Missão técnica do Fórum Origens promove imersão na rede dos Vinhos de Bituruna

Evento começou nesta terça-feira (19), com a participação de mais de 50 produtores de todo o Paraná

Gerar conexões, fortalecer produtos regionais, unir produtores e promover o vinho local. Foi com esse intuito que Bituruna, no sul do Estado, recebeu a missão técnica do Fórum Origens Paraná, realizado nos dias 19 e 20 de março. O encontro é voltado para os produtos com Indicações Geográficas (IG) e Marcas Coletivas e conta com a participação de 52 produtores paranaenses.

Em Bituruna, participantes do Fórum tiveram uma verdadeira imersão na "Terra do Vinho". Crédito das fotos: Inove.

Na terça-feira (19), a programação começou com um almoço típico italiano. Em seguida, foram realizadas visitas técnicas em vinícolas da região e no Museu Histórico Casa Sanber. Durante a noite, os produtores participaram de encontros de negócios com empresários locais e tiveram a experiência conhecendo os vinhos locais

Já na quarta-feira (20), o dia começou com uma palestra sobre os produtos de origem e seus diferenciais, em especial a IG dos Vinhos de Bituruna, ministrada pelo chef Rui Morschel, entusiasta da gastronomia paranaense.

“O grande conceito da Indicação Geográfica, comercialmente falando, é que você seja valorizado por ter uma coisa exclusiva para oferecer ao mercado. Então, nosso maior objetivo é mostrar que o pequeno produtor pode se conectar diretamente com o consumidor que quer algo exclusivo e diferenciado, argumento importantíssimo para gerar venda”, indica.

O especialista também falou muito sobre a necessidade de fortalecer o sentimento de orgulho e pertencimento dos paranaenses em relação ao que é feito no Estado.

“Quando falamos de vinho, por exemplo, precisamos mostrar que os Vinhos de Bituruna são diferentes. E precisamos trabalhar para além do ambiente produtivo, mostrando ao paranaense que ele pode e deve ter orgulho do que é feito aqui”, incentiva.

Rui enfatizou que os produtores devem ter orgulho do que fazem, enaltecendo as riquezas do Paraná.

Na sequência da palestra, que ocorreu junto da programação do I Encontro Estadual de Sucos e Vinhos do Paraná, foi realizada a reunião técnica do Fórum Origens e a comercialização de produtos. O período da tarde foi marcado por um almoço típico e a visita a atrativos e empreendimentos locais.

Um dos empreendimentos foi a Massas Artesanais Beponi, que faz parte do movimento que busca IG para as Massas de Bituruna. Lá, o grupo foi recebido pela família Masiero, que contou um pouco da história dos negócios. Segundo Valéria Masiero, sócia da empresa, tudo tem ligação direta com família.

“Nossa história começou muito antes da empresa, quando reuníamos filhos, netos e primos para os filós e as festas do vinho pelo Paraná. Meus pais sempre ficavam encarregados de cozinhar e as pessoas passaram a nos ver como referência para a polenta, a massa caseira e tantos outros pratos. Isso fortaleceu a nossa marca e, hoje, podemos dizer que todos os clientes que temos vieram de forma espontânea: eles nos procuram pela nossa qualidade e pelos nossos diferenciais”, relata.

Grupo visitou a Beponi Massas, em Bituruna.

Depois, o grupo foi recebido no Restaurante 7Colinas, que também produz massas. Uma programação intensa que, segundo a consultora do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, visa poder proporcionar aos participantes, de diversas regiões do Estado, conhecer de perto outros locais que também contam com IG, além de ter contato com empreendedores que estão buscando esse reconhecimento.

“São dois dias de atividade, onde conhecemos as boas práticas locais, vemos como é feito o atendimento ao cliente em cada região e oportunizamos a troca de conhecimento e experiências. É uma forma de aproximarmos as detentoras de IG e de oportunizarmos essa troca tão relevante para a constante melhoria dos produtos e do marketing”, enfatiza.

Durante as visitas, participantes puderam ouvir os relatos dos empreendedores de Bituruna.

Reunião técnica

Durante a missão, também foi realizada a reunião técnica do grupo, onde foram debatidos aspectos relacionados à comercialização de produtos com IG e o fortalecimento dos produtores.

“Apresentamos o calendário de eventos do ano de 2024, com o objetivo de planejarmos as ações e como será a presença do Fórum Origens do Paraná nas feiras e nos eventos. Além disso, aproveitamos o encontro para compartilhar desafios e avanços de cada IG, dando espaço para essa troca de ideias e boas práticas que, às vezes, funcionam na região oeste e podem ser replicadas na região sudoeste, por exemplo. O trabalho é coletivo e todos estão atuando em conjunto para o fortalecimento dos produtos paranaenses”, conta a consultora.

