanha, Angola, Argentina, Chile, China, Estados Unidos, Itália, Marrocos, Moçambique, Portugal, Uruguai e Oriente Médio. As atividades do Lide Paraná têm o patrocínio de gestão da Renault do Brasil..

Panorama empresarial brasileiro é apresentado em Ebook gratuito

Panorama empresarial brasileiro é apresentado em Ebook gratuito

Empresômetro apresenta faz um raio-x do perfil empresarial brasileiro

Dezembro de 2019 – O Brasil é um país de empreendedores, segundo dados do Empresômetro, empresa brasileira especializada em inteligência de mercado, são quase 20 milhões de empresas em atividade nos mais diversos ramos. Desse total, mais de 2,8 milhões foram abertas somente no ano de 2019, um aumento significativo quando comparado a 2017, quando 1,8 milhões de negócios foram iniciados.

Esse foi o ponto de partida para que o Empresômetro traçasse o panorama empresarial do país. Em um livro digital próprio chamado Panorama Empresarial do Brasil, um Raio-X no perfil empresarial brasileiro são apresentados ao leitor dados das empresas ativas separados por região, setor, porte, além de informações e detalhes que influenciam no mercado de cada região do país.

“Com esse livro em mãos podemos ver, por exemplo, que o estado do Pará, no Norte do país, detém o maior número de empresas ativas daquela região, sendo 370 mil para uma população de 8,5 milhões. Em contrapartida, Manaus é a cidade que concentra o maior número de negócios em atividade, sendo mais de 124 mil, com Belém logo atrás com mais de 101 mil. Ainda que em se tratando de agricultura a principal atividade da região é o cultivo da soja, mandioca, banana, café, arroz, pimenta-do-reino e juta”, afirma o CEO do Empresômetro, Otávio Amaral.

Segundo o livro, o setor de serviços é o mais atraente para o empreendedor brasileiro; das mais de 19 milhões de empresas abertas, 10,6 milhões ou quase 56% executam atividades relacionadas a serviços. Em segundo lugar vem o comércio, com 6,4 milhões de unidades e a indústria com pouco mais de 1,3 milhão de empreendimentos. O agronegócio soma aproximadamente 981 mil empresas em atividade, e o setor financeiro pouco mais de 323 mil. O setor de serviços públicos tem cerca de 57 mil negócios ativos.

O livro digital ou Ebook lançado pelo Empresômetro é um importante aliado para analistas de mercado, empresários e investidores que buscam entender os hábitos e nuances de um mercado num país tão grande e com peculiaridades como o Brasil.

De publicação própria e acesso gratuito, o livro pode encontrado no site do Empresômetro: www.empresometro.com.br

SOBRE O EMPRESÔMETRO

O Empresômetro é uma empresa que oferece soluções de mercado B2B para toda empresa que almeja crescer com inteligência. Oferta soluções que utilizam a mais alta tecnologia da informação, garantindo segurança na tomada de decisão de gestores de grandes empresas, como também proporciona conhecimento de mercado para pequenas e médias empresas através da ferramenta online, Empresômetro Listas.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 2117-7300 ou pelo site www.empresometro.com.br.