Apresentação da OSP traz ao palco do Guaírão o maestro convidado Raphael Haeger e o solo do violonista Ricardo Molter

A Orquestra Sinfônica do Paraná abre o mês de agosto com as obras dos compositores João Guilherme Ripper, Ernest Chausson e Robert Schumann. No dia 04, a regência será executada pelo maestro convidado Raphael Haeger e o solo do violonista Ricardo Molter, dois jovens talentos da música erudita. Os ingressos para o espetáculo já estão disponíveis e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro e no site Deubalada.com.

Raphael Haeger, um renomado percussionista e maestro, iniciou sua carreira musical aos quatro anos de idade. Embora fascinado pela percussão, ele também mostrou interesse por outros instrumentos, especialmente o piano. Após aprofundar os estudos de percussão na Staatliche Hochschule für Musik em Trossingen, Haeger se tornou membro da orquestra do Teatro Nacional de Mannheim em 1994, uma posição que ocupou por onze anos. Durante o período, também liderou a popular série de concertos "Jazz na Ópera", trazendo artistas como Dave Brubeck para se apresentarem no palco da ópera.

Em 2004, Haeger gravou com a Filarmônica de Berlim, consolidando sua reputação no cenário musical. Em 2012, ele completou um mestrado em direção orquestral na Hochschule für Musik "Hanns Eisler" em Berlim. Entre 2011 e 2014, Haeger foi maestro da Orquestra da Universidade de Leipzig, contribuindo significativamente para seu desenvolvimento artístico. Além de suas realizações como músico e maestro, Haeger também desempenhou um papel importante nos programas educacionais da Filarmônica de Berlim, conduzindo ensaios de ópera anuais para Sir Simon Rattle de 2011 a 2017.

Desde 2014, Haeger vem conduzindo óperas infantis ou programas de música de câmara em grande escala com membros da Filarmônica de Berlim no Festival de Baden-Baden. Em 2022, participou da estreia mundial do filme mudo "Brüder" durante o Festival international de Cinema Berlinale, onde executou a música ao vivo que foi composta por Martin Grütter com membros da Filarmonica de Berlim.

Também regeu a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre com a Sinfonie nr. 1 de Gustav Mahler, dirigiu em Tóquio junto ao maestro Kyrill Petrenko, chefe dirigente da Orquestra Filarmônica de Berlin, obras de Brahms e Prokoffjev e também dirigiu a Elbphilharmonie em Hamburg .

O solo do concerto será executado por Ricardo Molter, violonista spalla da Orquestra Sinfônica do Paraná. A a figura do spalla é uma espécie de ponte entre o maestro e os músicos no concerto.Nesta apresentação Molter executa a obra do compositor francês Ernest Chausson, que deixou uma marca na história da música pela renomada obra para violino e orquestra, conhecida como Poème, op. 25. Escrita em 1896, esta composição se destaca como uma das mais célebres do compositor.

O spalla da Orquestra que ira fazer o solo, Ricardo Molter é natural do município paranaense de Toledo onde iniciou seus estudos musicais aos dez anos. Bacharel em violino pela EMBAP/UNESPAR (2014) e mestre em música pela UEM (2023), foi também spalla da Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa entre 2010 a 2013 e participou da Camerata Antiqua de Curitiba, onde atuou por cinco anos como concertino, spalla, solista e camerista.

Histórico - Desde o dia 28 de maio de 1985, a Orquestra Sinfônica do Paraná vem construindo uma história de talento e dedicação à música.O primeiro maestro-titular foi Alceo Bocchino, um dos grandes nomes da música erudita no Brasil e, hoje, Maestro Emérito. Ao longo dos anos, a orquestra construiu um belíssimo histórico com mais de 50 maestros convidados e de 200 solistas, que vieram de diversos lugares do Brasil e do mundo. O repertório conta com cerca de 900 obras catalogadas de mais de 250 compositores, destacando os autores brasileiros Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, e os paranaenses Henrique Morozowicz e Augusto Stresser. Com uma notável capacidade de se adaptar a diferentes estilos, desde os clássicos até os românticos e contemporâneos, o currículo já ultrapassa 500 apresentações dentro e fora do Paraná, com montagens de importantes óperas, balés, primeiras audições mundiais, sul-americanas e brasileiras.

Serviço:

Data: 4 de agosto (domingo), às 10h30

Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão

Tempo de duração do espetáculo: 1h30

Classificação: 7 anos

Especificações do espetáculo: concerto

Maestro: Raphael Haeger

Solista: Ricardo Molter (violino)

Programa:

João Guilherme Ripper: “Rio São Francisco” – Imagem Sinfônica

Ernest Chausson: Poème - Solista: Ricardo Molter (violino)

Schumann: Sinfonia 4 em ré menor, op. 120

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada).

