Exposição Amados encerra no domingo

Essa é a última semana para visitar a exposição Amados – Zélia & Jorge, uma homenagem aos escritores Zélia Gattai e Jorge Amado, exaltando a forte relação de amor que há anos inspira gerações. A mostra acontece na galeria da CAIXA Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro) e reúne um rico acervo de fotografias, cartas, vídeos, desenhos e depoimentos que perpassam os 56 anos de vida juntos do casal. A visitação é gratuita, até domingo (02), no horário das 10h às 20 horas, e no domingo, das 10 às 19 horas. Com curadoria de Paloma Jorge Amado, a mostra foi idealizada e tem direção geral assinada por Elaine Hazin, da Via Press Comunicação (BA), e projeto expográfico de Rose Lima e cenografia de Renata Mota e patrocínio da Caixa e Governo Federal.
O passeio pela história de Zélia e Jorge começa nos idos de 1945, final da Segunda Guerra Mundial, quando se conhecem. Uma linha cronológica destaca os acontecimentos fundamentais desse relato de amor, através das viagens pelo mundo, a vida no exterior durante o exílio, o nascimento dos filhos, os amigos, o trabalho compartilhado e a volta à Bahia. Um rico acervo fotográfico – que conta com uma seleção minuciosa e representativa de fotografias de Zélia Gattai – é somado a vídeos e depoimentos de amigos, ilustrações, cartas de amor e postais trocados em viagens. As fotos estão também na árvore genealógica dos Amado, com seus filhos, netos e bisnetos.
O visitante pode contemplar ainda uma projeção com os amigos ilustres do casal, como Dorival Caymmi, Mãe Menininha, Glauber Rocha, Vinicius de Moraes, Carybé, entre outros. Em outra instalação, tubos sussurram frases de amor icônicas de seus romances.

Serviço: Exposição Amados – Zélia & Jorge
Local: CAIXA Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro)
Visitação: até o dia 02 de fevereiro de 2025 Horário: terça-feira a sábado, 10h às 20h; domingos, 10h às 19h
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

