Evento oferece conhecimento e ferramentas para vendas online

Com parceiros como Amazon, Magalu, Carrefour, Correios, Sebrae, E-commerce Brasil, E-commerce na Prática, Bling! e agências franqueadas dos Correios, a conferência, idealizada pela SGPweb, reuniu mais de seis mil pessoas e contou com mais de 15 palestrantes para oferecer conhecimento, desenvolvimento e informação para os vendedores online

19 de agosto foi marcado pela primeira SGPweb Conference, evento que reuniu as principais ferramentas para o segmento de vendas online e marketplaces do Brasil. O evento, idealizado pela SGPweb, contou com a participação de mais de seis mil pessoas, entre profissionais e empresas que pretendem começar ou profissionalizar seu e-commerce. Online e gratuito, foram mais de 10 horas de duração, com o objetivo principal de capacitar e profissionalizar empreendedores e empresas para vender online. Segundo o gerente geral da SGPweb, Osmarino Panaccione Fernandes durante todo o evento os participantes puderam conhecer ferramentas práticas e acessíveis direcionadas tanto para começar a vender, como escalar as vendas online. “Recebemos mais de seis mil profissionais e empresas que puderam em um único dia conhecer ferramentas específicas e direcionadas para o mercado de vendas online, contribuindo assim para um mercado em constante evolução e crescimento”.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), foi aberta mais de uma loja virtual por minuto desde o início do isolamento social, em março e mais de 107 mil novas empresas foram criadas na internet, em pouco mais de dois meses.

Segundo o Especialista em Sucesso do Parceiro da Loja Integrada, Pedro Pessanha, o digital já deixou de ser novidade. “É importante diversificar os canais de vendas e oferecer uma boa experiência de compra para o cliente. Com a pandemia da COVID-19, o e-commerce já apresenta crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma Pessanha.

Marketplace

O gerente de contas do Marketplace da Amazon, André Gonçalves, falou sobre a importância de cadastrar seu produtos em um marketplace. “Hoje a Amazon tem 62 milhões de consumidores, e oferece aos vendedores rapidez para começar a vender, tanto para empresas com grande volume de vendas, como empreendedores individuais”, explica. A coordenadora de Hunting do Carrefour, Laiza Pozzebon, falou que a média de visitas no site era de 17 milhões. Durante a pandemia, a empresa bateu mais de 29 milhões de visitas/mês”, afirma.

A gerente de e-commerce da Magalu, Mariana Campos Castriota , falou que hoje o Brasil tem 50 milhões de MEIS e apenas 50 mil deles vendem online. “Encerramos o ano de 2019 com 25 milhões de clientes comprando em nossa plataforma. No último semestre, crescemos 214%, e esse resultado é a soma de todos os parceiros que vendem conosco”, comemora, lembrando que empresas com pelo menos três meses de funcionamento já são aceitas no marketplace do Magazine Luisa.

O head of marketplace da Webcontinental Marketplace, Juliano Andriguetti, lembra que hoje muitas empresas que vendiam somente no atacado tiveram que começar a vender também no varejo. “Conseguimos colocar esses produtos a venda pelo nosso marketplace, sem expor o nome da empresa varejista, para não criar uma concorrência desleal com as revendedoras dos seus produtos”, explica.

Exposição do produto

A cofundadora da Foto.com, Caroline Soares, lembra que não adianta gastar um super esforço em ferramentas, se não tiver uma boa apresentação do produto. “Colocar nas imagens o maior número possível de informações do produto é essencial. O digital não tem a figura do vendedor, que explica o produto, então esse consumidor se abastece de informações apenas com imagens / fotos e textos”, lembra.

O CEO e co-founder da Conecta-lá, Fernando Schumacher, lembra que quando o seu produto aparece mais de uma vez para o mesmo cliente, por diferentes canais de vendas, aumenta seu poder de fechar a venda. “Quando você amplia seus canais de vendas, aumenta sua audiência, exposição do seu produto, a chance de converter a venda é maior. Você gira mais rápido seu estoque, compra mais do seu fornecedor e tem maior poder de negociação com ele. E tudo isso resulta em ganho de margem para seu negócio.”

Gestão Integrada

O evento abordou também a importância de um sistema de gestão integrada para controlar as vendas da empresa. O diretor comercial da PluggTo, Felipe Felipe Fuhrman, mostrou uma ferramenta que faz um controle integral e suporte nas vendas. “Quando se vende em diferentes canais, é importante ter um controle assertivo que unifique todas as vendas e resulte em uma gestão organizada e eficaz de todos os negócios realizados pela empresa”, explica. O coordenador de marketing e parcerias da Bling!, Guilherme Minuzzi, afirma que quem quer vender na internet tem sempre o objetivo de ganhar escala. “Só que pra vender e ganhar escala, é fundamental utilizar um ERP, que permite que você gerencie suas vendas online de forma centralizada, com unificação de todas as vendas, e controle do estoque, trazendo velocidade para a operação”, lembra.

Qualidade na entrega

O gerente regional de canais da Pitney Bowes, Rodrigo Melo, falou da importância da automação na logística. “O tempo que se gasta preparando as encomendas deve ser o mais rápido possível e, para isso, é preciso investir em equipamentos que automatizam esse processo”, alerta.

