Isolamento social aumenta prática de exercícios em casa

Especialista em fisiologia do exercício alerta para problemas na realização de atividades sem supervisão

Com academias fechadas pelo decreto municipal da SESA, devido a pandemia da COVID-19, muitas pessoas estão realizando as atividades físicas em casa. Fazer um alongamento, uma aula online e realizar exercícios por conta garantem a saúde em dia, certo? Errado. Segundo o educador físico, especialista em fisiologia do exercício da Eden Clinic, Rogerio Morizine, se o exercício for feito de maneira errada, pode fazer o efeito inverso, trazendo problemas de saúde para os praticantes.

Segundo o especialista, uma atividade realizada sem supervisão pode potencializar um erro. “Forçar o bíceps, por exemplo, de maneira errada pode ocasionar uma tendinite, epicondilite ou até mesmo uma bursite”, alerta. O especialista lembra que cada corpo possui sua individualidade biológica, e o exercício deve favorecer o padrão mecânico de cada um. “Ter uma consciência corporal é essencial para realizar os exercícios de forma correta”, afirma.

Em casa, é importante realizar alongamentos frequentes, e priorizar o alongamento das articulações de quadril, joelho e tornozelo, que dão mobilidade para o corpo. Morizine lembra que o corpo humano possui cadeias de músculos, que vão dos pés à cabeça, e forçar o tornozelo de maneira errada pode interferir nos músculos da mastigação, por exemplo.

A dica do especialista é fazer um alongamento dinâmico. “Diferente do alongamento comum, no qual o corpo fica parado, o alongamento dinâmico envolve a movimentação de partes do corpo que, gradualmente, aumentam sua amplitude, mobilidade e lubrificação das articulações”, explica. Existem vídeos desse tipo de alongamento para quem deseja fazer em casa. “O importante é sempre ter o acompanhamento de um educador físico, para ensinar o indivíduo a realizar o movimento corretamente, com consciência corporal, para daí ele começar a praticar sozinho, em casa”, finaliza.

Sobre a Eden Clinic:

Sob o comando da médica Márcia Simões Kornin, a Eden Clinic atua no desenvolvimento de um plano de ação individualizado para cada paciente, que prioriza a saúde, longevidade e qualidade de vida, por meio do tratamento da fisiologia e harmonização hormonal. A clínica oferece equipe multidisciplinar, com o objetivo principal do equilíbrio entre o corpo e a mente, com atendimento psicológico, nutricional e estético, e também consultoria esportiva presencial e online com personal trainer, além da técnica japonesa Seitai, que realiza a harmonização da estrutura óssea, auriculoterapia, e massoterapia, com o método Renata França e de liberação miofascial.

www.edenclinic.com.br

Casos de sarampo avançam 1.044% no Paraná

Casos de sarampo avançam 1.044% no Paraná
Em 30 dias, os registros da doença em território paranaense cresceram assustadoramente segundo dados da Sesa

CURITIBA, 11/10/2019 – A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) acaba de divulgar um novo Informe Epidemiológico referente aos casos de sarampo. Cada vez mais alarmantes, os casos avançaram 1044% em apenas 30 dias, entre 10 de setembro e 10 de outubro. Agora, o Paraná já registra 103 casos confirmados da doença em 2019. Segundo o informe, a Região Metropolitana de Curitiba concentra quase a totalidade dos casos. Apenas em Curitiba, 80 pessoas estão infectadas.

O sarampo é uma doença considerada de contágio fácil, similar ao da gripe, com a transmissão feita por meio de tosse, fala ou contato íntimo. Outro fator que agrava as chances de epidemia é que um paciente contaminado pode transmitir o vírus para, em média, 18 pessoas. Entre os principais sintomas do sarampo estão manchas vermelhas na pele, tosse persistente, manchas brancas na parte interna da bochecha e irritação nos olhos. “As vacinas são consideradas um dos grandes avanços da medicina e salvam vidas todos os dias há mais de 200 anos. Doenças como o sarampo, já vencidas, retornam em surtos por conceitos equivocados de ‘movimentos antivacinas’, gerando um retrocesso na saúde”, explica o Dr. Aier Adriano Costa, clínico geral e coordenador médico da Docway.

A doença pode ocasionar febre, convulsões, infecções, conjuntivite, perda de apetite, diarreia e, em casos mais graves, até lesão cerebral e infecções no encéfalo. A enfermidade é considerada de maior risco para crianças menores de 5 anos, podendo causar meningite, encefalite e pneumonia. “Em casos mais graves, o sarampo pode ocasionar até a morte do paciente. Em locais onde a vacinação ainda não está implantada nos sistemas de saúde, a doença está entre as principais causas de morte de crianças de até 5 anos de idade”, afirma o médico.

Sem um tratamento específico, a única prevenção garantida é a vacinação. “A doença pode ser prevenida por meio da vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola. Uma dose gera imunidade em aproximadamente 93% dos vacinados. O emprego de duas doses possui eficácia de proteção em torno de 97%”, explica Deivis Junior Paludo do grupo Diagnósticos do Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização e o Ministério da Saúde, a primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses, que pode ser substituída pela vacina tetravalente. “A vacina contra o sarampo é altamente efetiva e com certeza a melhor forma de prevenir a doença”, confirma o Dr. Aier.

Apesar de, na maioria dos casos, o diagnóstico do sarampo ser feito por meio de avaliação clínica, o especialista do Diagnósticos do Brasil ressalta que está disponível no mercado nacional o exame que identifica a doença. “Ele é realizado por meio da sorologia, que detecta a presença de anticorpos IgM e IgG específicos, com resultados em até 10 dias úteis”, explica Deivis.

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde, mas o título foi retirado em fevereiro deste ano após a verificação do surto ocorrido em 2018. O motivo da epidemia da doença é extremamente preocupante, pois se resume à redução da cobertura vacinal, proporcionando um ambiente populacional menos protegido ao vírus. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a cobertura vacinal chegou a ser em torno de 100%, em 2014, mas caiu para 90% no ano passado.

“A vacina contra o sarampo integra o calendário nacional de vacinação, e é de extrema importância que a população retome seus cuidados em segui-lo à risca. Afinal, esta é a única maneira comprovada de se prevenir contra essa e muitas outras doenças que podem ter consequências graves”, reforça Deivis. O Ministério da Saúde indica que crianças de seis meses a um ano de idade, que vão se deslocar para municípios que apresentem surto ativo de sarampo, devem ser vacinadas contra a doença pelo menos 15 dias antes da data da viagem.

Adultos que ainda não foram imunizados contra o sarampo, também devem seguir as indicações das autoridades: pessoas de até 29 anos devem receber duas doses para a imunização. “Para a população entre 30 e 49 anos, o indicado é que recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção fica para pessoas imunodeprimidas, acima 50 anos ou mulheres grávidas, que não devem tomá-la”, completa o Dr. Aier.