Janna Reghini apresenta a exposição “Tayngava”

Artista cria obra original a partir de uma pesquisa com a arte dos povos originários do Brasil

Obras inspiradas pela arte indígena brasileira, este é o ponto de partida da exposição individual Tayngava da artista plástica Janna Reghini, que será aberta na próxima quinta-feira, dia 24, às 19 horas, na Galeria do Multiespaço São Francisco 179 (Rua São Francisco, 179 - Centro Histórico). Na ocasião serão expostas 25 obras, produzidas nos últimos três anos de sua pesquisa sobre a pintura de várias etnias brasileiras, com técnicas variadas em tamanhos diversos. A mostra tem entrada franca e pode ser visitada de terça a sábado, das 14 às 20 horas, e aos domingos das 14 às 18h, até o dia 25 de maio.
Janna Reghini conta que o nome da exposição “Tayngava” se refere a um tipo de grafismo indígena brasileiro. Sua intenção não é representar literalmente as etnias que ela pesquisou durante três anos, mas produzir com inspiração das pinturas de vários povos originários. “No meu trabalho, uso uma mistura de grafismos de várias etnias... são milhares de possibilidades. Os mais presentes visualmente são Asurini do Xingú, Kaiapó, Kadiweu, Marajoara entre muitas outras... É difícil citar todas pois são mais de 300 etnias hoje no Brasil e, diante de tantas possibilidades, tentei ao máximo não copiar o grafismo de uma etnia específica. Minha esperança é que, nas minhas pinturas e peças, as pessoas vejam a ‘ideia’ da arte indígena”.
O interesse pelo tema surgiu quando Janna participou de um documentário para o MAI-Museu de Arte Indígena. “Ali fiz uma imersão e descobri um mundo diverso demais.... me encantei. E claro, indo atrás das minhas raízes para ver o quanto me aproximo disso tudo”. A partir daí ela começou a pesquisar sobre as diferentes pinturas corporais, seus significados, funções e rituais. “A diversidade é enorme: tem grafismos funcionais e não funcionais, que falam de mitos, que representam posições ou que são só para embelezar. O legal é que todos eles refletem uma relação milenar entre os seres humanos e a terra, expressando visões de mundo muito profundas”, finaliza.

Serviço: Tayngava. Exposição individual da artista plástica Janna Reghini. Abertura quinta-feira, dia 24 de abril, às 18 horas, na Galeria do Multiespaço São Francisco 179 (Rua São Francisco, 179 - Centro Histórico). Visitação: de terça a domingo, das 14 às 20h (domingo até às 18h) até o dia 25 de maio.
Entrada gratuita.
Classificação indicativa: Livre.
Mais informações no site: tijolocwb.com.br/ ou Instagram: @tijolocwb

O Encontro: Sessão de autógrafos com o autor Ricardo Aparício e aartista plástica Maristela Oliveira

