Pacientes bariátricos precisam prevenir a osteoporose

Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica têm maior risco de desenvolver a osteoporose e por isso precisam prevenir, diagnosticar precocemente e tratá-la

Curitiba, janeiro de 2022 – O Brasil é o segundo país com o maior número de cirurgias bariátricas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esta cirurgia melhora muito a qualidade de vida dos pacientes e pode levar até a remissão de doenças como diabetes e hipertensão arterial. No entanto, a cirurgia não é o fim do tratamento.
Após a cirurgia bariátrica existe uma deficiência na absorção de inúmeros minerais e vitaminas e, por isso, maior risco de desenvolver a osteoporose, dentre outros problemas. Estes pacientes devem fazer acompanhamento regular com endocrinologista e nutricionista, realizando suplementação de vitaminas orientada por esses profissionais, além de atividade física (preferencialmente musculação). Mesmo com todos estes cuidados, ainda assim podem ser acometidos por uma doença chamada osteoporose (enfraquecimento dos ossos que leva a fraturas.) Como a osteoporose é indolor, muitas vezes o diagnóstico só é feito no momento de uma fratura.
“Para diagnosticar a osteoporose precocemente, tratando e prevenindo fraturas, os pacientes pós-bariátrica devem ser submetidos anualmente a um exame chamado DMO (densitometria mineral óssea), explica a Dra. Silvana Aniella”, endocrinologista do Pilar Hospital.
A densitometria óssea é um método moderno e indolor. Utiliza uma dose mínima de radiação (menor que as radiografias tradicionais). O exame está disponível na CEDIP – Medicina Diagnóstica, uma das instituições mais tradicionais da capital paranaense, que atua de forma integrada com o Pilar Hospital em Curitiba.

Primeira cirurgia bariátrica robótica do Paraná é realizada em Curitiba

A cirurgia foi feita com o robô Da Vinci Xi em agosto, no Hospital Nossa Senhora das Graças

A primeira cirurgia bariátrica robótica feita no Paraná aconteceu no mês de agosto, no Hospital Nossa Senhora das Graças. O autor é o cirurgião curitibano Giorgio Baretta, que realizou treinamento da técnica no AdventHealth Nicholson Center, na Flórida, EUA, para operar com o robô Da Vinci XI.

Na data, foram operados dois pacientes com o método de Bypass Gástrico - um tipo de cirurgia bariátrica que consiste na redução do estômago e no desvio de parte do intestino, levando a pessoa a comer bem menos e absorver menor porção dos alimentos, podendo eliminar cerca de 35% a 40% do seu peso inicial e melhoria de doenças como diabetes do tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemia. “O tempo para a realização da cirurgia e internamento são similares ao da cirurgia laparoscópica, porém, a técnica robótica é uma cirurgia com menor trauma dos tecidos devido a delicadeza dos movimentos do robô, com recuperação rápida do paciente, menor dor no pós-operatório e alta precoce, cerca de 24 horas após o procedimento”, afirma Baretta.

O robô Da Vinci XI, tecnologia mais moderna do mundo para realização de cirurgias de alta complexidade, está em Curitiba no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) desde o começo do ano. Ele funciona por meio de controles manuais, semelhantes a um joystick, e permite ao cirurgião controlar os braços robóticos tendo uma visão de alta qualidade, tridimensional, podendo alcançar órgãos de difícil acesso e realizar movimentos precisos por meio de pequenas incisões no corpo. Além de eliminar possíveis tremores das mãos do cirurgião, o equipamento robótico oferece vantagens clínicas, com maior destreza, redução do trauma cirúrgico, de eventuais perdas sanguíneas, da dor e do desconforto pós-operatórios, do período de internação hospitalar, do tempo de retorno às atividades rotineiras e do risco de infecções.

O médico realiza a cirurgia a partir de uma mesa de controle chamada de console, que reproduz os movimentos das mãos e dedos do cirurgião, guiado por imagens fornecidas pela câmera introduzida no corpo do paciente. “O robô permite uma cirurgia pouco invasiva e muito mais precisa e delicada. O equipamento para imediatamente quando o médico tira as mãos do controle ou os olhos do visor, o que oferece segurança em todo o processo”, finaliza Baretta. As cirurgias levam em média 60 minutos e os pacientes ficam 24 horas internados após o procedimento, com recuperação excelente.

Sobre Giorgio Baretta:
O médico Giorgio Baretta é o responsável técnico pela Clínica Bariátrica Dr. Giorgio Baretta, especializada em cirurgia bariátrica e metabólica, que oferece tratamento atual e completo para pacientes com obesidade, tanto cirúrgico quanto endoscópico. Com tratamento individualizado e humanizado, tanto no pré quanto no pós-operatório, a clínica conta com profissionais capacitados, pós-graduados e especializados no tratamento da obesidade em todas as suas formas e aspectos.