Perkons apresenta primeiro carro 100% elétrico da frota para manutenção dos equipamentos de Curitiba

Brasil chegará a 100 mil veículos elétricos no segundo semestre de 2022

Curitiba, outubro de 2022 – Durante as comemorações da Semana Nacional de Trânsito e do Setembro Mobilidade, a Prefeitura de Curitiba, no Paraná, inaugurou os ônibus elétricos, veículos com emissão zero de CO2 e ruído. Uma novidade que promete agradar os curitibanos e o meio ambiente. Os testes integram o esforço de Curitiba rumo à eletromobilidade, com destaque para o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável, com financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development BanK (NDB).
Nos próximos dias, os condutores e pedestres da capital paranaense verão pelas ruas da cidade uma outra novidade: um utilitário, 100% elétrico, da empresa paranaense Perkons, especialista em mobilidade e gestão de trânsito, que estará pelas vias da cidade fazendo a manutenção de equipamentos de fiscalização eletrônica, a serviço da Prefeitura de Curitiba. “Somos movidos à inovação, nosso DNA é voltado para a segurança no trânsito e o salvar vidas. Pensar em soluções zero carbono, com mínimo ruído, é importante para uma cidade que busca, a cada dia, ser mais inteligente e sustentável, por isso, buscamos acompanhar essa proposta apresentando o primeiro utilitário de manutenção dos nossos equipamentos, 100% elétrico”, explica Regis Nishimoto, diretor técnico da Perkons.
Passado e futuro
A primeira lombada eletrônica do mundo foi desenvolvida pela Perkons e instalada em Curitiba no dia 20 de agosto de 1.992. 30 anos e milhares de vidas salvas depois, passado e futuro vão se encontrar nesse mesmo endereço.
Nesta segunda, 3, essa lombada foi retirada para ser substituída por uma nova tecnologia, e o carro elétrico estará nessa operação. “Nosso olhar no futuro é sedimentado na expertise que torna as cidades mais sustentáveis e inteligentes há mais de três décadas”, enfatiza Nishimoto. “Nossa história se cruza com a história de inovação, tecnologia e desenvolvimento de Curitiba e de muitas outras cidades do Brasil, e isso nos enche de orgulho e de certeza que estamos no caminho certo”, reflete.
Segundo projeção da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil chegará a 100 mil veículos elétricos no segundo semestre de 2022. Além disso, há 79,8 mil deles em circulação no país, entre automóveis, utilitários e veículos comerciais leves, e, agora, a Perkons apresenta o primeiro elétrico para manutenção pública, a serviço de Curitiba.

Senado votará alterações no CTB para o transporte de crianças

Texto aprovado pela Câmara mantém multa para o transporte irregular

 

 Tramita no Senado Federal o texto aprovado pela Câmara Federal do Projeto de Lei 3267/19, que visa promover uma série de reformulações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre os temas mais polêmicos e debatidos estão os relacionados ao transporte incorreto de crianças no trânsito. Uma preocupação das entidades de proteção às crianças era que as penalidades fossem retiradas do projeto ou minimizadas.

            No texto base do PL aprovado em junho na Câmara Federal as medidas atualmente vigentes foram mantidas, entre elas, a manutenção da multa para os motoristas que transportarem crianças sem o uso de bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação. Trata-se de uma infração gravíssima, com penalidade de multa e até mesmo a retenção do veículo, conforme artigo 168 do CTB. Agora, o projeto precisa passar pela votação do Senado e, após aprovação, pela sanção da Presidência da República.

Novidades relacionadas à segurança das crianças

            A ONG Criança Segura, organização não governamental que tem a missão de promover a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes até 14 anos, identificou novos pontos positivos no PL. O texto aprovado pela Câmara, além de manter a penalidade para o não uso da cadeirinha, amplia a obrigatoriedade do uso de dispositivos de retenção veicular para crianças de até 10 anos de idade ou 1,45 metro de altura. Também houve um avanço em relação ao transporte de crianças em motocicletas. Agora, somente crianças a partir dos 10 anos de idade poderão ser conduzidas nesse meio de transporte.