Publicado pela Editora InVerso, livro une arte e poesia para falar de sentimentos
Neste sábado (6), a Livraria da Vila, no Shopping Pátio Batel, recebe o autor
Ricardo Aparício e a artista plástica Maristela Oliveira para uma tarde de
autógrafos do livro O Encontro. Publicada pela Editora InVerso, a obra reúne em
imagens artísticas e poesia a intensidade que permeia as relações românticas.
Para Ricardo Aparício, compositor, músico, produtor musical e poeta com 45
anos de carreira, O Encontro é um projeto em que as artes se complementam.
“A ideia de O Encontro foi buscar no meu acervo poesias que trouxessem à tona
um lado reflexivo sobre os sentimentos que temos e que moldam o que somos,
como vemos o mundo e nossas relações românticas. Unindo com a minha
identificação com o trabalho da Maristela, nasceu a vontade de juntar nossas
artes e fazer um trabalho juntos”, explica.
Com ilustrações criadas a partir da leitura das poesias, Maristela e Ricardo
apresentam uma obra que traz a intensidade dos sentimentos em forma de
energia, com estilo e originalidade onde artes plásticas e palavras se convergem
em um livro que traz arte em forma de poesia e poesia nos traçados, pinturas e
esculturas.
O evento será das 16h00 às 19h00, entrada gratuita.
Sobre os autores:
Compositor, músico, produtor musical e poeta, Ricardo Aparicio é natural de Chapecó
(SC) e é conhecido na música pelo pseudônimo Ricardo Moura. Fundador e vocalista
da banda de blues e rock Bartenders (1991) ao lado de Carlos Gaertner e Júlio Afara,
já tocou com importantes músicos do gênero no Brasil, como André Christovam e
Roberto Frejat, Luis Carlini e Franklin Paolilo (membros do Tutti Frutti). Seu gosto pela
poesia sempre foi determinante em sua carreira e o manteve produzindo suas
composições e escrevendo ao longo dos seus 45 anos de carreira.
Maristela Oliveira iniciou sua formação artística aos 16 anos com técnicas de pintura,
vitrais, artesanato, porcelana, folheação em ouro e restauro de obras, com as mestras
Stela Vitola e Maria Vitola. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas
sendo destaque em várias participações nas Mostras da Casa Cor em Santa Catarina,
Paraná e Rio Grande do Sul, Decorare (SC) e Artefacto (PR).
Sobre a editora:
A InVerso atua desde 2004, com o objetivo de oferecer ao público produções com
qualidade gráfica e editorial dos mais diversos gêneros literários.
Nossa sede está em Curitiba – PR, com distribuição e divulgação em todo o Brasil e
para os demais países reconhecidos pela comunidade internacional. A editora participa
de feiras literárias, bienais, concursos culturais e grandes eventos do segmento.
Com a missão de oferecer aos leitores uma experiência literária por meio de várias
opções de títulos, a InVerso tem em sua essência, além da característica de identificar
e lançar novos autores no mercado literário, o relacionamento de proximidade entre
escritor, leitor e editora.
Serviço
Sessão de autógrafos do livro O Encontro, do autor Ricardo Aparício e a artista plástica
Maristela Oliveira
Local: Livraria da Vila | Shopping Pátio Batel - Avenida do Batel, 1868
Horário: das 16h às 19h
R$129
ISBN: 978-85-5540-375-0

Exposição inédita em Curitiba explora a morte e as múltiplas facetas do luto na relação humana

Artista Mônica Hirano apresenta sua primeira mostra individual em Curitiba, de 19 a 27 de março.
A classificação é livre

Monica Hirano vem a Curitiba com exposição inédita Sobre Perecer - Cred Luigi Pirisi
O luto é uma arte, não uma ciência. De acordo com a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, o percurso do luto envolve sentimentos como negação, raiva, negociação, depressão e aceitação de forma não linear, em que cada indivíduo os processa de forma única.

Na exposição “Sobre Perecer”, que fica em cartaz de 19 a 27 de março, em Curitiba, a artista Mônica Hirano aborda um pouco mais sobre esses sentimentos, explorando também a libertação, a culpa e a contemplação, buscando abrir um debate sobre a importância da comunicação aberta e do apoio emocional coletivo em frente à morte e o luto. A mostra é gratuita e ocupa a PF 2119, localizada na R. Brigadeiro Franco, 2119/2137, um espaço que fomenta a criatividade artística na cidade.

Hirano, que nasceu em Santa Catarina e passou sua mais recente década expondo seus trabalhos pelo Egito, Índia, Malásia, Itália, França e Alemanha, tem mestrado em Gestão de Artes pelo Instituto Europeo di Design, em Roma, e estreia sua primeira mostra individual em Curitiba, trazendo obras que refletem sua pesquisa sobre a finitude da vida, direcionando o seu olhar para o tema de uma forma sutil e cuidadosa, desvendando as ordens sentimentais que a morte pode ocasionar em um ser humano, que, por natureza, constantemente busca sentido a tudo que lhe circunda.

O tema da exposição sempre foi um dos pontos centrais de questionamento na vida de Mônica, que sempre observou a transição da vida para a morte com curiosidade. O que acontece quando deixamos este plano?

A pesquisa do tema se manifestou em suas obras após duas perdas traumáticas, a de sua avó paterna e seu pai, que despertou uma narrativa além de questionamentos. Seus sentimentos de dor, medo e angústia passaram a se apresentar com uma roupagem particular, escancarada e dilacerante. A materialização do sofrimento em arte foi instintiva, racionalizando e canalizando a imensa variedade de sentimentos que assombravam a artista, de maneira involuntária, desalinhada e com diversas graduações de intensidade.

Diferente da abordagem sensacionalista nos noticiários televisivos e programas policiais, em que ocorre a banalização de mortes e tragédias, “Sobre Parecer” é justamente o contrário.