O consultor comercial da SGPweb, Marco Dutra, lembra que independente do tamanho da empresa, sempre existem possibilidades de crescer. “Um erro que vemos muito é dedicar somente à venda e à entrega final, do que no processo da jornada de e-commerce. Uma entrega bem feita hoje custa a reputação das empresas”, lembra. Com mais de 30 mil clientes, o sistema de gestão de postagens da empresa oferece controle total do que foi vendido e postado. “É possível acompanhar alguma falha no processo e antecipar essa solução para o cliente”, completa Dutra.

O representante das agências franqueadas dos Correios, Warley Pires, chama a atenção para o frete na entrega. “A cereja do bolo é o frete: ele vai te ajudar a vender mais e melhor. O frete tem que ser uma estratégia comercial, então mude a sua forma de enxergar ele. O frete grátis, por exemplo, é um fator motivacional para finalizar a compra”.

Capacitação profissional

A sócia e head de produto do E-commerce na Prática, Babi Tonhela lembra que ter loja virtual não é sinônimo de venda. “Têm estratégias que devem ser feitas para que o resultado seja a venda. Precisamos capacitar os profissionais de e-commerce, para que o atendimento ao cliente conheça as estratégias disponíveis e ofereça um serviço de qualidade, para evitarmos a depreciação do setor.”

O diretor de relacionamento da e-commerce brasil, Samuel Gonsales, lembra que antigamente a concorrência era restrita e hoje é global. “A voz do consumidor era confinada, hoje ela é digital. E a disponibilidade, que tinha hora, hoje é a qualquer momento. 5.7% milhões de pessoas que passaram a comprar no e-commerce durante a pandemia, fizeram a sua primeira compra nesse período e em muitas pesquisas vemos que essas pessoas gostaram da experiência e continuarão comprando”, completa Gonsales.

O coordenador de mercado e varejo do Sebrae, Lucas Hahn, finalizou o evento com dicas de tendências do varejo para 2020, com informações da última NRF 2020 Vision. “As pessoas não querem mais perder tempo, buscam empresas mais humanizadas, com atendimento e retorno ao cliente mais humano. Essa tendência veio pra ficar e vai crescer muito nos próximos anos”, afirma, lembrando que a tendência principal é padronizar e robotizar tudo o que for interno, para dar instrumentos para que o humano encante o cliente e faça com que ele consuma mais. O Sebrae anunciou no evento cursos online para turbinar os resultados na jornada digital que, durante o ano de 2020, estão disponíveis gratuitamente.

Durante a conferência, os participantes puderam doar qualquer quantia para a ONG "Eu Cuido de Ti", instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo ajudar entidades carentes de Curitiba e Região Metropolitana. Entre as doações dos parceiros e participantes do evento, foram arrecadados mais de R$24 mil reais, que serão direcionados para a compra de cestas básicas para instituições selecionadas pela instituição. O evento teve encerramento com show ao vivo do cantor Igor Ferraz.

Sobre a SGPweb:

A SGPweb é um sistema que proporciona maior controle na gestão dos envios, com a apresentação de forma fácil e intuitiva de informações antes da postagem, relatório completo do que foi enviado por departamento, por serviço e por data. A ferramenta permite fácil integração com marketplaces, e-commerces, ERP's , CRM's, e foi desenvolvida com foco nas mais atuais tecnologias voltadas para internet, com integração a diversos sistemas e empresas, para que a informação chegue fiel e em tempo real a todos os interessados no processo.

Vendas de brinquedos e jogos pela internet crescem mais de 400%

Pandemia antecipou tendências que levariam anos para se consolidarem, aponta professor e especialista em Administração

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) com a empresa Konduto analisou e-commerces de produtos durante a pandemia de Covid-19 e relatou que a categoria de brinquedos e jogos teve um aumento de 434,70% nas vendas. O valor do ticket médio, que era R$ 417,82 na quinzena de 1 a 14 de março, chegou a R$ 492,43 — ou seja, um crescimento de 10,44%.

Passado o susto inicial das primeiras semanas do distanciamento social, que teve uma retração de 20% nas vendas, os consumidores passaram a comprar mais on-line. Não foi só a venda de brinquedos que aumentou: o e-commerce dos supermercados teve um aumento de 270,16%; os materiais esportivos também, com crescimento de 211,95%.

Para Elizeu Barroso Alves, coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, não há dúvidas que, desde o início do surto do vírus, o comércio eletrônico no Brasil ganhou um protagonismo nunca visto anteriormente. “A Covid-19 nos fez antecipar decisões empresariais e também o movimento do comércio para a integração do mundo físico ao virtual. Transportadoras que tinham como foco grandes cargas, por exemplo, passam a se envolver com entrega de pequenos volumes, devido a esse novo fluxo digital”, explica.

O momento também faz refletir sobre como ficará o e-commerce quando os serviços retornarem à normalidade. Alves se antecipa e orienta: “É hora de conhecer melhor os clientes atuais, traçar seu perfil, acompanhá-los, demonstrar a comodidade da compra pela internet e fazer com que se sintam parte do negócio. Fóruns e blogs podem ser boas alternativas”, finaliza.