            Segundo a entidade, o trânsito é a principal causa de morte acidental de crianças e adolescentes de zero a 14 anos no Brasil. Em média, três crianças morrem por esse motivo diariamente, sendo a maioria desses óbitos decorrentes de acidentes de carro; só em 2018, 313 mortes.

Conforme a Criança Segura, os dispositivos de retenção veicular são a única forma segura de transportar crianças dentro de um veículo. Os bancos dos carros e os cintos de segurança são projetados para pessoas com mais de 1,45 m de altura que, segundo o IBGE, é atingida pelas crianças brasileiras por volta dos 11 anos de idade. Utilizar o equipamento correto para cada idade, peso e altura é essencial para que a criança esteja, de fato, protegida em caso de um sinistro. Quando usados corretamente, os dispositivos de retenção veicular reduzem em até 71% o risco de morte em caso de colisão.

“Por isso, esse avanço no transporte seguro das crianças, dentro do CTB, é tão importante, embora o texto ainda apresente alguns retrocessos, como o aumento da pontuação limite para cassação da CNH. Esse PL, e quaisquer outras medidas que alterem as leis de trânsito, devem ser tratadas com muita atenção para garantirmos o cuidado e segurança dos nossos pequenos”, destaca a organização.

Especialistas dizem que há pouco a comemorar

O texto aprovado não agradou os especialistas. As novas medidas, no que tange à proteção das crianças, foi recebida pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) com um alívio, pela retirada da intenção de não aplicar multas para quem não usa a cadeirinha, porém, os critérios do tipo de equipamento a ser usado continuam alvo de críticas.

"Como pediatra e pesquisador de segurança infantil, lamento que o Projeto de Lei aprovado pela Câmara de Deputados continue ignorando as recomendações atuais sobre transporte de crianças em veículos, conforme sumarizadas no último documento científico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre esse tema”, afirma o médico associado da SPRS, Danilo Blank.

O conteúdo disponibilizado pela SBP (bit.ly/sbpdocent-ocup) detalha que, segundo as recomendações atuais das melhores práticas apoiadas em evidências científicas para o transporte de crianças em automóveis, o consenso é que as limitações se baseiem no tamanho da criança – primordialmente a estatura, mas também o peso – e na capacidade do dispositivo em acomodá-la, e não na idade.

“A proposta de alteração do artigo 64 do Código de Trânsito Brasileiro continua omissa quanto às melhores recomendações para os tipos de assento apropriados para diferentes tamanhos de crianças. Enfim, pelo menos o projeto aprovado bloqueou a inexplicável intenção do Governo Federal de retirar simplesmente da legislação brasileira as punições pelo transporte inapropriado de crianças em automóveis”, completou Blank.

O médico destaca que a importância de manter todas as crianças menores de 1,45m – não somente até os 10 anos – em assentos de segurança está na comprovada proteção desses dispositivos. Assim, cabe ao pediatra orientar os pais para que se certifiquem que seus filhos utilizem os equipamentos mais seguros e adequados, independentemente da lei.

Luiz Gustavo Campos, especialista em trânsito e diretor da Perkons, diz que ainda hoje milhares crianças perdem a vida por razões que poderiam ser evitadas. “É importante que os condutores e a sociedade de modo geral entendam que direção defensiva, transporte responsável e as leis de trânsito ajudam a salvar vidas, e que mais de 90% dos acidentes de trânsito poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção”, comenta.