O Modalismo na MPB no Teatro Paiol

O maestro, músico e pesquisador Vicente Ribeiro vai lançar o livro O Modalismo na Música Popular Brasileira durante a Oficina de Música de Curitiba, com um sarau comentado que acontece no dia 23 de janeiro, quinta-feira, às 19 horas, no Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº), com entrada gratuita. O autor, que também é violonista, vai se apresentar com os músicos Fabio Cardoso (piano) Thiago Duarte (baixo acústico), Thales Lemos (bateria) e os cantores Suzie Franco, Fernanda Sabbag e Lucas Franco. No programa do show serão interpretadas músicas do repertório modal dos compositores Luiz Gonzaga, João do Vale, Baden Powell, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Tom Jobim, Gilberto Gil e Caetano Veloso, que estão no livro.
Vicente Ribeiro conta que trouxe para esse lançamento parte das composições que ele analisa na sua obra. O autor divide os compositores em quatro grupos, com abordagens distintas, do modalismo na MPB: as matrizes "nordestina" (João do Vale e Luiz Gonzaga) e "afro-brasileira" (Baden Powell e Dorival Caymmi), e as vertentes estéticas "nacionalista" (Tom Jobim e Edu Lobo) e "tropicalista" (Caetano Veloso e Gilberto Gil).
Se no livro O Modalismo na Música Popular Brasileira Vicente Ribeiro exemplifica seu trabalho comentando as partituras das canções, no Teatro Paiol, o público vai poder conhecer de forma prática o que é o modalismo durante uma apresentação que vai levar a plateia a um mergulho profundo na música brasileira. “No show passeamos por cada uma dessas quatro vertentes. O repertório do espetáculo é uma amostra do livro, que tem 30 músicas analisadas”.
A pesquisa sobre o “Modalismo na Música Popular Brasileira” de Vicente Ribeiro começa em 2005 e, desde então, ele vem se aprofundando no tema. Primeiro com o trabalho de conclusão acadêmica, depois como tese de mestrado e agora no doutorado. Mas ele explica que muitos dos autores das músicas, provavelmente, não tinham ideia do que estavam fazendo. “Principalmente Gonzaga e João do Vale, que eram compositores mais intuitivos, compondo a partir de uma tradição oral. Já compositores como Jobim, Baden, Caetano, Edu, Caymmi e Gil demonstram, em alguma medida, uma consciência do modal ou, pelo menos, a busca de uma sonoridade diferente”.
Mas o que é a música modal? Vicente explica que existe um senso comum sobre a música em geral, de que ela é construída a partir das sete notas musicais, que formam a chamada "escala maior". Mas, ele chama atenção, essa é apenas uma das possibilidades de recorte no continuum sonoro, que inclui muito mais sons além das sete notas conhecidas. Com outros recortes, a sonoridade da música pode variar bastante. “Na música modal há outras escalas, outros recortes, como o chamado modo 'mixolídio', que aparece em composições como ‘Baião’ ou ‘Juazeiro’, de Luiz Gonzaga, ‘Tropicália’ de Caetano Veloso ou 'Pato Preto', de Jobim", pontua o pesquisador.
Para o autor do livro, esses recortes diferentes fogem da escala tonal - que está presente na música clássica, no choro, no samba, e em boa parte da música pop. “O modal remete a outros 'lugares sonoros', como as músicas nordestina, celta e ibérica”. Vicente observa que, enquanto a estrutura da música tonal é mais narrativa, a música modal é mais circular. “Como as escalas modais têm recortes diferentes, elas te transportam para lugares imprevisíveis”.
Vicente Ribeiro é graduado em Música Popular pela FAP-PR e mestre em Música pela UFPR. Atua como arranjador desde 1983; por conta desta atuação, recebe indicações ao Prêmio da Música Brasileira (1993) e ao Prêmio Profissionais da Música (2019). Em 1995 inicia uma profícua parceria com o grupo Tao do Trio, produzindo e arranjando seus três álbuns; dois deles resultam na indicação do grupo ao já citado Prêmio da Música Brasileira, em 2002 e 2017. Paralelamente, atua como regente e diretor musical do Vocal Brasileirão, desde 2006, e do Grupo de MPB da UFPR, desde 2018. Sua intensa atividade como músico não o impede de dedicar-se com o mesmo afinco ao ensino de música, ministrando disciplinas teóricas e práticas em cursos de graduação e pós-graduação, bem como em cursos livres e em diversas edições da Oficina de Música de Curitiba; atua ainda como coordenador pedagógico do Conservatório de MPB, de 2004 a 2011. Atualmente realiza seu doutorado em música na UNICAMP, onde aprofunda sua investigação sobre modalismo em pesquisa acerca da produção pós-bossanovista de Tom Jobim.

SERVIÇO:

Sarau O Modalismo na Música Popular Brasileira – Lançamento do livro homônimo do maestro, músico e pesquisador Vicente Ribeiro.
Dia 23 de janeiro, quinta-feira, às 19 horas.
Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº).
Ingressos: Entrada gratuita
Classificação etária: Livre.
Duração: 50 minutos
Informações: (41) 3229-4458.
O livro será vendido no local por R$30 (preço promocional)

Mais informações e entrevistas:
RB – Escritório de Comunicação
Rodrigo Browne
99145-7027 // 3363-7759

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Repertório do show:

01. Quebra pedra (instrumental) – Tom Jobim
02. Juazeiro – Luiz Gonzaga
03. Baião – Luiz Gonzaga
04. Carcará – João do Vale
05. Noite de temporal – Dorival Caynni
06. Berimbau – Baden Powell/Vinicius de Moraes
07. Consolação – Baden Powell/Vinicius de Moraes
08. Upa, neguinho – Edu Lobo
09. Ode aos ratos – Edu Lobo/Chico Buarque
10. Caminho de pedra – Tom Jobim
11. Pato preto – Tom Jobim
12. Tropicália – Caetano Veloso
13. Trilhos urbanos – Caetano Veloso
14. Refazenda – Gilberto Gil