Fernando Rosseto, de Mandaguari, é produtor de café do Sítio Eliza, que faz parte do grupo que depositou no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o pedido de Indicação Geográfica para o Café de Mandaguari. Ele também é o vice-coordenador do Fórum Origens Paraná e garante que o evento tem cumprido os objetivos, principalmente no que diz respeito a oportunizar o contato com outras regiões que contam com IG.

“Com o Fórum, queremos levar nossos produtos e trocar experiências com outros produtores, pensando em como podemos continuar melhorando a produção paranaense. Essa missão técnica nos traz, também, a chance de conhecermos outras regiões, ver as diferentes maneiras de trabalho de cada um. Termos o encontro aqui em Bituruna e em outras regiões do Estado faz com que a gente retorne para casa com novas ideias”, pontua.

O apicultor e presidente da Cooperativa Agrofamiliar Solidária (Coofamel), Antônio Henrique Schneider, está na missão representando os produtores do Mel do Oeste do Paraná, que possui IG desde 2017. Segundo ele, reuniões como essa são relevantes para promover avanços na produção.

“Esses encontros nos proporcionam uma mudança de mentalidade. A cada município que nós conhecemos, e a partir do contato gerado com cada IG, ampliamos as ideias e voltamos renovados. Por isso, é muito importante vir, captar todo o conhecimento, compartilhar o que fazemos, conhecer pessoas e, assim, levar para a região o que aprendemos”, enfatiza Antônio.

Reunião técnica do grupo fez parte da programação.

Origens do Paraná

O Fórum Origens Paraná é uma plataforma colaborativa dedicada à promoção e à valorização das Indicações Geográficas e das Marcas Coletivas no Paraná. As Indicações Geográficas (IG) são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora.

As Indicações Geográficas promovem os produtos e sua herança histórico-cultural, que é intransferível. Esse legado abrange vários aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade.

Atualmente, no Paraná, são 14 Indicações Geográficas reconhecidas pelo INPI: cachaça e aguardente de Morretes; o melado de Capanema; mel de Ortigueira; cafés especiais do Norte Pioneiro; morango do Norte Pioneiro; vinhos de Bituruna; goiaba de Carlópolis; mel do Oeste do Paraná; barreado do Litoral do Paraná; queijos coloniais de Witmarsum; bala de banana de Antonina; erva-mate São Matheus, do Sul do Paraná; camomila de Mandirituba; e as uvas finas de Marialva.

Outros produtos estão em busca do registro: as Broas de Centeio de Curitiba; Mel de Prudentópolis; Urucum de Paranacity; Queijos do Sudoeste do Paraná; Cracóvia de Prudentópolis; Carne de Onça de Curitiba; Café de Mandaguari; Ponkan de Cerro Azul; e Ovinos e Caprinos da Cantuquiriguaçu.

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Projeto de estímulo à leitura percorrerá dez cidades no Paraná

Iniciativa terá oficinas para estudantes, professores e gestores escolares, rodas de leitura, contação de histórias e doação de livros

O projeto cultural gratuito Minha Biblioteca Viva vai percorrer dez municípios paranaenses entre os meses de maio e outubro deste ano. A intenção é incentivar a leitura, revitalizar as bibliotecas de escolas públicas e democratizar o conhecimento.

A caravana visitará Faxinal, Carlópolis, Tibagi, Carambeí, Bituruna, Chopinzinho, Cerro Azul, Inácio Martins, Cândido de Abreu e São João do Triunfo – todas cidades com menos de 20 mil habitantes; justamente para facilitar o acesso aos livros e ao universo literário nessas localidades. A primeira ação acontece em São João do Triunfo nos dias 4, 5 e 6 de maio, nas escolas selecionadas pela Secretaria de Educação do município.

“Uma equipe de três profissionais – formada por bibliotecária, mediador de leitura e contadora de histórias - visitará os municípios e permanecerá no local por 3 ou 4 dias, realizando diferentes ações com os estudantes, professores e coordenadores. Em seguida, o trio se desloca para outra região, seguindo uma escala mensal”, explica o idealizador do projeto, Cristiano Nagel.

Extensa programação
Serão muitas atividades culturais ao longo de 2022. A programação engloba 20 oficinas de Gestão de Acervo e Revitalização de Bibliotecas Escolares, 20 oficinas de Mediação de Leitura, 100 Rodas de Leitura e 100 Contações de Histórias.

Também haverá a doação de mil livros de literatura infantil [100 por cidade], 2 mil ecobags com a logomarca do projeto (200 por cidade) para que os alunos carreguem as obras emprestadas da biblioteca, criem o hábito e adquiram o prazer da leitura.

Espaço democrático e de conhecimento
As oficinas de Gestão de Acervo e Revitalização de Bibliotecas Escolares terão 9 horas de duração e 40 vagas disponíveis por cidade, divididos em dois encontros.