Mensagens do Maio Amarelo precisam chegar aos milhares de motoristas que trabalham nas estradas do país

Durante todo o mês a campanha divulgará informações e dicas de segurança no trânsito pelas redes sociais, site e aplicativos

Curitiba, maio de 2020 – A campanha Maio Amarelo deste ano acontece de maneira digital. Em tempos de pandemia e de isolamento social, não poderia ser diferente. Mas as estradas não podem parar e profissionais como motoristas, caminhoneiros e entregadores, por exemplo, seguem desempenhando funções essenciais à sociedade. Por isso, difundir informações e conscientizar a todos sobre a importância da segurança no trânsito também segue sendo fundamental para salvar vidas e, especialmente, para não sobrecarregar ainda mais hospitais e a rede de saúde do país.
O Movimento Maio Amarelo, uma iniciativa coordenada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, que reúne patrocinadores e apoiadores de todo o país, como é o caso da Mobilis, empresa especializada em tecnologia, começou oficialmente no dia 1º de maio, e vai levantar a bandeira do trânsito seguro mesmo sem eventos e encontro de pessoas. Neste ano o tema do Movimento é “Perceba o risco. Proteja a Vida”, e a mobilização acontece por sites, redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.
José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório, diz que, neste momento, é ainda mais fundamental que a mensagem do ‘conduzir com segurança seguindo as leis e as normas de trânsito’ chegue a todas as pessoas, essencialmente aos profissionais que estão na estrada todos os dias, possibilitando que o país não pare. “Quando o condutor realmente entende que o cinto pode salvar a vida dele, ele passa a usá-lo, mesmo nos deslocamentos mais curtos. Assim é com o celular, com a manutenção preventiva, com o respeito a velocidade permitida etc. E foi pensando em ampliar esse conceito que nasceu o tema deste ano”, explica.
Segundo Ramalho, a proposta desse mote é exatamente transmitir à sociedade um aspecto já comum entre os técnicos de segurança viária: a importância da percepção de risco. “Temos certeza que por meio das redes sociais e dos apps de mensagens pelo celular faremos o significado chegar a mais e mais brasileiros, trazendo mais consciência e responsabilidade”, comenta.
É o que reforça o diretor geral do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Frederico de Moura Carneiro. “Quando falamos em trânsito, o mais importante é preservar vidas. Por isso, vamos fazer a campanha digital e levar informação principalmente para quem não pode parar, que são os caminhoneiros e entregadores, seja de motocicleta, seja de bicicleta, além dos profissionais da segurança pública e de saúde”.
Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, diz que cada indivíduo precisa refletir sobre seu comportamento e seu dever quanto usuário das ruas e vias. “Nossa expectativa com campanhas como a do Maio Amarelo é que ajudem a conscientizar sobre o papel de cada um para que, coletivamente, todos tenham segurança no trânsito. Nesse âmbito, risco e segurança devem ser abordados sempre, pois o comportamento do indivíduo, seja ele condutor, pedestre, ciclista etc, sempre influencia na forma como ele reagirá durante seus deslocamentos”, diz.
Todo o material do Maio Amarelo de 2020 poderá ser usado por qualquer pessoa, empresa ou entidade, e já está disponível no site www.maioamarelo.com com versões para que o apoiador insira seu logo nas peças ou mesmo stories. As ações presenciais do Movimento foram adiadas para o mês de setembro, em conjunto com a Semana Nacional do Trânsito.

Maior escolaridade pode refletir positivamente no trânsito, segundo pesquisa

Pessoas com ensino superior apresentam maior percepção quanto à imprudência como causa de acidentes e sobre aspectos relacionados à aplicação de multas

Curitiba, fevereiro de 2020 - A pesquisa realizada pela Paraná Pesquisa para a Abeetrans (Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito) mostra que quanto maior o grau de instrução do entrevistado, maior tende a ser a sua percepção quanto à imprudência do motorista como principal causa de acidentes no trânsito. Os resultados revelam também que pessoas com ensino superior demonstram ser mais cientes sobre os limites de velocidade nas vias e sobre questões específicas relacionadas à aplicação de multas por radares.