Vendas pela bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com

Balé Teatro Guaíra reúne coreógrafo francês, valsa e pé no chão em “Conexões”

O programa “Conexões” vai unir duas coreografias em um mesmo espetáculo. A primeira criação da temporada de 2024 do Balé Teatro Guaíra, Unwaltz - isso não é uma valsa, com música de Strauss, e Outras Estações, com música de Vivaldi, serão performadas em parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná de 3 a 5 de maio, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). Os ingressos já estão à venda no site DeuBalada.com.
“O trabalho de Jorge Garcia se relaciona com questões do universo humano, ligado ao chão, tanto literal quanto simbolicamente. Trata-se de questões ligadas ao desenraizar das pessoas no mundo contemporâneo e do lançamento de novas raízes em um território novo. Já o trabalho de Mathieu busca algo ascendente, circular, aparentemente distante do chão e da concretude da vida, revisita a ideia da Valsa Vienense trazendo-a de um contexto tradicional para algo contemporâneo”, explica Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra.
O maestro Emiliano Patarra irá reger a Orquestra Sinfônica do Paraná. A primeira peça a ser apresentada, Outras Estações, tem coreografia de Jorge Garcia, música de Vivaldi, cenografia de Guenia Lemos e figurino de Paulo Vinícius, com cerca de 30 minutos de duração. Um intervalo de 20 minutos cria um respiro entre as duas apresentações.
A segunda peça, Unwaltz - isso não é uma valsa, tem coreografia do bailarino francês e atual diretor artístico do Ballet Nacional Chileno, Mathieu Guilhaumon, música de Strauss, cenografia de Beto Rolnik e figurinos de Janaína Castro, com 34 minutos. Ambas peças tem o desenho de luz de Anry Rider.
PRODUÇÃO – Em “Conexões”, o público vai observar que a cenografia não é apenas um contexto para que a dança aconteça, mas também um dispositivo fundamental para as coreografias. A peça Outras Estações, que foi apresentada pela primeira vez em 2022 no espetáculo “Terra Brasilis” e integra hoje o repertório do Balé Teatro Guaíra, propõe uma reflexão sobre as migrações contemporâneas de diferentes povos e comunidades. No palco, são dispostos diversos bambus que remetem à uma ideia de canaviais de um ambiente rural.
Os bambus são instrumentos para a dança e criam um efeito dinâmico, conectado, circular. O figurino de Outras Estações também remete ao trabalho no campo, com camisas e saias longas que parecem proteger os corpos. A paleta de cores entre o cinza e o azul cria uma sensação de coletivo, apesar de cada peça ter diferenças sutis em seus desenhos, destacando a individualidade de cada artista.
Já Unwaltz – isso não é uma valsa traz ao público figurinos e cenário inéditos. As roupas foram especialmente pensadas para serem desconstruídas ao longo da apresentação, partindo de referências clássicas da valsa que vão surpreendendo o espectador, ao enfatizar o caráter contemporâneo da companhia do Balé Teatro Guaíra. Todas as peças foram criadas à distância pela figurinista Janaína Castro, que reside em Minas Gerais e recebeu o convite do coreógrafo Mathieu Guilhaumon para trabalhar no espetáculo.
As peças vieram de avião diretamente de seu estúdio de criação em Belo Horizonte, Minas Gerais, e foram ajustadas junto à equipe de figurino e costura do Teatro Guaíra. O resultado é feito de camadas que serão reveladas no palco pelos bailarinos. “Não ficou uma roupa de época adaptada. Cheguei nas saias longas, nas roupas estruturadas, nas camisas, nos coletes, as cores foram bem pensadas no pigmento rosa e eu acho que cheguei num resultado bem feliz”, detalha.
O cenário é assinado pelo paulista Beto Rolnik. Uma grande estrutura que remete a um candelabro, feito de tubos metálicos que formam aneis pendurados em referência aos salões de valsa de Viena. A instalação foi uma proposta do coreógrafo francês Mathieu abraçada por Rolnik e oferece uma infinidade de possibilidades, incluindo a interação com os bailarinos. Beto Rolnik já conhecia o palco, pois participou da coordenação da cenografia de “O Quebra-Nozes”, o grande fechamento de 2023 no Teatro Guaíra, mas confessa que “Conexões” foi um trabalho desafiador. “Definimos o material pensando no espaço cênico acoplado com questões técnicas. São aneis pendurados que trabalham independentes, podendo criar altura e inclinações diferentes”, conta Rolnik.
Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná. Vivaldi e Strauss. Valsa e pé no chão. Clássico e contemporâneo. São muitas as conexões que constroem o espetáculo, incluindo a própria união de dança e música ao vivo. “Este programa traz para a nossa atenção a possibilidade de perceber uma série de elementos distintos, orquestrados para que o espetáculo aconteça. ‘Conexões’ será, portanto, um grande e imperdível convite ao encontro no Guairão”, conclui o diretor do Balé Teatro Guaíra.

Serviço – “Conexões” – Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná
Apresentações: 3 a 5 de maio de 2024
Dias 3 e 4 (sexta e sábado), às 20h30
Dia 5 (domingo), às 18h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto – Guairão
Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente 1h30
Classificação: 7 anos
Maestro: Emiliano Patarra
Programa: Outras Estações, com Vivaldi + Unwaltz - isso não é uma valsa, com Strauss
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) – lugares livres
Disponíveis na bilheteria do Teatro Guaíra ou pelo site DeuBalada.com