“O antídoto para o medo é começar a falar sobre o assunto desde cedo. Dizer adeus é muito mais fácil quando o luto é coletivo, pois quando vivido em silêncio pode gerar vergonha e culpa”, comenta Mônica Hirano.

Monica Hirano, dentro da instalação _Je suis venue dire que je m_en vais_ Foto de Luigi Pirisi
80% das obras de “Sobre Perecer” são inéditas. Uma delas é intitulada “Solace is a Weeping River” (O consolo é um rio que chora), um vídeo arte ensaio, produzido na Bélgica, resultado de um compartilhamento coletivo de pensamentos que celebram a vida de quem parte e lamentam e refletem a existência póstuma de quem permanece vivo.

“Vivemos em uma sociedade em que a cultura da negação da morte, em seu sentido mais íntimo, prevalece. Nossa sociedade tem uma cultura centrada na juventude, que glorifica a jovialidade e resiste ao envelhecimento. Consequentemente, as discussões sobre a morte e o envelhecimento são frequentemente descartadas em favor da celebração da juventude e da vitalidade. Não somos educados sobre o assunto e isso se transforma no estigma mais hipócrita que existe, porque absolutamente toda a população mundial convive com esta máxima diariamente”, completa a artista.

Hirano é artista visual, performer e curadora independente. Em suas obras, Mônica utiliza a linguagem da performance, instalação e vídeo, com pesquisa de memória e enfrentamento de sentimentos. Seus estudos recentes envolvem as várias facetas do luto e a certeza iminente da própria morte, explorando de forma sutil e respeitosa esses temas complexos e sensíveis.
“Minha morte estava encomendada para os meus 12 anos, caso eu tivesse a sorte de alcançar esta idade. Os melhores médicos do Brasil não conseguiam diagnosticar qual era a o grau da minha doença pulmonar, e meu caso chegou a ser estudado por especialistas nos EUA. Nenhum desses profissionais conseguia visualizar uma existência que excedesse os 12 anos de idade. Para uma mãe de 30 anos com uma filha única, esses palpites eram completamente aterrorizantes”, explica Mônica. “Eu não fazia ideia do que isto poderia significar, porque do alto dos meus 5 anos, eu não havia presenciado o medo da morte, mas sabia que seus sintomas eram unhas roídas, crises de compulsão alimentar, noites não dormidas, choro, medo e decepção. Eu via constantemente o sofrimento no olhar da minha mãe”, completa.

Em suas obras anteriores, Mônica aborda temas como memórias da infância, raízes de autoestima e a imigração.

OBRA SOLACE IS A WEEPING RIVER - Fotos por Luigi Pirisi
Já em relação à prática curatorial, Hirano pesquisa sobre diversidade e o movimento LGBTQAIPN+, inclusão e direitos humanos, e vidas com HIV. Atualmente, segue envolvida com a Inteligência Artificial e os impactos da coleta e distribuição de dados na sociedade.

A estreia da exposição “Sobre Perecer” é no dia 19 de março, das 18h às 22h, na PF 2119, localizada na R. Brigadeiro Franco, 2119/2137. O horário de visitação é de terça-feira a sábado, das 16h às 20h, ou com hora marcada, que pode ser agendada pelo monicahirano@gmail.com. A finissage é no dia 27 de março e a visitação é das 18h às 20h.
Antes da estreia da mostra, Mônica Hirano estará em Curitiba para uma apresentação artística no dia 8 de março, a partir das 18h, no 45o Simpósio Internacional de Performance de Arte, que ocupa o PF2119, uma iniciativa da p.ARTE, uma plataforma independente de performance arte com sede na cidade que recebe artistas de vários lugares do mundo para apresentações especiais.

Serviço:
Exposição “Sobre Perecer”
Data: 19 a 27 de março
Local: PF2119 (R. Brigadeiro Franco 2119 / 2137, Curitiba, PR)
Entrada gratuita
Horário visitação: Terça à Sábado das 16h às 20h, ou com hora marcada (monicahirano@gmail.com)
Na abertura: 19 de março, das 18h às 22h
No último dia: 27 de março, a visitação é das 18h às 20h
Instagram: https://www.instagram.com/monicahirano_/
Site oficial: https://www.monicahirano.com/
Colaboradores e agradecimentos especiais: PF2119, Berti Casa Funerária, Consultório Odontológico Dra Angela F Pereira, Doria+Arquitetos, Douglas Cerdeira, TIP - Performance de Mídia.

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