Realizada em meados de 2019 no Distrito Federal e em sete capitais brasileiras - Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo -, a pesquisa englobou 3.227 motoristas e o mesmo número de pedestres, de ambos os sexos, com mais de 18 anos, que responderam a questões relacionadas ao trânsito, como as principais causas de acidentes, comportamento seguro e conhecimentos específicos quanto ao funcionamento dos equipamentos de fiscalização eletrônica e limites de velocidade, entre outros.

Causa de acidentes – Foi perguntado aos entrevistados quais as principais causas de acidentes de trânsito, podendo ser assinalado mais de um motivo. A pesquisa apontou a imprudência do motorista como principal fator, seja entre motoristas ou pedestres, em todas as cidades pesquisadas.

No entanto, foi constatado que essa percepção é maior de acordo com o grau de escolaridade. A imprudência foi apontada entre 55% dos entrevistados com ensino superior, 47,2% com ensino médio e 43,1% com ensino fundamental.

Limites de velocidade – Entre os motoristas das oito cidades pesquisadas, a maioria alegou estar ciente dos limites de velocidade nas vias públicas: 59,3% dizem conhecer e 37,5% dizem conhecer bem, contra 1,7% que alega não conhecer estes limites. 32,2% de todos os participantes com ensino superior afirmaram conhecer bem os limites de velocidades, contrastando com 23,8% com ensino médio e 16,2% com ensino fundamental.

Na pesquisa com os pedestres os números impressionam negativamente: 27,2% afirmaram desconhecer a velocidade máxima permitida nas vias de seus municípios. Quanto ao grau de escolaridade, os pedestres que desconhecem os limites de velocidade representam 17,7% dos que têm ensino superior, 25,3% com ensino médio e 35,1% com ensino fundamental.

Sobre multas – Os entrevistados com maior grau de instrução demostraram ser mais bem informados quanto às questões relacionadas a multas. Quando questionados se sabem quem determina os valores aplicados, 45% dos entrevistados com nível superior sabem ser uma determinação do Código Nacional de Trânsito. Esse conhecimento é de domínio de 40,5% dos entrevistados com ensino médio e 35,4% com ensino fundamental, na somatória das oito cidades.

Em outra pergunta procurou-se detectar se os entrevistados sabiam que o dinheiro das multas de trânsito não vai para as fabricantes de radares, e sim, que elas recebem pelo aluguel do equipamento. 35,3% dos entrevistados com ensino superior sabem disso, contra 27,7% com ensino médio e 23,2% com ensino fundamental.

“A grande questão é se de fato essas percepções se manifestam em um comportamento mais seguro. Há, em geral, certo distanciamento entre o que se declara e o que se faz na realidade das ruas. Mas é razoável afirmar que a maior escolaridade contribui para uma maior percepção sobre o trânsito”, comenta Jorge Tiago Bastos, professor de Segurança Viária do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O professor observa uma carência de educação para o trânsito. “Apesar de estar prevista no Código de Trânsito Brasileiro, a educação para o trânsito não é implementada nas escolas de ensino fundamental. Esta seria uma disciplina de grande importância, gerando impacto a médio e longo prazos, tanto para crianças quanto para adolescentes, que ao se tornarem condutores, teriam passado por esta formação, que é um processo”, ressalta.

Além disso, Bastos cita outros dois processos que se somam à educação para o trânsito: melhoria na formação de condutores e realização de campanhas de conscientização mais frequentes, com monitoramento dos seus efeitos, para que tenham resultados além do curto prazo. “Todos esses processos teriam como impacto a formação de uma cultura de segurança viária”, afirma.

Para o especialista em trânsito e diretor da Perkons, Luiz Gustavo Campos, educar, conscientizar para os riscos e para a mobilidade segura é fundamental. “A educação está diretamente atrelada à segurança no trânsito e, independente do grau de instrução, o condutor precisa estar consciente de que respeitando as regras de trânsito, conhecendo seus direitos e deveres e pensando coletivamente estará contribuindo para uma sociedade mais gentil e cidadã”, conclui.