Os trabalhos serão coordenados por Andressa dos Santos [formada em biblioteconomia], Cristiano Nagel e Lilyan de Souza. Eles vão abordar ações para torná-la viva – tais como clube de livros, contações, mediações de leitura - as formas de dinamizar o acervo, escolha de repertórios, organização de espaço com o volume de livros, higienização, conservação e métodos de empréstimo. Ao mesmo tempo, vão estimular a leitura, a discussão, a socialização, o uso da biblioteca, o espaço a ser explorado e o aprendizado que pode ser alcançado nesse ambiente.

As aulas serão destinadas a professores, agentes de leitura e responsáveis por bibliotecas públicas e municipais. “A meta é destacar a importância destes profissionais e sua integração como parte dinâmica de ações educacionais, sociais e culturais para transformar a biblioteca em um espaço democrático e de conhecimento”, destaca Lilyan.

A voz na leitura
Quem quiser desenvolver as capacidades poéticas a partir da “voz do texto” ou das narrativas orais vai se deliciar com as oficinas de leitura em voz alta, Estéticas da Enunciação.

A ministrante Lilyan de Souza – que é jornalista, educadora, atriz e escritora - trará reflexões sobre os estudos teóricos da performance, da leitura, da voz e do teatro para explorar esses conceitos de forma prática.

Ela também vai mostrar como uma abordagem performativa - centrada na potencialização dos elementos sonoros presentes nos textos literários - pode auxiliar no trabalho de incentivo à leitura e na expansão da narrativa pela voz, para além do corpo.

Essa atividade será destinada a jovens - a partir de 16 anos - e adultos, terá duração de 3 horas e haverá 40 vagas disponíveis por cidade. Os interessados devem entrar em contato com a Secretaria de Educação de cada cidade e agendar a participação.

Contato com o livro
O idealizador do projeto também será o responsável pela oficina de Mediação de Leitura de Literatura Infantil.

Cristiano Nagel – que é ator, escritor, mediador de leituras, contador de histórias, especialista em Narrativas Visuais pela UTFPR e produtor cultural – terá como foco a busca de um repertório de textos infantis para que os pequenos tenham o contato com o livro, desfrutem as belezas dos contos de fadas tradicionais, até suas releituras.

Os vínculos afetivos terão especial atenção nesta atividade, pois eles ajudam no prazer literário. “Pelo olhar se estabelece o diálogo com as crianças e elas são capazes de fazer muitas análises. Elas expressam sua atenção e interesse pelo movimento, brincadeiras e comentários. O jeito como nos relacionamos com os pequenos e com os livros pode ser determinante na formação delas, enquanto sujeito leitor”, explica Nagel.

Essa atividade tem duração de 3 horas e haverá 40 vagas disponíveis por cidade. Os interessados devem entrar em contato com a Secretaria Educação de cada cidade e agendar a participação.

Prática do letramento
A Roda de Leitura é outra atividade do Minha Biblioteca Viva. Essa ação é uma prática pedagógica e cultural relacionada ao ato de ler conjuntamente, muito utilizada com leitores em formação (crianças de séries iniciais do ensino fundamental). O objetivo é a desmistificação da leitura como algo obrigatório, mostrando que ela é prazerosa e acessível. A principal função do mediador é a de servir de ponte entre o texto e o leitor.

As turmas do projeto serão compostas por até 35 participantes, que vão receber cópia do texto para acompanhar o mediador. O encontro também ajuda as crianças a conhecer outras pessoas e histórias, permite que se expressem, falem de si e ouçam o outro.

“Com todas essas ações queremos resgatar o hábito de visitar e frequentar as bibliotecas escolares. Esses espaços são muito ricos em conhecimento, mas foram deixados de lado ultimamente. Também pretendemos estimular o prazer da leitura e contribuir para que as crianças se aproximem dos livros e do ambiente cultural desde cedo”, finaliza Cristiano Nagel.

O projeto Minha Biblioteca Viva foi aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice) da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Governo do Paraná e tem apoio da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Todas as oficinas são gratuitas e os agendamentos devem ser feitos com a Secretaria Municipal de Educação de cada cidade.

Serviço
O que: Projeto cultural Minha Biblioteca Viva
Quando: De maio a outubro de 2022
Onde: Nas cidades de Faxinal, Carlópolis, Tibagi, Carambeí, Bituruna, Chopinzinho, Cerro Azul, Inácio Martins, Cândido de Abreu e São João do Triunfo
Quanto: Gratuito
O que o projeto contempla: 20 oficinas de Gestão de Acervo e Revitalização de Bibliotecas Escolares, 20 oficinas de Mediação de Leitura, 100 Rodas de Leitura e 100 Contações de Histórias.

Haverá doação de mil livros de literatura infantil [100 por cidade] e 2 mil ecobags (200 por cidade) para que os alunos carreguem as obras emprestadas da biblioteca, criem o hábito e adquiram o prazer da leitura.

Sugestão de legenda
Projeto cultural vai estimular crianças e adultos a frequentar bibliotecas de escolas públicas e incentivar o hábito da leitura

Crédito das fotos
Jordana Ferri